Meu marido que se fôda!

Um conto erótico de O Carteiro
Categoria: Heterossexual
Contém 1887 palavras
Data: 21/04/2011 14:15:08

Eu nunca gostei de me exibir, sempre fui pequena e acanhada, mas sempre atraí os rapazes com as minhas grossas coxas, bundinha levemente arrebitada, seios maiores que médios e muito sensíveis.

Sempre me fiz respeitar e me impus nos ambientes coletivos que freqüentava e ia mesmo às últimas conseqüências cobrando com meus pouco mais de metro e meio, ou devo dizer meus quase 1,60m, aqueles malhadões de quase 2,0m que se achavam donos de tudo e todos.

Ficou marcado em minha mente o dia em que a diretora resolveu me atender por trás do balcão da cantina do colégio e o goleiro do time da escola aproveitou a presença inibidora dela e mais do que passou a mão, acariciou minha bundinha por baixo de minha curta saia justo quando ela me perguntou o que eu queria.

Foi uma tapa barulhenta e tão forte como o barulho que fez a ponto de deixar a marca de cada um de meus cinco dedos naquele lindo rostinho sonso. No afã de sua revolta ele ergueu a mão para revidar, mas a voz da diretora, chamando-lhe pelo nome, se impôs e ele saiu gaguejando. Ela sorriu para mim e sem perguntar o que ocorrera continuou a me atender normalmente enquanto eu me extasiava e tremia com a adrenalina que se espalhara em meu corpo.

Mesmo não sendo a menina mais popular da escola, meus cabelos, louro escuro com mechas douradas e brilhantes, meus olhos, multicor, que iam do castanho claro ao azul em conformidade com a claridade do ambiente, atraia a atenção. E meu corpo rijo e sedutor sem grandes excessos de pesos, celulites ou estrias me blindava com intensos olhares masculinos quando eu passava, mas aquilo me incomodava demais. Vestia-me com discrição, mas a minissaia era inevitável, estava, na época escolar, ainda em fase de crescimento e a saia normal de março chegava ao verão expondo um pouco mais do que deveria.

Foi nesta fase que encontrei o “meu príncipe encantado” e o espinhento e desengonçado Felipe me levou ao altar no meu aniversário de 21 anos depois de desencantado – era agora um homem alto, músculos bem marcados, rosto másculo e encantador.

Ainda estou deslumbrada e apaixonada por meu homem tão comum e tão raro. Mais de 1,80m de altura, ombros largos, peito peludo como eu adoro, braços fortes. Os olhos e cabelos são negros brilhantes, mas ele possui o olhar mais expressivo do mundo, conversamos através dele sem trocar qualquer palavra. Carinhoso, criativo, intenso e dedicado – um homem perfeito a quem faço questão de dar prazer, o máximo de prazer!

Ninguém é perfeito e ele tem um defeito que nem percebe ou não se dá conta. Ele é um voyeur. Seus olhos se divertem e seu rosto se aviva sempre que um homem demonstra um interesse não vulgar por mim e pelo meu corpo.

Hoje, aos 24 anos, já sei o que ele quer e isso faz com que eu supere o máximo que posso meu acanhamento para usar roupas provocantes e, acanhada, faço de tudo para não perceber a reação dos homens a essa exposição.

Ele vibra. Seu coração ainda dispara quando um homem mais safado e atirado tenta de toda forma e maneira se aproximar e falar comigo sem que ele perceba. O que me irrita nestas ocasiões é que para ele alcançar seu prazer me abandona, sempre com a desculpa de ir ao banheiro, e fica de longe observando o atrevimento sempre desconfortante e algumas vezes muito abusado de alguns homens.

Quanto mais abusado mais o libido de Felipe fica aguçado e algumas vezes ele volta “do banheiro” fecha a conta de imediato e me leva para casa já prometendo loucuras.

Mas desta vez a coisa foi mais forte. Surpreendi-me quando Felipe anunciou que eu estava sendo cobiçada com a rotineira frase:

- Telma, vou ao banheiro, aproveite...

Não tinha visto ninguém me olhando e não estava absolutamente preparada para aquilo. Estávamos em pé no bar aguardando uma mesa e ele me deixou ali sozinha entregue a minha própria sorte.

Vi um homem alto, louro, uns 35 anos, sorriso nos lábios e nos olhos, camisa pólo azul marcando seu corpo bem talhado, calça de tecido azul marinho de corte impecável e tênis. Ele se aproximava lentamente sem desviar o olhar de mim e do meu corpo. Aquele olhar estava incomodando o meu acanhamento e me provocando.

Vai explicar... Seus olhos fixaram em meus seios e as aréolas intumesceram imediatamente, ele sorriu demonstrando ter notado. Claro que para satisfazer meu marido voyeur eu estava sem sutiã com uma blusa apertada e semitransparente daquelas que não mostram nem escondem. E aquele homem cada vez, vagarosamente, mais perto.

Seu olhar desceu com cuidado e foi subindo como se ele estivesse lambendo cada parte de meu corpo e a sua proximidade já era tanta que me senti arrepiar quando ele, com seu corpo quase colado ao meu, aproxima sua boca de meu ouvido e diz com uma voz máscula, suave e sensual:

- Meus olhos estão inebriados e meu corpo maravilhado. E porque não dizer: até meus poros estão lhe desejando.

Ele foi afastando sua boca ao redor do meu rosto, senti seus dedos em meus cabelos puxando-me para perto dele e colu os lábios no meu num inesperado selinho que me... Inebriou? Sei lá! Mas posso dizer que um arrepio correu de cima abaixo e voltou ao meu rosto que ficou todo arrepiado para o prazer daquele estranho.

Olhou minhas mãos e já com seu olhos nos meus perguntou:

- Cadê seu marido?

Sem fugir do assédio e sem desviar daquele olhar que me deixava lívida respondi baixinho:

- Acabou de entrar no banheiro.

Só neste instante percebi que ele ainda me acariciava a cabeça o que facilitou a ele arrebatar meus lábios entre os seus e acariciá-los até que minha língua aflita buscou a dele. Nunca experimentara um beijo tão delicioso, eu sentia nos meus lábios vaginais as carícias que meus lábios recebiam durante aquele beijo desconcertante.

Ele se afastou um pouco, me estendeu seu cartão que eu peguei mecanicamente e sem qualquer outra reação e um murmúrio em meu ouvido me fez promessa:

- Me liga amanhã à tarde para que eu mate a ansiedade do meu corpo e a sede do seu. Se seu marido quiser também pode participar.

Enquanto ele se afastava percebi meu marido como que petrificado na porta do banheiro distante. Ele assistira a tudo. E agora? Pensava eu!

Sem palavras meu marido se aproximou, estendeu-me a mão (eu correspondi) e com certa ansiedade foi me arrastando para fora do restaurante lotado. (Será que mais alguém notara? Parecia-me que todos olhavam me condenando). Quando passamos pelo atrevido e convencido homem ele nos cumprimentou:

- Boa noite e até amanhã. (Ele frisara aquele até amanhã – frisara.)

Ouço, estupefata, meu marido responder e não entendi mais nada.

- Até amanhã e obrigado! (Aquele obrigado me pareceu sincero demais – ele estava agradecendo a outro homem por ter-me beijado?)

Ele abre a porta do carro para mim e me surpreende tomando-me ansiosamente em seus braços quando me aproximo dele para entrar. Beija-me escandalosa e diversas vezes, todo meu rosto se vê beijado. Sua masculinidade se anuncia incomodativa (incomodativa?) Suas mãos passeiam por meu corpo me reacendendo (REacendendo?).

Sinto-me arrebatada por aquele clima até que percebo meu marido com o sexo exposto tentar afastar minha calcinha para me possuir ali mesmo. Preocupada olho em volta para ver se alguém está olhando, percebendo aquele arroubo do meu homem.

A penetração ocorre justo quando meus olhos encontram o olhar daquele convencido do restaurante. O corpo dele inteiro me sorri e sinto que ele aprova o que está acontecendo.

As estocadas de Felipe se acomodam e com isso ganham ritmo e meu orgasmo vem de imediato e eu gozo intensamente com meu marido olhando os olhos de outro homem que, para meu desespero, se aproxima de nós e isso me faz entrar em novo orgasmo.

Felipe percebe e comenta:

- Já. O segundo. O carinha mexeu mesmo consigo. Você ta pensando nele, não está?

Ele fala como quem sabe a resposta e juntos gozamos intensamente, eu pela terceira vez seguida.

- Tem um homem vindo em nossa direção, Felipe! – Minha voz tinha urgência, apreensão e Felipe, sem se voltar para trás me devolve:

- É ele, não é?

Pega de surpresa, respondi sem pensar: - Ele assistiu a tudo e está bem perto de nós.

Bem nesta hora aquela voz deliciosamente máscula envolve todo o estacionamento.

- Boa noite! Meu nome é Alfredo. – ele fala sem desviar o olhar dos meus olhos e meu corpo mole ainda se arrepia de prazer com aquele simples olhar.

-Estão precisando de alguma coisa. Seria um prazer ajudar. (A expressão prazer zumbia em meu ouvido)

Felipe estendeu a mão e ele, num ato automático, pega a mão de Felipe sem interromper seu olhar fixo nos meus olhos.

- Meu nome é Felipe.

- Como eu disse, é um prazer ajudá-los. (Como uma simples palavra – prazer - pode provocar ondas de arrepio em todo meu corpo?)

Felipe, rindo como se estivesse a falar de uma partida de futebol, conclui: - Eu estava fazendo sexo com minha esposa. Você com a sua cantada atrevida no restaurante tornou isso inevitável.

Sei que eles não se esqueceram de mim porque agora os dois procuravam enxergar minha alma através de meus olhos.

- Ela já te contou que eu quero experimentá-la amanhã à tarde.

- Ainda não e nem deu tempo. Retrucou Felipe. Mas, Arnaldo, será que se eu não participar vou deixar esse encontro acontecer?

- Você vai participar. Você já deixou ela transar com você enquanto tinha prazer comigo.

- Eu notei, foi uma onda de orgasmos múltiplos e quase imediatos.

Eles conversavam e os dois não tiravam os olhos dos meus olhos. Parecia mesmo que duelavam.

Eu queria falar, participar, me envolver e gritar que eles estavam falando de mim, na minha presença e a minha revelia. Eu queria explodir e meu corpo me traia estando completamente arrepiado. Meus seios mais intumescidos que nunca. Meu grelinho estourando de tão inchado. Meu corpo estremecendo. Parecia mesmo que ia experimentar um novo orgasmo.

- Eu já tinha a feito estremecer lá dentro só com um beijo, não vi vantagem e você fazê-la estremecer fazendo sexo.

- Como eu gostaria de ter visto aquele beijo de pertinho!

- Não seja por isso!

Alfredo me puxou contra seu corpo com tal desenvoltura que antes que eu percebesse estava colada nele, sentindo seu odor, sentindo-me totalmente tocada. Não escapei daquele beijo, daquela língua, na verdade estava ansiando por isso e pela primeira vez gozei com um simples beijo, nem na adolescência me acontecera nada semelhante.

Percebendo meu gozo Felipe tomou minha mão e me fez pegar seu sexo mais uma vez enrijecido.

Uma raiva foi tomando conta do meu corpo que estava sendo usado como objeto que eu me debati querendo dar uma surra naqueles dois que me desrespeitam fazendo de mim uma verdadeira puta.

Aos solavancos Alfredo me acordou. Eu havia pegado no sono no motel durante minha primeira traição e minha consciência pesada me pregara uma peça na forma de um sonho que vira pesadelo.

Para me recuperar parti para cima daquele homem revigorante e para não me sentir culpada fiz minha consciência mais uma vez se perder naquele delicioso prazer que aquele homem soube tão bem me proporcionar.

Felipe que se fôda!

O Carteiro

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Comentários

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Quem sente falta do que nunca experimentou? Mas é natural querer que o marido se fôda quando se percebe o quanto de prazer foi perdido.

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Delicia, lindo, maravilha, Parabéns, bjsMarikita

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Conto excelente, muito bom. Só tenho dó destes maridos de conto, até quando as esposa se dizem apaixonadas por eles mandam eles se fuder!!!

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