NOTA: Sexta e última parte do conto "Uma ninfeta para dois"
Márcia encheu os olhos de lágrimas. Sentou-se na cama do motel enquanto eu me vestia. Tentou de todas as formas achar uma explicação. Eu apenas ordenei:
- Cala a boca, por favor. Não diga nada, absolutamente nada. Eu sei de tudo. Conheci Aline, ex-namorada de sua ninfetinha.
Márcia me olhava com uma expressão que eu nunca havia visto: um misto de medo, mágoa, arrependimento e impotência.
Saímos do motel e antes de deixá-la novamente no serviço, parei o carro e perguntei, quebrando o gelo:
- Você pretende continuar com isso?
- Edu... é mais complicado que parece... - disse ela secando as lágrimas.- Não consigo evitar, confessou.
- Eu já imaginava, Márcia. Mas não vou conseguir dividir você. Hoje mesmo eu saio do nosso apartamento. Daqui a alguns dias lhe procuro para resolvermos tudo. Agora, por favor... saia desse carro. Me deixe ficar sozinho!
Márcia parecia concordar com tudo. Desceu do carro e ficou me vendo ir embora.
Aquela sexta-feira parecia a última da minha vida. Rapidamente fui ao apartamento e peguei algumas roupas e objetos pessoais. De lá, liguei para a universidade e, alegando problemas de saúde, avisei que não poderia dar aula. Retornaria segunda-feira. Resolvi me refugiar nos braços de uma querida viúva que sempre me acolhia nas horas ruins: minha mãe.
Passei todo o restante de sexta-feira e o sábado deitado. Aquela semana havia esgotado minhas forças. Um fim de semana para saborear o gosto amargo da solidão.
Domingo fez um belo dia de sol. Meu ânimo, aos poucos dava sinal de querer se recuperar. Minha mãe preparou um excelente assado e finalmente consegui me alimentar. O carinho com que ela me tratava era de se admirar. Mesmo sabendo que eu estava com problemas, respeitou meu silêncio durante todo o fim de semana. Apenas me olhava com olhos de ternura e sorria dizendo:
- No fim, tudo sempre dá certo.
Eu não acreditava, mas retribuía sua atenção.
Na varanda, liguei o celular e percebi dezoito chamadas não atendidas e outras tantas mensagens da Márcia. Pensei um pouco no meu casamento que se desfazia... na minha mulher... e chorei. Chorei como criança. Em meio aos prantos, toca o telefone. Diminuí meu choro e tentei fazer voz de forte, de alguém que não havia se abalado nem um pouco:
- Oi Márcia.
- Edu! Onde você está? Como você está? Estava preocupada... tentei falar com você...!
- Estou bem.
- Edu, eu quero muito falar com você. Venha no apartamento hoje à tarde... por favor!
- Tá... eu vou... às cinco horas eu vou. - e desliguei o telefone novamente.
Cinco horas em ponto, entrei e encontrei minha bela ex-esposa sentada no sofá. Levantou-se e me deu um longo e delicioso abraço. Conversamos por quase duas horas sobre o acontecido. Discutimos, brigamos, rimos, choramos e nos beijamos. Até que Márcia fez uma proposta que eu nunca imaginaria escutar...
- Edu... amo você e não quero te deixar. Mas estou obcecada por esta garota. Que tal... (silêncio)... que tal se...
- Desembucha logo, Márcia! - eu estava prevendo o que viria.
- Que tal se nós tentássemos uma relação mais aberta... nós três...?
Fiquei pasmo. Márcia nunca me permitiu chegar perto de outra mulher... agora estava me propondo aquilo?
- Antes que você responda, quero que veja uma pessoa que você já conhece de vista, Edu. Você passa seguidamente pela janela de seu apartamento à noite, quando vem a pé.
E dizendo isso, abriu a porta do apartamento para deixar entrar aquela deliciosa ninfeta... Natália...! O sonho de qualquer homem ou mulher!
Eu não falava nada... estava imóvel... não acreditava naquela exuberância!
"Mas claro! Ela é a garota que me espreitava da janela do prédio de classe média!", pensei.
Natália entrou, se aproximou de mim e com carinho tocou minha boca com seus lábios. Márcia apenas observava com um leve sorriso no rosto.
Gentilmente, a ninfeta começou a me rodear, roçando o nariz no meu pescoço... não resisti! Peguei-a pela cintura e conduzi docemente minha boca à sua e beijei-a com uma enorme vontade, enquanto minha mulher encostou-se por trás dela. Começamos a fazer um delicioso sanduíche da bela ninfeta. Numa fração de segundos os carinhos passaram a movimentos intensos, bocas sugavam beijos ardentes, mãos atravessavam fronteiras e redescobriam prazeres inimagináveis As roupas eram rasgadas e jogadas ao chão numa violência sexual impressionante. Parecíamos animais no cio. Os três nus, agora atirados ao carpete da sala, numa mistura de luxúria, prazer e delícia. Neste momento, me veio à cabeça uma fantasia antiga e ordenei às duas:
- Quero ver vocês... quero apreciar...
E as duas se abraçaram em beijos, carícias e volúpias... Márcia aplicava todo seu conhecimento no corpo escultural da ninfeta. Natália, por sua vez, gemia e retribuía o prazer que minha mulher estava lhe proporcionando. Com um delicioso sessenta-e-nove, as duas chegaram ao orgasmo em meio a gritos e gemidos. "Que visão... que visão!" eu pensava.
- Chegou a sua vez, disse Márcia. - Ela é toda sua!
Deliciei-me de todas as maneiras com aquela escultura. Comecei fodendo sua boquinha, que fazia movimentos espetaculares. Em seguida já estava comendo sua enorme bundinha, malhada e muito, muito deliciosa. Foram trinta minutos do mais gostoso sexo, misturando todas as posições que eu conhecia. Agora eu entendia porque Márcia estava obcecada pela menina. Meu pau doía de tanto tesão, de tanto segurar o gozo. E ela queria mais! Implorava por minha gala quente na sua bucetinha... prontamente me virei e penetrei aquela bucetinha de apenas dezessete aninhos, mas que mexia como poucas.
Algumas estocadas depois, eu gozei... e novamente vi o paraíso! Beijos, carinhos e uma deliciosa sensação de prazer me envolveram por completo.
Márcia se aproximou e lançou novamente a pergunta que não queria calar...
- E então, querido... podemos tentar? Podemos fazer deste acontecimento, um recomeço? O NOSSO recomeço?
Nada mais precisava ser dito. Tudo estava muito claro pra mim agora. Estava me sentindo diferente, feliz e impressionado comigo mesmo...
- Sim, Márcia... SIM! - gritei extasiado.
Ao que ela respondeu:
- Que bom, meu amor. Daqui por diante, Natália será nossa menina... nossa ninfeta.
- Sim... Uma ninfeta para nós dois! - completei.
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NOTA FINAL: Dedico este conto às pessoas que me incentivaram a continuar na aventura da literatura erótica: Galford, she-ra e Esme :)!
A vocês três, meu muito obrigado!