AHHH...! ISSO! ARREBENTA MINHAS PREGUINHAS, SAFADO!

Um conto erótico de G. Froizz
Categoria: Homossexual
Contém 7023 palavras
Data: 05/06/2011 18:37:10
Última revisão: 07/06/2011 00:51:31

Passei a vida estudando em colégios particulares. Cada um melhor que o outro. E quando já estávamos terminando o segundo ano do Ensino Médio, meu pai foi roubado pelo sócio , de uma forma cruel que até nossa casa entrou no rol. Uma casa que nada tinha a ver com a empresa deles, mas como papai foi responsabilizado por inúmeras rescisões de contratos e com isso um acúmulo enorme de dívidas, foi preciso abrir mão de tudo: casa, casa de praia, 2 carros e uma moto.

Anoitecemos muito bem de vida e amanhecemos sem ter onde morar! Foi um baque para todos nós. Eu sofria também, mas procurava mostrar segurança e esperança de que tudo voltaria a ser como antes!

Eu sempre gostei de homens. Sempre! Nunca, em momento algum, da minha existência eu me vi atraído por mulher. E não escondia de ninguém isso! Nem parentes, nem colegas de escola, de natação, de curso de inglês... Ninguém. Mas agora a realidade era outra, Nos ambientes que eu freqüentava as pessoas me conheciam há muito tempo e tinham mais esclarecimento. Agora, eu não tinha mais tanta confiança,,, me sentia inseguro! Com duas semanas de aula, estávamos já em sala quando, surgiram na porta cinco gays tão afetados, mas tão afetados que o que tinha sido agredido na entrada era o Maguila se comparado aos cinco. Era uma coisa gritante. Mas o legal foi a entrada: apareceram dois na porta, e logo mais dois atrás desses. Aí os dói deram espaço e os dois detrás passaram para a frente e já foram dando espaço para pelo meio – como num corredor – surgir a “abelha rainha” e dar seu sonoro “Boa Noite!” – Coisa digna dos espetáculos da Broadway! Eu me segurei para não rir. A sala ficou aos gritinhos histéricos, assobios etc. Até o professor, que parecia ser tão sério, não se agüentou e fez o seguinte comentário!

_ Tinha que ser a Nina! Tava muito calmo por aqui, eu não estava nem reconhecendo a turma! Mas por quê? Faltava a Nina e sua gangue.

E ele soltou estridente:

_ Claro teacher! Eu sou a vida desses pobres mortais! Quero ver como vai ser quando terminar esse ano!

_ Nina, você está vendo só um lado... Você dá vida à turma, mas o que seris da vida que você oferece se não tivesse a turma? É uma relação de dependência! Para existir, A precisade B, e B precisa de A.

_ O senhor tem razão teacher! Arrazou com a bicha no dia da estréia dela! Aff! Passada!

_ Não foi essa minha intenção Nina! Você sabe que eu tenho o maior carinho por você, desde o tempo que você ainda era o Nivaldo!

A sala caiu na gargalhada e o professor fez isso de propósito porque sabia que ele não gostava de nada que lembrasse seu “lado” masculino. Mas ele também riu e ficou tudo bem. Achei estranho o modo como ele foi tratado. Diferente do outro, que foi agredido; este era ovacionado, paparicado... diria, até, respeitado! Com o passar do tempo descobri que ele era uma espécie de “líder”. E mais um tempo depois concluí que o status que ele ocupava era muito mais pelos “shows” que ele dava, que por discussões fundamentadas, argumentadas etc. Diante dos escândalos que ele causava, os opositores se retraiam e a “voz” dele acabava prevalecendo.

Mas havia algo que nos ligava e que provocava uma disputa, uma rivalidade silenciosa entre nós: o Marcão – que é o verdadeiro pivor deste relato!

Voltando um pouco no tempo... dois dias depois da chegada “discreta” da Nina e suas miquinhas amestradas, estávamos em sala, a espera do professor da segunda aula quando surge na porta aquele rapaz que ofuscou minha vista e me deixou surdo devido os gritinhos histéricos de oitenta por cento da turma. Naquele momento, eu o vi como o homem mais lindo do mundo! Embora não tivesse o padrão que geralmente esses ditos “lindos” possuem. Ele era um tipo popular, rústico, gente... macho. Eu fiquei olhando para ele como se não pudesse fazer mais nada além disso. Ele demorou ali na porta não mais que uns cinco segundos – só o tempo de parar e dar uma olhada geral na turma e identificar a direção que tomaria. Mas esses cinco segundos pareciam cinco dias! Eu estava encantado!

No entanto, esse encantamento durou o mesmo tempo que ele ficou parado. Desmoronou quando a Nina gritou: “O meu marido voltou pra mim!” e ele foi em direção a ela rindo e falando em voz alta, mas em tom de brincadeira: “Hoje eu quero comer um cu! Hoje eu quero comer um carretel!”. E isso foi um troféu para a turminha do papoco.

De onde eu estava escutei quando ele falou que tinha ficado em outra turma, mas que não estava gostando e tal. E a “Rainha da Sucata” prometeu que ia dar um jeito. E no outro dia o Marcão estava em nossa sala. Isso foi para mim uma alegria e uma tristeza. Alegria por tê-lo ali próximo, e tristeza por que há poucos dias eu tinha pedido para trocar de sala e na secretaria disseram que era impossível! Quer dizer, a coisa funcionava na base da amizade!

Agora com o Marcão ali, a Nina fazia e acontecia: sentava no colo, alisava os cabelos, passava as por dentro da camisa... Mas isso era pura brincadeira dele, E tive certeza disso quando, certa vez, no intervalo, ouvi uma conversa dele com outro cara e esse o questionava sobre essas”liberdades” que a figura tinha com ele. A resposta foi a seguinte:

_ Cara, eu conheço o cara desde moleque e desde essa época ele é assim. Mas pergunta se ele pelo menos já viu meu pau! Nunca! Ou melhor... Você viiu ele me alisando, roçando a bunda aqui na minha pomba... Pewrgunta se alguma vez já endureceu... Nunca! Macho, eu nunca saí com um, mas se um dia eu quisesse sair com um cara, jamais seria esses daqui!

Bem, o tempo foi passando e até setembro, mais ou menos, eu tinha trocado duas pou três palavras com o Marcão. Mas houve uma aproximação entre nós no dia que, por acasom o encontrei no clube onde eu praticava natação. Quando fiquei sem condições de pagar, pelo tempo que eu tinha lá... mais de dez anos... a direção do clube me deu uma bolsa integral. O único ponto negativo era a distância pois eu ia a pé e voltava de carona.

Encontrei o Marcão quando saia da piscina. Foi ele quem me viu e puxou conversa. Ele fazia Futsal. Mas nunca havíamos nos encontrado. E nessa época era véspera de campeonato interno. Conversamos sobre isso e falamos sobre os prêmios que havíamos ganho. Passou.

Depois disso aconteceu a minha primeira grande alegria proporcionada por ele. Eu competia em quatro modalidades. Na primeira – 100m borboleta – fiquei em quinto colocado. No mesmo dia era a modalidade 100m livre. Eu já estava com os demais nas posições quando avistei o Marcão na arquibancada para assistir. Trocamos sorrisos e ele fez um sinal de positivo para mim. Aquela era a modalidade que eu era um dos mais fracos. Náo prometia. Mas fiquei em primeiro e bem folgado. Assim que vi a colocação olhei para ele e ele aplaudia. Fiz um sinal apontando para ele e disse, só movendo os lábios: “Pra você!”. Depois fui ver seu jogo... uma hora depois.

Marcão e outros dois jogavam muito bem, mas o restante do time atrapalhava mais que ajudava, Ficava aquela coisa sem organização... Uma pelada cujos times são formados na hora com qualquer um que queira e saiba jogar, era muito mais organizada! A impressão que eu tinha era que estava havendo uma briga, e aquele bolo de gente ia juntos para cá... para lá... Não se espalhavam. Resultado: um a um, mas, não entendi o seguinte: mesmo nesse empate o time do Marcão foi eliminado! E ele ficou arrasado! Conversamos e eu falei minhas impressões sobre o time e ele concordou. Mas exaltei seu desempenho e ele abriu um sorriso.

_ Ah! Que alívio! Consegui fazer você abrir um sorriso! Você não combina com expressão de tristeza, dor, medo, raiva... Não!Eu só consigo te ver assim,,, estampando esse sorriso! [Risos] Foi assim que te vi a primeira vez...

_ A primeira impressão é a que fica, não é? [Risos] Dizem...

_ Exatamente! Mas se for verdade, eu estou em maus lençóis! A primeira impressão que você teve de mim deve ter sido horrível!

_ [Risos] Não foi boa, não! [Risos] Mas não ficou! E a impressão atual é melhor...

_ Então, tomara que essa fique! O modo como a maioria me vê , na escola, não corresponde à realidade! Vocês se conhecem há anos! Eu me sentia um forasteiro... um intruso... E, pra completar, este ano tem sido uma barra! Muita coisa acontecendo de uma vez...

_ Eu to sabendo...

_ Tá sabendo? Mas eu nunca falei sobre isso com ninguém de lá?

_ Foi aqui. A Isaura da secretaria é minha tia. Ela viu quando nos falamos da outra vez e perguntou de onde eu te conhecia... Ela ficou meio surpresa quando falei que estudávamos na mesma sala. Aí eu perguntei o porquê da admiração... ela ficou meio assim, sem querer dizer e mudando de assunto, mas eu insisti, insisti...

_ A Isaura é muito discreta. Eu a conheço a mais de dês anos.

_ Rapaz, foi osso! Mas ela só falou quando fez eu prometer que não tocaria nesse assunto em lugar nenhum e com ninguém...

_ Parece que estou vendo o jeito como ela fala! [Risos] A gente já deu boas risadas...

_ Vixe! Ela falou cada coisa sobre você...! Inclusive que hoje em dia gosta ainda mais de você, porque, de rico para pobre, ela nunca notou nenhuma diferença em sua personalidade. Claro, no início, o emocional ficou... né...? Quando os diretores souberam do caso, fizeram questão de que você continuasse na natação... e segundo ela, até o resto da vida! [Risos] Moral, heim?

_ Bobagem...

_ Bobagem nada! Se eu disser que vou sair, eles vão fazer uma festa de comemoração... com fogos de artifício e tudo!

_ [Risos]

_ Já aprontei misérias aqui. Como diria a Nina “Já abalei Bangu!” [Risos] E por falar em Nina, você vai para o passeio,não vai?

_ passeio?

_ Sim... Não está sabendo? Para Prainha. No feriado prolongado! Não está sabendo? A sala quase toda vai!

_ Não estou sabendo. Bem, se não sei é porque não fui convidado. E se não fui convidado é porque não sou bem vindo! Mas isso deve ser atividade particular, não é? Ou pode ter sido organizada nos dias da semana passada que faltei. Estávamos nos mudando...

_ Ah... Então foi isso! Vocês têm uma rixa não é? Você a Nina...

_ Rixa? Não... Pelo menos eu não! Eu não me ocupo com esse tipo de coisa! A Nina só não foi com minha cara... paciência! Isso não altera em nada a minha vida!

_ [Risos] Esse é o problema! A Nina sente que não te atinge... Você não perde a compostura, não se altera, não revida... Isso é morte para ela!

_ Mas eu não faço isso para atacar... Eu não tenho nada contra ele. Nem conheço! Nunca fui prejudicado por ele... Como poderia tê-lo como inimigo? Aliás, não tenho nenhum inimigo. Já me bastam os problemas que tenho e que preciso digerir e controlar, administrar com frieza para passar segurança aos meus irmãos e fazer com que eles não percam a esperança, a fé, e tenham coragem para lutar! Isso, Marcão, só eu sei...

Comecei a chorar. Ele pegou minha mão e puxou para perto dele. Abraçou-me. Falou baixinho...

_ Cara... Poxa! Não sei nem o que falar! Minha tia contou com os olhos cheios d’água. Eu logo vi que era coisa braba porque pra tirar lágrimas dela! Tem que ser coisa escrota mesmo! [...] Não fica assim! Olha... eu imagino que tirar isso da cabeça não é fácil, mas pelo menos hoje! Você foi medalhista! Encara essa medalha como se fosse uma recompensa por teu sacrifício, coragem, valentia, perseverança...

Nos afastamos.

_ No dia, na hora que você quiser desabafar... conta comigo! Eu quero ser teu amigo... mesmo! E vou me sentir orgulhoso por isso, e sempre que eu precisar, é em você que vou me espelhar para lutar

_ Valeu, Marcão... Pronto, passou! Minha cota de fraqueza acabou!

_ Como assim?

_ Desde que isso começou, decidi que só poderia me permitir desmoronar, fraquejar, ter medo...no máximo, uns cinco minutos por dia. A cota de hoje já acabou. Hora de vestir a armadura e voltar para a luta!

_ Que doido! [Risos] Verdade isso?

_ Verdade! Marcão, não quero nem imaginar o quão maiores teriam sido as conseqüências dessa rasteira que meu pai tomou. Meu pai, semanas atrás conversando comigo – coisa rara, por sinal – me disse que chegou a pegar uma arma e apontar para a sua própria cabeça... umas três vezes! Mas que na hora pensava em mim e refletia... Poxa, meu filho com aquela força e eu querendo morrer pra fugir do problema, covardemente, E desistia de se matar!

_ Caracas!

_ Se eu tivesse feito como os outros que, diferente de mim, cobravam dele uma solução? Eu, mais que os outros, fui muito ferido.

_ Por que você, em especial... E seus irmãos?

_ O filho do bandido era meu namorado... Devia estar com o pai nisso!

Percebi uma surpresa disfarçada em Marcão. E depois um semblante interrogativo, com um leve sorriso.

_ Desculpe, Marcão. Eu soltei assim, naturalmente, porque isso sempre foi tratado assim... na minha família, entre amigos, na escola... aqui! Nem me toquei...

_ Eu que me desculpo, mas é... assim... eu nunca imaginei! Você não dá pinta, entende? Disfarça bem pra caralho! Você é assumido?

_ [Risos] Marcão... dois equívocos: primeiro: eu não disfarço nada! Esse que está falando com você é o mesmo que acorda todos os dias... e dorme todas as noites... vinte e quatro horas... Nenhum gesto, nenhuma fala é fingida, é camulhada... Jamais! Eu, portanto, sou esse aqui em qualquer lugar onde você encontrar! E o segundo: esse “assumido”... eu não gosto... Vê se eu não tenho razão? O cara pergunta: “Você vai se assumir?” ou “Ele é declarado!”. Para mim, dão idéia de que o sujeito cometeu um crime! Sabe... “assumir a culpa”, “declarar culpado!”? Ser gay não é crime, não é errado, não é pecado, não é doença... Ser gay é simplesmente natural, assim como ser hétero. E eu nunca precisei dizer isso a ninguém... quem sabe, sabe!

No dia que comecei a namorar o “bandido”, meus pais e os dele estavam conosco. Viram nossos carinhos e nunca fizeram nenhuma pergunta sobre isso. É natural... Ser assim não me traz nenhum problema... eu me apaixono, amo, me emociono... mas também tenho raiva, fico irado, tenho vontade de esganar... como todo mundo...

_ [Risos] Porra...! Vocês se beijavam e tudo... na frente dos pais de vocês?

_ Quando acontecia... sim! Não era a toda hora... mas também a gente não ficava preocupado com isso. Marcão, você beija sua namorada na frente dos pais de vocês a toda hora...?

_ Não. Difícil. Eu fico com um pouco de vergonha... Respeito, né?

_ Então!? Conosco era a mesma coisa! É igual! Isso que as pessoas têm que entender. Não é pelo fato de ser gay que as pessoas vão exagerar... Se exageram. Hoje em dia, é porque são reprimidos, presos... quando se soltam... já viu!

_ [?]

_ É claro, Marcão! Se fosse encarado naturalmente, não haveria, por exemplo, Parada Gay! As pessoas reclamam, se chocam... Mas por que existem? Porque nós gays não temos tratamento igual aos héteros! Então as Paradas acontecem como luta por direitos, por oportunidades iguais... Os beijaços! São protestos para se chamar atenção sobre algum fato que de algum modo torna o gay inferior aos héteros. Entende?

_ Certo. Mas fora esses eventos, tem muitos gays que chamam atenção... são escandalosos...

_ Primeiro: Você não conhece nenhum hétero, homem ou mulher, que gosta de chamar atenção, Não?

_ Conheço vários.

_ E hétero pode... gay, não!

_ E os atirados... dão em cima na cara de pau?

_ Marcão... você curte mulher. Certo! Tem uma ali que te interessa. Você dá em cima ou não? Paquera ou não?

_ Na hora!

_ O homossexual gosta de pessoas do mesmo sexo. Ele vai paquerar quem? Uma mulher?

_ Ele tem que procurar quem curte... outro gay, ou “gilete”... agora cantar um cara macho... se for um brabo... é “sola”!

Eu me distanciei dele, comecei a olhar de cima a baixo, fui para detrás, levantei um braço dele, e depois o outro... e ele rindo...

_ Ei! [Risos] Espera! [Risos] Ei, ei! [Risos] Diabo é isso? [Risos]

_ Estou procurando...

_ O que, cara?

_ Uma etiqueta ou então uma bula onde possa ter qualquer informação que indique se você curte homens, mulheres, os dois, nenhum... Ah! Pode ser uma estrela na testa também!

_ [Risos] Essa foi boa!

_ [Risos] Tá vendo? É porque a gente tende a pensar só no nosso lado! Quantas mulheres eu já tive que dizer que não curto! Há homens também que chegam a mim e eu dispenso, Assim como todo mundo, não são todos os homens que me agradam... Você talvez já deve ter dado em cima de uma mulher e ela te dispensou... Sabe-se lá se não era uma lésbica?

_ Pô, bicho! A gente conversa contigo cinco minutos e se toca de coisas que passou a vida toda fazendo merda! Sério mesmo! Olha, com os meninos lá da sala... até da escola toda... a galera trata na boa porque é dali, faz por zueira, na palhaçada! Mas se fosse noutro lugar... Pô! Já vi uns veadinhos passar “perrengue”!

_ Marcão... preciso ir! A caminhada é longa!

_ Espera. Se quiser uma carona de bike!

_ Quero!

Marcão me levou em casa e conheceu meu pai e uma das minhas irmãs. Logo que saiu, ela ficou toda assanhada e tirando brincadeiras comigo achando que eu estava com ele. Mas falei o que se passava. Mas ela insistiu que um hétero não iria se oferecer para deixar um gay em casa no varão da bicicleta! Deixei pra lá, pois ela via maldade em tudo! No Marcão eu não depositava nenhuma esperança.

No dia seguinte, novas competições. Na modalidade que eu tinha mais preparo: cinqüenta metros borboleta, fiquei em segundo, e na outra, de revezamento quatro por cem, ficamos em terceiro. Só encontrei Marcão na hora de receber a última medalha. Ele me parabenizou, mas notei um ar estranho da parte dele. Chamei-o para conversar e ele me explicou, pedindo segredo, que um “chapa” dele veio dar uns toques que a namorada estava curtindo com outro cara.

_ Sério mesmo... na hora eu tirei de banda porque sei que ela é doida por mim. O ciúme que ela tem de mim, cara, é uma coisa que só quem ama mesmo tem, sabe? E eu sou fiel pra caralho! Mas ela vê traição em tudo. Pra ela, por exemplo, se ela chegasse ali e avistasse a gente conversando – ainda mais assim, sentados, isolados, você só de sunga eu com a camisa no ombro... sabe... bem à vontade... Ela já armava um barraco!

_ Tanto faz ser homem ou mulher? Ela não sabe que você é hétero?

_ Cara, eu já falei, mas ela disse que tem certeza que eu já comi veado. Diz ela que disseram pra ela que eu comia a Nina direto! Bicho, a Nina não sabe nem como é meu pau!

_ E como é?

_ Ele é ass... Ei! [Risos] Brincadeira... No embalo eu já ia descrever... Nem tinha caído a ficha! [Risos] Esperto, você!

_ [Risos] Só para você tirar aquela cara pesada e abrir essa... rindo, leve! Continua...

_ É isso! Ela diz que já sabe... Eu desisti de negar e jurar que não. Agora, quando ela passa isso na cara, eu digo é assim: “Comi, comi... ele trepa melhor que tu!”

_ [Risos] Doido!

_ Doida fica é ela!!

_ E quem é essa pessoa tão amiga de vocês que conta coisas, digamos, tão secretas de um pro outro... é a mesma pessoa? V:ocê não sabe, não é? Claro! A que te contou... você confia?

_ Cem por cento.

_ Tem certeza? E na namorada?

_ Certeza! Agora ela, de uns tempos pra cá, tem mudado...

_ Por exemplo...?

_ Nós estamos há três anos. Firme mesmo... na consideração... há dois anos. Com um ano desse namoro sério a gente devagarzinho foi começando a ter intimidades. Acho que transar, transar mesmo, faz uns oito meses... Cara, a menina era toda puritana, saca? Mas desde a primeira trepada mesmo...

_ Com penetração?

_ Sim! Desde a primeira... a moleca ficou doida por sexo. Queria toda hora, até no colégio eu já comi! Nos primeiros dias, a gente agüente três, quatro... mas o tempo vai passando... duas já tá de bom tamanho! E isso, agora, dá briga... E por quê? Porque agora eu que quero e ela se tranca! Aí, quando o cara me deu o toque... juntei uma coisa na outra...

_ Marcão, eu não gosto de opinar sobre relacionamentos. Não há como ser justo, entendeu. Porque o relacionamento não é só o que você diz, nem só o que ela diz, nem só o que vejo. Cada um de vocês tem suas idéias e visões do que vivem. E a visão real é exatamente a que eu não tenho acesso! É íntima demais. Demais, demais... Se eu tomar partido de um ou de outro... Não importa... Sempre serei injusto! Mas eu posso falar duas coisas para você refletir e você próprio tirar suas conclusões. De antemão, acho que não se deve fazer nada enquanto essa informação estiver pulando dentro da sua cabeça. Deixe que ela se acomode, então voc~e poderá olhar direitinho para ela, sabe? Analisar... Aí sim, tomar uma atitude!

_ Fala aí...

_ Primeiro: ciúmes não é prova de amor! Ciúmes a gente sente até por um objeto. Mas no caso de relações, uma pitadinha de ciúme é normal e até bom. Desde que ele se limite ao que sente e não tire a liberdade do outro. Ou seja: eu sinto um pouquinho de ciúmes quando vejo meu namorado sendo paquerado, assim, “na lata”! Mas meu ciúme não vai fazer eu perder o controle e agredir o que está no ataque, muito menos descarregar minha raiva no meu namorado. Meu ciúme vai me encorajar a sutilmente fazer o corte. Chego junto, dou um beijinho nele, olho para o outro e digo “ É um fofo meu amor, não é?”... sorrindo! Pronto! O cara sai e o meu ainda fica cheio de pernas!

_ [Gargalhadas]

_ Quanto maior é o ciúme, menor é o amor! Sabe o que o ciúme exagerado indica? Que a pessoa se sente sua dona. Além disso. Que é insegura, que é egoísta, que é imatura e que se acha no direito de te prender! O amor não consegue viver num meio desses, só com sentimentos negativos! O que há é uma confusão: a possessividade está sendo vista como amor! Só! [...] E o pior é que, como no seu caso, a vítima acha que aquilo é prova de amor e alimenta... dá corda... acha bonito, E a outra vai tomando corpo... De repente, está incontrolável! Você se sente sufocado, humilhado, envergonhado...

_ Pois esse deve ser nosso caso.

_ E segundo: Isso eu falei ao meu pai por conta do que aconteceu: Quem é traído não tem que se sentir envergonhado, humilhado... Quem trai é que tem que sentir vergonha! A traição, em primeiro lugar, corresponde uma traição a si mesmo. Ela mostra que você não tem capacidade de os desejos negativos que todos nós temos. Todo mundo é capaz de amar e de odiar, de ajudar e de prejudicar, de doar e de roubar... tudo na mesma proporção. Mas quando somos foeis aos nossos princípios, controlamos tudo isso fazendo com que só os positivos se manifestem. Quando você trai, os negativos prevaleceram. Você é um fraco. Então, tenha pena do traidor. Mais cedo ou mais tarde esses sentimentos se voltarão contra ele próprio. E, se possível, perdoe. Mesmo que não esqueça! Não permita que a mágoa supere o perdão. Perdoar, não é aceitar a pessoa de volta! A confiança não vai voltar tão fácil. E amor sem confiança não existe!

_ Porra cara... que cabeça!

_ Marcão, essas coisas eu compreendi através de leituras. No outro colégio havia uma biblioteca e eu vivia lá. Em nossa casa também tinha muitos livros, Eu adoro ler. A gente aprende, amadurece, se prepara para a vida. Essa minha forma de encarar o que houve, eu agradeço aos livros. Olhe: antes de mais nada, preste atenção a quem te diz essas coisas. Amigo não faz isso! Só um toque. Preciso ir.

_ Eu te levo.

_ Já estou abusando...

_ Que é isso! Amigo é pra essas coisas...

Em casa, ele me falou:

_ Ah! Já ia esquecendo! Eu fui assistir a competição e te falar isso e acabei esquecendo...

_ Deixa eu só te cortar! Hoje aconteceu algo semelhante ao que aconteceu com você...

_ No revezamento, não foi?

_ Exato. Você reparou?

_ O segundo cagou o pau! Mas depois você deu uma boa recuperada!

_ Não foi nem eu. Eu fiz o normal que sempre fiz. Foi o terceiro! Cara até eu me surpreendi!

_ O que importa é que foi medalha! Escuta: sem sua permissão [Risos] eu mandei a Nina colocar teu nome no passeio.

_ Marcão... Querido eu não estou em condições de fazer isso! Eu adoraria, mas...

_ Ei, ei...! Deixa eu terminar?! [Risos] Você não vai gastar nada! Eu já tinha pago o meu e o da minha namorada. Ela não vai mais, eu só fiz passar para você...

_ Você fez isso? Poxa! Mas você nem tem certeza da traição, já deletou a menina?

_ Não... Não é por isso. O pai dela não deixou, porque vai num dia e volta no outro!

_ Ah...

_ Outra coisa... eu pensei que talvez você não quisesse que os outros soubessem que eu tinha pago... então, eu primeiro recebi de volta o que tinha pago, e mais tarde levei como se fosse seu mesmo... troquei até as cédulas!

_ [Risos] Fez bem! É uma bobagem, mas dá um certo desconforto saber que essa história se tornou conhecimento geral.

_ Eu me coloquei no seu lugar. Por isso que pedi e depois voltei. E eu conheço a Nina... numa situação, nada a ver, ela acaba usando essas coisas para atingir. Ou então, já já o colégio todo ia falar que estou tendo um caso contigo! [Risos]

Eu fiquei calado enquanto ele ria. Ele ficou meio sem jeito e disse:

_ O pessoal fala demais! Ninguém pode ter uma amizade! Até a tia!

_ A Isaura?

_ Sim... [Risos] Ela sabe de você, não sabe?

_ Sabe. Eu nunca falei, mas ela sabe.

_ Pois é. Ontem você veio no meu varão... Ele ficou perguntando o que tinha rolado, E eu: Nada! Nada!...

_ Sua tia é doida! Dia desses nós conversávamos sobre o negócio do meu pai... e ela disse, você precisa é de um noivo! Ela nem falou paquera, namorado... Queimou essas fases todos... Foi logo pro noivo! [Risos] Eu disse: Poxa, não se paquera, namora... mais não? Já vai direto pro noivado? Aí ela disse... Pra que perder tempo? Por mim já ia logo pra lua de mel... é isso que todo mundo quer mesmo! [Risos]

_ A tia é doidinha! Então... Aceita o convite?

_ Aceito. Pelo menos tem você que não me rejeita naquela turma!

_ Não tá bom não?

_ O que?

_ Se os outros rejeitam mas eu não...

Eu sorri e ele se foi.

A semana passou sem novidades, ele falava comigo mas sem muitas aproximações. Faltando três dias para a viagem, na quinta, houve uma reunião com todos os que participariam para explicar algumas regras e pedir sugestões de jogos, brincadeiras... de forma a integrar mais o grupo. Enfim. Terminada a reunião todos foram saindo e a Nina pediu para que algumas pessoas ficassem. Eram oito gays da “turma” dela. Quando saí da sala e passava pelo lado de fora parei quando ouvi o nome do Marcão. Nina dizia:

_ O Marcão, pela primeira vez, vai estar solteiro. Eu poderia pegar, mas como sou amiga, vamos combinar uma disputa entre nós. Mas é segredo, hein gatas! Se eu souber que uma de vocês fez a linha o ó, eu arranco a neca com um serrote! Quem conseguir pelo menos pegar na neca dele, vai ganhar uma faixa de Rainha dos Gays! Mas ninguém vai saber o porquê! Só nós! E outra: tem que ter uma testemunha, nem que ela fique escondida!

Eu sai passado dali. Mas não disse nada. Mas, se dependesse de mim, elas quebrariam a cara porque eu ia colar nele.

Na véspera da viagem, no intervalo, eu estava sentado quando vi o Marcão pegar a bicicleta e sair voado do colégio. Sem livros, sem nada. Fiquei preocupado. Mas nada perguntei. No dia seguinte cedinho fui ao ponto combinado para esperarmos o ônibus. Mal cheguei escutei uma “delas” dizerem que o Marcão não ia mais, pois ele tinha flagrado a namorada com outro cara. Saí de fininho, ainda faltava meia-hora, e fui correndo até a casa dele. A mãe me atendeu super educada e eu ainda estava no portão quando a Isaura me viu no portão e veio ao meu encontro. A mãe dele falou que ele estava dormindo, mas Isaura falou com ela e fomos até o quarto dele. Ela olhou para mim, antes de entrar no quarto, abriu a porta e disse:

_ Acorda aí ele! Pode acordar! Eu espero na sala...

Entrei. A vontade que eu tinha era de deitar com ele. Tão lindo dormindo. Passei a mão em seu braço... Passei a mão em seu cabelo... Voltei ao braço...

_ Marcão! Ei, Marcão!

Ele estava de bruços, se virou e se assustou.

_ [Sorrindo] Eita, cara! Que susto!

_ Sou tão feio assim?

! Ahhh... Modo de falar. Você não foi?

_ Ainda vamos. Eu e você. Como é que você ia fazer isso? Sacanagem...

_ Desculpa, cara... Mas...

_ Nem fala nada... Vamos... cuida, ainda dá tempo!

_ Cara, você não soube?

_ Quem tem que se isolar, ficar escondido... é você ou ela? Quem tem que se envergonhar é quem foi traído? Não... Você tem é que mostrar que não se abalou!

_ Você tem razão. Vou tomar um banho rapidinho... Onde estão tuas coisas que eu vou arrumando. Aí no guarda-roupas... pode abrir aí...

Quando ele levantou, só de cueca, o pau estava meio armado. Sem querer eu olhei e ele percebeu, cobriu com as duas mãos e riu...

_ Opa! É a vontade de mijar! [Risos] Sempre acontece com a gente né?! Já venho!

Arrumei a mochila e fui colocando o que eu achava que ele levaria. Ele voltou.

_ Eu separei essa bermuda e essa camiseta. Pode ser?

_ Gostei da escolha, [...] Vamos...

No caminho.

_ Porra! Esqueci os óculos!

_ Mas eu, não! Esta aí na mochila!

[Risos]

_ Você, heim...!?

Quando chegamos, todos já estavam dentro do ônibus. Esperavam só por mim, pois sabiam que ele tinha desistido.

Era muita gente. Marcão logo estava no clima, e eu já me soltava mais conversando com umas garotas que na sala, sentavam próximas a mim. Chegamos duas horas depois. A casa era ótima... bem de frente para a praia. A praia era um show! O dia foi animado. Eu bebia pouco, mas o Marcão estava enchendo a cara. A turminha não deixava o copo dele chegar na metade... enchiam logo! Eu já sabia qual era o objetivo.

A noiitinha, Marcão deitou num sofá e capotou. Eu deitei na varanda, numa rede e um tempo depois escutei a voz dele dando um tranca na Nina. Pelo que entendi, ele tinha flagrado ela com a mão na sua pomba.

_ Que besteira, Marcão! Não precisa disso! É de ouro?

_ Besteira é uma porra! E não é de ouro! É de couro, mas não é pro teu bico! Se manca, cara! Mal tua amiga sai de campo tu quer entrar na marra! Eu já te disse e vou repetir: Se eu tivesse que sair com outro cara, com certeza não seria você!

_ Quem não quer sou eu, meu filho! Nem tua namoradinha quis! Aliás, quis... Pra te fazer de otário!

_ Olha aqui cara... escuta o que eu estou falando... Eu vou saber se tem teu dedo nessa história! Do jeito que você veio me dar o serviço que ela estava com aquele cara, você pode ter enchido a cabeça dele dizendo que eu te comia! Se voc~e tiver dedo nisso Nivaldo...

_ Nivaldo não!

_ Nivaldo sim! Nina é nome de mulher... Você não é mulher!

_ Vá se lascar, seu cafuçu!

_ Vai procurar um macho, Nivaldo! Nivaldão! [Risos]

Mais tarde, uma turma se juntou para beber na areia da praia. Eu fiquei numas pedras, semtado, só pensando na vida e olhando pro mar, pras estrelas, pra lua... A turma estava próxima. As garotas com quem eu tinha conversado davam em cima do Marcão descaradamente, psra o ódio da Nina e da turma dela. A bebedeira não parava e uns dançavam, outros riam... De repente o Marcão começou a bater boca com dois rapazes da turma e o motivo era a traição. Eu já fiquei nervoso. Eles levantaram e as meninas impediram a briga. O Marcão estava bem legal! Uma delas caminhou com ele rumo ao mar e a outra levou os dois para casa. O casal foi caminhando pela areia se afastando da casa, pela beirinha onde as ondas molhavam os pés. Como não estava a fim de sofrer, decidi entrar, mas quando olhei pela segunda vez, vi o Marcão gesticulando como se mandasse ela se afastar e ela fez isso. Fiquei ali, olhando, ele ficou lá e ela já passava próximo a mim, mas não me via.

Quando voltei a olhar para onde :Marcão estava, percebi que ele estava entrando no mar. Fui descendo das pedras para ir ao seu encontro e tirá-lo de lá, pois ele estava bêbado e era perigoso. Já na areia, vi uma onda derrubá-lo e em seguida suas pernas subiram. Saí correndo aflito e me livrando da camisa. Ele não aparecia. Aumentei a velocidade, meu coração estava disparado, comecei a gritar... De repente vi sua mão. Entrei no mar... ele já estava se afastando. Omar estava violento. Procurei ao meu redor e ele subiu , aparecendo a cabeça. Peguei-o pelos cabelos e fui nadando para a areia. No razo, puxei-o para a areia e ele se movimentava. Fiz os procedimentos para o caso de afogamento. Não era a primeira vez que fazia isso, mas antes, tinha sido com meu irmão na piscina da nossa casa.

Com Marcão o retorno foi mais rápido. A água logo começou a sair e ele a tossir. Quando o vi sentar, desabei a chorar:

_ Ai. Meu Deus! Que medo eu senti! [Choro] Por que você fez isso, Marcos? [Choro] Por quê? [Choro] Foi por pouco! Que medo! Que aflição! [Choro]

_ [Choro] Desculpa! [Choro] Perdão por te deixar assim! [Choro]

_ [Choro] Você tem que pedir perdão a Deus! [Choro] Marcos, você estava desistindo de viver por cusa de um amor? Amor é vida, cara! A gente tem que se amar, primeiro! [Choro] Marcos... Você tem noção? Agora você não estaria mais aqui! [Choro]

_ [Choro] Não! Eu não fui pro mar pra me matar, não! Eu fui só mergulhar pra passar o efeito da bebida. [Choro] De repente, não senti o chão e uma onda forte fez eu dar umas três cambalhotas... Eu procurava o chão... e tentava subir. Quando vi foi seu rosto e já ia segurar em você. Quando senti você puxando pelos cabelos! Ai... Tá até doendo! Tinha que ser pelos cabelos?

_ [Risos/Choro] Claro. Se você me agarrasse morríamos os dois! A gente tem que puxar a pessoa por algum lugar que ela não impeça de você nadar. .

Ele pegou minha mão...

_ Muito obrigado! Tá vendo, se você não tivesse vindo?

_ Não consigo esquecer! Você engoliu pouca água... Essa foi a sorte! Umas pressões, você logo tornou.

_ Foi só a pressão para a água sair?

_ Foi. Ainda bem...

_ Faltou a respiração boca a boca!

Todo o tremor que eu sentia foi embora e um frio na espinha tomou lugar quando Marcão colocou a mão em meu queixo e conduziu calmamente meu rosto para junto ao seu. Nossos olhos estavam inquietos num misto de anseio e receio... a vontade e o medo da reação do outro.

Depois de abrir um sorriso tímido e fechar os olhos, mossas bocas se encontraram. Pronto! Aquele gesto foi o suficiente para que tudo ao nosso redor se tornasse opaco. A lua lançava sua luz sobre nós, curiosa, se deleitava com a expressão da paixão que nascia entre dois homens. Sem razões, sem preocupações, sem medos, apenas a natureza como testemunha.

Marcos conduziu meu corpo, deitando-o e puxou minha sunga molhada. Olhava sempre em meus olhos. Foi tirando sua bermuda. Um vento forte soprou. Eu tremi...

_ Que frio!

_ Calma. Vai passar!

Deitou sobre mim. Nossos paus se tocaram. O rosto próximo ao meu eu gemi:

_ Ahhh...! Coisa boa!

_ Vai ficar melhor!

_ Issss...! Ahhh... Delicia! Rola quentinha!

_ A tua também...! Hummm...! Hummm...! Me dá tua boca!

_ Ahhh...! Isss...! Só a boca?

[Risos]

_ Depois você vai me dizer se eu quis só a boca!

Agora, com mais intensidade, chupávamos nossas língua, roçávamos nossos cacetes, apertávamos nossas carnes, rolávamos pela areia.

Em certo momento a areia já incomodava... Queríamos pele com pele, suor com suor... Ele ficou de pé... a pomba duríssima... estendeu a mão...

_ Vem!

Levou-me para o mar... na beirinha. Tiramos a areia que nos cobria. Saímos e ele deitou numa posição que a onda conseguia, às vezes. Alcançar seus pés. Agora eu fiquei sobre ele. Beijei sua boca, orelha, queixo, pescoço. Lambi um mamilo e depois o outro. Fui passando a língua pelo seu abdômen. Ele olhava para mim. Sorri e ele...

_ Isssssssss...! Chupa!

Passei a língua por sua virilha. Chupei a cabeça da rola. Lambi a outra virilha...

_ Gostosa tua pele... Cheiroso o teu sexo...

_ Issssssssssssss...! Estou ficando louco! Isssssssssss...! Caralho!

Abocanhei sua pomba inteira...

_ Poooooooooooorra! Ahhhhhh...! Chupa gostoso, chupa!

_ Hummm...! Hummm...! Hummm...! Hummm...! Hummm...! Hummm...! Rola gostosa! Hummm...! Hummm...! Hummm...! Hummm...! Hummm...!...

_ Que chupada gostosa! Engole toda! Isso! Ahhhh...! Ahhh...! Engole! Ahhh...!

_ Quero esse cacete dentro de mim... Vem!

Puxei-o para as pedras, apoiei uma perna numa pedra e ele me abraçou por trás. Beijou meu pescoço, foi dando mordidas pelas costas até chegar na bunda, Passou a língua pelas nádegas.

_ Empina a bunda pra mim! Isso! Isssssssss...! Cuzinho gostoso! Ahhh...! Ahhh...! Mexe essa bundinha, mexe!

Ele metia a língua no meu cu com gosto e dava umas palmadas na minha bunda!

_ Toma! Safado! Issssss....! Toma!

_ Ai...! Hummm...! Hummm...! Aiii! Bate... Isso!

_ Gosta? Hummm? Gosta, safadinho?

_ Gosto!

_ Vamos ver se você gosta disso também!

Marcão cuspiu na mão e passou na pomba e no meu cu. Arrebitei mais a bunda. Ele colocou o cacete entre as nádegas apontado para cima e foi fazendo um roçado gostoso... cuspia no pau e roçava. Eu sentia, com aquele movimento, seu saco bater nas minhas pregas... meu cu piscava incontrolávelmente... Supliquei:

_ Marcão! mete esse caralho em mim, mete! Arrebenta meu cuzinho! vai!

_ Que delícia te ouvir pedir assim...

_ Mete! meu cuzinho tá pedindo sua rola! Me come!

Ele encostou a cabeça da rola e deu uma metida certeira:

_ Ai! Isssssssssssss...! Delícia!

_ E foi só a cabecinha! Agora me diz se assim também é uma delícia...

Ele foi metendo ininterruptamente, até eu sentir seu corpo encostado ao meu. A excitação era tão grande que a dor quase nem existiu... talvez um leve incômodo que logo passou e pude curtir suas socadas rápidas e profundas...

_ Isso! Ohhhhh...! Que cuzinho quentinho! Ohhhh...!

_ Hummmm...! Ahrrrrr...! Vai! Assim...! Para um pouquinho!

_ Sente... Minha rola está toda cravada nesse cuzinho!

_ Tô sentindo! Hummm...! Uma delícia! Hummm...! Vai! Me come gostoso!

Ele puxou meu rosto e me beijou para abafar o grito que daria quando ele tirou o pau quase todo e deu uma socada forte. Ainda assim livrei meus lábios...

_ Ahhh! Delícia! Faz assim, faz!

_ Você gosta assim. Toma!

_ Hummm...! Adoro! De novo! Ahhh! Isso! Ahhh! Fode , vai, fode! Ahhh...! Isso! Arrebenta minhas preguinhas!

Marcão suspendeu uma perna e apoiou numa pedra. agora, estava pronto para dar o melhor de si... Mirou a cabeça da rola no meu buraquinho faminto e começou uma sequencia demorada de metidas rápidas, fortes e fundas, enquanto gemíamos alucinadamente...

_ Que cu gostoso, porra! Que tesão!

_ Isso! Isso! Delícia! Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhh...! Ahhhhhhhhhhhhhh...!

_ Gozou? Já vou gozar também.

_ Goza na minha boca!

_ Vem... Abaixa... Ahrrrrrrrrrrrrrrrrr...! Bebe minha gala! Ahrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr...! Ufa! Agora eu tenho certeza que não morri!

_ Não! Morreu, não. Meu cu que o diga!

[Risos]

_Marcos...

_ Hum?

_ Tô sentindo um medo...

_ Medo? De quê? Fica assim, ben agarradinho! Hummm...! Isso! Eu te protejo! [Risos]

_ Medo de acordar... Isso aqui não é real! Não !pode ser... Daqui a pouco alguém me chama e... pronto! [...] Fala vai... Pode falar. eu sou forte! Eu supero! Estou sonhando, não é? [...] Aaaaaaaaaaaai!!!!! Ai! Você me mordeu! Seu louco!

_ [Risos] Você disse que era forte! [Risos] Agora responde você mesmo: sonho ou realidade?

_ Hummm??? Mais um teste...

Deitados na areia, nos beijamos e ficamos coladinhos... um esquentando o outro.

A lua nos sorria, e as estrelas pareciam mais próximas... viram de perto o retrato da minha felicidade....

Adormecemos.

CONTINUAÇÃO (DESFECHO)

EM BREVE!

Guto Froizz

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Comentários

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Escreves muito bem! Excelente postura em relação a vida. Tomara seja verdade! Abraço!

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Maravilhoso, adoro sues conselhos ! agurdo a continuação

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Parabens, a escrita, sua forma de pensar... enfim... maravilhoso

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Gostei muito do conto... embora o final tenha destoado um pouco do contexto geral... dou nota 9,0. Seria bom se vc fizesse um capítulo II.... Quem sabe colocar a Nina para atrapalhar o romance dos dois!!!

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Que conto maravilhos gostaria que fosse real ...

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Parabens cara!E aproveita cara um grande amor ta tao dificil de se encontra hoje em dia eu por exemplo encontrei alguem que mim amasse como sou mais perdir com medo da minha familia.

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