Meu Amigo me Amava – Capitulo 94
Fortes Emoções – Reta Final
Nunca fui muito de acreditar em pessoas com poderem especiais, achava que isso era coisa de ficção de mutantes, sempre acreditei e acredito até hoje em Deus, agora em pessoas com poderem de visão, cura, dentre outras coisas isso nunca me abalou, até conhecer o Robertinho, do nada conheci o cara num hospital publico, logo num período complicado da minha vida, semana de provas, peguei dengue e fiquei muito mal, o Jhonny descobrindo que sua vida era uma farsa que sua verdadeira mãe é na verdade sua irmã, ele ao saber me acusa de ser falso por eu por acaso ter descoberto dias antes dele saber, maior droga. Pois bem conheço o Robertinho, e pelas poucas palavras que trocamos no hospital ele me manda seu MSN que adiciono dias depois. A vida realmente é uma surpresa e sou prova disso, hoje sou grande amigo do Robertinho, o amigo mais louco que eu tenho, além dele ser todo problemático, ter um relacionamento conturbado com seu pai, a mãe com câncer precisando de um transplante de medula, além de tudo isso, o cara tem um dom, eu acho que é isso, um dom, ele disse que sonhou comigo, que não lembra bem o sonho mas que se lembra claramente do meu rosto, na boa pensei que fosse piada e não acreditei, mas depois dessa noite em que foi a sua casa, e quando decido ir embora ele me pede para não ir, e minutos depois do nada inicia um tiroteio no bairro em que ele mora e que sem sombra de dúvidas eu estaria no foco desse fogo cruzado, eu começo a acreditar que realmente ele tem um dom especial, só não sabia lhe dar com isso assim como eu e fugia, o engraçado foi que o Robertinho ficava segurando minhas mãos tremulas por que fiquei muito nervoso com aquela situação, eu sendo chamado de traficante, minha mochila sendo revirada, uma coisa horrível, fico tenso.
No outro dia vou para casa, isso num sábado e decido ir para ter uma séria conversa com o Pedro, o encontro com a Luciana não tinha saído da minha cabeça ainda, não iria suportar ficar com o Pedro, beijar o Pedro e saber que a mulher dele ainda o ama, eu procuro ser muito justo na minha vida por mais que isso doa, como uma vez me diz uma pessoa, é muito fácil ser mau, é muito fácil ser bom, o difícil é ser justo e realmente procurar justiça nos dias de hoje é bem complicado, eu tinha que admitir que por mais que gostasse do Pedro, pro mais que o amasse eu cheguei depois, que pro mais que não procurasse me envolver dessa maneira o nosso caso era errado por que ele era casado e eu sabia, ele sabia e por isso sempre nos encontrávamos escondidos. Vou a casa do Pedro na intenção de resolver todas as pendências, por todos os pingos nos is. Mas eu não sei o que acontece que quando estou perto do Pedro eu não consigo me controlar, parece algo doentio mas meu corpo em contato com o dele transpira excitação, um mix de tesão, e acabamos na cama de casal da casa dele pelados e ele me chupando, gostaria neste dia de ter o dom do Robertinho, pena que não foi agraciado por ele, pelo menos neste dia, sei que tenho muitos dons, nenhum anormal, pelo contrario normais demais, pelo menos eu acho, sou inteligente, meu irmao quem diz por conta das minhas notas, ultimamente tenho procurado ter mais bom humor, levar a vida muito a ferro e fogo faz mal a nós mesmos, tudo bem que minha vida não é nada fácil, mas uma coisa aprendi com o Vinicius, devemos fazer dos limões que recebemos da vida uma deliciosa limonada, e hoje que limão eu recebi. Jamais desconfiei que a Luciana ainda tivesse as chaves da casa, e entrasse a saísse a hora que bem entendesse de lá, era sábado dia do Pedro ficar com a menina, curtia a filha, a Luciana entra, o Pedro sai do quarto apenas com um short de dormir que estava usando, vestiu em cima da hora, quando ouço os gritos histéricos da mulher do Pedro e eu ali na cama totalmente pelado.
Luciana - Quem está aí com você Pedro, é a sua amante, é a vagabunda Pedro?
Ouço as gritarias do quarto do Pedro começo a me vestir rapidamente, nunca passei por algo parecido, estava tremendo de medo.
Luciana - (aos berros) Deixa eu ver a vagabunda seu desgraçado, trazendo a amante pra dentro de casa.
Ouço o Pedro tentando impedir, em vão.
Pedro - Luciana pare com isso, não tem ninguém aqui você está surtada.
Luciana - Estou surtada Pedro, será que estou, e esse pau duro é o que, hein?
Nisso a Luciana abre a porta do quarto completamente transtornada, no meio tempo em que o Pedro sai do quarto e fica tentando impedir a Luciana de me flagrar ali eu pego toda a minha roupa, pulo a janela do quarto e a encosto de vagar, as chaves do carro do Pedro estava num móvel em cima da cama, pego as chaves, abro o carro devagar e me tranco láh dentro e começo a me arrumar.
Luciana - Onde você colocou a vagabunda Pedro, onde?
Ouço os berros.
Pedro - Não tem ninguém aqui Luciana, vai acabar chamando atenção dos vizinhos, eu estou sozinho não está vendo, é sábado, estou de férias, que isso Lú.
Vejo do carro, pois o vidro do carro do Pedro é filmado, a Luciana chorando abraçando o Pedro que corresponde, e eu ali dentro do carro todo suando e tremendo de medo, vendo aquela cena, isso me atinge de uma maneira que me sinto mal, vem na hora em minha mente flashes das conversas que tive com o Jhonny, principalmente em Cabo Frio que ele me disse: “Você vai querer viver fugindo, agindo feito um fugitivo um ladrão, Breno vai ser pior para você, tu pensa que vai conseguir enganar as pessoas até quando, Breno ninguém consegue fugir de si mesmo”. Jamais pensei que aquelas palavras do Jhonny um dia fossem me servir para alguma coisa, no fundo aquelas conversas com o Jhonny me irritavam, não queria me assumir porra nenhuma, ninguém tem nada com a minha vida, estava bem assim, na minha e pronto e daí, mas neste dia vejo que ele tem razão, eu saindo da casa de uma pessoa fugindo, me escondendo feito um fugitivo, um criminoso, uma situação muito delicada. Depois de quase meia hora dentro do carro, num calor infernal vejo que a barra estava limpa, o Pedro rondando pelo quintal tentando me achar, jamais passou pela cabeça dele que eu tive a rapidez de pular a janela, encostar, pegar toda minha roupa e ainda as chaves do seu carro tudo isso em segundos, hoje escrevendo aqui nem eu acredito que fiz isso.
Pedro - Nossa leke você está aí.
Saio do carro todo suado e sério, nem respondo ao Pedro que vem todo atencioso.
Pedro - Cara eu não tive culpa, a Luciana ainda tem as chaves, nem me liguei em pegar, mas ela não costuma aparecer sábado aqui, muito menos nesse horário, eu sempre que vou lá pegar a Luana?
Breno - Tudo bem... relaxa.
Pedro - Tudo bem não, conheço essa cara leke, pow Breno vem aqui.
Breno - Na boa Pedro, tire as mãos de mim, por favor.
Pedro - Cara eu sei que foi foda.
Breno - Foda Pedro, simples assim foda?
Pedro - Mas cara.../
Breno - Pedro se ela nos pega cara, se ela me pega pelado na sua cama, tu já parou pra pensar. Pedro ela me procurou cara, ela foi lá no restaurante onde almoçamos, ela me pediu para ajudá-la, que ela te ama, ela disse que confia em mim cara, que quer minha ajuda para reconstruir o casamento de vocês, imagine agora ela me pegando na sua cama cara pelado, trepando com você, cara eu não quero nem imaginar.
Pedro - A Luciana não fez isso?
Breno - Fez cara, por isso disse que queria conversar com você por que ela fez.
Pedro - Mas com que direito cara, o casamento acabou, ela quis sair de casa. Ela cara.
Breno - Por que ela suspeitava que você tinha outra, suspeitava não ela tem razão você tem outra, um amante, na verdade um amante e esse cara sou eu né.
Pedro - Muleke mas.../
Breno - Mas é o caralho Pedro, é verdade. Mulher é foda cara e você subestimou a que tinha em casa, ela disse que reparou na sua mudança, que você ficou mais aéreo, mudou na cama, a maneira do sexo.
Pedro - A Luciana é louca, está expondo minha vida assim a nossa vida.
Breno - Mulher não é como nós homens que ficam de segredos cara, que inventam fodas e coisa e tal. Mulher fala mesmo.
Pedro - Brother esquece isso, vem aqui.
Breno - Pedro por favor, não quero brigar cara, mas não tem mais clima, cara nunca mais quero passar por uma coisa dessas. Pedro ela me disse que não sabe como você é tão bom de cama se lá no Espírito Santo ela nunca soube de você com nenhuma namorada?
Pedro - Breno fala sério, tu vau agora nas conversas da Luciana cara?
Breno - Não tenho por que não acreditar nela cara, e realmente você é muito bom de cama, sem sacanagem tu sabe fazer umas coisas que eu nunca vi.
Pedro - Cara besteira.
Breno - Pedro sério, tu antes da Luciana transou com outras meninas, ficava com caras, sério, o que você curte mais, por que na boa você me comeu duas vezes, doeu um pouco mas foi maneiro, mas você não é apertado, nunca tive dificuldade em te penetrar, você já deu pra outros caras, antes de sair com mulher você curtia homens.
Pedro - Não quero falar sobre isso, vamos mudar de assunto.
Breno - Eu quero saber, não vamos mudar de assunto porra nenhuma, estou cansado de sempre você querer fugir, tu sempre quer saber da minha vida, mas nunca fala porra nenhuma da sua, agora me diz cara, tu desde novo da o rabo não é? T casou por medo, por vergonha dos seus amigos, vizinhos lá do Espírito Santo te chamarem de viado, cara vendo a Luciana te abraçando ali deu pra ver que você nem gosta dela, acho que nunca gostou, tu um dia me disse que casou mais pela filha, mas filho eu sei que não segura casamento, tem algo há mais aí, me fala tu sempre curtiu homens, tu sempre foi gay.
O Pedro fica furioso quando o coloco contra a parede, os olhos dele de castanhos ficam escuros, sua feição muda, ele vem para cima de mim, me pega pelo pescoço e chega a me levantar, eu fico até com falta de ar.
Breno - Pedro solta meu pescoço cara, você está me enforcando, me larga ta doendo Pedro.
Pedro - Para de falar sobre isso leke, eu não quero falar sobre isso porra.
Dou um soco na boca do estomago do Pedro ele me solta, caio no chão com falta de ar.
Breno - Quer me matar porra? Pedro não fala mais comigo seu doente, maluco.
Amarro o cadarço do meu tênis, me arrumo e saio da casa do Pedro, ele tenta me pedir desculpas, mas eu nem ouço. Vou para casa chorando, estava triste por tudo, pela situação da Luciana, pelo sofrimento que mesmo que indiretamente eu estava causando ao casamento dos dois apesar do casamento já está destruído, por mais uma discussão com o Pedro e pela maneira agressiva que ele pela primeira vez me tratou ao querer saber da sua vida, cheia de perguntas e sem nenhuma resposta. Chego em casa triste, vejo o Jhonny na calçada lavando a moto mas finjo que nem vejo, chegando em casa não encontro nem minha mãe nem meu mano, as vezes ao sábado minha mãe vai para a igreja resolver umas coisas e meu mano na casa dos amigos, adora uma rua aquele muleke, entro no meu quarto bato a porta e deito na cama, fico deitado por uns instantes até que entra o Jhonny no quarto, se senta na ponta da minha cama, eu estava tão distraído em meus pensamentos que até levo um susto.
Jhonny - Fala aí.
Breno - Que susto cara, nem te ouvi entrar.
Jhonny - A porta estava encostada.
Breno - O que você quer?
Jhonny - O que você tem?
Breno - Eu nada.
Jhonny - Fala.
Breno - Cara você tem outras coisas para se preocupar, tem seu noivado, um emprego que você tem que arrumar, me deixa.
Jhonny - Me preocupo com você também, você é meu amigo.
Breno - Beleza, mas seu amigo está bem obrigado.
Me levanto da cama, o Jhonny me puxa pelo braço e me dá um abraço, não agüento e começo a chorar, ao Jhonny me conhece, sabe quando estou mau, não conseguia mentir pra ele pro muito tempo.
Jhonny - Isso chora cara, chorar não é sinal de covardia.
Breno - Cara eu não agüento mais.
Jhonny - O que foi desta vez Breno?
Breno - Fui na casa do Pedro conversar com ele, sei lá resolver logo essa situação. Jhonny a mulher dele me procurou cara, me epdiu pra ajudar a salvar o casamento deles, cara eu estou me sentindo péssimo.
Jhonny - E o que você decidiu cara?
Breno - Eu não sei. Não decidimos nada. Cara começamos a nos beijar, vamos pro quarto, do nada cara ela aparece, entra na casa, começa a gritar, falar que o Pedro estava com uma vagabunda.
Jhonny - Ela não desconfia do Pedro?
Breno - Não... Ela pensa que o Pedro tem uma amante, mulher entende?
Jhonny - Nem passa pela cabeça da mulher do Pedro sobre a bissexualidade dele?
Breno - Não cara, e o pior que ela pediu a minha ajuda, logo pra mim cara que sou o principal responsável pela destruição do casamento deles.
Jhonny - Também não é assim cara, não se martirize tanto. Talvez antes mesmo de você aparecer o casamento deles já não ia bem das pernas, se não fosse com você seria com outro.
Breno - Mas não é, é comigo cara.
Jhonny - Calma, não chora assim.
Breno - Cara a minha vida é complicada demais, eu não estou suportando mais.
Jhonny - Não fica assim Breno, calma cara.
O Jhonny vai e me abraça de novo, eu correspondo, estava triste, desamparado, até que ele me dá um beijo e eu correspondo, um beijo salgado, misturado com as lágrimas, quando nos viramos vemos a pessoa que jamais poderia imaginar que existisse algo tão intenso a mais do que amizade entre eu e o Jhonny, aparece o Rick na porta, com o olhos cheios d’água, havia flagrado nosso beijo.
Meu coração na hora para, fico tremulo, pasmo, nem sei o que.
Breno - Rick, não é nada disso que você está.
Rick - Eu odeio você.... eu odeio você!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Nos gritos cheio de ódio do Rick,
Continua....
Galera, agora chegando na reta final gostaria de receber e-mails, comentários de pessoas que nunca me escreveu e que acompanham esses contos, ficaria imensamente feliz se cada um de vocês me enviassem um e-mail ou comentário dizendo que acharam desses contos até agora, um pouco da vida de vcs e etc. Até a próxima.
multiplosex@hotmail.com