Sábado, 9 de janeiro de 1999
Eu já tinha já tomado banho, Roberta também e fomos conversar na varanda sentados nas cadeiras de macarrão. Isabel continuava dormindo, eram sete e trinta e nove.
— Que negócio é esse da Bel? – perguntou.
— Que negócio pai?
— Você sabe...
Ela sempre foi meio atriz, conseguia nos engabelar com aquele arzinho de anjo inocente, mesmo quando eu ou Dora tínhamos certeza de que ela havia feito alguma coisa errada...
— Você falou alguma coisa para ela?
— Não... – no rosto um sorriso sapeca – Mas ela desconfiou...
— Desconfiou como?
Roberta se levantou e foi pegar um copo de iogurte na geladeira, tinha vestido uma calcinha das que tinham comprado no shopping e vestia uma camisa de meia que pescara na gaveta do guarda-roupas.
— Ela viu minha xoxotinha e... – riu baixinho com aquele ar safado – Já viu né? O meu homem tem um cacete enorme... – mostrou exagerando o tamanho com as mãos.
— Sim! Mas como ela soube que fui eu?
— Isso ela não sabe... Disse que foi o Juca...
— E como é que você disse que ela também queria?
Ela puxou a cadeira e colocou na frente dele, voltou a se sentar e cruzou as pernas. Bem na risca havia uma gota de um líquido tingindo de escuro a peça da cor da pele.
— Isso foi coisa da mamãe... – respirou forte e coçou o braço – Desde que ela armou aquele barraco a Bel fala sempre que se tu quisesse ela... Ah! Isso tu já sabe...
(FOTO NO BLOG)
Falou que não sabia e que nunca tinha notado alguma coisa.
— Porra pai! Deixa de ser ingênuo! – se levantou e entrou no quarto – Olha só!
Puxou o lençol e mostrou a irmã nua deitada.
— Tu acha que se ela não te quisesse ia dormir pelada na cama contigo? - voltou para a varanda – É só tu pedir... A gente é fissurada em ti cara! Até a mamãe te dá quando tu quiseres... A gente quer ser tua puta pai, viu?
Olhei demoradamente para ela tentando descobrir em que ponto da vida tinha errado. Sempre me vi como um pai dentro dos padrões normais, nunca havia sequer brincado com o sexo em nossa casa...
* * * * * *
— Sabe minha filha... – levantou e ficou em pé na sua frente – Tem vezes que penso que tudo isso não passa de um sonho... Um sonho maluco que vai acabar quando eu acordar...
Entrou no quarto e deu uma palmada na bundinha morena de Isabel.
— Hei dorminhoca! Acorda preguiçosa... – deu outra palmada.
Isabel abriu os olhos, sorriu e se espreguiçou.
— Que horas é essa?
— Quase nove... – sentou na cama do seu lado – Vai tomar banho pra gente descer e tomar café.
— Cadê a mana? – olhou para os lados.
Falou que estava na varanda.
— E meu beijo de bom dia? – Isabel abriu os braços.
Olhou para ela e deu uma beijoca nos lábios entreabertos, ela pegou pelo ombro e puxou pra ela, deitou a cabeça em seus seios macios.
— Vamos lá Bel... – falou baixinho – A gente tem que sair pra comprar roupa de banho pra vocês...
— Sonhei contigo... – sussurrou no seu ouvido – Um sonho melado...
Imaginou que deveria ter sido pela trepada com Roberta enquanto ela dormia.
— Ta bom! – começou a levantar – Depois você conta o sonho...
— Ah! Pai! – voltou a puxar pelo braço – Fica um pouquinho aqui comigo...
Amarildo olhou pelo canto do olho e viu que Roberta sorria marota.
— Não! Agora você vai tomar banho, escovar os dentes e vamos tomar café que estou morto de fome...
Ela fez carinha de muxoxo mas se levantou e foi tomar banho.
— Não te falei! – Roberta jogou o copo de iogurte em sua direção.
Olhou para ela e balançou a cabeça.
Esperaram ela se aprontar, Roberta vestiu a mesma roupa da noite anterior enquanto Isabel, mais vaidosa, escolheu uma bermudinha colada que tinha comprado no shopping e uma mine blusa que quase deixava ver os seios.
— Essa ficou muito curta Bel... – falou – Dá essa pra Berta que te compro outra...
Ela trocou e desceram.
Passamos o dia na maior algazarra, quem nos visse não imaginávamos pai e filhas. Mais parecíamos três malucos gritando e trocando pilherias. Resolvemos não ir ao shopping e sim à rua Grande onde elas compraram roupas para uso diário além de biquínis bem pequenos e sensuais. Na Marisa Roberta escolheu lingeries para ela e para a irmã.
Descemos para a Praia Grande e almoçamos na feira – onde sempre servem bons pratos de frutos do mar em ambiente bem popular. De tarde fomos assistir um filme e de noite, antes de irmos para o hotel, fizemos um lanche no McDonalds.
* * * * * *
— E aí? – perguntou quando estavam indo para o hotel – Vamos fazer o que hoje de noite?
— To a fim de dançar... – Bel se adiantou – Que tal a gente procurar um lugar gostoso?
Ficou decidido que iriam tomar banho e sair para a noite de São Luís.
No hotel Amarildo se jogou na cama, não tinha mais idade para tanta bagunça e os pés ardiam.
— Que foi pai? – Roberta tirou a roupa e ficou só de calcinha – Ta muito cansado?
Falou que não e que agüentaria a jornada da noite.
Isabel também tirou a roupa e sentou na cama do outro lado.
— Ta sendo legal... – colocou a mão no peito cabeludo do pai e acariciou – Não sei por que tu some...
Roberta também sentou e ficou entre as duas, Bel estava completamente nua.
— Sabe pai... – Bel passeava a mão no seu peito e parou brincando com o mamilo, ficou arrepiado – Esse rolo todo na nossa família até que foi bom por um lado... Parece que quando a gente está longe se sente mais falta ainda de quem a gente ama... Se não fosse aquela besteira da mãe...
— Esquece isso filha... – segurou sua mão e apertou – Sei que eu deveria ser mais presente, mas...
Ela subiu em seu colo e se aninhou em seus braços, Roberta não falava nada, ficou o tempo todo passando a mão em sua barriga, brincou com o umbigo e desceu até a pélvis.
— Olha pai... Eu nunca deixei que gostar de ti... Sinto muita falta de teus carinhos... – pegou sua mão e colocou em cima do peito direito – Toda noite eu fico pensando em ti... – o biquinho do peito ficou enrijecido ao toque, ela suspirou e fechou os olhos – Queria estar contigo assim, o tempo todo...
Tinha certeza que ela sentia o cacete martelando dentro da calça, não dava para não ficar excitado.
— Vou tomar um banho... – Roberta se levantou e entrou no banheiro.
E ele soube que ela tinha saído para os deixar só.
— Amo demais vocês duas Bel... – começou a acariciar os peitinhos intumescidos – Queria que tudo fosse diferente, que a gente pudesse viver juntos...
Ela segurou seu rosto e colou a boca na dele. Era a confirmação de tudo o que Roberta tinha falado e que ele, em momento algum, tinha percebido. Aceitou o beijo sem se importar com aqueles grilos que o atormentaram durante dias. Não era mais o irmão Amarildo, isso parecia ser um passado cada vez mais distante, não era mais o homem temente a Deus e nem o pai zeloso que tudo faria pela felicidade das filhas. E, mesmo sem querer admitir, era aquilo o que as fazia feliz, uma felicidade construída a partir de pecados mortais.
— Pai... – a respiração era quente e entrecortada por soluços que balançava os seios – Quero ser tua... Me faz mulher pai!
Voltaram a se beijar e ela levou minha mão até sua vagina, abriu as pernas e forçou o dedo do pai na entrada encharcada.
— Espera Bel... – tirou o dedo – Vamos sair... Vamos brincar e...
Ela puxou novamente seu rosto e tornou beijar com ânsia e volúpia, Roberta estava em pé secando os cabelos olhando aquela afirmação de tudo o que o pai nunca pensou ser verdade.
— Ta bom... Tu não me quer...
— Não é isso Bel... Não é isso... – suspirou forte – Quem é o doido que não ia querer uma garota como você?
Sentiram o colchão estremecer quando Roberta sentou.
— Vamos banhar e sair, ta bom?
Abraçou as duas e beijou as duas na boca, a mão passeou nas costas frias de Roberta e morna de Bel.
Tomaram banho e saíram para a noite tendo a certeza de que aquela noite prometia ser longa.
Isabel decidiu-se por um vestidinho jeans curtinho enquanto Roberta preferiu uma saia rodada tipo cigana e ele uma calça jeans básica e camisa amarelo pólo.
Foram para uma boate na orla marítima e dançaram, os três, a noite inteira, vez por outra algum rapaz se aproximava para convidar alguma para dançar, mas invariavelmente recusavam e diziam que estavam com o namorado.
— O senhor namora as duas? – um garoto com aproximadamente dezoito anos, que tinha sido rechaçado, perguntou quando foi ao banheiro.
— Pois é? – segurou no seu ombro – To quase morto, mas... Você mesmo viu né? Não querem ninguém... – sorriu e voltou para a mesa.
Contei o que tinha acontecido e as duas riram. Pouco depois Isabel viu um grupo de amigos e foi falar com eles, Roberta sentou no meu colo de frente para mim.
— Tu quer ver uma coisa? – tinha no rosto aquele sorriso moleque – Passa a mão aqui...
Passou a mão entre suas pernas e sorriu, ela estava sem calcinha.
— Tu topa uma loucura? – perguntou soprando em meu ouvido.
Perguntou o que, mas ela não respondeu e se levantou, abriu a braguilha e tirou o cacete duro. A mesa ficava em um canto pouco iluminado e as mesas vizinhas, naquele momento, estavam vazias.
— Deixa de ser doida menina...
Ela não falou nada, apenas voltou a sentar e ajeitou a xoxota para receber ou cacete, deu uma reboladazinha e colocou na portinha. O álcool das doses de caipirosca anuviava minha mente e deixou que ela fizesse o que estava querendo.
— Ui! Uhmm! Gostoso... É gostoso sentir tua rola dentro de mim...
Se beijaram e ele começou a se movimentar, ela suspirava baixinho falando sacanagens no seu ouvido, estava quase gozando, ela tinha gozado várias vezes.
— Vocês são loucos? – olhou para o lado, Bel olhou séria – Porra pai? Deixa de ser irresponsável...
— E o que é que tem? – Roberta piscou para ela – Tu não queres sentar também?
— Merda! Eu quase trazia o Joaquim pra falar contigo... – riu complacente – Porra meu! Se ele visse meu pai comendo minha irmã...
Realmente era uma doideira ter aceito aquilo e pediu para Roberta sair, Isabel ficou na frente para tapar a visão.
— Bem que desconfiei Berta! – Isabel sentou na cadeira do lado – Sabia, tinha quase certeza disso... Vocês são dois “filhos da puta”!...
Se levantou e ia saindo.
(FOTO NO BLOG)
— Olha lá! Vou pegar o Joaquim e... Nada de sacanagem, viu dona Roberta!
Riram os três e ela foi buscar o namorado e a turma de amigos. Apresentou “o genro” e outro colega com sua namorada além de uma loira de fechar quarteirão.
— Puxa! Essa tua amiga é umas deusa! – falou baixinho no ouvido de Bel.
Ela deu um beliscão na perna e fuzilou com um olhar carregado.
— Ela tem namorado pai... – falou entre os dentes – Deixa de sacanagem, viu?
— Ué? – passou a mão na perna dolorida – Você não está com seu namoradinho a tiracolo? – segurou sua mão – O que tem eu paquerar?
Ela tornou fuzilou com um olhar de gelar o inferno e se levantou puxando a namorado e chamando os colegas. Roberta não entendeu nada até ele falar o que tinha acontecido.
— Porra pai? – se fez de ofendida – Paquerando na nossa frente?
— Ué? E o que tem isso?
— E se eu ficasse com alguém, tu ia gostar?
Deu uma gostosa risada e puxou a sapequinha para ele.
— Só tou de brincadeira... Minha putinha....
Ficamos brincando até que as luzes foram acesas, era hora de fechar. Sai de mão dadas com Roberta e esperamos Isabel encostados no carro. Pouco depois ela apareceu com o grupo.
— Pai! Dá pra dar uma carona pro pessoal? – pediu – É que o pai do Joaquim viajou e eles iam de táxi...
Foram deixar um porEste relato é parte de "Minha filha, mãe de minha filha" publicado no blog Vida de Anjos. Acesse e leia-o completo, formatado e com fotos:
http://vidadeanjos.blogspot.com/minha-filha-mae-de-minha-filha.html