Aviso que o conto é meio longo e não tem um erotismo rasgado (por enquanto). Mas chega lá.
1. Dúvidas
-Cara, a Diana fica super gostosa nesse vestido! _exclama Raul observando a garota que dançava com a minha namorada._ A sua mina também não está nada má, com todo orespeito. _completa._
Desvencilho-me da conversa rasa com Raul para sentar-me num banco mais afastado que acabara de ser desocupado. Meu olhar corre rapidamente pela pista parando em Beatriz. Realmente ela é muito bonita e se destaca entre as outras garotas. Todos os rapazes dariam uma perna para ir pra cama com ela, coisa que eu não conseguia fazer. Ela já havia tentado transar comigo várias vezes. A cena se repetia: Os beijos começavam a ficar mais urgentes, quase desesperados, o quadril se mexia num ritmo cadenciado contra minha coxa. Isso já era o suficiente para me desistimular, mas ela não parava e mordiscava minha orelha gemendo e sussurrando: - Vem Mateus, vem... Abria as pernas e passava pela minha cintura em tom de convite. Isso me enojava! Parecia uma puta se oferecendo assim.
Quando Beatriz veio andando na minha direção, rebolando e passando as mãos pelo cabelo liso numa dança sensual, sei que a cena vai se repetir (Sim, em público!) e decido cortá-la desde o início.
-Vem! _ela chama fazendo um gesto com as mãos._
-Não Bia, você sabe que eu não gosto de dançar.
-Só um pouquinho... _Ela insiste me puxando_
-Se quiser pode voltar pra pista, eu vou ficar aqui.
Ela faz beicinho mas volta pra pista em disparada. Eu gostava da Bia, gostava de conversar, sair, rir... mas ela não me dava tesão, e eu não entendia . Também não gostava de ir a festas com ela, não conseguia me divertir. Se não fosse a sua festa de formatura eu não teria ido.
Observo o restante das pessoas da festa, a maioria dos casais se amassavam na parede. Acho que é isso que a Bia gostaria de estar fazendo. Havia um rapaz encostado no balcão do bar, segurando uma bebida, parecia perdido assim como eu. Ele estava me encarando e eu não sabia o que fazer. Comecei a suar quando pércebi que não conseguia desviar o olhar. Ele era lindo. Alto,com a musculatura bem definida, os cabelos negros caíam até a altura dos olhos azuis que ele fazia questão que fossem vistos, retirando as mechas de cabelo que caíam em intervalos regulares. A ple era bronzeada e os lábios carnudos e rosados. Assustei-me por tê-lo achado tão bonito, mas logo pensei: quem não acharia?
Ele veio em minha direção com um sorriso maroto estampado no rosto, seus dentes eram perfeitos e imaculadamente brancos. Estremeci. Não sabia se ficava aguardando a abordagem, ou fugia. Esperei.
-Ter achei. _Ele disse olhando fundo em meus olhos, parecia visitar a minha alma._
-Como? _Perguntei_
-Estava procurando alguém que estivesse mais perdido que eu, te achei! _Ele ainda estava com aquele sorriso lindo nos lábios._
-Aceita um drinque? _Ele perguntou_
-Porque não?
Ele me indicou o bar com um meneio de cabeçae eu o acompanhei. Me entregou um copo com um líquido amarelado que eu não indentifiquei, mas que estava muito bom.
-Rafael. _Ele disse olhando fundo em meus olhos novamente_
-O quê? _Havia me perdido naquela troca de olhares._
-Rafael... É o meu nome!
-Ah! _sorri sem graça._ Prazer, meu nome é Mateus.
-Lindo! _Ele respondeu_
"O quê? Eu ou o nome?" _pensei mas não disse nada.
-Os dois. _ele disse, fazendo-me pensar se não havia realmente dito o que eu imaginara.
CONTINUA...