REUNIÕES, SOB O LUAR DO SERTÃO - O flagranteContinuação da série REUNIÕES, para entender leia os anterioresSei que ainda vou passar muito tempo até que a lembrança me deixe em paz.
Minhas férias foram inesquecíveis, sei disso, mas tenho que esquecer essas coisas para que minha vida volte ao normal. Não me adianta nada ficar remoendo ou mesmo sofrendo por alguns momentos que sei serem errados.
Mas que foram bons momentos que reviveram toda uma história que pensei ter ficado trancada em um baú sem chaves...
(Recordações de Carmem)
Larissa flagra Silvia...
25º Dia
Cíntia levantou nesta quinta feira bastante inquieta, sua noite de sono foi curta e povoado dor pesadelos apavorantes. Por várias vezes levantara e fora até o canto do primo que dormia pesado. Não tivera coragem de acordá-lo. Antes que todos acordassem ela saiu devagar e foi sentar em baixo da mesa da cozinha, como na época de sua infância.
Nat acordou e não encontrou a prima no quarto pequeno e estranhou. Silvia dormia na rede com o lençol arrastando no chão. Ressonava leve, parecia sonhar.
Foi ao banheiro escovar os dentes e banhar-se. Entrou no quarto grande ainda escuro e pegou roupa na gaveta da cômoda. Isabelle na cama, abraçada ao lençol com o travesseiro preso entre as pernas, repousava a mão no ventre da irmã nua com as pernas bem torneadas ligeiramente abertas e na rede Larissa dormia, para espanto do primo, sem roupa. Com a camisa branca jogada no ombro e a bermuda jeans na mão Nat sai do quarto de mansinho para não perturbar o sono das primas.
Onde está Cíntia – matutava preocupado – voltando para seu canto.
Lá fora os animais já despertos começavam seus barulhos matinais. Galinha cocorica, pato grasna, cachorro late e Cíntia... Cíntia deve estar andando pelo pomar ao lado, imagina sua prima encostada ao tronco de alguma árvore jogando milho para as galinhas. Vai à porta, é cedo, o sol ainda não saiu de todo. Volta para o quarto pequeno e deita na cama sentindo ainda o calor do corpo querido, sem intenção seu pé bate na rede, Silva desperta.
- Cíntia!... – chama pela prima pensando ser ela deitada na cama – Priminha! – fala baixo para não incomodar.
- Sou eu Silvia... Cíntia deve ter saído – responde Nat.
Silvia levanta e deita ao lado do primo. Seu corpo moreno de garota levada está coberto por uma minúscula calcinha branca. Abraça o primo que sente o calor emanado de sua pele.
- Oi priminho... – beija os lábios de Nat que aceita os lábios e introduz a lingua roçando os dentes alvos da prima – Cadê a prima? – pergunta.
- Não sei garotinha, acordei e ela não tava mais aqui...
- Estranho! – Silvia endireita o corpo.
- O que é estranho, Silvia – pergunta Nat, baixinho.
- À noite, depois que tu veio aqui, ela me chamou e ficamos conversando até bem tarde... – pausa.
- E?
- Bem... Ela perguntou se tu já tinhas ficado comigo...
- E tu respondeu o que?
- Falei a verdade, ora!
- Sim... E?
- Ela tava com umas idéias que achei estranha... – colocou a ponta do dedo indicador na boca e sorriu – Ela perguntou... Deixa pra lá primo, não é nada, vai ver ela tava sem sono, sem assunto...
- O que ela perguntou? – Nat interrompe preocupado.
- Perguntou se eu realmente queria ficar contigo...
- Que tu falou?
Seu rosto se ilumina e seus lábios mostram um sorriso faceiro.
- O que eu devia responder? – indaga olhando o primo querendo captar algo.
- Não sei! E tu, respondeu o que?
- Claro que quero ficar contigo, ou melhor, claro que eu, a mana e a Isa te queremos mais do que se quer um primo...
Nat pára e tenta absorver o que escutara. Sabia desde o segundo dia que Silvia vem lhe cercando e do seu próprio desejo por Flávia, mas Isabelle não. Apesar das brincadeiras um pouco pesadas, de haver tocado seu sexo com a língua, de haver insinuado ele sabe que a prima é virgem. Não, Isabelle é coisa da cabeça desmiolada de Silvia.
- Como tu sabes que as primas pensam assim? – pergunta preocupado, afinal esse é um jogo perigoso que se seus tios souberem pode haver confusão.
- Eu sei... Eu sei e sinto isso. – Silvia passa a perna sobre o corpo do primo e massageia seu peito.
- Tu pensas saber demais – Nat sente o corpo responder aos estímulos da prima – Não acredito que Isabelle queira isso... Flávia ainda vá lá, mas Isabelle não – tenta se convencer que isso não passa de devaneios da prima.
- Meu querido priminho. Não duvido até que a mana queira transar contigo, mesmo ela que se mostra fria em tua frente, suspira quando não olhas.
- Porra Silvia, assim é demais...
Silvia continua a estimular a pele do primo e toca, com a ponta da língua o lóbulo de sua orelha. Nat estremece.
- O que é demais para ti? Que todas nos queiramos deitar contigo?
- Está errado prima...
- Errado conosco e certo com Cíntia – sorri desdenhando do primo.
Também sabe que não é certo o seu amor pela prima que considera irmã. Mas sabe também desde quando nasceu, como cresceu e onde chegou sua relação.
- Também sei do erro que vivemos... Mas tu fazes parecer que minha casinha se transformou e área de sexo livre...
- Não é assim tão grave Nat. Pelo que me consta dormiste apenas com Cíntia, com que te relacionas há muito. Nos somos estrangeiras, estranhas a teu mundo de liberdade, mas convenhamos que tu és responsável pelo nosso sentimento...
- Como responsável? Não cantei nenhuma de vocês. Não avancei além do limite que vocês mesmas firmaram... – Nat se sente incomodado por saber que a prima tem razão.
- Claro que não avançaste o sinal e nem forçaste nenhuma de nos, tu és incapaz de agir assim.
- Então como sou o responsável pelo desejo de vocês?
- Tua atenção, teu carinho, tua preocupação com nossa segurança, com nosso bem estar. Tudo isso, querido primo, prende e prendeu não só a mim, mas a todas nos.
- Mas sou assim... Com vocês e com todos. Com as tias também tudo faço para que se sintam bem, felizes... Se for assim então elas também me querem... – pára temendo que Silvia tenha percebido algo.
- Ou tu és ingênuo demais ou um completo paspalhão...
- Por que isso agora!
Silvia pára sua mão na virilha do primo, levanta o corpo e fala com o rosto pesado e sério.
- A tia Nininha não esconde sua preferência por ti, nem a tia Nadir, tua eterna protetora e, se duvidares, até mamãe não se incomodaria de te ter na cama...
- Agora estais sonhando além do limite do bom censo e me pintando de capeta provocador...
- Já te falei que não és, mas tua maneira de tratar a todos faz com que o notemos e o queiramos com a mesma intensidade de tua atenção... Não penses que isso é ruim ou que, por isso, nós tenhamos medo de estar contigo. Não! Pelo contrário. Ser servida, bajulada ou paparicada por alguém que o faz por natureza e por amor é a realização dos desejos de todo ser humano, de toda mulher...
Silvia para e Nat está estarrecido. Ser solicito, ajudar, conversar, ser carinhoso, não fugir do contato físico, sorrir, abraçar, beijar, acariciar e falar coisas belas sempre fora seu modo de ser. Não percebera, até que a prima tivesse coragem de falar, que suas ações eram aceitas não como um desejo de estar, mas com um desejo de ser.
Ele suspira profundo, está triste em um momento que seria de exultação machista de qualquer outro rapaz de sua idade.
- Silvinha o que me dizes não enche meu ego, pelo contrário. Não sou essa maquina de fazer sexo, não caço mulher para satisfazer desejos animalescos – pára de falar sem saber o que falar ou como falar sobre seus sentimentos que lhe revolvem o espírito.
Silvia rola e deita em cima dele movimentando o corpo para que se encaixe entre suas pernas e sinta o volume de seu sexo, em seu próprio sexo. Ondula a cintura para melhor sentir-lhe o membro rijo que tenta escapar da cueca apertada que veste. Sente o latejar de suas partes e suspira ao espremer sua vagina, encoberta pelo pano macio da calcinha, no volume pululante do membro de Nat. Impulsos cerebrais lhe informam estar lubrificada e sente molhados seus lábios íntimos e leves corrente elétricas lhe percorrem a espinha.
Nat sente o corpo quente e os pelos eriçados de sua prima e escuta o murmurar de sua respiração forte que lhe joga baforadas de hálito morno no pescoço, gentilmente lambido por Silvia.
- Te quero Nat... Quero te sentir dentro do mim – murmura suspirando o tesão latejante que sente.
Silvia desce a mão e liberta o pênis pululante do primo e afasta a própria calcinha apontando a glande rubra para sua entrada. Mexe o corpo buscando melhor posição e pára ao sentir encaixada no pino do primo. Rebola com sensualidade fazendo-se penetrar e sentindo-se invadida pelo pênis duro e grosso de Nat. Geme o gozo gozado e suspira o prazer da posseção...
- Silvia!...
Param arfantes e olham para a porta. Flávia e Larissa assistem, estáticas o balé da penetração. Silvia se espanta e, incontinente, força sua pélvis em direção ao primo e sente uma dor alucinante pela penetração abrupta.
Nat também sente a dor do esfolamento violento, mas não desgruda o olhar da porta onde as duas primas assistem o coito boquiabertas. Flávia entra e puxa a prima e fecha a porta.
- Tu és louca, mana – fala trêmula Larissa de calcinha preta, lívida pela constatação.
Flávia nua massageia a vagina com um sorriso lascivo impregnado no rosto. Com carinho Nat retira Silvia que se deixa levar sem resistência. As beiradas de sua calcinha branca estão tingidas de vermelho e o pênis de Nat, rubro pelo sangue vaginal de Silvia também está ferido. Larissa deixa o quarto respirando forte, ainda lívida, branca. Flávia tranca a porta, pega uma toalha e se aproxima do primo e lhe enxuga o pênis gotejante. Nat retesa o corpo sentindo ardor do esfolamento e a prima, percebendo, retira a toalha e massageia com carinho a área afetada. Silvia observa, não fala, apenas olha a prima baixar a cabeça e engolir o membro de Nat que há pouco estivera dentro de si. Flávia passeia sua língua pela glande machucada e move sua cabeça em movimentos repetitivos fazendo renascer o tesão do primo e continua, e continua e Nat goza um gozo dolorido que inunda a boca da prima com intermináveis jorros de porra. Flávia engasga pelos jatos que lhe martelam a garganta enquanto gotas do líquido esbranquiçado lhe escapam pelos cantos da boca.
Ela tenta degustar tudo, não consegue. Lentamente deita na cama, abraça a prima e beija-lhe a boca compartilhando o líquido que seria depositado na vagina de Silvia.
Silvia aceita o beijo e abraça, com voracidade, o corpo nu e belo de Flávia.
- Desculpa Silvinha, foi a tua irmã quem me chamou... – fala sussurrando no ouvido da prima se desculpando pela intromissão em hora indevida.
Nat fica deitado com olhos fechados imaginando a implicação do que acontecera. Silvia lhe abraça e lhe beija com carinho. Flávia também, e ficam os três sentindo seus corpos suados e impregnados, ainda, de tesão.