Mariana

Um conto erótico de Julian
Categoria: Homossexual
Contém 1514 palavras
Data: 02/07/2010 17:15:40
Última revisão: 01/05/2013 14:33:56
Assuntos: Gay, Homossexual

[Caro leitor, para melhor compreensão do conto sugiro que leia os contos: “O começo”, “O começo II” e “Entre nós”, pois esse conto é uma continuação dos anteriores. Uma ótima leitura e espero que gostem e, por favor, comentem isso me ajudará a melhorar os próximos contos].

Dedico esse conto a “Sousou”, desculpe-me a demora.

Segunda-feira, dia de voltar às aulas após as férias de inverno. Acordei no horário de costume, levantei-me e fui ao banho. Tomei um banho demorado para afastar toda aquela sonolência, após me vesti e fui tomar meu café. Meu pai já estava à mesa e Vera, a senhora que cuida da limpeza do nosso apartamento, estava acabando de por o café.

Meu pai me olha e pergunta se estava tudo bem, respondi que estava, sentia apenas um pouco de sono. Acabei o café correndo, pois meu pai detesta esperar, e fui de carona com ele para a escola.

Na escola tudo parecia normal, conversei com algumas pessoas, contei como foram as férias, também ouvi histórias e assim passou o tempo até soar o sinal de inicio da aula. Na sala de aula todos animados e falantes, nossa professora de português, dona Julia, entra e pede silencio, pois o diretor queria falar. Todos ficamos quietos, o diretor estava parado na frente da turma, e ao seu lado estava uma garota, porte médio, pele branca cabelos negros e compridos, olhos tão negros quanto os cabelos.

O diretor disse que tinha muito prazer em nos apresentar a nossa nova colega, Mariana, que tinha vindo transferia de outra cidade. Pediu para sermos todos receptivos e amigáveis com ela. Terminando a apresentação, falou com a professora e ela encaminhou a garota para uma classe ao meu lado. Eu a observei por algum tempo, ela era uma menina bonita, e não era apenas eu que achava, pois todos os garotos da sala estavam olhando e analisando a Mariana, inclusive Pedro que estava sentado á minha frente e pude ver o olhar dele para ela, um olhar que eu já havia visto, um olhar que por algum motivo me incomodou.

No recreio a nova colega foi cercada e bombardeada por perguntas, as quais ela respondeu de boa vontade e de forma muito educada. Eu estava na cantina com Pedro e outros colegas, a Mariana entra e uma das garotas a convida para sentar-se conosco. Então ela sorridente vem, chega na nossa mesa e cumprimenta a todos de forma simpática e alegre, eu me afasto para dar lugar e ela senta entre o Pedro e eu. Um novo interrogatório começa.

Mariana era muito comunicativa, já tinha cativado a atenção da maior das pessoas do grupo, e uma delas era o Pedro. Ele estava completamente atento a tudo que ela falava. Assim como o Pedro, Mariana adorava esportes, praticava várias modalidades e isso deu abertura para uma animada conversa sobre esportes entre os dois.

Eu como não entendia muito de esporte, e não gostava, resolvi ir caminhar um pouco pelo pátio da escola antes de dar o sinal para o retorna as salas. Eu estava me sentindo estranho, algo me incomodava. Inconscientemente eu sabia que havia algo errado, mas não conseguia atinar o que. O sinal soou e eu retornei a sala de aula.

Na volta da escola como sempre, Pedro e eu voltamos juntos. Ele estava distante, o pensamento dele vagava por lugares longes dali, perguntei a ele no que tanto pensava, ele derrepente me pergunta: “O que tu acho da Mariana? Mô legal ela né?”. Eu não estava entendendo a relação dela com aquele momento. Porque o Pedro se lembrou dela? E aquela sensação de algo errado me incomodara novamente.

Ao chegar em casa tomei meu banho e me deitei, não conseguia parar de pensar no comentário do Pedro sobre a Mariana e por algum motivo eu tinha a impressão que tudo estava mudando de uma forma que eu não poderia controlar.

À noite liguei para o Pedro e perguntei se ele não queria dar uma volta, caminhar e conversar um pouco, ele disse que não poderia, que tinha que refazer uns exercícios que não havia entendido. Isso me surpreendeu muito pois o Pedro nunca foi desses que refazem exercícios até entender, mas aceitei e até fiquei contente por ele estar mudando.

Estava olhando TV quando meu pai me perguntou se eu não gostaria de ir a uma pizzaria, fazia tempo que não saiamos juntos. Eu aceitei o convite inesperado muito contente e fui me arrumar.

Meu pai revolveu que iríamos a uma pizzaria no centro, que era a preferida dele. Aquelas horas estava lotada, nos sentamos em uma mesa mais no fundo. Eu estava animado, e meu pai, relativamente, também estava. Ele falava do trabalho, das dificuldades e de como o era difícil gerenciar uma empresa e eu estava adorando ouvi-lo.

A pizza chegou e começamos a comer, meu pai adora pizza e acho que é por isso que ela faz tanta academia. Nesse momento chega um grupo animado, falando alto e rindo. quando presto atenção no grupo que acaba de se acomodar, percebo algo que me faz perder o chão. O grupo era composto por rapazes do time de futebol da escola, algumas garotas que eu não conhecia, Mariana e o Pedro.

Era assim que ele refazia os exercícios? Idiota que sou acreditei. Senti raiva de mim mesmo. Mas tive que me controlar, não queria que meu pai percebesse minha mudança de humor, ele estava animado.

O grupo ria e conversava, eu podia ouvir a voz do Pedro, suas risadas. Ele estava visivelmente a vontade. Achei que meu pai nunca iria para de comer, assim que acabou para minha alegria ele pediu conta para irmos. Quando já estava tudo certo, nos levantamos e eu fiz questão de passar próximo a mesa que ele estava.

Dei uma olhada para o grupo, cumprimentei a Mariana com um gesto de cabeça e para o Pedro apenas um olhar indiferente, que tive que me esforçar para parecer indiferente. Ao chegar em casa vejo que em meu celular havia 10 ligações do Pedro e algumas mensagens pedindo para eu retornar as ligações. Ignorei todas e fui dormir.

Acordei cansado, dormi mal, fiquei até altas horas pensando no mentiroso do Pedro. Ele tinha me mentido de forma planejada e isso mudava as coisas entre nós, aliás, as coisas já estavam mudadas há muito tempo e agora eu podia perceber isso, estava claro como água.

Vesti-me e sai para a escola, fui caminhando devagar, bem de vagar o que me rendeu um atraso para a aula de matemática. Entrei na sala de aula o professor Jorge me chamou a atenção pelo atraso, me desculpei e me dirigi ao meu lugar. Ao passar pelo Pedro o olhe sem nenhuma emoção e me sentei. A aula transcorreu lentamente, cada minuto parecia uma eternidade e quando chegou o recreio foi um alivio.

Sai da sala e fui para o pátio em um canto mais afastado, não queria conversar com ninguém, não queria estar perto de ninguém queria apenas ficar sozinho. Estava sentado a sombra de uma arvore de olhos fechados quando ouço alguém falar: “ preciso falar com você”, sem abri os olhos percebo quem era, o Pedro. Abro meus olhos lentamente olho para ele de forma incisiva, ele como sempre sustenta o meu olhar e eu digo: “agora não, à tarde na pracinha perto da minha casa” me levanto e saio. Na verdade eu não queria falar com ele, mas também não podia ficar me escondendo indefinidamente.

Ao chegar à pracinha o Pedro já estava me esperando, me olhou perguntou como eu estava, não respondi, achei extremamente dispensável a resposta. Ele ficou me olhando, e então disse: “desculpa cara”. Olhei funda naqueles olhos lindos e perguntei por que ele me pedia desculpas, se era por ter mentido que iria estudar ou se era por ele estar interessado na Mariana. O Pedro me olha espantado, como se eu tivesse falado algo absurdo. “Sim é isso não é? Você está interessado nela. Sempre foi isso.” Após dizer isso fiquei olhando para ele, o Pedro olhava para o chão, não me encarava e dessa forma disse:”Tô confuso Julian”.

Sim, ele estava confuso. Mas eu não estava, sabia muito bem o que fazer e fiz. Disse que não iria disputar ninguém com ninguém, e que daquele momento em diante não tínhamos mais nenhum compromisso um com o outro. Eu estava decidido e ele confuso, “vamos conversar melhor, não houve nada entre nós, eu te curto cara!”. Ainda não tinha acontecido, mas era apenas uma questão de tempo e eu não queria estar no meio de tudo isso quando acontecesse.

Atacou. Sai dali com o coração apertado, uma dor estranha e forte, tão forte que achai que iria sufocar. Não sabia como agir, meu primeiro namoro havia acabado e eu sofria com isso, pois eu gostava muito do Pedro, mas estava decidido que não iria disputar ele, muito menos com uma garota.

E foi assim que a Mariana, a bela menina dos cabelos longos, conquistou meu namorado. Eu perdi.

Para quem quiser manter contato: yukito.tsu@hotmail.com

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Comentários

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Obrigado Nanda Ht fico muito feliz que tenha gostado. Pretendo escrever a continuação desse conto sim, mas antes estou pensando em publicar um texto livre. Garoto Legalzin18 obrigado pelo comentário, a história parece confusa porque esse não é o fim e terá uma continuação. Não sei se você leu os outros contos que eu publiquei onde conto que o Pedro não é gay e sim bissexual, portanto creio que deva ser por isso que ele sentiu-se atraido por ela.

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Tirando o fato do Pedro conhecer a Mariana em um dia e se apaixonar por ela assim de repente, a história tá legal. Só achei meio irreal mesmo essa parte, mas enfim. Essa Mariana também parece meio sem graça pelo jeito que tu descreve. O quê que o Pedro demais nela que aparentemente não dá pra saber?

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Ótimo conto, vai ter continuação?

espero q vc diga ainda se ele terminou com ela depois e voltou pra vc, ou se vc ñ quis mais sei lá. Só espero te ver escrevendo de novo.

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rsrsrsr...........desculpe-me a decepção, vou tentar melhorar nos contos futuros.

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Estava com uma mão no pinto e outra no mause esperando o momento da sacanagem foi frustrante broxante.

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Vai sim, pode demorar um pouco mas vai!!!!

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Vc nao me respondeu, vai ter continuaçao ?? espero q sim, abração =D

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Sandra obrigado pelas palavras gentis e Sousou, eu te devia essa, abraços!!

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obrigado por dedicar a mim, perfeiro o conto, mas acabou ?? eu espero q nao....... =]

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Oi, ,olha nada haver alguns comentarios que fizeram, eu te entendo perfeitamente, quando amamos uma pessoa, queremos ver ela feliz, foi o que vc vez, mesmo sabendo ser uma estória, quando li, senti que varias pessoas inclusive eu, tivemos que abrir mão do verdadeiro amor, primeiro para não sofrer, depois pq queremos a felicidade da pessoa amada. Parabéns.

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Não faz meu tipo sexo grupal........rsrs........obrigado pelos comentários.

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Juliaaan, fiquei esperando esse conto, ai tu para de escrever né, hahaha, espero continuação o/

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a historinha é comovente, na boa!

mas é um site de contos eróticos, fantasiei um monte vocês dois e ela... puts, podia ter sido melhor, ou contado em um site de descorneados!

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