O AUXILIAR DE ENFERMAGEM - III

Um conto erótico de ww
Categoria: Homossexual
Contém 3257 palavras
Data: 30/03/2011 15:32:20

O AUXILIAR DE ENFERMAGEM - III

Nas duas primeiras partes desta narrativa, contei como eu, aos 45 anos, me envolvi com Jose Luiz, de 19, que conhecera no hospital ao realizar um exame, do caso paralelo que tive com Gatopoa22pass, que conheci na internet. Confessei também que as relações homossexuais causaram a perda da minha potência sexual, e a solução encontrada foi voltar a ter relações com mulheres. No final na segunda parte da história, José Luiz ofereceu a sua mãe, Maria Thereza, 36, como a solução para minha impotência.

Maria Thereza era uma mulher de fibra, com princípios morais sólidos forjados nas dificuldades que transpôs desde a gravidez quando adolescente, época em que fora expulsa de casa. Mas também era uma mãe amorosa, que não negava aos apelos insistentes do filho. Mesmo contrariada, ela aceitou o sacrifício de ir para a cama comigo, seu genro, para que seu filho viado voltasse a ter um parceiro sexual ativo. Assim, insensível às emoções de mãe e filho, logrei pleno êxito no meu plano de comer ambos.

Pior ainda, confesso: o olhar de raiva que ela me dirigiu, e o sorriso amarelo de José Luiz ao me ver conduzi-la para o quarto, levaram meu tesão ao limite. O desejo que me consumia há uma semana – transformar minha sogra em amante - seria realidade; minha estratégia fora perfeita.

Para descrever melhor o que se passou no quarto procurei no site da Casa dos Contos alguma narrativa sobre necrofilia, e não encontrei exemplo apropriado. Mas como o leitor já pode perceber, minha sogra entregou-se sem qualquer reação ou emoção. Os beijos apaixonados que eu lhe dava encontravam lábios flácidos e inertes; as investidas da minha língua em sua boca não lhe causavam qualquer movimento, a não ser o engolir em seco. As lambidas sobre seu corpo, o mamar nos seus seios, a chupada demorada no grelo não tiraram seus músculos e nervos da latência. Mas essas repulsas causavam em mim efeito contrário: estimulavam! Com um pouco de raiva, investi meu mastro rígido sobre suas entranhas, que de tão áridas, pareciam ralador de queijo. Nenhum fluido surgiu para lubrificar aquela buceta ociosa há tanto tempo; mesmo assim, montado sobre ela, eu me deliciava com seu corpo, gozando muito, e dormindo prostrado ao seu lado. Na manhã seguinte acordei de pau em riste, e sem pedir licença, comi-a novamente. Desta vez, além do prazer, sempre intenso, senti o desconforto pela fricção da pica toda esfolada em contato com as paredes ásperas daquele túnel.

Decidi que com ela usaria camisinha, e não me dei por vencido. Intermediava as trepadas, ora comendo o filho, ora comendo a mãe. Ele feliz, ela imóvel. Eu refeito da minha broxura.

As visitas a Gatopass22poa, que depois confessou ter 28, também ficaram freqüentes Lembro aos leitores,que podem conferir nas narrativas iniciais, ser ele terapeuta e amante. Eu continuava com as humilhações e mau tratos, que ele aceitava e estimulava como se fossem o élan da nossa libido. Em troca, além de uma bunda submissa e um boquete incomparável, ele exercia toda a sua excelente capacidade de análise. Após ouvir minhas narrativas, diagnosticou que eu estava apaixonado por Maria Thereza; lembrou ainda que eu tinha o direito de ser feliz ao lado de uma única mulher, e recomendou que encaminhasse uma solução. Levei a situação bígama o quanto pude, mas foi Maria Thereza quem tomou a iniciativa de dar fim àquela pouca-vergonha.

Durante um almoço em família, sentenciou:

- José Luiz, acho que já fiz meu sacrifício pela tua felicidade. Eu também tenho o direito de buscar a minha. Não quero mais dividir a cama com teu parceiro. Se ele está curado da sua impotência, ótimo; se não está, que busque um tratamento. Não podemos mais viver assim. Vocês têm de encontrar uma solução que não passe por mim.

Eu me fiz de desentendido e lasquei uma bobagem, que me custou caro:

- Mas está tão bom assim, eu precisava de um tempo para decidir ...

O viado respondeu de forma incisiva:

- Se tu ainda precisas de tempo pra decidir, então já está decidido. Agora sei que tu já não me amas tanto, e mesmo sofrendo, eu prefiro parar agora. Acho que chegamos ao fim. Já venho pensando nisso há muito tempo. Sofro calado quando você e mamãe vão para o quarto, e tenho certeza que não quero viver mais isso.

Eu balbuciei alguns monossílabos, sem saber o que dizer, e ele definiu:

- Além disso eu acredito que nossa paixão do início já não é mais a mesma; eu amei muito você, mas quero viver outras experiências, com alguém da minha idade. Vou sofrer, mas vou me curar ...

Querendo sair da situação difícil, eu parti para a agressão: - então tu já tens outro? Desde quando tu me trais?

Ele respondeu, de forma ofendida e orgulhosa, que diferente de mim, não buscara outras pessoas, rejeitara todos os assédios que vinha recebendo, mas sentia que recebia muito pouco em troca da sua fidelidade. Emendou que não gostava da vida que estava vivendo.

Com um pouco de vergonha, eu ainda lancei um olhar apaixonado para Maria Thereza, tentando salvar pelo menos um dos relacionamentos. Ela foi firme, mas doce:

- Eu sei o quanto tu gostas de mim, mas eu quero sentir o prazer de ser cortejada, conquistada. Engravidei muito cedo, assumi responsabilidades ainda muito menina, nunca tive a sensação de um homem apaixonado tentando me seduzir, não sei o que “romântico” significa. Quero viver essa experiência enquanto ainda sou jovem e atraente.

- Eu não quero te perder – foi a única frase, desta vez sincera, que consegui balbuciar.

- As razões pelas quais estamos juntos não se justificam diante do que falamos agora. Mas pode haver outras razões, dependerá de você.

E assim acabou uma das fases mais felizes da minha vida. Levantei da mesa, fiz minhas malas, e deixei mãe e filho no apartamento.

Sabem os leitores que aquele apartamento me pertencia, eis que fora comprado para melhor instalar a nova família. Mesmo assim, mudei para minha casa antiga, não sem antes levar comigo o Gatopass, para, sempre que eu quisesse, dar o cu, chupar meu pau, e principalmente ouvir meus lamentos.

Mesmo dominado pela paixão platônica que sentia pela minha ex-sogra, que desviava minhas investidas, adiando convites para jantares e encontros, eu ainda exercia meu domínio sobre Gatopass. Inventava situações esdrúxulas, que o submetiam a condições humilhantes, incompatíveis com sua posição social e profissional. Determinei que ele assumisse todos os afazeres domésticos, desde lavar minha roupa até faxinar minha casa, devidamente paramentado com o uniforme preto e avental branco bordado que as domésticas usam nos filmes e nas novelas.

Durante o dia, depois das lides de casa, travestia-se para o masculino e atendia seus pacientes no consultório, entregando a mim a féria do dia. Esclareço que não precisava nem queria o dinheiro dele, do qual jamais gastei um tostão sequer e devolvi inólume o volume recebido; mas fazia parte dos nossos jogos de dominação a entrega total, e a dependência econômica. Por mais estranho que pudesse parecer, eu ficava excitado cada vez que ele me pedia uns trocados do seu próprio dinheiro justificando que era para comprar um esmalte lindo cuja cor tinha visto nas unhas de uma paciente sua, ou uma langerie nova, ou qualquer outra surpresa que quisesse fazer. As vezes eu negava, dizendo que ele gastava demais, mas que se ele fosse bonzinho eu iria pensar no caso. Era a senha para ele se por de joelhos e pagar um boquete.

Mas era Maria Thereza quem eu queria; fazia alguns meses desde nossa despedida, suas respostas eram evasivas, ainda que sempre atendesse meus telefonemas, ou retornasse meus torpedos, Por sugestão de Gatopoa, apelei para José Luiz, e marcamos uma conversa; chamou atenção que, desta vez, ao invés de um lugar bem freqüentado como ele sempre escolhia, marcou um encontro em um café no Shopping Lindóia, afastado do meu círculo de relações. Gatopass me alertou:

- Não existe bicha burra! Se ele escolheu um lugar afastado é porque ele vai te testar. Ele vai para cima de ti, e se tu caires, é porque tu não és o cara indicado para mãe dele.

A recomendação fazia sentido, mas fiquei na dúvida se o alerta do meu amante tinha por intuito impedir que eu comesse o enfermeiro de novo, o que não seria má idéia. A conversa foi franca, indecente e libidinosa, Falamos quase nada sobre Maria Thereza, e muito sobre nossas vidas. Ao tempo todo José Luiz lembrava o quão próximo estávamos dos motéis da Avenida Assis Brasil, e o quanto sentia saudades de ser bem comido. Eu resisti bravamente, dizendo sempre que nada iria me afastar da pouca chance de reatar com a mãe dele.

Saí de lá com dor nas bolas, de tanta tesão reprimida pelo garoto, maldizendo Gatopoa pelo seu conselho estúpido. Chegando em casa, mal-humorado, sequer falei com o amante-serviçal: mandei que ele servisse o jantar e se recolhesse para a dependência de empregada, porque queria ficar sozinho, arrependido de não ter cedido às cantadas do meu “ex”. Só melhorei no dia seguinte, quando arrisquei uma ligação para a ex-sogra, que para surpresa aceitou um convite para o cinema aquela noite. Gatopoa tinha razão: eu fora testado, e havia passado no teste.

A partir de então eu e Maria Thereza começamos um namoro à moda antiga, com saídas, cinema, jantares, flores, vida social e nada de sexo. Um toque de mão boba em um de seus seios era o suficiente para interromper um beijo apaixonado, que só seria retomado muito tempo depois, quando o clima de paixão fosse restabelecido.

Não tivesse a bunda de Gatopass a minha disposição, talvez tivesse desistido do longo namoro. Maria Thereza queria recuperar comigo o romantismo que não vivera. Dentre muitas idéias antiquadas, embestou em casar virgem. Repôs seu hímen através de cirurgia plástica, ficando claro que, para possuí-la, deveria antes levá-la ao altar.

Apaixonado, entrei no clima. Propus uma festa de noivado aos moldes tradicionais, na casa dos pais dela, cujas relações interrompidas há quase 20 anos foram reatadas por minha iniciativa. Pedi a mão da noiva em casamento ao arrependido e emocionado sogro, e naquele momento senti que ganhei o respeito e o amor eterno de Maria Thereza. Foi o suficiente para que meu caráter promíscuo aflorasse, e passei a corresponder aos flertes lançados pelo meu agora enteado, que agora tinha um novo namorado.

Comi o garoto naquela mesma noite, após deixar minha noiva em casa. Pretestara uma briga com seu parceiro, e ligou pedindo que eu o buscasse. Tentei com ele o mesmo tratamento que dava a Gatopass, mas já na primeira determinação minha – abre minha calça e chupa – fui repreendido. Tive que redobrar os carinhos para levá-lo ao motel.

Meu casamento foi um dos eventos do ano em Porto Alegre. Havia passado a tarde com o filho da noiva, um dos padrinhos junto com seu namorado. Gatopass, evidente, estava na primeira fila. A cerimônia na Igreja São Pedro foi chata como todas as cerimônias religiosas, mas não o suficiente para evitar minhas lágrimas quando vi Maria Thereza, linda em seu vestido branco, sendo conduzida por seu pai até o altar. Salão principal do Leopoldina Juvenil estava repleto com quase seiscentos convidados; a organização da cerimonialista Paula C., quem eu tive a chance de pegar no passado, foi perfeita. O DJ Pimpo manteve a animação até o raiar do dia, quando fomos para o Sheraton Hotel, a duas quadras dali. As notas sociais dos jornais da capital, e uma página do lado ímpar na revista Caras, deram destaque ao casório.

Exausto pela festa durante a noite, e exaurido pela bunda do seu filho durante a tarde, preferi descansar antes de possuir a noiva, o que causou uma certa frustração e algum protesto. Após oito horas de sono, totalmente refeito, fui acordado por uma esposa desejosa de sexo. Diferente daquela múmia seca que se deixava penetrar, agora Maria Thereza queria ser protagonista. Aproveitei seu açodamento para trazer a mim o controle da situação, e com a calma dos casais – de que nos falou certa vez Chico Buarque – só comecei a beijá-la após a higiene matinal (fica aos leitores o aviso que nenhum amor resiste ao hálito da saliva seca do despertar), com muita paciência e método, aumentando progressivamente a força dos amassos, insinuando minhas mãos sobre seus seios com delicadeza, não obstante os apelos enlouquecidos de quem não agüentava mais esperar.

Sem pretender um ar professoral, mas com a segurança de quem já comeu muita gente, quero deixar a quem me lê a experiência de que – salvo exceções que em geral não valem a pena – mulher e viado gostam de pegada forte. As vezes, para mostrar quem manda, além de pegar forte tem que ir metendo, sem dar tempo para tomar fôlego; outras vezes, também para mostrar quem manda, só deve meter quando você, e não ela (ou o viado) não aguenta mais. Quem souber controlar essas variações deixará à parceira (o) aquilo que convencionamos chamar de “amor de pica: o que sempre fica!”

Feita essa digressão educativa, continuo contando a manhã de núpcias, em que, sem afastar dos lábios da minha mulher um instante sequer, enquanto uma mão segurava forte seu pescoço – a “pegada” de que falei antes – a outra mão explorava seus pontos sensíveis: a própria nuca, a parte de baixo do braço, a bunda, a pélvis, sempre encostando meu pau no seu corpo, para que ela sentisse o que estava por vir, mas só quando eu quisesse.

Só se deve rasgar uma roupa de seda quando a recompensa é imediata; mas naquela manhã meu objetivo era prolongar o arreto, pelas razões que já expliquei antes. Por isso, com a mão livre, fui despindo-a botão por botão, permitindo que ela também tirasse o casaco do pijama para provocar o contato dos torsos nus. Mulheres em especial gostam da troca de calor entre corpos. Nua, e sentindo-a suada, meus lábios e língua passaram a percorrer seu corpo, enquanto ela se posicionava para que meu pau a penetrasse. Eu desvencilhava com delicadeza, e continuava a descida; sabia do hímen refeito, e com quase nenhuma experiência em virgens, me preocupava a dor da defloração, por isso prolongava as carícias além do necessário e suportável. Chegando a ventre, dediquei àquela caverna que fora áspera da última vez que eu visitara, mas que agora estava tão úmida quanto a Gruta Azul (aquela de Nápoles; não a casa mal afamada da Avenida Farrapos). E assim fiquei, por muito tempo, deliciando com os gemidos e gozos que a estimulação clitoriana provocava. O gosto ácido dos seus líquidos vaginais eram mais doces que todas outras – e foram muitas – bucetas que eu havia chupado na vida. Só parei porque senti quase ejacular ao ouvir dela um uivo prolongado de prazer. Foi quando avancei, por cima, e em uma só estocada, rompi aquela pele reimplantada. Percebi um misto de dor e de prazer em seu rosto, mas era evidente a entrega total. Forcei os movimentos, concentrado para não permitir meu gozo, ao mesmo tempo em que ouvia, por uma, depois duas e três vezes, os ganidos do seu frenesi. Meu sêmen deu sinais de seu deslocamento através da uretra, o que me fez retesar os músculos do caralho, e sair de cima. Busquei pensamentos brochantes para evitar a ejaculação. Fui ao vaso sanitário – que aqui no sul chamamos de patente – mijei longamente e deixando o pau amolecer.

Com uma toalha úmida e morna, limpei cuidadosamente a mistura de porra e sangue seco no entorno da buceta re-inaugurada. A atenção que dediquei a esta tarefa não me permitiu perceber as primeiras lágrimas que rolaram nas faces rosadas da minha esposa. Quando indaguei o motivo do choro, ela ternamente respondeu da frustração por eu não ter gozado, e os receios do que este fato pudesse representar o fim da nossa relação: - quero ser tua puta, não tua princesa – disse ela, secando o rosto com a palma da mão.

Foi a senha para que minha rola fosse de zero a cem em cinco segundos. O mesmo tempo ela levou para se transformar de esposa recatada em vadia despudorada. A imagem da mão dedicada ao filho viado se desfez totalmente quando, antes de abocanhar minha pica, falou: - deixa eu fazer como meu filho te chupava!

Bem menos competente que o enfermeiro, talvez pela inexperiência, raspava a ponta dos dentes nas peles sensíveis do careca acolho, o que sempre causa certa aflição (aprendam, leitoras). A língua nervosa, um pouco dura na ponta, quase espetava e pouco lambia. Mas os lábios macios compensaram as sensações. Mais uma vez represei a porra e mandei:

- Senta no meu pau!

- Isso, atola o meu cu! – pediu a safada.

- Teu cu fica pra depois. Senta e não te mexe!

E assim ficamos, concentrando todo o sangue e terminações nervosas em nossos órgãos genitais, encaixados um no outro como siameses. Apenas dois reflexos autônomos do sistema parassimpático: do pau que latejava e da buceta que contraía. Enquanto os minutos passavam, sem mexer um dedo ou piscar um olho, meu tesão era visualmente estimulado pela beleza do rosto, pela felicidade do sorriso, pela tenacidade dos seios fartos.

O silêncio é uma arma poderosa, mas às vezes é insuportável, ainda mais naquela inusitada manhã de núpcias. Foi quebrado pela Maria Thereza, que revelou, despudoradamente, sentimentos que sempre escondeu de todos. Disse:

- Eu sempre quis dar pra ti, desde quando tu apareceste lá em casa;

- Eu não me conformava que um homem como tu fosse viado como meu filho;

- Eu ficava quase louca no meu quarto te ouvindo comer a bunda do Jose Luiz;

- Se tu não tentasses, eu ia acabar dando pra ti de qualquer maneira;

- Tu não sabes como é difícil fingir ser santa quando sou tão puta quanto o meu filho;

- Quase morri parecendo seca e fria para você, quando eu queria gritar de prazer.

Eu ainda queria prolongar aquele momento de vitória, mas a longa permanência sentada sobre mim causou-lhe câimbras nas pernas. Sentindo-a retorcer, e percebendo sua dor, virei nossos corpos, trocando as posições: ao alongar os músculos, preparei-a para o final: deitada de costas, pés para o alto, pernas em “V”, tufo de pentelhos a mostra, racha entreaberta. Desta vez foi rápido: quase de joelhos sobre a cama, penetrei-a, e em quatro ou cinco estocadas, soltei a porra represada, dando fim à trepada inaugural que havia começado há mais de hora.

A lua de mel, inédita como estava sendo minha vida, foi uma caminhada exaustiva de treze dias na parte argentina da Patagônia, em meio a montanhas e glaciares. Nem o clima adverso, a alimentação precária, o desconforto das barracas, a dureza dos sacos de dormir, impediram que transássemos. Nossos gritos e gemidos cortavam o silêncio da noite no fim do mundo. No alvorecer, era nítido o olhar de censura, e de inveja, dos outros montanhistas.

Desde então minha vida é feliz. Minha mulher já está grávida.

Mas como dizem os gaúchos, “cachorro comedor de ovelha, só matando!” No Rio, o carioca Bezerra da Silva, profundo conhecedor dos destinos, também sentenciou: “Malandro é Malandro e Mané é Mané”. Não sei se por Malandro, ou por Mané, mas certamente por cafajeste ovelheiro, eu ponho em risco esta felicidade.

Continuo comendo o GatopassPoa, bem menos, porque agora está “casado” com um senhor muito ciumento. José Luiz, que ainda mora com a gente, recorre ao meu pau cada vez que briga com o namorado. As brigas são cada vez mais freqüentes. E desde ontem estou conversando pelo MSN com Silvia, 31, concunhada, mulher do irmão mais novo de Maria Thereza.

Walfredo.wlasilau@hotmail.com

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Comentários

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E a primeira vez que acesso este site e deparo com esta estoria maravilhosa. Adorei. Vou ler o resto.

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Caro cariocavasco: Agradeço a tua atenção, e indago sobre quais teus reparos ao primeiro capítulo do conto, que recebeu avaliação diferente dos outros dois.

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