Capítulo 4 – TODA BRINCADEIRA TEM UM FUNDO DE VERDADE
*Tálita*
Entramos e ficamos um pouco no balcão, pedi um Wiski pra mim e pra Luana era sempre assim, Paulinho ficava só na cerveja e por incrível que pareça Isadora bebia também, ela ficava na Vodka. Encontramos várias pessoas conhecidas, Isa, só me observava conversando, algumas eu apresentava a ela, outras me puxavam pra conversas mais intimas, alguns garotos que já sai ficavam xavecando, e algumas garotas também, mas eu não podia dar esse mole na frente da Isa. Puxei ela pra dançar, eu já tava um pouquinho alterada, voltamos pra balcão onde Luh e Paulinho estavam, Isa chegou bem perto do meu ouvido e disse:
- Não sabia que você era animada assim, sempre te vejo muito quieta e na sua.
- Você não me conhece nem metade. – Respondi e fiz cara de mistério.
Ela só deu um sorriso e voltou a olhar o pessoal em volta, eu fiz o mesmo. Quando olho pro lado eu vejo Camila abraçada com outra menina, olhei rapidamente pra Luana, quando pensei em distrair ela já era tarde de mais, ela ficou fintando Camila por alguns segundos e depois olhou pra mim, a gente se comunicava somente no jeito de olhar, uma lágrima escorreu no seu rosto, ela bebeu sua dose de Wiski num gole só me chamou e disse no meu ouvido:
- Tah, eu vou embora, não sou obrigada a ver essa cena.
- Tudo bem, vamos com você, vou só chamar a Isa pra gente ir.
- Nem pense, fiquem ai que eu vou sozinha. – Ela disse segurando meu braço.
- Eu vou com você Lúh, afinal alguém aqui tem que trabalhar amanhã de manhã néh Tatá?!
Lúh foi na frente, e Paulinho logo atrás dela, antes de sair ele disse:
- Pode ficar despreocupada, eu cuido dela ta bom?!
Fiz sinal positivo com a cabeça, eu me preocupava muito com Luana, ela era como uma irmã pra mim. Isadora observava tudo de longe, quando eu estava indo a sua direção um cara enorme, e trebado chegou perto dela, eu encostei ao seu lado e ele disse algumas coisas no ouvido dela e ela sempre se esquivando dele, até que ela se encostou em mim e disse para o cara:
- Moço eu estou acompanhada.
- A é? E cadê sua companhia?
Sem pesar muito eu lhe abracei por trás encostei meu queixo no seu ombro e disse:
- Bem aqui, a companhia dela esta aqui. Agora pode nos dar licença?!
O Rapaz olhou assustado, com cara de quem não estava acreditando, olhei pra ele com expressão de ironia, puxei Isa pra mais perto e beijei seu rosto. Ele ficou olhando por alguns minutos e saiu. Assim que ele saiu, eu soltei Isa, ela me olhou abismada porém com um sorriso estampado no rosto e disse:
- Muito obrigado, você me salvou!
- Sempre as ordens, quando precisar é só chamar. – Soltei uma gargalhada e comecei a acompanhar ela na vodka.
- Porque Luana e Paulinho foi embora, e porque ela estava chorando?- Perguntou assustada.
- Ta vendo aquela garota ali, encostada junto com a menina de preto?!– Apontei disfarçadamente pra Camila.
-Sim, o que tem ela?
- Ela é ex-namorada de Luana, só que ela é possesivamente ciumenta. E se separou dela, só que Luana ainda é apaixonada por ela.
- E qual foi o motivo da separação delas? – Perguntou curiosa.
- Eu! – Ela me olhou assustada. – Como eu disse, ela é muito ciumenta, e tinha ciúmes de mim, ela nunca entendeu minha amizade com a Lúh. Luana tentou conversar com ela, mas ela não escutava, então ela desistiu e elas se separaram. Pensando bem acho que vou dar um jeito nessa situação!
- O que você ta pretendendo fazer Tálita? Não vai arrumar confusão néh?! - Ela disse assustada.
- Ta com medo que eu quebre o nariz dela também? – Perguntei e cai na gargalhada.
- Talvez!
- Me espere aqui que eu já volto.
- Espera. – Ela disse e segurou meu braço. – E se alguém me agarrar de novo? – Fez uma cara de dó.
- Pede pra pessoa ir ali na mesa conversar com a sua namorada. – Disse, mas logo me arrependi de ter falado, ela sorrio e concordou com a cabeça.
Me sentei em uma mesa no canto, um pouco distante do pessoal, chamei Camila pra conversar, no começo ela se negou mas eu acabei convencendo ela. Ela se sentou e disse:
- Precisa falar comigo?
-Sim, eu sei que não é hora e nem lugar de ter essa conversa com você. Mas eu nunca tive a oportunidade de conversar contigo sobre isso.
- Se for sobre a Luana pode esquecer.
- É sobre ela sim. Pow Camila, você não sente mais nada por ela?
- Ela quem pediu pra você vir falar comigo?
-Não, eu vim porque quis. Ela é minha amiga, ou melhor, ela é minha irmã, e eu não suporto ver ela sofrer, e me sinto culpada por isso. – Ela só me olhava atentamente, e às vezes desviava o olhar. Eu só queria dizer, que se o motivo do seu ciúme sou eu, quero que você fique despreocupada quanto a isso, eu conheço Luana desde que éramos duas pirralhas, nem eu nem ela vamos nos afastar uma da outra por isso. Quero que você entenda nossa amizade e aceite. Luana te ama e eu sei que você sente o mesmo por ela, então não a faça sofrer mais, por favor!
- Ela esta ai?
- Foi embora quando te viu com outra garota.
Ela ficou sem saber o que falar pensou um pouco. Agradeceu-me e pediu desculpa, se levantou e foi embora!
Me levantei e fui até Isa, ela me olhava desde que levantei. Cheguei e ela perguntou se deu tudo certo eu respondo que sim, então ela disse:
- Vamos comemorar então néh?!
- É uai!
Voltei a acompanhar na Vodka. Eu sabia que eu estava fazendo merda bebendo vodka, Me dava amnésia, mas eu já nem estava mais preocupada com nada, fui bebendo e bebendo e a ultima coisa que me lembro era Isa me chamando pra ir embora.
Acordei só de camiseta e calcinha, deitada numa cama desconhecida e com o braço em volta de Isa. Abri os olhos olhei pra um lado, olhei pro outro e quando vi Isa dormindo do meu lado me assustei, meu coração disparou e eu pensei “Puta que pariu, fiz merda. Eu sabia que ia fazer merda”. Virei-me, passei a mão no rosto, achando que ia me lembrar de alguma coisa e nada, sentei na cama, olhei em volta e vi algumas fotos de Isa, deduzi que estávamos na sua casa, assim que eu levantei parecia que tinha passado um caminhão na minha cabeça, me levantei fui no banheiro lavei o rosto, e assim que eu sai do banheiro Isa estava sentada na cama. Eu olhei sem graça pra ela, ela riu pra mim, me sentei na cama e perguntei:
- Por favor, me diz o que aconteceu aqui. – Ela me olhou e começou a rir.
- Pelo amor de Deus, me diz como vim parar na sua cama e como estou nesses trajes?!
-Você não se lembra de nada? – Ela perguntou já começando a ter outro ataque de risos.
- To com cara de quem se lembra de alguma coisa?
- Não aconteceu nada demais Tatá.
- Eu to de calcinha na sua cama e não aconteceu nada demais?! – Perguntei anciosa.
- Você só bebeu um pouquinho demais, tive que te trazer pra minha casa, lhe dei um banho e coloquei você pra dormir. Só isso!
- Ah, só isso? Você diz na maior naturalidade? – Perguntei incrédula com sua resposta. – Mas eu fiz alguma coisa ou disse alguma coisa demais?
- Porque você ta com medo? – Perguntou fazendo cara de safada. – Você esconde alguma coisa de mim?
- Não é isso, é que sei lá... Vai que eu disse alguma coisa demais! Espera ai, você me deu banho? – Perguntei assim que cai na real do que ela tinha me dito.
- Anham, porque, algum problema nisso? Tinha alguma coisa que eu não podia ver? – Perguntou com sarcasmo.
- Não que não possa ver, mas quem me garante que você não abusou de mim?! – Comecei a entrar na brincadeira.- Então você viu minha tatuagem?!
- Todinha, até a última pontinha. – Respondeu deu uma piscada e fez cara de safada.
Eu podia agarrar ela ali mesmo, ela tava me deixando doida com aquelas respostas irônicas e aquela carinha de safada. Cheguei mais perto dela e perguntei bem baixinho:
- Tem certeza que você não abusou de mim, porque sou uma menina muito certinha.
Ela chegou bem próximo do meu rosto e respondeu no mesmo tom de voz:
- Certeza absoluta! – Ela continuou me olhando nos olhos, até que meu celular tocou e nos interrompeu, era minha mãe. Atendi.
- Oi Mãe.
- Tálita, você pode, por favor, me informar onde à senhorita passou a noite?
- To na casa de uma amiga mãe, não precisa se preocupar!
- Já cansei de falar pra avisar quando for dormir fora.
- Eu sei mãe, desculpa, daqui a pouco to indo pra casa. Beijinho!
- Mamãe ta brava, melhor ir pra casa hein. – Ela disse em meio aos risos.
- Hoje é dia de zoar a Tálita néh?
- É sim. Agora vou tomar um banho pra gente descer e tomar café, ok?!
- Tudo bem!
Ela se levantou e caminhou até o guarda roupas pra pegar suas coisas, ela também estava com uma camiseta e só de calcinha. Ela realmente queria me deixar louca, tinha um corpo perfeito, tinha mais ou menos 1,63m, pernas torneadas, e uma barriguinha lisinha que me deixava sem ar. Ela entrou no banheiro e eu cai na cama tentando não imaginar ela no banho. Pêra ai, e se minha mãe não tivesse me ligado e o celular não nos interrompesse o que poderia ter acontecido? Meu deus que pensamentos eram aqueles, eu preciso tirar ela da minha cabeça.
*Isadora*
Chegamos e pedimos alguma bebida, Tatá pediu um wiski e eu Vodka. Precisava relaxar um pouco. Enquanto bebíamos Talita encontrou varias pessoas, algumas ela me apresentou e outras puxavam ela pra conversar a sós, não vou negar que senti ciúmes quando vi algumas meninas se aproximar dela, mas eu tive que me conter. Ela me puxou pra dançar, eu juro que achei estranho ver isso, ela é sempre muito quieta. Quando voltamos pro balcão, eu disse:
- Não sabia que você era animada assim, sempre te vejo muito quieta e na sua.
- Você não me conhece nem metade. – De alguma maneira aquilo que ela disse me fez arrepiar. Ela começou a olhar o pessoal em nossa volta até que ela parou em um lugar olhou uma menina e logo olhou pra Luana, elas ficaram se encarando por alguns segundos, percebi uma lágrima no rosto de Luana. Ela chamou Tálita, disse alguma coisa pra ela, conversaram e Luana e Paulinho foram embora.
Quando Tatá estava voltando, um cara enorme e bêbado, chegou perto de mim começou a me xavecar e dizer algumas bobeiras no meu ouvido eu tentei dispensar ele de todas as maneiras e nada eu me distanciando dele até encostar em Tatá, ele continuou insistindo e eu disse:
- Moço eu estou acompanhada.
- A é? E cadê sua companhia?
- Bem aqui, a companhia dela esta aqui. Agora pode nos dar licença?! – Talita disse e me abraçou por trás, como era bom sentir o seu abraço novamente, e dessa vez ela me beijou o rosto também. Senti-me segura naquele momento. O rapaz continuou nos olhando, mas logo se distanciou de nós. Ela me soltou, me virei pra ela um pouco assustada, mas muito feliz com aquilo.
- Muito obrigado, você me salvou!
- Sempre as ordens, quando precisar é só chamar.
- Porque Luana e Paulinho foi embora, e porque ela estava chorando?
- Ta vendo aquela garota ali, encostada junto com a menina de preto?!– Apontou disfarçadamente para uma garota no canto da pista.
-Sim, o que tem ela?
- Ela é ex-namorada de Luana, só que ela é possesivamente ciumenta. E se separou dela, só que Luana ainda é apaixonada por ela.
- E qual foi o motivo da separação delas?
- Eu! – Me assustei com a resposta, mas ela continuou – Como eu disse, ela é muito ciumenta, e tinha ciúmes de mim, ela nunca entendeu minha amizade com a Lúh. Luana tentou conversar com ela, mas ela não escutava, então ela desistiu e elas se separaram. Pensando bem acho que vou dar um jeito nessa situação!
- O que você ta pretendendo fazer Tálita? Não vai arrumar confusão néh?!
- Ta com medo que eu quebre o nariz dela também? – Perguntou e caiu na gargalhada.
- Talvez!
- Me espere aqui que eu já volto.
- Espera. – Eu disse e segurei seu braço. – E se alguém me agarrar de novo? –fiz cara de medo.
- Pede pra pessoa ir ali na mesa conversar com a sua namorada.
Realmente eu não esperava aquela resposta, mas meu coração disparou e uma paz enorme tomou conta de mim. Ela foi até a mesa conversar com a tal Camila, ficou alguns minutos conversando com ela, mas logo voltou. Ela chegou e perguntei:
- E ai, deu tudo certo?
- Sim, acho que esta tudo resolvido.
- Vamos comemorar então néh?!
- É uai!
Ela parou com o Wiski e começou a beber vodka comigo, foi bebendo e bebendo, até que não agüentou mais, pelo menos ela não era aquele tipo de bêbado chato, seus olhos nem abriam totalmente, parecia que estava em outra dimensão, viajava sozinha. Eu vi que ela não estava muito bem, chamei pra ir embora, mas ela mau conseguia andar. Lhe ajudei, fomos de táxi, tudo que eu dizia ela concordava. Resolvi levar ela pra minha casa, e também nem sabia onde ela morava, a pior parte foi subir as escadas, eu também não estava muito bem e tentando ajudar ela que foi mais engraçado caímos na gargalhada e sentamos no degrau da escada, depois que nos acalmamos do ataque de risos, segurei ela pela cintura e subimos até meu quarto. Ela se sentou na cama e eu disse:
- Tah, é melhor você tomar um banho antes de dormir.
- Tanto faz! – E se deitou.
- Não deita não, se não você dorme!
Fui correndo até ela, ela se levantou e eu ajudei a tirar suas roupas, quando tirei sua calça me assustei, Tatá tinha uma tatuagem em forma de tribal enorme no quadril na parte de trás bem em cima do bumbum e ia até na parte da frente, acabava bem no começo da virilha, fiquei impressionada e excitada em vê-la nua, ela tinha um corpo lindo, Acabei de dar um banho nela, ela se secou e com muita dificuldade colocou uma camiseta que eu lhe dei. Deitou-se e eu fui tomar um banho também, voltei pra cama e me deitei. No meio da noite senti Tatá, chegar mais perto de mim, me abraçou e apertou contra sim, afundou o nariz no meu ombro e respirou fundo. Percebi que ela estava dormindo mesmo, mas mesmo assim meu corpo ficou tenso e me arrepiei toda, uma pontada de desejo surgiu, fui me acomodando no seu abraço até que com muita dificuldade peguei no sono outra vez.
Quando acordei Tatá já não estava mais na cama, escutei uma barulho no banheiro e logo ela abriu a porta, eu estava sentada na cama, me olhou sem graça e eu não me contive e comecei a rir.
- Por favor, me diz o que aconteceu aqui? – Ela perguntou anciosa. E eu só a olhei e comecei a rir.
- Pelo amor de Deus, me diz como vim parar na sua cama e como estou nesses trajes?!
-Você não se lembra de nada? – Perguntei começando a ter outro ataque de risos.
- To com cara de quem se lembra de alguma coisa? – Disse com ironia.
- Não aconteceu nada demais Tatá.
- Eu to de calcinha na sua cama e não aconteceu nada demais?! – Perguntou ansiosa.
- Você só bebeu um pouquinho demais, tive que te trazer pra minha casa, lhe dei um banho e coloquei você pra dormir. Só isso!
- Ah, só isso? Você diz na maior naturalidade? - Mas eu fiz alguma coisa ou disse alguma coisa demais?
- Porque você ta com medo? – Perguntei fazendo cara de safada. – Você esconde alguma coisa de mim?
- Não é isso, é que sei lá... Vai que eu disse alguma coisa demais! Espera ai, você me deu banho? – Perguntou assustada, só se deu conta do que eu disse agora.
- Anham, porque, algum problema nisso? Tinha alguma coisa que eu não podia ver? – Perguntei sendo sarcástica.
- Não que não possa ver, mas quem me garante que você não abusou de mim?! –Ela começou a entrar no clima de brincadeira. - Então você viu minha tatuagem?!
- Todinha, até a última pontinha. – Respondi e dei uma piscadinha e fiz cara de safada.
Ela chegou mais perto de mim e perguntou bem baixinho:
- Tem certeza que você não abusou de mim, porque sou uma menina muito certinha.
Cheguei bem próximo do meu rosto e respondi no mesmo tom de voz:
- Certeza absoluta! – Continuamos nos olhando, até que o celular dela tocou e nos interrompeu, Pelo jeito que ela conversou era mãe dela.
- Mamãe ta brava, melhor ir pra casa hein. – Eu disse em meio aos risos.
- Hoje é dia de zoar a Tálita néh?- Perguntou impaciente. Nunca tinha visto ela toda nervozinha daquele jeito. E pode acreditar que era muito engraçado.
- É sim. Agora vou tomar um banho pra gente descer e tomar café, ok?!
- Tudo bem!
Peguei algumas roupas e entrei no banheiro pra tomar banho. Fiquei pensando na noite anterior, mas logo me veio na mente... E se o celular dela não tivesse tocado naquela hora o que poderia ter acontecido?
