Mas que ótima sexta-feira!
Tinha uma viagem prevista para o interior. Minha mulher iria na sexta cedo, já eu pegaria a estrada saindo direto do serviço no fim do dia. Iríamos para passar um week-end agradável com parentes dela. Mas tivemos uma briga na noite anterior, o clima desagradável continuou pela manhã e acabou-se decidindo que eu não iria.
Bom começar uma sexta-feira com uma briga em casa, não é?...
Mas não foi só isso. Tinha uma reunião importante a manhã toda. O que aconteceu também não foi nada agradável. Um funcionário meu, na pressa para sair de férias, entregou um trabalho feito de qualquer maneira, cheio de erros. Como eu tinha passado a semana toda em compromissos externos, não pude acompanhar direito. Fiz a besteira de confiar no filho da puta...
Deu no que deu: levo uma enrabada em regra em frente à toda a diretoria.
Tive que passar o dia todo corrigindo as cagadas que o sujeitinho me fez. Só consegui sair do escritório umas oito e meia da noite. Sozinho em casa, faminto, mas cansado e mal-humorado, não estava com ânimo para me fazer jantares. Decidi ir direto para um restaurante, jantar, tomar umas cervejas, depois ir para casa dormir sozinho e tentar esquecer um dia detestável.
Fui num lugar que ia sempre, desde os tempos de faculdade. Pedi uma salada, um espaguete à romanesca, caipirinha, cerveja. Estava lá tentando purgar da memória todos os desaforos do dia quando vejo numa mesa a uns dez metros de mim três mulheres. Falavam - como seria de se esperar...- muito. Mas me olhavam, riam, falavam entre si, me olhavam mais. Entre elas se destacava uma morena, cabelo tipo chanel, uns 24, 25 anos. Essa era a que me olhava mais.
Eu até estava livre como um taxi aquela noite. Mas o guerreiro aqui não se sentia em condições de combate. Estava cansado, mal-humorado, barba por fazer, corpo combalido por um dia quente. Além de estressante. Desculpem se decepciono, mas estava descartando qualquer tentativa de aproximação. Além do mais, eu pensava, tudo que conseguiria seria fazer algum papel pouco além do ridículo, dada a forma como elas riam.
Não estava definitivamente me sentindo operacional naquela noite. Decidi dar um sinal de que não as notava - sem permitir que uma mancha no meu curriculum de guerreiro fosse criada - coloquei meus óculos, fingi ler um cartaz na parede a meu lado e os guardei, buscando passar a impressão de que sem eles não enxergava nada à distância.
Parece que elas pararam. Terminei o jantar que tivemos: eu e meu mau humor... Paguei a conta, saí e fui buscar meu carro, estacionado ali perto. Ouço passos apressados de saltos altos vindo atrás de mim:
- Cara, você está mesmo afim de ficar sozinho?
Era aquela morena que descrevi. Um metro e sessenta, mais ou menos, magrinha. com uma mini-saia preta e meias negras. Tomado de surpresa, tentei explicar que tinha tido um mau dia, etc e tal... Ela me pergunta se ia sempre lá, achava que já tinha me visto, pergunta-me algo mais, nem lembro o que, pois quando ia responder me interrompe:
- Espere só um instante...
Corre de volta e encontra suas amigas que a aguardavam na entrada do restaurante. Conversa um minuto com elas. Elas partem e ela volta para mim. Dispensou as amigas...
Vejo-a caminhar de volta, fico pensando no que fazer. Começou a cair uma garoa fina, era já tarde da noite. Querendo ou não - não recebi nenhum pedido formal...- tinha que dar alguma atenção à moça. Sugeri que seria melhor entramos no carro, no que ela concordou. Ficamos por lá conversando, naquela troca de informações preliminares. Apresentou-se: era Drica, assim todos a chamavam, me conta que terminara a faculdade de sociologia, estava iniciando a fase de mestrado e doutorado.
Noto que é bem articulada, o que na, pior das hipóteses, rende um bom papo. Mais que isso: ela é direta, incisiva, fala sempre olhando-me bem nos olhos. Dá a cada frase que diz um tom de provocação. Acende um cigarro. Suas mãos o seguram fazendo desenhos com a fumaça no ar. O vento vindo pela janela semi-aberta espalha as cinzas. Algumas caem sobre sua perna e criam dois buracos nas meias. Isso me chama ainda mais a atenção para suas coxas, que sentada de mini-saia ficam deliciosamente expostas.
Penso comigo: nem queria guerra hoje. Mas ela, aparentemente quer. Então vai ter...
Ela continua falando, quando a interrompo com um beijo.
- Me roubando um beijo! - ela se mostra surpresa. Mas segue no seu jeito provocativo:
- Então dá outro..
Foi a senha. Começamos numa sequência de beijos cada vez mais intensa. E diga-se que Drica beijava muito bem, lábios carnudos, boca bem aberta, língua muito ativa. Toco seus seios sobre a blusa de seda, sinto mamilos intumescidos. É hora de propor a batalha decisiva.
- Drica, é perigoso ficarmos parados aqui. Vamos ficar juntos esta noite?
Ela para, me encara de olhos bem abertos. Denota incerteza, fica um minuto em silêncio pensando. Por irônico que possa parecer, realmente deu-me a sensação de que não esperava por essa proposta. Chego a pensar que o meu ataque não dera certo, quando responde:
- Tá legal. Vamos!...
Foi rápido. Ali mesmo, a poucos metros, havia um hotel discreto. Lembrava dele pois ia lá sempre, antigamente. Ficava bebendo no Redondo, aguardando Diana, uma namorada muito especial que tive, voltar das aulas noturnas na USP para irmos .
Chegamos meio atabalhoadamente, numa excitação que era crescente. Não fosse assim, teria notado que aquele hotel, que tinha nível razoável nos tempos da Diana, agora estava bem decadente. Mas como para certas encenações o que importa são os atores, não o palco, nem notamos.
Seguimos por um corredor vermelho até o apartamento. Entramos e Drica se volta para mim. Me beija de uma forma ainda mais lasciva que das anteriores. Sinto sua coxa direita se colocando entre as minhas, esfregando para sentir como meu pau está duro, enquanto prende minha coxa esquerda entre as suas, me fazendo sentir que entre elas há muito calor.
Sua forma de dizer que a partir daquele momento ela era toda minha.
Dispo-a toda. Quando fica toda nua, é ela que me despe. Ajoelha-se no mesmo ritmo em que baixa minha cueca. Apanha meu pau suavemente, beija a cabeça. Lambe o comprimento. Olha para cima, num olhar de falsa ingênua:
- Posso?
Isso lá é pergunta que se faça numa hora dessas? Apanho carinhosamente seus cabelos e a trago para mim. Aquela boca que já havia beijado tanto se abre para receber meu pau. Chupado com volúpia. Sugando com aquele ronronado "mmmmm" de quem realmente quer muito fazer isso.
Vamos finalmente para a cama. Drica tem seios de pequenos para médios, suaves, doces, com mamilos róseos e duros de desejo. Chupo-a toda. Seus seios entram em minha boca. Sigo adiante e encontro uma buceta muito quente, ela geme muito quando a sugo, até que pede em tom de súplica:
- Me come! Põe tudo em mim, você me deixou com muito tesão!
Ela se vira e se põe de quatro, mostrando-me que gosta dessa posição. As coxas entreabertas, uma bunda apetitosa, e entre as pernas brilha a seiva quente de uma buceta que me chama...
Entrei nela com a fome que jamais pensara que fosse ter naquela noite. Um orgasmo inesperado - e bem-vindo - para um péssimo dia. Quem diria que terminaria com chave de ouro?
Não descansei. Ela não deixou...Logo se lançou sobre mim, chupou mais uma vez meu pau e veio sentar-se nele, para uma cavalgada. Que culminou num orgasmo mais intenso. Relembro como se fosse agora, mesmo após tanto tempo: não sei o que me inspirava mais. A visão dela nua rebolando com meu pau todo enfiado ou os seus gemidos intensos. A soma de tudo, certamente...
Após esse segundo ato quase não nos falamos. Ficamos ali, naqueles mesmos beijos intensos. Fiz então algo que jamais faço sem conhecer bem a parceira. Passei a explorar o corpo dela de uma forma ousada, e colocando a mão entre suas coxas, penetrei com os dedos indicador e máximo sua buceta, enquanto enfiava o dedão fundo em seu cuzinho. O último detalhe poderia - sem conhecê-la ainda - gerar alguma reação colérica. Mas ela se ergueu, moveu a cabeça para cima de olhos fechados e gritou:
- Que tesão!...
- Você gosta, não é? - perguntei-lhe.
- Eu tenho vontade. Mas nunca fiz, dá medo...
Quando perguntei se gostava, já a tinha colocado em posição, novamente de quatro. Ela ficou assim. Nada mais me disse, só seu corpo que me gritava: SIM!...
Segui naquela massagem que por um lado a excitava pela buceta pelo outro abria seu ânus. Com isso a fazia relaxar pouco a pouco a entrada ainda não visitada.
Até que decido entrar. A cabeça vermelha, brilhante de desejo penetrou vagarosamente. Sinto-a abrir-se mais. Dominando-a pela cintura, sinto que é o momento. Prendo-a bem e cravo tudo.
- Ai! Que tesão enorme!...
Parece que um desejo secreto antigo estava acontecendo. Drica estava excitadíssima. Seu corpo tremia todo, mexia-se muito, seus gemidos já eram gritos de prazer. Fomos nesse diapazão até que ela grita:
- Estou gozando! Nunca senti nada assim!
Tivemos juntos um gozo raro e inesquecível...
Deviam já ser umas quatro e meia da madrugada. Eu precisava voltar para casa. Se ligaram à noite - não havia celulares então - eu estaria no cinema ou coisa parecida. Mas de manhã precisaria estar lá. Certamente meus cunhados ligariam insistindo para que eu viajasse. E para eles, seis e meia, sete horas da manhã já é dia alto.
Explico a Drica que precisava ir, ela entendeu. Insistiu que eu fosse e ficaria por lá, descansando para ir mais tarde. Claro que não a deixaria sozinha naquele hotel decadente. Queria sair naquela hora inclusive para ter tempo de levá-la em casa.
Foi o que fiz. No caminho, a atitude de Drica mudou, parecia muito quieta. Até um pouco tensa. Finalmente começou a falar:
- Acho que nunca vou mudar a imagem que você vai ter de mim...
- A imagem que tenho de você é a de uma mulher sexy, decidida e cativante... - respondi. E eu não estava mentindo.
- Posso até ser...Mas não sou essa mulher que passou a noite com você...
- Não?
- Juro...Achei você atraente claro, alguém que gostaria de conhecer. Mas lá no restaurante você me parecia tão carente... A gente tentou fazer sinal para você vir jantar conosco em vez de ficar sozinho, mas você não percebeu. Sei lá o que me deu de insistir depois na rua. Queria ir numa danceteria ali perto, mas minhas amigas queriam ir pra casa...
Carente, eu? Não é meu jeito...mas talvez eu estivesse mais abalado pelo mau dia do que imaginava. E ainda bem que não fomos naquela tal danceteria. Lugares barulhentos como aquele nunca foram minha praia. Muito melhor uma dança a dois em um palco mais reservado...
- Você está arrependida? - Pergunto, preocupado.
- De jeito nenhum! Curti cada segundo. Rolou até coisa que nunca deixei meu noivo fazer...
Ela para, respira fundo um segundo e completa:
- Você me fez uma coisa que queria fazer a muito tempo, mas não tinha coragem. Fui um tesão! Adorei ter dado...
Ela voltou a sorrir, após mencionar a novidade feita. E bem feita, perdoem-me a falta de modéstia... Mas a menção do noivo me fez entender melhor o espírito dela naquele momento.
Chegamos a seu bairro e numa rua ela pede que pare. Muitos carros estacionados, só há espaço na esquina, em frente a uma padaria que estava erguendo as portas naquele momento. Estaciono e estava me voltando para beijá-la quando um solavanco sacode o carro. Uma Kombi mal freada bateu.
Saio para ver o que aconteceu. Nada. O motorista, que se desmanchou em desculpas, distraiu-se. Só um toque, sem nenhum prejuízo.
Mas quando me volto, Drica tinha desaparecido. Pergunto ao pessoal da padaria se viram que rumo tinha tomado, mas ninguém viu. Bairro residencial, com casas e vários prédios. Impossível saber onde ela entrou.
Não houve aquele " Quando a gente se vê de novo?", nem beijos de despedida. Sequer fiquei sabendo se "Drica" seria um apelido para "Adriana".
Entendi o que se passava e não tentei encontrá-la.
Nunca mais a vi.
Fico pensando se depois de tantos anos ela ainda se lembra daquela noite. Talvez tenha casado com aquele noivo, tido filhos. Quem sabe?
Por que eu, não esqueci...
Eu sou o SEDUTOR Maduro
sedutor.maduro@bol.com.br
Se quiser escrever-me, será bem-vinda!
Te aguardo...