No conto anterior…
(…) – Bom dia! – falei ao vê-la abrir os olhos lentamente. Os mesmo olhos arregalaram-se de espanto.
– Onde estou?
– No nosso quarto, porque?
– Quem… quem é você? – perguntou saindo da cama cobrindo-se com o lençol vendo-se nua (…).
(…) – Lembro da minha infância, da escola, mas não de você (…).
(…) Fiquei pensado se aquela amnésia tinha alguma ralação com o extremo tesão que ela estranhamente vinha sentindo. Uma anormalidade após a outra, (…).
(…) À noite, Jean apareceu, para aumentar meu sofrimento, mas o espantoso era que ao menos dele ela lembrava levemente. Conversaram por algum tempo deixando-me de lado (…).
(…) – Você não o conhece, Marina. Ele a deixava com notas abaixo da média só para lhe dar uma atenção especial. Ele só quer se aproveitar de você.
– Ele se propôs me ajudar. Até agora o único que tentou se aproveitar de mim foi você.
– Mas eu sou seu namorado.
– Eu nem te conheço.
– Você me ama e eu a amo.
– Eu não te amo! (…).
(…) Ela me acarinhou o rosto com as costas da mão e inclinou-se e me beijou suavemente os lábios.
– Está fazendo por merecer – falou voltando a me beijar e me acariciar (…).
Sex In Life 5th Temporada– Cap. VI – Eu Não Conheço Você
Acordei no dia seguinte esperando que Marina tivesse recobrado a memória após uma noite de sono, mas as primeiras palavras do dia que disse foi:
– Oi, bom dia.
– Bom dia – o “oi” indicava que eu era um recém conhecido, um cara qualquer que se arruma para ficar apenas uma noite e se descarta na manhã seguinte.
A memória dela não estava tão ruim, mas pelo fato que eu estar na maioria das memórias recentes alguns fatos ela pode ter esquecido.
– É hoje que vou pra faculdade?
– É… é hoje.
– Tem muitos carinhas legais lá?
– O único carinha legal lá sou eu, seu namorado. Não esqueça isso.
– Desculpa! Eu…
– Tudo bem. Vamos descer e tomar um café. Saímos em uma hora.
No colégio, de todos, ela começou a se lembrar, mas as memórias em que eu estava envolvido, nada.
Não conseguia me concentrar direito no projeto que estávamos desenvolvendo. Afastei-me um pouco dos colegas e fui para a biblioteca, talvez encontrasse alguma coisa relacionada ao problema de Marina. Na realidade eu não sabia se era psíquico,… físico,… biológico,… enfim, tudo que eu sabia era que antes de perder a memória ela estava eletrizada de tesão. Buscas na Internet só são eficazes quando você sabe o que está procurando. Digitando algo relacionado a “Amnésia parcial”, ou “Excitação + Amnésia”, “Excitação sexual + Amnésia + Esquecimento de uma pessoa”, “Amnésia + Esquecimento de uma pessoa”, e por aí vai,… Tanta coisa me era apresentada, mas nenhuma me dava uma linha exata de raciocínio.
– Posso ajudá-lo? – perguntou a bibliotecária.
– Não… é… talvez… – me recompus – Não sei bem o que estou procurando, mas está relacionado com esses assuntos.
– “Amnésia e Esquecimento de uma pessoa”?
– Sei que parece loucura, mas uma pessoa com amnésia, mesmo que parcial não pode simplesmente esquecer que uma pessoa existiu, quero dizer, ela tem memórias nítidas de seu passado, mas tudo que está relacionado com uma determinada pessoa desaparece da mente – A bibliotecária franziu entre as sobrancelhas – como se essa pessoa nunca tivesse existido.
– Talvez algum trauma, pode ter acarretado isso.
– Não houve trauma. Isso aconteceu da noite pro dia. Eu não vou entrar em detalhes porque já vi que não poderá me ajudar.
– Tem uma livraria há duas quadras da faculdade. Eles têm de tudo.
– Obrigado!
Eu precisava estar de volta ao colégio antes do intervalo, então, fui rápido. A livraria não ficava muito longe. Assim que entrei, a tradicional sineta sobre a porta anunciou minha chegada. O velho, aparentemente judeu, me recebeu sorridente, mas permaneci na minha, olhei alguns livros, mas nem perto do que eu buscava.
– Onde estão os livros de psicologia?
– Quarto corredor, sexta fileira da direita.
Rumei para lá, analisei alguns, folheei, mas sem progresso.
O velhinho me seguia com os olhos esperando ser útil na minha busca.
– Quer alguma ajuda?
– Quero algo relacionado à amnésia.
– Na parte de cima da prateleira – ele apontou – Algum caso em especial?
– Esquecer uma pessoa, apagá-la completamente da memória, incluindo tudo a que essa pessoa está relacionada.
Ele franziu entre as sobrancelhas, cofiou a barba branca e rala e ajeitou os óculos.
– Isso foi precedido de um alto desejo de relação sexual?
Espantei-me.
– Justamente.
– Tenho um exemplar único – ele se virou e começou a andar entre os corredores de livros, e eu o seguia, entramos numa sala aos fundos, onde estava repleta de livros empoeirados – Guardo aqui alguns livros interessantíssimos que nunca consegui vender, são apenas algum porque a maioria eu mando de volta… Vejamos,… deve estar aqui em algum lugar… Sabe, as pessoas ultimamente não estão muito interessadas em mitologia grega.
– Mitologia? Não eu estou procurando…
– Aqui está, “A maldição de Antares”.
Eu nunca fui supersticioso, mas aquilo era o que mais tinha a ver com o caso de Marina até agora.
– Do que se trata?
– Adônis, um mortal, e Afrodite, deusa do amor e da beleza, eram amantes, até que Hefesto, deus do fogo e do ferro, marido de Afrodite, desconfiou dessa suposta traição, bem como os outros amantes dela. Ares, deus da guerra, foi quem e matou Adônis. Entretanto, desse relacionamento havia nascido um semideus, Antares, o qual foi amaldiçoado.
– Quanto custa?
– Quanto você tem? – definitivamente era judeu.
– Qual é? O livro não saiu da prateleira há décadas… eu quero comprá-lo.
– Esse exemplar é único. Em todos esses anos nunca vi outro, nem mesmo outros livros desse mesmo autor.
– Duzentas libras.
– Esse livro é antigo. Artigo raro. Deve valer no mínimo quinhentas.
– Q… Quinhentas?! Trezentas e cinqüenta. É minha oferta final.
– Será que o Museu pagaria um bom preço? Uma relíquia dessas deve valer uma fortuna.
– Quinhentas. Eu pago quinhentas libras.
Um terço do meu salário se foi.
Com o livro em mãos voltei para a faculdade e me enfiei na biblioteca até o fim das aulas.
Na volta para casa, Marina estava curiosa.
– Que livro é esse – perguntou vendo o mesmo no banco de trás do carro.
– Espero que seja algo útil para nós, para resolver seu problema.
– E qual é esse problema?
– Vai parecer invencionice, mas acho que você carrega uma maldição.
– Você é um homem da ciência. Como pode acreditar nisso?
– Não há mais nada que explique você me apagar da memória. Pode acreditar, eu procurei e isso foi o mais próximo que cheguei.
– Ok, então, façamos de conta que eu esteja amaldiçoada…
– A maldição de Antares. Afrodite era casada com Hefesto, entretanto ela não o amava, havia outros amantes, deuses e mortais, dentre esses, Adônis o qual ela se apaixonou pela beleza, da qual ela não permitia que outro tivesse, com ele teve um filho, Antares. Adônis foi morto por Ares e Hefesto amaldiçoou Antares.
Antares amou um a mulher, mas como a maldição descrevia, ele a amaria intensamente, pelo seu lado semideus, mas em poucas noites a mulher que amasse seria extirpada de suas lembranças.
– Como aconteceu conosco, segundo disse.
– Sim. Ela não suportou a rejeição do amado e se atirou de um rochedo. Entretanto, ele nunca se lembrou dela novamente…
– Arthur, então…
– Eu não sei, mas eu não pretendo me matar antes de fazê-la se apaixonar por mim novamente – retomei o comentário do livro – A alma de Adônis passou a eternidade lamentando-se de seu filho e lamentando-se pelas mulheres que ele perdia. Ele desceu ao submundo, Perséfone, a rainha do mundo inferior, esposa de Hades, muito bonita, segundo a mitologia, a qual havia também se apaixonado por ele (foi a causa da disputa entre ela e Afrodite) fez uma proposta que ajudaria o filho de Adônis.
– Que proposta foi essa?
– Eu não sei, ainda não terminei de ler. São 1.500 páginas…
À noite, Marina preparou o jantar, mas eu permaneci agarrado ao livro lendo-o incessantemente. Ela também estava impaciente; queria saber o que seria dela, o que seria de nós, o que seria de mim.
– Descobriu mais alguma coisa? – perguntou Marina achegando-se a mim, na sala e estendendo-me um prato de comida quentinha.
– Adônis aceitou ser seu amante, em troca ela o ajudaria. O acordo foi que Antares amasse uma mulher que já fosse amada de outro e tivesse um filho com ela, assim Hades, seu marido, ganharia a alma da mulher. Mas a alma do filho de Adônis pertenceria a ela irrevogavelmente, a menos que tivesse uma criança com uma mulher. Adônis questionava, pois a mulher poderia rejeitar Antares, causando-lhe mais dor. Ela pediu a Cronos que apagasse da mente da mulher escolhida o seu antigo amor, que a regressasse no tempo e lhe desse um novo passado podendo então construir um novo futuro ao lado de Antares, uma espécie de espelho da primeira maldição.
– Então,… eu fui escolhida para ser mulher de um semideus para que esse salvasse sua alma?
– Não se esqueça que você me amava e agora não sabe nem quem sou eu. Sendo assim, alguém irá tomá-la por mulher e ter com você um filho, daí sua alma estará para sempre perdida, condenada ao mundo inferior.
– Credo, Arthur! Isso assusta, mesmo que sendo pura mitologia.
– Há mais coisas entre o céu e a Terra que nossa vã filosofia possa explicar – falei depositando já vazio o prato sobre a mesinha.
– Mas você não vai deixar isso acontecer comigo, vai?
– Eu espero poder evitar isso.
Por alguns instantes, Marina ficou muda. Com os olhos arregalados de medo procurando algo nos cantos escuros da sala iluminada apenas por um abajur. A luz da cozinha entrava, mas não era o suficiente para tirar o clima sombrio que havia ficado.
Marina deu um grito ao sentir algo sobre sua mão. Era a minha.
– Calma! Eu estou aqui.
Ela me abraçou assustada.
– Por favor, Arthur. Não deixa ele me levar – ela me abraçou mais forte.
Era difícil não sentir o delicioso cheiro de seu condicionador e seus cabelos sedosos roçando o lado do meu rosto. Seu corpo junto ao meu, seus seios comprimindo-se em meu peito.
– Por que tinha que ser eu? – indagava.
– Eu não sei… eu não sei.
Depois de algum tempo abraçados, puxei sua perna passando sobre as minhas, deixando-a sentada de frente para mim em meu colo. Ela não me reprimiu.
– Posso estar me apaixonando por você, Arthur.
– Isso me deixa feliz e ao mesmo tempo com medo, pois isso significa que você será tirada de mim o mais cedo possível.
– Não vamos falar nisso mais – disse suavemente me beijando com sensualidade.
Alisei seus cabelos, enquanto ela me subia a camisa. Tirei-lhe a blusa e o sutiã, passando a chupar seus seios com sofreguidão e luxúria. Suas respiração tornava-se acelerada e arfante. Gemia de desejo. Tirei seu short a calcinha e finalmente ela me tirou a calça e a cueca. Ajoelhada no chão, Marina abocanhou meu pênis e me chupou com maestria. Engolia tudo e balançava a cabeça, subia e descia, lambia, chupava e sugava. Sua língua macia e quente envolvia meu membro e me encharcava com sua saliva doce.
Sua delicadeza ao poucos ia ganhando intensidade e me levava ao delírio. Segurei-a pela cabeça e esperei. Suportei. Até que meu gozo explodiu enchendo sua boca.
– Quero que tê-lo dentro de mim de novo.
Nos pusemos de pé e ainda abraçados, trocamos olhares. Ela parecia entranhar alguma coisa.
– O que foi?
– Isso tudo é muito estranho. Por diversas vezes passa na minha cabeça a possibilidade de você estar tentando se aproveitar de mim. Que tudo que diz é uma grande mentira. Que você pode de fato nunca ter existido na minha vida.
– Então eu sou um louco.
– Pelo menos parece – disse sorrindo.
Voltei a beijá-la e a deitei sobre o sofá. A prendi fortemente para que não pudesse resistir a mim. Sua língua passeava por entre meus lábios em ritmo alucinante.
Direcionei meus beijos ao seu pescoço e colo e logo estava chupando seus seios cheios de sensualidade.
Uma das minhas mãos subia por suas pernas e se esgueirava entre elas até atingir o ponto G. enfiei dois dedos na usa xaninha e esfreguei-os lá dentro. Sua vagina se contraia e seu vente sofria espasmos de excitação. Seus gemidos roucos,… seus suspiros… me deixava louco de tesão. Tirei meus dedos e subi por seu ventre deixando um rastro de seu lubrificante. Impaciente, não pude esperar. Penetrei impiedosamente arrancando dela um grito mudo, que foram seguidos de gemidos irregulares e roucos. Ela estremecia a cada estocada. Deslizava as mãos femininas por minhas costas até os quadris e me puxava para mais junto forçando-me uma penetração ainda mais profunda.
– Eu sou louco, Marina. Sou louco por você.
Mais algumas estocadas e gozei dentro dela com júbilo.
Ainda abraçados e suados nos encaramos novamente. Ela de repente franziu a testa e saiu de perto de mim catando as roupas do chão.
– Marina!
– Me desculpa, Arthur! Eu não sei o que estou fazendo,… eu… eu não conheço você.
Após se vestir ela tomou a direção da porta.
– Onde pensa que vai?
– Para um hotel.
– Não precisa, Marina…
– Eu estou me sentindo uma vadia. Sua vadia.
Segurei-a forte pelo pulso.
– Jamais repita isso. Você é minha namorada e temos toda liberdade sem que as pessoas pensem mal.
– Eu vou para um hotel. Vai ser melhor pra mim, pra nós.
Não seria eu que iria segurá-la, mas minha preocupação era deixá-la sozinha.
Continua…