SEX IN LIFE – SEGUNDA TEMPORADA
Capítulo VI
A Maldição das Palavras
Eu nunca soube o que acontecera entre Filipe e Paula naquela noite, mas isso já não me importava tanto, pois eu evitava ficar pensando no assunto.
Estávamos, já, no ano seguinte.
Jéssica era uma excelente amiga e nos falávamos durantes os intervalos das aulas na faculdade.
Num desses intervalos eu e ela fazíamos uma boquinha na cantina, quando Filipe e Paula chegaram. Apesar de demonstrar sua indiferença comigo, Paula não conseguia esconder uma amargura que cobria seu semblante. Filipe a beijava, mas ela não o retribuía e para ele estava tudo bem. Sentávamos em mesas separadas e resolvi não dar muita atenção. Jéssica poderia se sentir incomodada.
Ofereci a ela uma carona até em casa depois da aula, o que aceitou de bom grado.
No caminho ela se abria comigo. Falava da crise no namoro, mas que era apaixonada pelo namorado. Uma situação difícil para mim. Paramos em frente a sua casa. Eu não via mais Jéssica como amiga, mas como mulher. Quando ela sorria, eu imaginava sua boca me chupando, quando gesticulava, imaginava suas mãos acariciando meu corpo. Perdi a noção e lhe roubei um beijo enquanto ela ainda falava. Ela não tentou me impedir e nem me empurrou para longe. Continuei beijando até que suas mãos me envolveram.
– O que estamos fazendo, Fabio? – disse ela com voz embargada pelo tesão.
– Tudo que quero é estar com você agora, Jéssica.
– Eu não posso fazer isso.
– Você pode. Pode sentir tudo que deseja sentir. Pode estar com quem quiser estar. Quero estar com você… você quer estar comigo?
Ela me tirou a camisa e voltou a me beijar acariciando-me. Abri sua blusa de botão e tirei-lhe a calça rapidamente. Logo já estávamos nos agarrando nus dentro do carro.
Puxei seu corpo para cima de mim, fazendo-a ficar entre o volante e eu. Nossos órgãos se esfregavam numa sincronia louca provocando-nos e excitando-nos. Chupe aqueles seios maravilhosos enquanto ela se ajeitava em cima do meu pau. A penetração foi fácil e gostosa. Ela gemia de prazer e cavalgava gostoso. Uma delícia de garota e um pedaço de mau caminho para um sexo arrebatador. Acariciei suas costas e ela as minhas, nossas transpirações se fundiam colando nossos corpos. Em nossas veias corriam lavas da paixão que nos incendiava. Seus gemidos agudos me levavam ao êxtase e meus urros a levavam a loucura. Gozei dentro dela e ela em mim. Ficamos um tempo agarrados, sem nos mover, sentindo as convulsões e o calor do corpo do outro.
Jéssica voltou a me beijar e me olhou nos olhos.
– Quero senti isso tudo agora no meu rabinho, Fabio.
Ela virou-se de frente para o volante e engoliu meu pênis com seu cuzinho. Estava fácil. Ela já havia estreado a bunda e estava experiente.
Passei a mão pelo seu ventre e massageei seus seios vultosos e sensuais. Dei leves beliscos em seus mamilos e isso a excitava, não tanto quanto eu estava com aquela cavalgada e entra e sai do cuzinho, e gemidos…
– Aaaaah!
Ela mordia o lábio inferior e massageava os seios junto comigo. Desci a mão para sua xaninha e enfiei um dedo e cutuquei. Ela estremeceu e pediu mais. Botei dois dedos e mexi gostoso dentro da bocetinha dela e ela gozou na minha mão. Ela estremecia e quase não agüentava mais cavalgar. Ergui-a com os meus quadris pressionando-a contra o volante e soquei desesperadamente até atingir o ápice. Gozei e desabei no banco do carro com Jéssica no meu colo.
Seu cabelo colado no seu rosto dava-lhe um ar de sensualidade e tesão. Ela voltou para o banco do carona exausta e me deu outro beijo. Nos vestimos e nos despedimos.
Depois de duas semanas, conversando no intervalo, na cantina Jéssica parecia meio abatida.
– O que aconteceu, Jéssica? – perguntei a ela.
– Meu namorado,… ele está desconfiado que eu o traí.
Fiquei desconcertado.
– Mas com que indícios? Não havia ninguém na rua àquele dia.
– Eu o mostrei isso aqui a ele – ela pôs sobre a mesa um teste de gravidez, desses de farmácia, indicando uma real gestação – eu estou grávida, Fabio.
– Mas depois daquela noite…
– Eu não transei com mais ninguém além de você.
Respirei fundo e olhei em seus olhos. Ela estava quase a chorar. Peguei em sua mão e disse:
– Eu não sou o tipo de cara que foge da raia.
– Meu namorado vai me deixar se descobrir a verdade, Fabio – disse ela tentando conter as lágrimas.
– Cedo ou tarde ele vai descobrir.
Filipe apareceu de supetão abraçado com a infeliz Paula e seu colar com berílio incrustado.
– Fazendo a garota chorar, Fabio? – disse ele antes de ver o teste de gravidez sobre a mesa. Nesse momento ele tirou o sorriso da cara – Isso é o que penso que é?
Ele não ficou tão chocado quanto Paula, que se desvencilhou dos braços de Filipe e sumiu no meio dos outros alunos que estavam no pátio. Filipe a seguiu, deixando-nos sozinhos novamente.
– Vamos dar um jeito nisso, Jéssica. Eu prometo – fiz uma pausa e respirei – Seus pais já sabem?
– Eu contei pra eles. Contei sobre nós.
– E…
– Meu pai que falar com você o quanto antes. Se o bem conheço vai nos obrigar a casar antes de a criança nascer.
– E seu namorado? Ainda não sabe de nada?
– Eles não vão contar pra ele. Esperam que eu mesma conte.
– Melhor será se ele saber por você que por outra pessoa.
– Você tem razão.
Enxuguei as lágrimas que corriam pelo seu rosto e a beijei.
– Vai dar tudo certo.
Depois da aula levei-a em casa e aproveitei para enfrentar o desconhecido. Um pai que teve a filha embuchada por alguém que não conhecia.
Para minha surpresa ele não foi grosseiro.
– Seu nome.
– Fabio Nunes Mota.
– Em que trabalha?
– Escritório de Advocacia.
– Seus pais…
– Paulo, gerente do BB e Andréia, professora de economia.
– Parece ter uma excelente condição financeira, mas é preciso ter ambições, sabe, pensar no futuro.
– Há dois anos comprei minha primeira ação na bolsa, hoje tenho cinco. Estou fazendo Direito e, assim que passar na prova da OAB, largo o escritório do Dr. P. e monto o meu próprio. Mas as situações adversas me levarão a buscar um imóvel (isso é, já que engravidei sua filha, vou compra uma casa e me mudar com ela pra lá).
– Parece ser um bom rapaz, Fabio. Espero que possamos nos conhecer com mais calma.
– Desejo o mesmo, senhor.
Passei na entrevista. Agora eu precisava acertar minha vida.
Claro que meus pais quase tiveram um ataque quando disse a eles, mas se eu era maduro o suficiente para fazer um filho eu era para criá-lo (assim disse meu pai).
Entretanto o que ainda me perturbava era a reação que Paula havia tido ao saber da gravidez de Jéssica.
Fui para meu quarto e olhei pela janela. A luz de seu quarto estava apagada. Talvez queria dizer que qualquer ligação que tínhamos havia sido cortada. Não significávamos mais nada um para outro. Nossas vidas tomavam agora rumos diferentes.
Continua…