Reuniões, 09: A massagem

Um conto erótico de Anjo
Categoria: Heterossexual
Contém 1927 palavras
Data: 12/05/2010 13:05:10
Última revisão: 12/05/2010 13:51:20

Continuação da série Reuniões e você somente o entenderá na íntegra se ler os anterioresREUNIÕES, SOB O LUAR DO SERTÃO - A massagem

Quando escutei o barulho das buzinas e corri para a varanda puxando Nat, parecia que o tempo tinha voltado. Para mim era como se Augusto voltasse de uma longa viagem, mas quando abracei Carmem a impressão foi a mesma que senti de quando papai corria para me abraçar nas vezes que eu vinha para as férias. Com o Manoel foi diferente, senti o mesmo que há muito tempo...

(Impressões iniciais de Maria, mãe de Nat)

Quando o amor entontece

8º Dia

Hoje o Nat demorou a voltar do campo. Todos já tínhamos iniciado o almoço, só minha filha não quis.

- Vou esperar o amorzinho – falou saindo para a sala.

Sinto que esses dois tem uma ligação bem maior que o laço familiar, melhor seria se não fossem primos, mas tenho esperança que eles saibam o que fazem.

- Pôxa amorzinho! Todo mundo já está almoçando – escuto Cíntia reclamando. – Eu to doida de fome e tu se atrasa!

- Ué! Por que tu não almoças? – Nat entra tirando a camisa suada.

- Não sem meu primo do meu lado... – lhe abraça sentindo o suar colar em seu corpo.

- Vou me jogar uma água antes de almoçar, se quiseres vai comer que volto logo.

Nat passa pela copa em direção à porta da cozinha, se desculpa pelo atraso e segue em direção ao poço. Cíntia o segue.

Já banhado entram na copa sorrindo indo direto para a mesa grande onde todos já almoçavam.

- Hi cara, se tu demoras um pouco mais esses esfomeados não deixavam nada para ti – falou o tio Manoel gozando.

- Será possível que nenhuma das minhas priminhas não guardaria nadinha de nada para mim? – Nat olha para asPuxa vida, to mesmo lascado – cruza os braços fazendo cara de mágoa. – Logo eu que tenho sacrificado meu sono para velar o descanso dessas cinco?Então se é assim a partir de hoje vou dormir na sala grande – fala com indignação forçada e sai da copa em direção à cozinha.

Silêncio pesado na copa por alguns instantes e escuta cadeiras sendo arrastadas e derrubadas.

- Primo! Toma o meu prato – gritou Silvia.

- Vem cá priminho, guardei meu prato para você – Larissa grita.

- Não! O meu ainda ta cheio! – Isabelle corre com o prato estendido em sua direção.

Gargalhada geral.

Nat volta trazendo uma travessa cheia de costelinhas fritas e torresmos que eu tinha separado para ele. As três param e ficam espantadas com o que vêem.

- Mas... Mas... – gaguejam as três

- Qual é garotas? Por acaso pensam que vou aceitar os restos de seus pratos tendo essa travessa cheia com o mais saboroso que existe no leitão! – passa por elas e senta no meu colo, empurro sua costa brincando.

- Tu és mesmo um gaiato sem vergonha, Nat – abraço e faço carinho em seu tórax.

As três voltam para seus lugares sob forte gozação dos tios enquanto no colo da tia, Nat saboreia com satisfação as costeletas fritas.

- Sai daqui, rapaz! – reclamo brincando a tia. – Tu não mais és uma criancinha... – empurro rindo, ele levanta e senta na cadeira ao lado de Cíntia.

- Esse moleque sempre foi protegido da Nadir – explica o tio Julio. – Toda vez que ele se atrasa pra refeição, ela sempre separa o melhor para ele e coloca no forno – fala rindo com vontade.

- E quando isso acontece, sempre ele vem e senta no colo da tia – completa mamãe e vira pra cunhada. – Tu mimas muito esse garoto, Nadir!

- Ele merece muito mais que isso – pisco sorrindo. – Não é amorzinho!

O restante do tempo foi de brincadeiras e provocações. Flávia está sentada em sua frente e Nat estira a perna e toca com o dedão do pé na sua coxa. Ela segura o pé e acaricia.

- É um pouquinho mais acima – fala atirando uma beijoca, sem que as pessoas entendam o que falara.

Pega o pé e guia até sua calcinha e o primo mexe o dedão acariciando sua vagina sob o pano.

- Isso... Assim sim! – fecha os olhos e dá um riso lindo que ilumina seu rosto angelical.

- O que essa moleca ta falando? – pergunta tio Manoel e Nat recolhe rápido a perna deixando escapar um leve sorriso.

Tia Nininha percebeu o que tinham feito e joga um pequeno osso que bate na cabeça, fazendo o mesmo com sua filha.

Depois do almoço foram para a sala grande para onde Maria levou o bule cheio de café fumegante e a tia Carmem uma bandeja com xícaras.

Cíntia fica sentada no colo do primo e as meninas procuram os colos dos pais e mães.

- Minha véia! – Julio olha para mim. – Bem que te falei que devíamos ter tido outro filho...

- Ué! Porque isso Julio.

- Ora, ora! Para ter uma cria que goste do colo do pai, porque aquela ali não desgruda do amorzinho dela – fala apontando para Cíntia.

- Não seja por isso – levanta e senta no colo do pai.

- Oba! – grita Silvia saindo do colo do pai e sentando no do primo.

- Dancei! – reclama tio Manoel sob a gargalhada de todos.

Os tios queriam saber sobre o passeio de ontem e Larissa contou tudo, menos sobre banharmo-nos nus na piscina.

- O Ataliba já tinha me falado dessa piscina – retrucou Julio. – Acho que foi isso que fez o riacho ficar seco por quase uma semana.

- O amorzinho quase desfaz a parede por causa disso – lembra Cíntia. – Só não abriu por que o Ataliba disse que logo que transbordasse a água iria normalizar.

- Quando foi isso, Júlio? – pergunta Maria com curiosidade.

- Foi no princípio do ano passado, se não me engano – responde.

- Não tio, foi em dezembro do ano retrasado – Nat corrige.

Ficam conversando sobre a vida por muito tempo. Manoel e Julio foram tirar uma soneca no quarto e o João já dormia na espreguiçadeira. As meninas foram para a casa pequena e Nat fica conversando com as tias até que ficou apenas Nininha.

- Também não vais fazer a cesta, Nat – perguntou a tia.

- Vou deitar um pouco na varanda – responde levantando indo para a rede que sempre fica, no canto da sala grande e longe dos quartos.

Passados alguns instantes Nininha aparece anunciando que todos estavam dormindo.

- Até a Izidora – conclui.

Puxa uma espreguiçadeira, senta-se e fica calada embalando a rede com o pé. Nat sente que adormece.

- Nat! – falou. – Você não contou nada para as meninas, não foi?

- O que tenho para contar? – pergunta.

- Sobre aquilo ontem na casa pequena – respondeu.

- Claro que não tia... Não se preocupe, pois o que possa acontecer só interessa a mim e à outra pessoa – fala levantando da rede para ir à casa pequena. Na passagem dá um pequeno beijo na sua boca e mete a mão no decote da blusa beliscando de leve o biquinho de seu peito. Ela o abraça beijando com voracidade.

- Qualquer dia desses quero que me leves nessa tal piscina – fala enquanto Nat se afasta sem olhar para trás.

Na casa pequena entra direto para o quarto de Cíntia que dorme abraçada com Silvia - as duas estão só de calcinhas. Vai ao quarto grande onde Larissa dorme na rede, Isabelle de calcinha na cama e Flávia nua acordada. Ao ver o primo abre os braços e chama.

- Vem cá primo – Nat aproxima e senta ao seu lado. – O que mamãe queria contigo?

- Nada não – mente. – É que ela está sem sono e queria papear um pouco.

- Vocês conversaram sobre mim?

- Não Flavinha, não tenho nada a conversar sobre você – responde e pergunta – Porque? Deveria ter falado alguma coisa?

- Claro que não – puxa o primo enrosca suas pernas em seu corpo e lhe beija com paixão.

Nat segura levemente suas pernas e coloca na cama. Retribui o beijo apoiando em sua pélvis a mão e ao levantar, sem querer, meu dedo lhe invade a xoxota.

- Ô priminha, desculpa, foi sem querer.

- Tu estais te especializando em meter o dedo em minha xoxota... – falou rindo enquanto o primo sai indo deitar na rede de Silvia.

Dorme a tarde toda e só acorda quando vou chamá-lo.

- Acorda dorminhoco... – sacudo violentamente os punhos da rede.

Levanta espantado.

- Oi tia? Onde está todo mundo? – pergunta sentindo a falta das meninas.

- Foram todos para a cidade!

- E porque não me chamaram?

- Foi a Cíntia quem não deixou, ela está te achando abatido e cansado – sento na cama.

- Quem mais ficou? Eles demoram muito?

- Só voltam no final da tarde, acho que vão lanchar na pizzaria... E somente nos dois ficamos. Até a Izidora eles levaram – ele levanta da rede e senta na cama ao meu lado.

- Vai tomar um banho que temos muito que conversar – sugiro empurrando-o em direção ao banheiro.

Nat vai ao banheiro e escova os dentes antes de entrar no box onde liga o chuveiro. Pouco tempo depois entro levando duas toalhas e também entro no box para banhar-se. Passo sabão em suas costas massageando. Nat tira a espuma e passa a ensaboar-me também. Terminamos e nos enxugamos. Ele entra no quarto grande, entro logo depois.

Ele deita na cama de bruços nu e sento em suas costas retomando a massagem interrompida no banheiro. Espalho creme nas mãos e unto seu corpo. A sensação de prazer é intensa e fico muito tempo exercitando os músculos que o levam a um relaxamento quase completo. Bato de leve no ombro e ele vira para que o faça nos músculos peitorais. Aos poucos relaxa enquanto continuo incansável. Desço as mãos devagar pelo abdômen, cintura, coxa, entrecoxas. Nat deixa escapar gemidos de satisfação quando trabalho em sua região pélvica onde fico por longos momentos. Nat está completamente relaxado.

- Amorzinho, agora é minha vez.

Levanta lerdo, unta as mãos como o ungüento e repete o mesmo em seu corpo. Suspiro de prazer e satisfação. Viro-me e ele passa a massagear meus ombros, meus seios, meu ventre, minhas pernas, entrepernas e região vaginal. Nesse local ele aproxima a boca e introduz a língua sentindo o sabor doce de sua vagina. Me contorço o corpo e gozo repetidas vezes até que ele para e deita ao meu lado repousando a mão nos cabelos de minha xoxota. Ele respira leve e em compasso firme. Adormece ao meu lado, levanto devagar para não despertar meu massagista predileto.

- Tu não existe, amorzinho – sussurro em seu ouvido e entro no banheiro de onde saio vestida em uma calcinha e sento a seu lado.

- Que a senhora queria conversar? – pergunta ainda relaxado.

- É sobre as meninas, principalmente sobre a Flávia – faço uma pausa. – A Nininha pediu que eu conversasse contigo sobre ela.

- E?

- Acho que tu não sabe que ela foi estuprada... – paro tentando adivinhar o que pensa.

- Sei sim tia...

- Quem te falou, a Isabelle?

- Não, não foi a Isabelle. Foi a própria Flávia quem falou hoje de manhã...

- Então sabes que ela tem um certo trauma sobre isso!

- Ela também falou que conseguiu superar isso.

Repete o que a prima contara. A cada instante ficava mais lívida com o relato. Quando termina meus olhos estavam cheios de lágrimas.

- Ela não precisa de nossas lágrimas – fala olhando fixo para mim. – Ela precisa do nosso amor, nossa amizade, nosso carinho e de nossa compreensão. Se conseguirmos dar tudo isso, ela sairá daqui com as forças renovadas e pronta para enfrentar os escorregões que a vida nos aflige.

- Não me canso de repetir que tu não existe, amorzinho – acaricio o rosto desse homem que sabe cativar. – Minha filha é feliz te tendo como primo e irmão... Pena que seja só isso.

Saio do quarto e volto para a casa grande.

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