Os Homens mais velhos de Bia II

Um conto erótico de Bia
Categoria: Heterossexual
Contém 899 palavras
Data: 09/08/2011 23:57:01

Um dia eu resolvi colocar o meu nome no jornal “Moça de cabelos negros, jovem, pele muito branca, 1.70 de altura e 60 kg entrega-se a todos os tipos de prazeres”. Deixei o meu telefone para contato. Eu estava ansiosa por esse momento, finalmente ser paga por aquilo que fazia de melhor: desejar. O meu melhor verbo. Eu desejava o dia inteiro e me colocava em todas as posições só para não perder o costume, perceber se a respiração estava no lugar certo, arfando num crescente como as vadias dos filmes pornográficos. Permitindo que os pinguinhos de suor caíssem devagarinho sobre minha blusa branca transparente. Eu me sinto mais sexy com as transparências, você sabe. As transparências têm o poder de me deixar pronta para permitir qualquer tipo de membro ou objeto macio entrar com vigor entre as minhas pernas. Um poder único. Um poder mágico. Finalmente o telefone tocou. A voz era firme e, ao mesmo tempo, parecia uma voz de locutor de rádio, muito agradável. Sentia-me alegrinha, do tipo que tomou alguns goles de whisky conversando sobre local, hora, e essas coisinhas burocráticas. Ele disse que o nome dele era Carlos. Gostei do nome e rapidamente fiquei interessada em conhecê-lo. Ele disse que não curtia motel e queria me levar pra um hotel. Fiquei mais interessada ainda. Um Hotel! Nunca tinha ido com um homem desconhecido, vinte e poucos anos mais velho do que eu, num hotel e ainda por cima em Curitiba. Cheguei lá sem calcinha como de hábito. Os meus sapatos eram de verniz preto combinando com um vestido branco bem colado com decote nas costas em formato de v. As minhas curvas eram generosas, já aos treze anos parecia bem atraente. Todos os meus professores me queriam, me queriam tirando toda a roupa. Como eu me sentia peladinha na frente deles. Tinha um professor que tinha tara na minha bunda empinada. Ele costumava mordê-la tanto quando estávamos juntos, fazíamos de tudo, mas ele respeitava a minha virgindade, porém, em casa eu só usava calça comprida para esconder as marcas como também nas aulas de natação o maiô era enorme na bunda.

O Hotel ficava perto do centro. Na porta tinha um quadro com uma mulher espanhola segurando cartas de baralho, uma cigana meio decadente com uma sorte nas mãos meio duvidosa. Eu segui em frente, ele já estava esperando no quarto. Senti um friozinho na barriga. A luz estava apagada e fui entrando como gata, enxergando por causa da luz da rua o sombreado do quarto na minha frente. Ele ascendeu à luz do abajur. Disse colocando o pau pra fora e massageando-o sobre uma cueca azul real continuamente como num espiral: Você é a Bia? Eu respondi com a voz rouca que sim, estava totalmente fascinada por ele. A cor de pele dele era um moreno de deserto, mas não chegava ser um árabe. Parecia mais um Siciliano. Isso me deixava mais excitada, me entregar nos braços da máfia, me entregar nos braços de um homem mais velho com mãos calejadas e grandes. Ele falava de forma diretiva e me explicava como se eu fosse uma boneca de cera todo o manual de instrução. Eu adorava receber ordens daquele homem. Ele me impunha certo fascínio, certo quê de não ter medo de assumir riscos, de saber bem do que as mulheres gostam. O rosto dele parecia talhado na faca. Pelos meus estudos de astrologia, eu tinha certeza que se tratava de um geminiano. Aqueles geminianos, filhos do grande Deus Mercúrio, dono da situação. O dono do tabuleiro e do jogo. Mas dentro de mim eu sabia que ele no final ia perder, tinha convicção. Eu me fiz de ingênua e tola, prefiro assim com esses homens muito inteligentes, prefiro ser totalmente tola. Mas lá no fundo, eu sei que eles são realmente perigosos. Parecia um Rei de Espadas com todos os súditos do mesmo naipe.

Ele de início permitiu que eu dominasse e, quando estava cavalgando por cima dele, com todo tesão e força nossos corpos pareciam travar uma luta na cama. Os travesseiros mudavam de lugar e não conseguíamos dar o sinal da paz, serem eles o objeto símbolo da trégua- deixarmos descansar nossos corpos cansados por não se renderem na alma, mas de desejos que flutuavam sobre as nossas cabeças. Como uma dança entre Ogum e Iansã. Mas eu sabia que ele era de Xangô, com o seu riso vaidoso ao me beijar com a língua bem molhada dentro da minha. O seu gosto era cítrico e eu não parava de masturbar a minha xoxota ao vê-lo fumando o seu enorme charuto. Eu me sentia diferente, acho que uma Rainha de Copas em águas muito profundas não querendo mais subir. Os meus pelos pubianos não paravam de se arrepiar... estava acontecendo algo diferente em mim e por alguns instantes preferi ficar submersa em total silêncio. Surgiu disso um medo que eu pudesse me afogar em sentimentos sem tradução. Mas os corpos se entendem melhor do que almas e nisso eu estava totalmente satisfeita. Ele vestiu a roupa, foi generoso com o dinheiro em cima da cama e com um aquele sorriso disse: Você nasceu pra isso garota!. Bateu a porta e eu fiquei olhando pelo espelho do hotel as ruas que faziam a imagem de uma encruzilhada e, naquele momento, pude perceber que teria de continuar.

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