“Dizem que quando amamos,é pra sempre e por mais longe que a pessoa esteja,nós recordamos cada bom momento que passamos com ela.”
CAPITULO 1: PRESTES A CASAR.
1983
Marcelo era meu primo,mais o meu melhor amigo e mais do que isso,ele era o amor da minha vida.Só que em meio das tempestades que a vida nos proporcionou acabamos nos separando e seguindo rumos diferentes,ainda tenho tudo guardado em minha mente,de como começou e de como terminou.
Éramos pequenos,tínhamos na faixa de uns 5 anos quando tudo começou.Quando ele e seus pais vinham me visitar gostávamos de brincar no meu quarto,mexendo em um enorme guarda-roupa que lá havia,porém metade dele era completamente vazio.As vezes ficávamos lá,escondidos em silêncio.Mas em uma tarde,ele veio me visitar com seus pais,fomos direto brincar no meu quarto.Entramos no guarda roupa e ele me disse bem baixinho quase ao pé da minha orelha:
-Nando,vamos brincar de namorar?
-Que?Como?-Perguntei sentindo um friozinho na barriga.
Ele não disse mais nada,senti seu corpo se aproximar do meu cada vez mais,eu não podia ver nada pois dentro do guarda roupa era muito escuro,ele colocou a mão em meu rosto e logo em seguida me beijou na boca.Era um beijo totalmente inexperiente,não foi de língua,foi somente grudar os lábios.O frio na minha barriga se espalhava por todo o corpo,tudo era uma descoberta pra mim.
Aquele beijo mudou tudo,mudou as nossas brincadeiras,mudou a minha forma de vê-lo.Depois daquele dia,toda vez que ele ia na minha casa,gostávamos de entrar no guarda-roupa e lá ficarmos em silêncio nos beijando.Eu não me perguntava se aquilo era certo ou errado,somente gostava de aproveitar cada beijo,cada minuto que passava com ele a minha paixão aumentava.Mas não tínhamos coragem para dizer isso para nossos pais,mantínhamos tudo em segredo,somente o guarda-roupa era testemunha do que nós fazíamos.
Conforme íamos crescendo,tudo ia ficando mais intenso,aprendemos a beijar de língua,o que era muito mais prazeroso.Em uma tarde de domingo,quando já tínhamos 8 anos,Marcelo pegou uma tesoura e uma lanterna e bem nos fundo do guarda roupa,onde nenhum adulto entraria,escreveu raspando a ponta de tesoura na madeira “Marcelo e Hernando”.
Fomos crescendo cada vez mais e mais,quando íamos entrando na Adolescência nossos corpos sofreram mudanças.Entre os 13 e 14 anos ficamos muito grandes para caber no guarda-roupa.Em um dia de sábado,trancados no meu quarto nos abraçando e nos beijando,fui mais além disso,senti uma vontade imensa de explorar todo resto do corpo dele com a boca.Eu sentia muito prazer em sentir o calor de seu corpo,de sentir o seu cheiro,era como se banhar em um profundo êxtase.Passei a mão em sua barriga por debaixo de sua camisa.Ele retribuía com gemidos afogados pelos nossos beijos.Tirei sua camisa,minha boca deslizou até seu pescoço,e depois desceu até seu peito e sua barriga.Era uma ótima sensação de prazer,sentir o gosto daquele lindo corpo em minha boca.Eu senti um prazer indescritível,tudo era tão bom e tão perfeito.Eu senti que entre suas pernas algo ficava cada vez mais duro e queria se libertar.Lhe lancei um olhar,ele suspirava com os olhos fechados.Abri o zíper de sua calça e a abaxei completamente.Agora ele estava somente de cueca,passei a língua por suas pernas e coxas,e finalmente abaixei sua cueca.Seu pênis era quase igual ao meu,a única diferença era que ele era um pouco mais fino.Como eu já tinha visto em diversos filmes e revistas pornográficas,não perdi tempo e comecei a chupar seu pau.Era uma das melhores sensações que eu já tinha sentido na vida,ele gemia baixinho,para que ninguém além de nós ouvisse.Eu podia sentir seu pau pulsar em minha boca,cada vez mais eu chupava com mais intensidade,até que em um momento ele gozou na minha boca.Quando senti o gosto daquele liquido,resolvi engoli-lo,não era ruim e me dava prazer.
Depois disso,toda vez que ele ia na minha casa (ou eu na dele) fazíamos a mesma coisa,só que as vezes ele me chupava.
A meu pedido,meu pai me matriculou na mesma escola que ele.Era muito bom,as vezes fugíamos das aulas e ficávamos escondidos em um salinha deserta que lá havia,somente nos beijando e as vezes nos chupando.
Em um dia depois da aula Marcelo foi em minha casa,meu pai e minha mãe estavam trabalhando e meu irmão Dante,que era uns 3 anos mais velho que eu, tinha saído.Entramos no meu quarto e nos trancamos.Ficamos nus na mesma hora,ele deitou-se em minha cama e eu caí de boca em seu Pau. Mas ele me disse que queria praticar algo diferente naquele dia.Foi naquele dia que praticamos pela primeira vez sexo anal.
Ele era a pessoa mais amorosa que eu já conheci,as vezes nos momentos vagos na escola íamos para um pequeno campinho que também,assim como a salinha,pouco habitado.Ficávamos lá,trocando juras de amor,dizendo um pro outro que iríamos nos amar pra sempre.
Mas tudo mudou rapidamente,assim como o tempo limpo muda para a tempestade repentina.Em um sábado ele veio nos visitar,já pelo seu rosto ao entrar na minha casa percebi que algo não estava bem.Entramos no meu quarto e ele me contou o que havia acontecido.Seu pai havia se decidido se mudar para Minas Gerais (que ficava longe de São Paulo,onde morávamos).Tudo por causa de seu irmão mais velho,Guillermo,que tinha conseguido abrir um grande negocio por lá e crescido muito na vida, e como há alguns tempos seu pai se encontrava desempregado,sobrevivendo apenas de uma pequena herança que guardava a anos de seu falecido pai,decidiu-se mudar para lá para fazer parceria com o filho.Marcelo me disse que não havia o que fazer,já tinha chorado para o pai,implorado,mas realmente se ele não fosse iam acabar passando necessidades.Ele me disse que aquela seria a ultima vez que nos veríamos,pois iriam viajar na semana seguinte em um ônibus mandado pelo próprio Guillermo.
Aquela tarde foi a mais triste da minha vida,nossos beijos se transformavam e choro,um choro amargo,um choro de dor,era como se uma parte de mim morresse.Minha alma sentia dor,uma dor inconsolável,era como se eu nunca mais fosse vê-lo na vida,de fato naquela tarde,o meu mundo acabou.Ele tentava me beijar,mais não conseguia entre soluços,tudo tinha gosto de dor.Sentados na cama,ainda chorando olhei para o guarda roupa,fui até ele e abri uma de suas portas.Eu não cabia completamente lá dentro,mas ainda dava pra me sentar lá dentro.Marcelo veio e abriu a outra porta do enorme guarda roupa e sentou-se do meu lado.Ele me abraçou e me beijou levemente.
-Esse Guarda-Roupa...Vai ser a prova e a... a lembrança de que um dia o nosso amor existiu.-Eu disse soluçando e limpando as lágrimas do rosto.
-Você não sabe o quanto eu te amo Hernando,eu nunca vou te esquecer.-Disse Marcelo,meio rouco.
Ele pegou uma pedrinha pontuda,que se encontrava dentro do guarda-roupa,e lá na parede de madeira dele,desenhou um coração,logo após soltou a pedra e acariciou o meu rosto e me beijou,aquele foi o beijo mais profundo que ele já havia me dado,foi o melhor de minha vida,eu seria capaz de dar tudo para que ele não acabasse jamais.Mais algo nos interrompeu,seu pai gritou (aparentemente de longe) que já era hora de ele irem para casa.Pulamos do guarda roupa,peguei um lenço na minha cômoda e enxuguei os olhos de Marcelo.Logo em seguida ele segurou meu rosto e disse bem baixinho:
-Por favor,nunca se esqueça de mim.
-Nunca vou esquecer,quem sabe algum dia eu vá te visitar.-Eu disse também baixinho.
-Espero que sim.-Disse ele.
-Vamos Garoto.-Gritou o pai dele de novo.
Dei mais um beijo nele e um abraço.Aquele abraço me fez sentir que eu era parte dele e ele era minha parte,era como se fossemos um só,mais quando nos soltamos senti parte de mim sendo arrancado,parte da minha alma sendo dividida.Foi uma das piores horas da minha vida,quando ele destrancou a porta me lançou mais um olhar e falou somente mexendo os lábios “Eu Te Amo” e depois trancou a porta.
Depois daquilo só me restava lembranças,eu chorava intermináveis dias (sempre escondido) me lembrando de quando eu era feliz ao lado da pessoa que eu mais amava no mundo.Eu sentia falta de tudo,do calor dos nossos abraços,dos nossos beijos e das nossas relações sexuais.
O tempo passou,cansei de chorar feridas que nunca se cicatrizavam,continuei a vida,mais com ele na lembrança.Meu pai subiu bastante na vida,conquistou um dos melhores cargos da empresa em que trabalhava.Me mudei de escola e lá conheci uma garota chamada Gracyanne por quem me apaixonei.Eu havia me apaixonado por ela,mais não era a mesma coisa do meu amor por Marcelo mais me dei conta que ele não voltaria nunca mais.
Anos se passaram e meu namoro com Gracyanne ficava mais sério a cada dia,eu nunca havia contado a ela sobre o meu caso com Marcelo ou que eu sentia atração também por homens.Terminei meus estudos e cursei a faculdade de Advocacia,segundo a vontade de meu pai.Eu já tinha me tornado um homem completo.
Um dia estávamos eu minha mãe e meu pai a mesa,jantando quando meu pai me perguntou se eu não pretendia me casar com Gracyanne,eu respondi que pretendia mais ainda não estava pronto financeiramente.Ele me disse que isso não era problema,que eu podia contar com ele.Ele me prometeu me dar uma casa na serra perto da praia.Ele tinha uma casa na Serra a muitos anos,talvez por Hobby meu pai vivia enfeitando aquela casa,era imensa,tinha duas piscinas,um lugar reservado somente para jogos,coqueiros,bananeiras enfeitavam o local.Meu pai revelou que guardava aquela casa para quando eu me cassasse,ele me disse que pagaria todos os custos do casamento e uma grande festa,e ainda de quebra me disse que ia me dar mais um carro (porque eu já tinha um).Fiquei maravilhado com tudo,Porém não surpreso pelo fato de meu pai ter dado quase as mesmas coisas para meu irmão,quando ele ia se casar.Eu estava disposto a me casar o quanto antes.
Qualquer homem explodiria de felicidade ao saber que iria se casar e ainda ficar muito bem de vida.Eu estava muito feliz,mais eu sentia que ainda faltava alguma coisa,uma coisa que talvez nem o meu pai e nem a Gracy poderia me dar.
Compartilhei todas as informações do casamento primeiro com o meu melhor amigo Gabriel,que parece ter ficado mais feliz do que eu.O coitado ficou tão feliz que abriu uma garrafa de champanhe para nós bebermos.Bebemos a garrafa toda e depois bebemos cervejas e perdemos a noção.Quando eu acordei estava com uma baita dor de cabeça no chão da casa de Gabriel (que morava sozinho no seu apartamento) e ele estava estirado no sofá com a garrafa sobre a barriga.
Mas tarde comprei a aliança e me declarei pra Gracyanne em meio de uma festa que eu dei em casa.Ela aceitou com grande felicidade.
Começamos a preparar o casamento,igreja,roupa,festa,convidados,meu pai não economizou em nada,fazia isso por pura satisfação.
Finalmente faltava apenas uma semana pro meu casamento,Eu tinha 25 anos e estava a beira de um casamento.
Com meu pai me deu meu carro novo e me deu a chave da casa na Serra,e no mesmo dia me mudei pra lá com Gracyanne.Mas fiz uma exigência,pedi a um amigo que desmontava moveis,desmontar o grande guarda roupa que havia no meu quarto e remontar no sótão da minha nova casa.Aquele guarda roupa era uma das minhas melhores lembranças de Marcelo,eu não queria me desfazer dela.
Eu e ela decidimos convidar os amigos mais íntimos para passar 3 dias com a gente antes do casamento.Convidamos Onze amigos,Gabriel (meu melhor amigo),Samantha,Douglas,Elias,Larissa(irmã de Gracy),Gabriela,Fernanda,Giorgio,Breno,Dante (Meu Irmão) e Carolina(Esposa de Dante).
Há quatro dias antes do casamento recebi um telefonema.
-Alô.-Eu Disse.
-Oi Hernando,é você?
-Sou eu sim,quem fala?
-Sou eu Marcelo seu primo,lembra?
Minhas pernas bambearam e eu comecei a tremerPessoal,agradeço a quem leu este conto.
Por Favor,peço que comentem.
Aguardem!!!
