Chafariz de Feliz Lembrança

Um conto erótico de Giorgio
Categoria: Homossexual
Contém 1373 palavras
Data: 19/11/2010 01:56:38

Giorgio continou abaixado, porém não sabia o que dizer. Ou melhor, conhecia bastante aquela cidade, pois já havia lido mapas, pesquisado informações sobre o Brasil e, de facto, Santa Catarina. Porém, a fisionomia e o psíquico do homem hipnotizaram-no, fazendo-o calar-se. Aproximadamente, o homem tinha uns trinta anos; era musculado, possuía os cabelos levemente grisalhos, e uns olhos verdes e serenos. Giorgio estava a admirar o homem à sua frente, quando, de súbito, rompe o diálogo entre os estranhos.

Estranho: Ei! Olá! Você pode me ouvir? Você é surdo-mudo?

Giorgio: Não, desculpa-me, senhor. Estava... estava a...

Estranho: Uoh! Alto lá! Você não é daqui, ou é?

Giorgio: Saudações! Eu sou de Bragança, Portugal. Estou nesta cidade há um mês. Conheço bastantes locais, posso ajudar-te a chegar até o centro comercial. Chamo-me Giorgio Falgures.

Estranho: O meu nome é Fábio. Muito prazer.

Giorgio: Como?

Fábio: Muito prazer, eu disse.

Giorgio: Oh, percebo-te! Em Portugal, falamos "muito gosto", ou simplesmente "gosto".

Fábio: Ah, legal. Então, Jorge...

Giorgio: Chamo-me Giorgio, senhor!

Fábio: Desculpa aí, GI-OR-GIO-! Então, você sabe onde fica o centro comercial?

Giorgio: Se vais de pés, tomarás tempo, pois...

Fábio (a sorrir): Eu tenho carro.

Giorgio: Oh, certo. Deves, assim, ir-te por aquela rua que vês. Segue em frente sempre, que chegas rapidamente. É um tipo de rota alternativa, pois hoje o tráfego está intenso. O meu tio trabalha próximo de lá.

Fábio: Você fala bem engraçado, e muito rápido também. Eu amei o teu sotaque.

Giorgio: Certo, senhor. Até logo.

Fábio: Você é bem formal pra um menino da tua idade. Quantos anos tu tens, dezenove?

Giorgio: Tenho dezessete, mas sei que aparento mais. Uh, senhor, não estás apressado? Deves de ir a uma reunião, não?

Fábio: Na verdade, não. Olha, Giorgio, vou ser sincero contigo... eu sei onde fica o centro, até melhor do que tu. Moro aqui em Floripa há um tempão.

Giorgio: Uh, por que perguntaste, então?

Fábio: Porque eu te vi aí, sentado na fonte, e te achei muito encantador. Gostei de você.

Giorgio (a levantar-se): Escusa-me, mas tenho de ir-me...

Fábio: Por favor, não vá... Eu... ficaria muito triste se você fosse.

Giorgio: Solta-me, por favor! Tu malmente conheces-me!

Fábio: Posso te conhecer?

Giorgio sentiu calafrios a percorrer-lhe o corpo. Obviamente, Fábio era um homem afeiçoado. Porém, tinha receio de desenvolver qualquer coisa com um estranho, pois tinha vergonha de si e da família, medo do preconceito e da rejeição, sentimento barroco incessante e demasiada insegurança. Giorgio, ainda assim, mirou a face de Fábio e proferiu algo:

Giorgio (a sussurrar): Eu não sei. Por que o desejas?

Fábio: Olha, quando eu te vi, senti que você era diferente. Quis ter você na hora, delícia.

Giorgio: Eu não quero só sexo numa relação. Eu gostaria de algo mais romántico, sensitivo, psíquico, idealístico e...

Fábio cala Giorgio com um beijo rápido e carinhoso. Giorgio tem o ritmo cardíaco acelerado, as pernas trêmulas, e gosta disso. Fábio toca o seu rosto com as duas mãos e adentra a sua língua em sua nova conquista. Giorgio toma tempo para perceber que tinha de abrir a boca e deixar a língua penetrá-lo. Que sensação única e diferente! Fábio tem uma língua grossa e úmida, que examina os meus dentes, esfrega-se no meu palato e lambe-me as gengivas!

Fábio decide chamar o menino ao seu carro.

Fábio: Vem comigo. Prometo deixar a tua tarde de sexta-feira inesquecível.

Giorgio (após uma pausa): Uh, está bem, eu desejo ir contigo, Fábio.

Os dois vão ao carro de Fábio. Este acciona o aquecedor, pois estava frio. Logo, começam a conversar:

Giorgio: Fábio...

Fábio: Pode me chamar de Binho, se quiser. É o meu apelido.

Giorgio: Binho? Prefiro o teu nome ao teu apelido. Imagina-te chamar-me Falgures!

Fábio: Este é o teu apelido? Curioso!

Giorgio: O teu é ainda mais. "Binho" soa como um apodo a mim!

Fábio: Apodo? Peraí... ah!, entendi! Agora que caiu a ficha!

Giorgio: Como? Não te percebi, escusa-me.

Fábio: Pra você, apodo é o que é apelido pra mim. E apelido, pra ti, é... sobrenome pra mim.

Giorgio: Interessante... E pensei que não teria problemas de linguagem ao vir até ao Brasil!

Fábio: Pois é. Você dizia...

Giorgio: És bonito, senhor.

Fábio: Você também.

Giorgio: Grato, senhor.

Fábio: Engraçado você me chamar de senhor... parece até que eu sou o seu pai...

Giorgio: Escusa-me, tenho este hábito.

Fábio: Você não precisa se desculpar comigo toda hora. Eu não 'tou brigando contigo.

Giorgio: Escusa-me, quero dizer, uh...

Fábio (a rir): Tudo bem. Olha, chegamos. Este restaurante dá uma vista linda ao pôr-do-sol.

Giorgio: Eu tenho pouco dinheiro, Fábio. Não posso...

Fábio: Eu pago pra você. Você só me dá o prazer de te ter como companhia?

Giorgio (envergonhado): Já que dizes...

[À mesa]

Fábio: Gostei de você, sabia?

Giorgio: Não gostas mais?

Fábio: Não, assim, eu... eu gostei de te conhecer.

Giorgio: Eu não te conheço. Posso saber o que fazes?

Fábio: Eu sou empresário, gerente de uma multinacional. O meu escritório fica na Tancredo neves, uns dez metros daquela praça em que te achei.

Giorgio: E o que um homem tão ocupado estava a fazer fora do seu escritório?

Fábio: Hoje, tinha só uma reunião pela manhã. Aí, saí um pouco para espairecer antes de acabar na minha casa, bebendo e assistindo televisão. Eu moro sozinho, e você?

Giorgio: Eu vivo com os meus tios e primos. Os meus avós estão em Portugal.

Fábio: E os teus pais?

Giorgio: Estão... não estão mais vivos.

Fábio: Oh, querido. Sinto muito.

Giorgio: Escusa-me, mas quando penso nos meus pais, desato-me uma tristeza proffunda. Nunca pude conhecê-los, pois morreram de forma horrenda. Não quero falar sobre isso.

Fábio: Eu quem te peço desculpa agora. Ei, olha o sol ali se pondo!

De facto, estava a passar um espectáculo natural, e Giorgio contemplara um lindo pôr-do-dol.

Fábio: Posso te beijar?

Giorgio: Não tens medo de alguém estar a ver-te?

Fábio: Giorgio, eu aprendi uma coisa nesses meus 35 anos de vivência... a vida é curta demais e deve ser vivida como se cada dia fosse o último. Talvez, amanhã você não esteja vivo, talvez eu não esteja vivo e, sabe, eu gostei muito de você ter vindo comigo,e quero aproveitar este momento. E se amanhã eu puder refazer isto, serei eternamente grato ao Criador. Giorgio, eu gostei muito de você. Sei que nós poderemos criar algo entre nós...

Giorgio: Oh, mas tu mal sabes quem eu sou!

Fábio: Sei que você é inteligente, bonito, sem dúvida, meigo, gentil, educado, polido e profundo. Eu acho que vi a tua alma lá no chafariz.

Giorgio: Eu não sei o que dizer a ti.

Fábio: Então, me beija. Me beija, que o teu beijo é um favo de mel para mim, um fio das fadas com chocolate, o mais adociado dos perfumes. Me beija, por favor.

Giorgio beijou-o. Estava entregue totalmente a Fábio. Limites não existiam mais para este rapaz.

Após o jantar, Fábio levou Giorgio ao seu apartamento. Era aconchegante, limpo e muito organizado.

Fábio: Sinta-se em casa.

Giorgio: A minha casa não é tão luxuosa como esta!

Fábio: Vai ser... vai ser um dia...

Giorgio: Por que disseste isto?

Fábio: Porque um dia eu quero viver contigo. Posso?

Giorgio: E a filosofia do carpe diem, árcade?!

Fábio: O quê?

Giorgio: "Aproveita o teu dia", diz carpe diem. Não pensavas assim?

Fábio: Sim, mas seria ótimo te ter pra sempre comigo.

Giorgio: Queres ter-me?

Fábio: Sim.

Giorgio: Vem.

Giorgio começa a despir-se. Logo, está somente a usar meias brancas e uma cueca azulada. Giorgio vai a Fábio e desveste-o.

Giorgio (a sorrir): Oh, vejo que estás rígido!

Fábio: Ele é todo teu. Chupa, vai.

Giorgio: Hmmm, hmmmm, hmmmmmmmm, que pénis molhado!

Fábio: Bebe o meu leite, bebe, meu amor.

Giorgio: Hmmmm, hmmm, hmmmm, sou o teu amor, hmmm?

Fábio: Você é meu. Só meu. Ai, chupa, vai! Gostoso, tesão, hmmmmm, delícia!

Giorgio: Queres comer-me? Queres fazer sexo anal comigo?

Fábio: Por que tu falas assim? Até perdi o clima agora!

O pénis de Fábio abaixa, e Giorgio, que havia saído da sala de estar, ouve novamente o barulho dos primos a brincar.

Giorgio: Arre! Que sonho bom estava a ter! Por que estes putitos acordaram-me agora?

A continuar...

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Comentários

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hehehe, boa tentativa, mas olha que ninguém fala assim em Portugal :) tens que ver mais filmes portugueses (vai ao YouTube!) Abraço!

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