A mais linda flor
Era sexta-feira, fim da primeira semana de aula, uma semana de muita bagunça e zoação, eu era caloura, eu e mais outros quinhentos alunos. Foi uma semana legal, apesar de eu ser meio na minha! Sou aquele tipo de menina que chego quieta, sento no meu canto e prefiro apenas observar o comportamento dos outros sabe, não sou muito entrosada e sei que se isso não mudar nos próximos dias, poderá me atrapalhar bastante nestes próximos anos aqui na escola. Quem sou eu? Chamo-me Milena, faço dezenove anos este ano, tenho mais ou menos 1 metro e 71 de altura, não sei nem quanto tenho de busto, nem de nada, nunca fui ligada a isto, mas meu corpo é bonito, posso garantir, tenho olhos castanhos claros, pele morena, cabelos ondulados cor de mel, bastantes brilhosos e estonteantes ao sol, se é que me entende. Estou começando meu primeiro ano de psicologia aqui, na federal de São Bernardo do Campo, São Paulo e não posso perder uma chance dessas concorda comigo, terei que mudar meu comportamento.
Meu primeiro dia foi meio perturbador, não gosto de muito tumulto e muita gente perto de mim, eu observava todos bastante comunicativos, querendo fazer novas amizades, si conhecer e quem sabe até chegar a uma paquera logo no primeiro dia, sabe como é. Vi aquela bagunça toda, os veteranos tirando graça com os calouros, decidi me afastar um pouco. Não teríamos aula e todos estavam convidados a umas apresentações no auditório, preferi dar uma volta no campus e conhecer melhor o terreno que caminhava agora. Depois de algum tempo caminhando, procurei um lugar mais calmo e aberto, com uma sombra legal para eu me sentar e poder fumar um cigarro. Sim, eu fumo! Achei uma praçinha, próximo a cantina e o campo de futebol, bem interessante, com algumas mesas. Procurei a mais próxima de uma árvore, assim sendo mais ventilada e sentei-me, acendi o cigarro e fiquei a observar. Poucos metros depois avistei uma menina, aparentava ter a mesma idade que eu, mas ela tinha alguma coisa que me chamou atenção como nenhuma das outras pessoas qual avistei hoje havia me chamado. Ela era ruiva, tinha os cabelos lisos e amarrava-os de uma maneira delicada, dando algumas voltas para trás sobre ele mesmo e prendia com um palito, assim deixando algumas mechas dele soltas pelo seu ombro. Ela mordia uma caneta e lia um livro qual não pode ver qual era por ser longe, mas como era bonito esse ar de estudiosa e ao mesmo tempo, misteriosa, que ela deixava no ar. De longe o vento trazia seu perfume, era doce e trazia leveza. Não pude deduzir sua altura por ela estar sentada. Mas tinha a pele clara, os olhos verdes e algumas sarnas bonitinhas até em seu rosto e seus ombros, sim, ombros, pude perceber, pois ela usava uma camiseta regata, branca. Nossa, naquele momento me senti hipnotizada e mal conseguia piscar os olhos, não sei o que era mas, ela me deixou daquele jeito, até que ela percebeu que eu estava olhando, olhou para mim e eu me assustei e mau soube disfarçar, virei e abaixei a cabeça com pressa e dei uma tragada no meu cigarro que quase o fumei de uma vez só. Mas não resisti, tive que olhar novamente e lá estava ela, ainda olhando para mim, fiquei vermelha e ela disfarçadamente me soltou um sorrisinho, e que sorriso lindo ela tinha. Sorriu e tímida abaixou a cabeça, não resisti e sorri também, logo em seguida virei para o lado e abaixei a minha! Fiquei ali pensando no que ela tinha para ter me deixado daquele jeito, levantei a cabeça e virei para olhar para ela novamente, quem disse, onde estava ela? Sumiu. Procurei ao meu redor e não soube dizer onde estava ela. Bom, era tarde, nem havia percebi que nesse meio tempo, havia pensado tanta coisa e o tempo me havia passado tão depressa, era hora de ir embora, as apresentações do auditório tinham acabado e o pessoal agora estava se amontoando aqui na praçinha, melhor eu sair. Odeio ser assim, preciso mudar um pouco e ser mais extrovertida. Bom, não é que eu não seja, é que só é meio difícil de me entrosar, mas depois disso eu sou super solta, sério! Andei sorrateiramente, sem pressa alguma de chegar ao estacionamento, procurando por aquela menina que tanto me chamou atenção, nunca havia acontecido isso e seu perfume ainda estava solto pelo ar, como si eu pudesse sentir que ela estava ali, bem próxima de mim. Não a encontrei e era melhor entrar no carro e seguir para casa. Em casa não parava de pensar naquela menina, já era tarde, melhor eu só tomar o meu banho e ir dormir porque por hoje chega, si não isso vai virar obsessão!
É de manhã, na verdade, quase tarde, meio dia, nossa como fui dormir tanto. Moro sozinha em um pequeno apartamento, no quinto andar de um prédio bacana! Próximo a faculdade mesmo, ela se encontra a alguns, dez quarteirões daqui, bom, nem tão perto, mas pra quem tem um carro fica mais fácil. Melhor ir fazer o almoço, comer e ir a faculdade.
Chegando à faculdade, tudo de novo, mas hoje, com aula e para a minha surpresa, quem é da minha sala, quem fazia psicologia também? A misteriosa menina. Entrei, sentei e ela já estava lá, sentava um pouco no meio, mas encostada na parede da direita, próximo as janela e eu, fui me sentar na ultima cadeira encostada à parede da esquerda, só para ficar observando, mas nem podia , era primeiro dia de aula, tinha que prestar atenção pelo menos na apresentação dos professores, afinal acho que hoje eles não iriam passar nada demais. E foi isso, passei todas minhas aulas olhando para ela, esperam até que ninguém tenha reparado em mim e que eu estava olhando para ela e pelo que vejo, ela tem pegado as mesmas cadeiras que eu na faculdade, afinal todas as aulas, assistimos juntas. A aula acabou. Bom, era melhor eu me recolher, hoje eu não recebi nenhum olhar trocado dela e isso até me deixo meio para baixo, queria ao menos outro sorriso daquele. Ao sair ao ar livre, enfim, um cigarro, chegando ao meu carro, quando abaixo a cabeça para pegar a chave na bolsa, alguém toca meu ombro, era ela, ao me virar o susto e a surpresa foram tão grandes que meu cigarro acabou caindo:
- Desculpas. – disse ela, com uma voz tão meiga e um ar tão inocente, seus olhos verdes pareciam brilhar como esmeraldas ao sol das seis horas.
- Não, que é isso, deixa, eu tenho outro. –respondi.
- Tem? Que bom, iria exatamente lhe pedir um, o meu acabou. – ela sorriu de uma maneira que eu não soube decifrar, foi tanta coisa misturada, mas nada quebrou meu encanto com aquilo:
- Ah, claro, bom, é Carlton, algum problema? – mas que pergunta mais idiota eu fiz.
- Sem problemas, só preciso relaxar dessa pressão toda de, primeiro dia de aula, “psicologia é difícil” e blá, blá, blá. – fez uma cara de cansada, um pouco estressada.
- Tudo bem, pegue. Prazer, Milena. Seu nome é?
- Andréia, o prazer é todo meu. Obrigada pelo cigarro. – ela sorriu e que nome encantador não é? Pergunto-me o que está acontecendo comigo.
Bom, ela se foi, entrei no meu carro e ao sair do estacionamento reparo ela indo a pé, parece não ser tão longe a casa dela para ela ir a pé não é, resolvi me oferecer para dar uma carona. Parei o carro ao lado dela, buzinei, ela veio até mim:
- Mora aqui por perto Andréia?
- Sim, a algumas quadras daqui.
- Quer uma carona? Eu te deixo, também moro perto daqui.
- Pode ser. – ela sorriu, como um agradecimento.
- Então, onde fica?
- Pode seguir reto aqui na rua mesmo, quando chegar próximo eu lhe digo onde virar, tudo bem?
- Claro, como quiser. Mas e ai, não sei si reparou, é da mesma sala que eu e, – não me deixou completar a frase e disse:
- Sim, claro que eu reparei me diz como eu não repararia em você? – me assustei, parecia brincadeira, uma menina linda daquelas, sendo tão gentil, mas, será que era só gentileza.
- Legal! – fiquei nervosa logo de cara.
- Vire a esquerda na próxima, é no primeiro prédio.
- Tudo bem.
Quando parei o carro, Andréia me agradece pela carona, e:
- Obrigado pela carona Milena, você foi muito gentil e obrigado pelo cigarro também, fico te devendo essa, certo?
- Posso cobrar? – preciso perder essa cara de pau.
- Deve! – ela me deu um sorriso convidativo e se retirou do carro.
Nossa, foi o primeiro dia de aula mais feliz da minha vida, certo que agora eu precisava de um cigarro e ao abrir a carteira reparei que o ultimo dei a ela, já em casa e o posto mais próximo fica a alguns quarteirões, a preguiça hoje está sendo maior que meu vicio, então vou jantar e dormir que é melhor, quero logo que chegue amanhã para que possa vê-la novamente e espero poder oferecer-lhe mais uma carona.
Bom, no outro dia nos vimos, nós conversamos mais um pouco, final da aula chega e hoje eu a ofereci um cigarro. Ela disse que hoje não precisava, ela tinha o dela. Eu a ofereci uma carona e ela disse que isso ela não iria recusar, si não me incomodasse:
- Claro que não, que é isso, é sempre um prazer poder ajudá-la. – confesso que nessa hora eu dei um sorrisinho sacana e para minha surpresa ela retribuiu.
- Tudo bem.
Entramos no carro, eu já sabia o caminho então aproveitei para conversar mais com ela:
- Então, mal podemos conversar na aula, me fale um pouco de você.
- Desculpe, mas não sei muito me descrever, aliás, acho que não sei nem decifrar-me, nunca parei para pensar, acho que sou isso que me mostro, basta prestar atenção. – ela riu.
- Mais atenção que eu já presto em você? – deixei escapar essa, propositalmente claro.
- Nossa! – ela ficou muito vermelha, suas sarnas davam um charme diferente e especial a ela desta maneira, sua boca molhada, aquele sorriso tímido aberto era muito charmoso e não nego que me enchi de prazer em beijá-la naquele exato momento, era o que eu queria, poder decifrá-la.
- Desculpe se, fui muito, bom, não sei dizer, acho que, - ela me interrompe.
- Não, que é isso, não tem problemas, só queria ter sido eu a ter dito isso. – ela riu e abaixou a cabeça e eu me surpreendi e ri de volta para ela.
Chegamos à frente da casa dela e para se despedir de mim, ela me deu um beijo, no rosto, mas não nas bochechas e nem na boca, nem na testa, nem no queixo, foi um quase beijo na boca, no cantinho do lábio superior do lado direito. Nossa aquilo me deixou com uma vontade enorme de agarrá-la, ela virou e quase saindo do carro eu a segurei pelo braço, ela virou e olhou para mim, esperou que eu fizesse alguma coisa, mas eu não consegui e a soltei, ela sorriu e saiu me gritou tchau e um até amanhã e eu retribui.
É engraçado como as coisas acontecem, foi tudo de uma maneira muito rápida, mas muito natural, de acordo com o que queremos e desejamos. Eu particularmente acho isso muito legal e até fofo. Passamos a semana com essas provocações e enfim chega sexta-feira. Mais um dia comum, querendo ou não, até o final da aula, como de costume eu sempre oferecendo uma carona a ela, mas hoje, ela recusou e tudo bem por mim, ela talvez fosse passar em algum lugar por perto. Ao sair, me deparo com ela entrando em um carro, passo ao lado do carro bem devagarzinho e vejo ela conversando com um menino, até que ele a puxa e beija, ela retribui mas, ela abriu o olho logo quando eu estava passando e olhou para mim, viu que eu estava vendo, largou do menino, eu, abaixei minha cabeça e segui reto. Nossa, aquilo, não sei por que me tocou de alguma maneira, foi ruim. Bom, o jeito era seguir para casa e esquecer isso pois, não podia acabar com meu final de semana pensando naquela cena não é?
O final de semana passou mais rápido do que eu esperava, é domingo, estou aqui na sala lendo um livro, sai ontem e sexta com uns amigos, fomos tomar algumas cervejas, dar umas voltas, pelo menos esses eu não preciso bajular para me darem um pouco de atenção, já me conhecem, não gosto mesmo e de ter que me entrosar com os outros para ganhar a amizade deles. Mas esse domingo, parece que não acaba nunca e hoje, logo hoje, Andréia não sai da minha cabeça, não acredito que vou estragar o restinho do meu final de semana com isso, meu Deus. É tarde, melhor jantar e ir dormir, de novo, não posso ficar com isso no pensamento. O que aquela menina tem, ela me enfeitiçou. E si ela é hetero, porque ficou de insinuações para mim e dando corda desde o inicio a tudo isso, droga, podia ter sido diferente. Mas porque eu estou me roendo desse jeito? Ai, Milena, cama! Já!
Mais uma segunda, normal, meio dia e meia e cá estou eu de pé, fazer o almoço correndo de novo, algo de leve e ir para a faculdade. Hoje passei o dia de cara amarrada e reparei Andréia olhando para mim em muitos momentos das aulas. Hoje, nem cigarro eu trouxe para não correr o risco de ela vir me pedir um e eu não sei nem porque estou assim. Tudo bem que aquilo me incomodou mas eu não devia estar desta maneira. Ao entrar no meu carro, Andréia chega à janela:
- Será que, pode me dar uma carona? – me pediu, muito sem graça.
- Tudo bem, é caminho mesmo. – respondi de cara amarrada.
Andréia sentou tímida e receosa talvez pelo que aconteceu, ficou um pouco calada mas logo abriu a boca:
- Será que eu podia saber o que você tem?
- Não tenho nada, por quê?
- Claro que tem, passou o dia estranha comigo, eu queria saber o por quê?
- Olha Andréia, eu até tenho um porque, mas não tenho ao mesmo tempo, entende?
- Talvez eu entenda sim. – ela abaixa a cabeça, já estamos na casa dela.
Meu Deus só me diz o que está acontecendo comigo, eu desejo essa menina comigo, desejo tocá-la, desejo tê-la e preciso disso cada vez mais e obviamente eu agindo assim não irei conseguir:
- Olha, eu só queria dizer que aquilo não foi nada. – disse Andréia.
- Eu sei que não, para mim não. – respondi com ar de quem não ligasse, idiota.
- Então, ta. – Andréia abre a porta do carro e vai saindo, eu a puxo.
- Andréia, desculpe, olha, eu não tenho direito nenhum de estar assim com você, se parar para pensar eu não tenho nem motivos, é só que, não sei explicar sabe, eu só queria, - mais uma vez ela me interrompe e desta vez eu agradeço. Andréia me beija, mas não era qualquer beijo, parecia meu primeiro, nunca havia sentido uma boca como a dela, macia e de um sabor inexplicável, os movimentos de sua língua acompanhavam e se encaixavam perfeitamente aos meus, era um encaixe perfeito e eu já não conseguia mais a parar de beijar. Segurei os cabelos de sua nuca a empurrando para minha boca. Ela esticou as costas como si aquilo aguçasse alguma coisa nela, vi os pêlos de seu braço eriçados e aquilo estava me deixando cada vez mais louca, me sentia quente. Andréia segurou na minha cintura e apenas se entregou, nossas bocas pareciam ter grudado e o beijo não parecia que ia ter fim mas eu parei, olhei fundo nos seus olhos e Andréia me retribuiu esse olhar, parecia que aquilo estava escrito e aquele momento tinha que ser perfeito daquele jeito. Me esqueci de tudo e voltei a beijá-la. Andréia parou, disse que tinha que ir, me deu um beijo no rosto de desceu do carro. Eu fiquei no carro, hipnotizando, com um sorriso que vinha de uma orelha a outra. Em poucos segundos Andréia abre novamente a porta do carro, inclina a cabeça e me da outro beijo, para, sorri para mim, aquele sorriso cativante e encantador que só ela tem, volta para a porta me dá um tchau com a mão sai, com um sorriso com o meu, parece que ela gostou, que bom.
Foi uma semana muito feliz, passamos a semana nesses beijos e agora ligações, era muito bom ouvir a voz dela antes de dormir e até antes mesmo de ir a aula, mas eu já não me agüentava mais, mas mesmo assim a respeitava bastante, aquilo era importante para mim e para ela parecia que era também. Era sexta e ao final da aula como era ate de costume ela vir comigo eu já nem dizia nada mas ela disse que tinha que resolver uma coisa e que se ela não voltasse a tempo eu poderia ir sem ela que ela me ligava, tudo bem, fui ao meu carro e ela não estava, dei uns dez minutos mas nada, entrei e fui, ao chegar na rua vejo o mesmo carro da ultima sexta parado e avisto Andréia dentro, não acreditei no que vi, não era possível que ela estivesse tentando manter dois relacionamentos, quando ela me avista eu acelero, ela desce do carro e grita:
- Milena! Milena! – parecia desesperada, não me agüentei e voltei.
- Diga. – e ela entra no carro.
- Me desculpe ter demorado, mas era isso que eu tinha que resolver! Não pensou besteira pensou?
- Não, que é isso. – cara de sínica. Mas não nego que fiquei com muitos ciúmes!
- Amor, perdão não ter te contado, preferia até que não tivesse me visto naquele carro, queria apenas terminar tudo aquilo e sair. Quero ser tua! – paramos em frente ao apartamento dela.
- Sério? – eu perguntei já com os olhos brilhando.
- Olha, eu sei que faz pouco tempo, mas eu não sei, sinto alguma coisa diferente em mim desde a primeira vez que a vi na mesa, próximo a cantina e,- finalmente uma oportunidade surge para eu interrompe-la e a beijo.
- Não sabe o quanto fico feliz ouvindo isso!
- Quer subi? – ela me convida. - Deixa eu te mostrar meu apartamento amor!
- Bom, pode ser amor. Vamos.
Eu estaciono e subimos:
- Fique a vontade. – ela me fala com um sorriso estonteante!
- Obrigado amor! – ela me mostra a casa toda, a sala, a cozinha, onde bebemos uma taça de vinho, me mostrou um banheiro, a varanda e parece que propositalmente deixo um lugar por ultimo, o seu quarto.
- Bom amor, só falta um lugar. – ela me fala com um sorriso bastante insinuante.
- É? – eu digo com a mais cara de safada do mundo, meu Deus não me contive. Andréia pega pela minha mão e me leva até seu quarto, ela se senta na cama, eu sento do lado dela e Andréia começa a me beijar. E que beijo. Após isso ela pede para eu ficar a vontade, pede uma licença para ela tomar um banho. Tudo bem, ela foi, eu liguei a televisão e fiquei assistindo um filme que passava lá. Minutos depois a porta do banheiro se abre, a fumaça da água quente sai trazendo consigo um cheiro de pêssego, Andréia havia passado um creme diferente hoje. Quando a fumaça se espairece, Andréia, de toalha vermelha, ela apaga a luz do quarto e do banheiro, deixa de fundo apenas a luz da televisão, eu mal piscava o olho, Andréia para de frente a mim e deixa a toalha cair! O corpo dela era lindo, apesar da pouca luz pude reparar que ela tinha algumas sarnas no seu peito também, eram bonitas, seus seios eram durinhos e sua silhueta bastante fina, dava uma bela curva até sua bunda e suas pernas, bem definidas. Andréia não era sarada, mas também não era magrinha, era aquele tipo normal, nem com muita coisa nem com pouca, o tipo de mulher ideal que todos desejariam ter. Andréia solta um suspiro:
- Eu falei sério quando disse que queria que me tivesse. – ela me diz, com um ar de anja e inocente nos olhos! Não sei como ela conseguiu fazer isso naquela hora!
- E quem disse que eu menti quando disse que queria te ter? – eu respondo e a puxo para mim. Andréia se senta no meu colo, de pernas abertas, como si estivesse encaixada em mim, nua! Nós começamos a nos beijar, o mundo pareceu parar pra gente poder aproveitar aquele momento como si fosse o último. Eu me levantei com ela encaixada em mim e a deitei na cama. Olhando para ela, tirei minha blusa, tirei minha calça e me deitei sobre ela, passei a mão em seus cabelos e fui descendo, passando a mão devagarzinho por todo seu corpo, peguei sua mão, beijei, beijei seu rosto, beijei sua barriga, beijei sua boca! Olhei bem fundo em seus olhos e Andréia pareceu ter se sentido como a única mulher no mundo e para mim era, ela me deu um belo sorriso e eu voltei a beijá-la. Passar a mão em seus seios foi uma sensação muito prazerosa, Andréia estava com os biquinhos duros e eu já não resistia passar a língua nos seus seios. Chupei-os com gosto, passava minha língua em movimentos de círculos empurrando para dentro o biquinho dela e ela empurrava minha cabeça contra ele com si aquilo a fizesse ter mais prazer, ouvi um pequeno e suave gemido de Andréia, ela realmente gostava daquilo. Fiz aquilo nos dois seios e voltei a beijá-la. Desci minha mão até sua boceta, Andréia estava molhada e como aquilo era gostoso, passava a mão em movimentos de vai e vem por cima do seu clitóris e por toda região inferior de sua boceta, aquilo era muito gostoso e eu também já estava muito molhada com aquilo! Depois de tanto ter desejado Andréia, aquilo parecia um sonho, eu já ficava perturbada só de desejar Andréia, poder tê-la, estar com ela ali só para mim e eu á deixando molhadinha, meu Deus! A vontade de comer Andréia me consumiu, mas não podia acabar com um momento daqueles assim tão rápido. Andréia soltava gemidinhos suaves em meu ouvido, como si eles pedissem que eu acelerasse, eles pediam para eu fazer Andréia gozar! Andréia segurou com força meu cabelo e chegou bem perto do meu ouvido e sussurrou:
- Ooh amor, que bom estar assim, aqui com você, era tudo que eu queria, por favor, não pare!
Seu hálito quente me arrepiava os pêlos que viam de meu pescoço, descendo as minhas costas! Aquilo me fazia contorcer por dentro e mais do que um pedido, levava aquilo como uma ordem! Eu estava ali, para fazer tudo e muito mais que Andréia me pedisse só para fazer aquele orgasmos ser o melhor que ela teve em toda sua vida! Por não me conter mais enfiei um dedo em sua boceta, era quentinha, macia e por mais virgem que Andréia já não fosse ainda era apertadinha, era gostosa de enfiar o dedo e pela cara que Andréia fazia parecia que aquilo a fazia ressuscitar de um breve momento de sua vida qual a palavra prazer já não fazia parte de seu dicionário! Andréia se contorcia e no decorrer do tempo coloquei mais dois dedos! O corpo de Andréia já não suportava e seu gozo escorria pela minha mão! Em um ato impulsivo, Andréia jogou sua cabeça para trás e elevou sua coluna para cima e para baixo rapidamente deixando me escapar sua boceta soltando junto com esse movimento brusco um gemido alto de prazer! Uma gota de suor e prazer escorria pelo sua pescoço! Andréia me abriu um sorriso de pureza e me puxou para deitar ao seu lado! Andréia e eu ficamos abraçadas por alguns minutos sem nem abrir a boca. O soar dos suspiros cansados de Andréia renovando suas energia entrevam pelo meu ouvido e me faziam sentir ter cumprido uma missão! Andréia põe uma perna sua sobre minhas coxas:
- Acho que eu poderia te retribuir tudo isso! Você merece! – disse Andréia soltando um sorriso safado!
Não me deu nem tempo de responder nada, Andréia começou a me beijar e desceu até minha barriga, lambendo meu umbigo e passando sua língua em volta dele, Andréia abriu minhas pernas e se colocou no meio delas, subiu e me beijou! Beijava meu pescoço e dava chupões que me faziam soltar gemidos de prazer. Sua língua no lóbulo de minha orelha me deixava em êxtase e eu me sentia querer subir as paredes! Andréia parou por um momento e olhou para mim, lá de baixo mesmo apenas subiu os olhos e deu um sorrisinho meio de lado! Nossa, meu mundo girou com aquilo e eu mal sabia o que era isso, só fui descobrir mesmo o que era ver o mundo girar quando Andréia abaixou sua cabeça e devagarzinho colocou sua boca em minha boceta, nossa, ai sim meu mundo girou. Eu podia sentir a língua áspera de Andréia passando, indo e voltando, fazendo movimentos qual nem podia decifrar quais eram e pouco tempo depois sua língua já estava entrando e saindo de minha boceta! Era um encaixe perfeito! Andréia chupava meu clitóris, hora devagar, hora rápido, passava a língua, enfiava a língua e eu quase pedindo arrego, eu podia sentir eu gozo chegando e eu tentava me segurar para que isso não acabasse mas Andréia passou a chupar freneticamente meu clitóris, aquilo me deixou louca, tenho certeza que Andréia podia me ver virando os olhos, meu corpo tremia anunciando o gozo e eu já não podia me agüentar, gemia alto, empurrava a cabeça de Andréia contra minha boceta, puxava seus cabelos e pedia para que não parasse:
- Ai amor, vai, não para, por favor, está quase lá, quase lá, não para! Aaaai! – e eu gemia sem parar, e os gemidos só aumentavam!
Os espasmos eram muitos e cada vez mais rápidos e intensos até que gozei, foi uma loucura, o orgasmos mais prazeroso de minha vida! Empurrei a cabeça de Andréia e recostei minhas costas por inteiro na cama, senti aquele líquido quentinho e gostoso descendo até meu anus! Andréia me olhou novamente com aquela cara de safada:
- Deixa eu te limpar amor? – pediu Andréia e sem eu nem responder, começou a passar vagarosamente sua língua por minha boceta se estendendo até minha bunda, meu anus, e como aquilo era gostoso! Desejei ali mesmo que Andréia comesse minha bunda, mas achei melhor não falar nada, pelo menos nessa primeira vez, mas foi maravilhoso, me entreguei de corpo e alma para Andréia que acho que até minha alma tremeu com esse orgasmo! Me transportei para outro plano com isso! Perfeito! Mal recuperada, deitei Andréia ao meu lado e lhe dei um beijo, longo, qual pude me deliciar com meu próprio meu, limpei em volta de sua boca todo meu néctar que a deixava lambuzada e Andréia correspondia ao meu beijo como si ainda procurasse a onde estava o néctar, que eu não deixei nenhum pouco para ela:
- Tão bom ver você desta maneira! – dizia Andréia, olhando para mim, suada e com a respiração ainda ofegante pelo orgasmo. – Você parece um anjo, assim, descansando!
Aquela menina era um encanto e eu estava cada vez mais apaixonada por ela! A relação que nossas corpos tinham, parecia como si eles tivesse si tocada milhares de vezes antes, como si fosse de costume além de feitos um para o outro e que eles se adivinhavam, desejos e sensações! Ficamos deitadas, abraçadas, assistindo televisão, conversando coisas fúteis, demos risadas! Andréia me beija, diz que aquela noite teria sido a melhor noite da vida dela e que ela nunca teve nem quis ter ninguém com ela me teve:
- Perfeito estar aqui com você, poder passar a mão em você, te ter! Promete não sair de perto de mim, o que eu quero com você não é só sexo! É amor! Não sei si posso ta sendo muito precipitada, mas sou assim e peço desculpas se te assusto! – Andréia abaixou a cabeça com um ar de desapontada consigo mesma pela incompreensão de seus atos.
- Olha, é sim, muito perfeito está aqui com você e se for para se precipitar, vamos nos precipitar juntas, porque eu sinto o mesmo por você! – eu levantei seu rosto puxando-a pelo queixo e sorri para ela! Seus olhos brilharam e ela sorriu junto a mim, nos beijamos e aquilo pareceu à coisa mais importante do mundo àquela hora e talvez fosse! Eu me senti uma criança dando seu primeiro beijo, era mágico, me senti inexperiente, com medo de que qualquer movimento brusco que fizesse fosse machucar aquela flor, não a única mais a mais linda de todo o mundo e eu sou a mulher mais sortuda por ela ter nascido no meu jardim. – Tudo que eu quero é te ter e cuidar de você! – Andréia suspirou com minhas palavras, seus olhos brilharam! Ali pude ter certeza, plantei o mesmo sentimento que havia em mim no coração dela!
ADY
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