7 - Chegando a hora de perder as pregas

Um conto erótico de Nadja Cigana
Categoria: Homossexual
Contém 2185 palavras
Data: 16/06/2010 19:08:46

7 - Chegando a hora de perder as pregas

O Tilinho foi só naquela hora. Ele depois ainda quis comer a Glorinha umas duas vezes, mas ela tava muito "ocupada" naquela época (kkkkk). Mas comigo ele não queria mais nada mesmo. Foi só uma daquelas muitas fantasias que se desmancham depois do gozo. Não foi a pior, mas foi a primeira.

Apesar de me sentir bem por ter dado uma lição no Elton, que também passou a me ignorar, eu tava meio desbundada (só no sentido figurado, que meu rabo já era de responsa!). O jeito era gozar em muitas punhetas com a lembrança das mamadas que tinha dado, da noite na garagem do Tilinho e da noite na escadaria. Tinha também a ótima "Revista Close", baratinha e sempre com contos de viadagem. Aliás, há muito tempo que só se fala da Roberta Close a partir de quando ela posou na EleEla e na Playboy, mas ela nunca foi tão linda como quando foi capa da "Close" e ganhou o apelido. Noooossa! O que eu tinha que fazer pra ficar daquele jeito?

Até então, eu queria ser um travesti como via nas fotos de capa das edições de carnaval de FatoseFotos e Manchete, com rosto arredondado de implantes, peitos enormes, firmes e redondos, ancas largas, coxões e bundão. Achava sempre que travesti era ter formas muito redondas e grandes, o que me era conveniente, porque sempre fui fofinha. As portas do armário embutido do meu quarto eram todas coladas com fotos dessas minhas heroínas, cortadas das revistas. E gente, eram heroínas mesmo! Desfilavam no carnaval produzidérrrimas e muito gostosas, mas para cada momento de brilho daquele tinham segurado altas barras.

Agora vinha a Roberta, posando na Close aí pelos seus 17 aninhos, e era naturalmente um travesti. Tinha rosto de menininha safada-inocente, peitinhos naturais, e coxas grossas que nem as minhas, que se combinavam com a bunda grande e larga. Nada nela parecia artifical, mas ao mesmo tempo era só olhar para ver que era um viado, e não uma mulher. Hoje acho que ela, e outras que vieram nos anos 80, botou pra rua um novo padrão de beleza de bonecas, que se transformavam desde garotos. Ela, Perla, e outras de nós, de um jeito ou de outro começaram a mostrar tesão e sexo com menos produção de roupa e de volumes, mas isso pra mim foi muito difícil. Foi muito sacrifício de boca fechada e ginástica, e anos depois as cirurgias, claro, todas elas muito dolorosas.

Mas a primeira mudança que fiz, depois de ver a Roberta, foi muito simples. Cortei o meu cabelo em franjinha, que nem ela, e meu rosto, bem branco e mais redondo, com cílios enormes que tenho naturalmente e lábios grossos, ficou bem feminino. Passei a sempre prender em rabo de cavalo pra ir pra escola, e só quando me sentia mais menina é que usava solto. Foi gostoso aprender a andar fazendo o rabo de cavalo, já muito comprido, pular de um lado pra outro, e os meninos na escola diziam coisas como "O viadinho agora tem dois rabos", ou a ainda melhor "arrumou uma alça de boquete, hein", o que eu achava hilário.

Bem, lembrando ainda da capa da revolucionária edição de Close, tinha só um detalhezinho que me identificava com a foto. A Roberta tava sentada no chão, com a bunda sobre os calcanhares, e olhando por cima do ombro para a foto, com cara de puta ingênua. Naquela posição, com as pernas juntinhas e completamente dobradas, o lado de fora da coxa formava um biquinho pra fora, onde encontrava com o lado das cadeiras, e aquile vinco pra fora, fazendo um biquinho, acontecia comigo também. Sei que parece besteira, mas às vezes essas coisinhas pequenas ajudam na nossa auto-estima.

Mas enfim, voltando à minha situação, tava numa secura de pica danada. Bem ou mal, com toda a covardia do Elton, já tava mais do que dependente do pau dele, e da porra na boca, e fiquei meio de banzo com a falta. Glorinha e minha Avó me ajudavam nos papos, e se não fossem elas eu rastejaria de volta pro Elton, fazendo qualquer coisa pra ter seu caralho na boca de novo, com toda a certeza!

Ao mesmo tempo eu não parava de pedir à Glorinha pra comprar anticoncepcionais. Ficava ainda mais nervosa, e achava que as pílulas eram a solução de todos os meus problemas. Glorinha continuava a negar, mas já pensava em saciar minha fome de pica. Ela ficava falando pra mim, agora, do Davi, que ele era gostoso, que eu ia gostar do pau dele, (que ela já conhecia bem, a puta), e coisas assim. Eu, de minha parte, continuava com os meus medos. Achava que se me engraçasse mais pro Davi, com aquele jeitão de macho bruto dele, uma das duas coisas ia acontecer. Ou ele ia me dar uma porrada, e me deixar de lado, ou, se tudo desse certo e ele quisesse me comer, e eu teria que dar e ele seria um bruto e eu ia sangrar pelo cú que nem o Moisés.

Foi nesse estado de nervos que soube que rolou uma suruba na casa do Carlo Romano. Ele morava só com a mãe e ela passava muito tempo viajando a trabalho. Ele era bem descolado. Grande, bonito, ar de fodão, ele e Davi eram dos poucos que já dirigiam, tinham carro e fumavam, inclusive maconha. Parece que tudo tinha acontecido meio que por acaso. Foram se juntando na casa dele, numa tarde, Rita e Glorinha, o Davi, o Jabá, que era um negro alto e magro, amigo deles, muito legal, a Cláudia, uma loura oxigenada namorada do Jabá, e a Norminha, mulata gente boa e gostosa, boa de carnes e de samba. Claro, quem me contou foi a Glorinha, ainda horas depois de ter rolado.

Tava todo mundo na cerveja e no baseado, ouvindo Led Zeppelin, com os casais já se formando. Claro que quiz logo saber do Davi, e parece que ele não tava com ninguém, mas que se atracou com a Norminha quando a coisa começou a esquentar. Glorinha contou que ela tava sobrando, sentada no chão, e a Rita no colo do Carlo e os casais já se beijavam e agarravam, mas todo mundo de roupa. Aí o Davi lembrou da história da minha mamada na garagem, comentou que aquilo é que era fome de rola, e perguntou alto pra galera se alguém tinha coragem de chupar um pau na frente dos outros. A Norminha falou que só viado mesmo, e a Rita mandou perguntar pra Glorinha, que ela é que era minha amiga. Glorinha já ia responder partindo pra cima da rola do Carlo, mas a Cláudia deu um falso chilique e disse que tudo que viado fazia mulher podia fazer também, só que melhor, e botou a jeba do Jabá pra fora e caiu de boca na frente de todo mundo. Aí foi aquela comilança geral. No fim, parece que o Carlo comeu a Rita e a Glorinha, o Davi comeu a Norminha E a Glorinha, e o Jabá ficou com a sua sirigaita mesmo.

Aquela história me virou do avesso. Caralho! Não achava que aquilo rolava! Achava que era coisa de conto. Fiquei alucinada com um monte de coisa, admirada com a Glorinha ter dado para duas rolas diferentes, e perguntava pra ela detalhes do tipo quantas vezes o Carlo e o Davi gozaram, e como é que ela fez pra dar pro Davi sem que a Norminha ficasse puta, e coisa e tal. Claro que eu e a Glorinha terminamos nos aliviando uma na outra, na hora de dormir, e durante nossa ralação eu implorava a ela que me arranjasse um jeito de me levar na casa do Carlo. Mas depois fiquei matutando o Davi ter lembrado da minha história. Lembrou com tesão, pelo visto. Mas será que ele me pegaria?

Bem, nas semanas seguintes Norminha começou a levar nós duas num pé sujo perto duma ruela entre Siqueira Campos e Ladeira dos Tabajaras que a gente começou a frequentar. Norminha era uma figuraça. Menos puta do que Glorinha, era muito mais desbocada. Ela era gostosona, e tinha um problema de coluna que de vez em quando fazia ela chegar na escola mancando. A gente perguntava porque ela tava assim e ela mandava logo: "Muita rola ontem!", o que era mentira, mas era muito engraçado. O botequim era um dos poucos pontos de Copa, na época, que sempre tinha putas e viados à vontade, sem problemas de convivência. A gente ia lá, de vez em quando, pra beber. Glorinha e Norminha já sambavam na porta com a rodinha, e eu começava a tentar sambar também, mas ia mesmo era por causa dos viados do bairro que iam e de quem queria ouvir hsitórias e aprender.

No dia em que aconteceu, eu ainda num tava acostumada com bebida. Todo mundo na Antártica e eu tentando acompanhar, ficava zuretinha muito rápido. Todas as vezes que aconteceu num tinha erro, porque a Glorinha me levava pra casa. Mas daquela vez era diferente. Glorinha tava atracada com um cara da Ladeira muito do malandrex, e nem percebeu meus chamados pra ir embora. No outro dia a gente tinha escola, e eu ainda tinha um acordo sagrado com minha Avó, de tentar assistir aulas e tirar boas notas, então levantei e saí meio cambaleante pra casa. Porra, eu mal consiguia andar, nem muito menos ver bem as luzes dos carros pra atravessar a Siqueira Campos. Acho que eu ia ser atropelada. Foi aí que ele me pegou.

Tive umas três ou quatro idéias de quem fosse, mas nunca matei essa charada mesmo. Podia ser um mendigo, um carroceiro, sei lá. Só sei que o cara me sacava há tempos, e eu nunca percebi. Ele me pegou forte pelo braço, me assustando, e disse "Peraí, viadinho, que assim tu vai morrer atropelado". Eu me assustei pra caralho, mas nem tinha como fazer nada. O cara me atrarvessou, e continuou me levando pelo braço. Eu ainda tentei falar um "brigadu", mas nem falar direito conseguia. Tem uma ruela estreita entre a Siqueira e a Figueiredo, e nela tinha uma caçamba de aço, cheia de entulho de uma obra. A caçamba tava na calçada de um prédio e quase encostada nas grades. O espaço era pequeno e janela nenuma podia ver. No dia seguinte voltei lá e vi que da portaria do prédio o porteiro veria tudo o que fizemos se tivesse lá. Mas denoite, bêbinha, nem vi porteiro nem nada.

O cara que me segurava me parou naquele corredorzinho estreito, me mandou segurar as grades, e me agarrou por trás falando "Viadinho rabudo. É hoje que vou me acabar nesse rabo!". Eu mal conseguia ficar em pé, e nem falar, mas comecei a gostar de sentir aquele caralho duro me sarrando. Ele me mordia a nuca e o pescoço com força, e apertava meus peitinhos. No outro dia eu tava com um monte de marca roxa no pescoço e nos peitos. Logo logo ele puxou meu shortinho prá baixo com tanta força que ele rasgou do lado. Deve ter ficado ainda mais taradão quando viu que eu tava de calcinha de rendinha, mas do mesmo jeito bruto ele arriou minha calcinha, só que ela não rasgou. Na mesma hora, sem cuspe nem nada, ele enfiou o pau duro no meu rêgo e começou a cutucar querendo achar meu cú.

Aquilo começou a doer, e acho que fui me curando da bebedeira. Comecei a reclamar, e meus ais e gemidos de dor atiçavam ele mais ainda. Ele cutucava muito mal, e quando acertava meu cuzinho ele já tava todo trancado com a dor. Ainda falei pra ele: "Espera, pára que te chupo até você gozar na minha boca", mas ele nem me ouvia, ou eu é que nem conseguia falar direito, sei lá. Consegui babar a mão e passar no rêgo e no pau dele, o que melhorou um pouquinho, mas por pouco tempo. Ele tava que nem um cachorro, babando nas minhas costas e cutucando o pau cada vez mais duro e cada vez mais rápido, até que esporrou no meu reguinho.

Nossa, nunca sentira tanta porra no corpo. Ele me puxava contra si com muita força, me segurava espremendo, enquanto no meio de minhas nádegas carnudas eu sentia o caralho apertado pulsando e jorrando porra. Parecia que nunca ia parar de esguichar, e aquilo foi quentinho e gostoso. Fiquei paradinha respirando enquanto ele me soltava, e quando me virei pra olhar o cara já ia longe, caminhando muito rápido. Eu ainda espalhei aquela porra toda pela minha bundona, antes de levantar o short rasgado. Fiquei segurando os dois pedaços de short onde tinha aberto, do lado direito das minhas ancas, e fui prá casa naquele estado confuso, toda esporrada e rôxa.

Aquela noite nem me masturbei antes de dormir, nem tomei banho nem nada. Só fique pensando que não dava mais. Eu tinha que perder as pregas e rápido, de um jeito que fosse bom, antes que alguém me arrombasse à força.

bonecanadja@hotmail.com

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Comentários

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muito bom... vai indo muito bem. Foder é bom... preparar a foda, melhor!

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Rs. Sabe, Diego, na verdade achei nos contos uma forma de relembrar minha vida. Crio com minhas memórias, então te garanto que ainda tem muita, mas muita putaria pela frente mesmo. Grande beijo. Lá!

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Parabéns pela ótima série de contos, eu li todos até agora!

o teu jeito de contar é cativante, eu entrei aqui pra ler um ou dois contos, mas acabei ficando, pois os teus contos são muito bons! agora só está faltando agente ler como isso termina!

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