Sempre achei graça daqueles que afirmam que uma mulher sabe quando vai transar e, por isso, veste sempre uma lingerie provocante.
Naquele dia, essa era a hipótese mais improvável do mundo.
Estava eu quilômetros longe de casa e do meu marido. Em uma cidade do interior mineiro - moro no Recife - concluindo um trabalho que já tinha me rendido três monótonas visitas àquela cidadezinha e, para meu azar, a diretoria da minha empresa não me avisou que a primeira das duas semanas reservadas à visita de conclusão do trabalho teria um feriado local em plena quinta feira.
Por causa disso, ficaria quatro dias sem trabalhar e, por questão de economia, não poderia gastar duas passagens, de ida e volta ao Recife. Teria que passar o feriado lá, descansar o máximo possível e adiantar alguma coisa que não dependesse do cliente.
Estrago feito, resolvi colocar uma roupinha leve, vestidinho solto - fazia muito calor - e sandálias havaianas. Como tenho seios grandes, não gosto de sair sem sutiã e, com aquele vestidinho, dentre as opções de lingerie que levei na mala, só cabia o melhor e mais caro conjunto de meu guarda-roupa, que incluía uma tanguinha de rendinhas (não marcava o vestido) e um sutiã tomara que caia, sem alças.
Saí do meu hotel para jantar em outro hotel, um pouco mais sofisticado, à beira do Rio São Francisco, levando comigo o meu celular, na intenção de ligar para casa enquanto aguardava a comida.
Assim que desliguei o telefone, escutei uma voz conhecida, na mesa atrás de mim. Me virei e percebi que, numa rara coincidência, quem falava era um ex ficante (meu e de metade das minhas colegas de turma), da época de faculdade, quando nem conhecia meu marido. Ele estava ali, sozinho, se despedindo da esposa no celular.
Maurício me reconheceu e, acho que entendiado também, resolveu que não tinha nada a perder e muito a ganhar.
Sentou-e ao meu lado, conversamos descontraidamente, jantamos tomando uma garrafa de vinho e, depois, perguntou se eu queria ver o luar na varanda dele.
Gostaria de dizer que aceitei incentivada pelo vinho, mas não seria verdade. o que me fez ir até aquela varanda foi mesmo a lembrança de como aquele cara fazia gostoso quando ainda tinha vinte anos e a curiosidade de ver o que ele havia aprendido nos últimos dez anos.
Seguro como sempre, ele me beijou antes mesmo de fechar a porta e, segundos depois (não tenho boa noção do tempo nessas horas) estávamos atracados em um abraço de alisar aqui e ali, encostados na grade da varanda, com o rio abaixo.
Nesse momento, retirei um elástico do meu pulso e prendi meus cabelos que começavam a incomodar com a brisa do rio.
Maurício, se aproveitando, puxou meu vestidinho para cima, tirando-o pela minha cabeça e, de repente, parou de agir, meio que intrigado.
Perguntei o que houve e ele, rapidamente, desconversou, corremos para a cama e, enquanto eu me deitava de calcinha e sutiã, ele tirou toda a sua roupa, exceto a cueca box. Nossa, como aquele homem continuava lindo. Aproveitei que ele estava em pé, ao lado da cama e, sentando-me na borda, libertei aquele pênis maravilhoso e comecei a fazer carícias com a língua, da glande ao saco, babando aquele mastro até que fosse possível senti-lo em minha garganta. Não aguentei muito tempo e recuei a boca até que ficasse apenas a cabecinha entre meus lábios. Com a mão direita, fazia movimentos de vai e vem na pele do pênis, cujo ritmo acentuava aos poucos.
Maurício educadamente me avisou que estava prestes a gozar e eu, em resposta, aumentei a velocidade das mãos, abrindo bem a boca para sentir o jato em minha garganta. Que delícia. A sensação do esperma em minha boca foi mais sensacional que muitos orgasmos múltiplos. Tentei beber todo o leite, mas algumas gotas caíram sobre a colcha. Sem pensar, me pus de quatro e lambi a cama como se fosse uma gatinha diante de um prato de leite. Naquela posição, com a tanguinha minúscula enfiada em meu bumbum, Maurício não resistiu e, depois de me dar uns tapas na bunda (surpresa para mim, que não me lembrava de vê-lo com reações desse tipo) puxou a tirinha para o lado, enfiando seu pau até o meu útero.
Ajudei Maurício rebolando freneticamente e, em poucos minutos, gozei urrando. Maurício, ainda aceso, deixou que eu me deitasse e, tirando, finalmente, meu conjuntinho, acariciou meus seios e minha barriga, falando que queria mais.
Agora, na posição tradicional, abri as pernas e recebi meu macho. Olhos nos olhos. Gotas de suor pingando de sua testa... sua respiração ofegante... tudo isso mexeu tanto com a minha libido que gozei incontáveis vezes sem que meu amigo acabasse.
Cansada, pedi uma trégua e Maurício, alegando não conseguir parar ainda, lançou mão da mais indecorosa entre as propostas que se pode fazer na cama. Prontamente aceita, virei-me de bruços, com um travesseiro sob o corpo, na altura do ventre e, após algumas linguadas e a repulsiva cuspida no ânus, tive o prazer de conhecer o sexo anal, conduzida por aquele deus grego sem nenhum escrúpulo.
Quando estava prestes a gozar, não sei se por sacanagem ou precaução, já que sequer nos lembramos da camisinha, Maurício retirou seu membro, virou-me de frente pra ele e lançou seu jato por sobre minha barriga e seios e, em seguida, como um menino levado, brincou com as mãos de espalhar o esperma, limpando seus dedos em meus lábios semi abertos.
Continuamos a brincadeira pelo resto do período que estivemos naquela cidadezinha. Depois de lá, sequer trocamos e-mails, mas jamais me esquecerei de como foi bom aquele feriado, da cara que o Maurício fez quando me tirou o vestido e da explicação dias depois. É que ele pensara que, ao escolher aquele conjuntinho de lingerie, eu decidira, antes mesmo de sair do hotel, que faria sexo naquela noite. Pura coincidência.