Por trás daqueles olhos - 03

Um conto erótico de D.Tradutor
Categoria: Homossexual
Contém 5047 palavras
Data: 16/01/2012 21:41:34
Assuntos: Gay, Homossexual, Romance

O sol fresco nos aquecia enquanto corríamos nossas voltas ao redor do campo de baseball. Era a mesma rotina em todo treino, de início na linha da primeira base, cruzando todo o jardim externo, e então até a linha da terceira base, por toda a base principal, e então fazer isso dez vezes. Eu não me importava realmente de ter de correr, me dava uma chance de clarear a cabeça um pouco, e eu não corria muito mais durante o treino já que eu lançava.

Bobby e eu geralmente corremos lado a lado, apesar de não falarmos muito, mas como os seniores do time, éramos como uma espécie de líderes do bando. Todos os outros caras mais novos queriam ser exatamente como nós, mas se eles soubessem o que isso significava, provavelmente iriam repensar essa escolha seriamente, pelo menos quando se tratava de mim.

Nós estivemos correndo continuamente e estávamos mais ou menos na metade da oitava volta quando ouvi o treinador gritando. "Cooper, vem aqui!" Olhei para ele, me perguntando o que eu tinha feito agora, e então vi Jesse ao lado do treinador, sorrindo como sempre. Pânico total e pura emoção explicam muito bem o estado das minhas emoções enquanto elas batalhavam, cada uma se esforçando para chegar à vanguarda, deixando meu rosto inexpressivo enquanto eu andava até onde eles esperavam.

O rosto de Jesse tinha tomado um aspecto cauteloso quando me viu, estando incapaz de me ler e se perguntando o que eu estava pensando. Corri para eles, sem ar por conta do exercício anterior, e disse, "Que foi, treinador?". Ele estava assistindo ao resto do grupo terminar a corrida quando disse, "Sr. Green aqui disse que deveria entrevistá-lo para o jornal da escola".

"Umm, ok. Que aconteceu com o Sean?" Perguntei me sentindo mais que um pouco confuso. O treinador escolheu aquele momento para sair e lidar com alguns jogadores que tinham começado a brigar no campo.

"Não sabia que você trabalhava no jornal", disse a ele enquanto caminhava na direção dos vestiários com a intenção de me livrar daquelas roupas suadas. Ele me seguiu dizendo, "Bem, na verdade eu sou o editor. Sean me chamou e disse que estava ocupado e me pediu para substituí-lo."

Entramos no vestiário e estávamos ao lado do meu armário quando percebi que sempre que Sean mencionava seu editor ele o chamava de 'Green'. Acho que aquilo fazia sentido para mim; na verdade, estava surpreso de não ter descoberto isso mais cedo.

Ficamos lá em silêncio por um momento, até que tirei minha camisa, e então o único som feito foi o arquejo de Jesse. Quando olhei pra cima, depois de ouvi-lo arfar, eu o vi olhando para mim. Não apenas olhando para mim, era mais como se ele estivesse guardando minha visão para uma parte privada de sua memória. Acho que eu estava um pouco consciente de mim mesmo enquanto assistia ao seu rosto se encher de cor, e percebi que eu tinha acabado de, em essência, convidá-lo para me ver trocar de roupa. Não é como se eu fosse um cara magrelo, quer dizer, eu tinha que dar duro no baseball, e meus braços, ombros e tórax eram bastante sólidos de todos os anos que eu passei lançando. Ele parecia gostar do fato de eu estar ali, na frente dele, sem camisa e então eu decidi ser ousado e continuar me trocando.

Tentei manter a aparência de uma conversa enquanto vestia as roupas que estava vestindo mais cedo. Ele finalmente pareceu se lembrar da razão de estar ali, a entrevista, então me perguntou, "Então, onde é que você quer fazer isso?" Eu estava pensando naquilo, tentando arranjar um plano, algum lugar onde pudéssemos ir que fosse calmo e privado.

Sentado no banco do vestiário, amarrei meus tênis e me levantei. Guardei minha carteira no bolso e peguei minhas chaves e meu celular. Eu estava para sugerir ir para o parque quando meu celular tocou. Era meu pai, e estava ligando para avisar que tinha sido chamado de volta ao trabalho numa emergência e que eu teria de me virar no jantar, talvez a noite toda, ele não tinha certeza.

Ele me seguiu até o estacionamento, falando alguma coisa casualmente, quando decidi ser corajoso, pró-ativo. Parei abruptamente e ele quase topou comigo. Me virei pra ele e disse, "Jess, que tal irmos pra minha casa? Meu pai está fora então podemos jantar e fazer a entrevista. Tudo bem assim?"

Ele olhou pra mim, só por um momento, e disse, "Tá, pode ser", e então me acompanhou até minha caminhonete. Desta vez eu o segui e tomei a oportunidade de olhá-lo enquanto ele caminhava, admirando seu corpo longo e magro. Ele era perfeito para mim, como se tivesse sido feito para se encaixar nos meus braços, e eu estava começando a querê-lo ali todo o tempo.

Entramos na minha caminhonete e eu dirigi até minha casa. Eu lhe ofereci meu celular, sugerindo que ele ligasse para seus pais, e ele aceitou minha oferta agradecido fazendo exatamente aquilo. Chegamos na minha casa e lhe disse para entrar, apontando na direção da cozinha para que nós fizéssemos alguns sanduíches para o jantar.

Enquanto estávamos lado a lado na cozinha, preparando uma pequena refeição, pedi a ele para me passar uma faca, e quando ele a colocou na minha mão eu senti a eletricidade enquanto nos conectávamos de novo por apenas um momento antes de ele afastar sua mão. Ele me perguntou onde guardávamos os pratos e eu apontei para o armário atrás de mim e então continuei fazendo nossos sanduíches.

Ele veio por trás de mim e se esticando à minha volta pôs os pratos no balcão ao meu lado. Eu me virei para agradecer e seus braços estavam nos meus lados, prendendo-me ao balcão. Senti aquela conexão que dividíamos tão fortemente enquanto ele olhava nos meus olhos com um calor que era inconfundível e eu devolvi seu olhar de anseio, desejando que ele me beijasse de novo mas não sendo corajoso o bastante para fazer isso eu mesmo. Eu podia sentir meu coração batendo com antecipação e entusiasmo enquanto estávamos lá, tão próximos um do outro, antes de ele dizer, "Tudo pronto então", e andar em direção à mesa para se sentar.

Respirei fundo, a emoção se tornando quase demais, e o segui carregando os pratos de comida que tinha acabado de fazer. Nos sentamos de frente um pro outro na larga mesa de jantar e comemos. Não dissemos muito durante a refeição, pelo menos não verbalmente, mas nós tínhamos uma forma de nos comunicarmos. Nossos olhos falavam bastante, e enquanto nossas pernas se esfregavam embaixo da mesa, a intensidade da realização de que estávamos ali sozinhos ficava maior a cada minuto.

Quando terminamos de comer, levei-o subindo as escadas até o meu quarto. Deixei ele dar uma olhada em volta enquanto eu tomava um banho para lavar aquilo que restava do meu treino a tarde.

Meu quarto, como o dele, era como o de qualquer adolescente, Minha cama king sized, que meu pai comprou quando percebeu que eu iria ser um cara bem alto, ficava no meio da parede coberta por um edredom verde floresta. Havia também duas mesas-de-cabeceira, uma de cada lado. Eu tinha uma cadeira grande e acolchoada que ficava na entrada e uma escrivaninha com meu computador nela.

Penduradas nas paredes eu tinha algumas fotos da minha mãe e tinha uma prateleira com meus troféus de baseball nela. Eu jogo desde que era uma criança então tinha uma bela coleção agora. Saí do banho, apenas uma toalha em volta da minha cintura, para encontrá-lo vendo algumas fotos minhas nos meus times de pequena liga. Sorrindo, andei até suas costas e olhei por cima de seu ombro dizendo, "Garotinho bonitinho, não?"

Ele inalou meu cheiro, limpo e fresco, enquanto eu me inclinava sobre ele, e então ele se derreteu sobre mim, se inclinando para trás no meu corpo. Ele me pegou de guarda baixa fazendo aquilo, e eu não tinha muita certeza do que fazer, enquanto percebia subitamente que não estava vestindo muita coisa. Isto era tudo muito novo pra mim, estar aqui com ele, e incerto do que ele queria de mim.

Percebendo aquilo andei até meu armário para achar algumas roupas para vestir. Ele suspirou e se virou para me encarar dizendo, "Desculpe, acho que não devia ter feito aquilo. Vamos ó terminar essa entrevista e então eu vou embora, ok?". Ele se moveu para sentar na minha cama enquanto eu vestia um shorts. Sentei perto dele e suspirei dizendo, "Olha Jess, é só que isso é tudo muito novo pra mim, e algumas vezes eu não sei bem o que fazer, mas uma coisa que eu sei é que eu não quero que você vá embora, tá bem?", desejando que ele soubesse que eu falava sério.

Ele olhou pra mim e então sorriu, batendo no meu ombro com o seu, e disse, "Tudo bem, então me conte Sr. Cooper, você tem jogado baseball há quantos anos?" aparentemente começando a entrevista, com um brilho nos olhos que eu não tinha visto antes. Me perguntei silenciosamente se eu tinha aquela aparência quando estava desenhando enquanto eu respondia suas perguntas.

Num certo ponto durante a entrevista eu tinha deitado na cama e depois de mais ou menos vinte minutos discutindo minha carreira de baseball até agora, meus hobbies, e a próxima temporada, ele disse, "Bem, acho que essas são todas as perguntas. Sean pode sempre te perguntar qualquer coisa nova quando te ver, eu acho".

"Ok, mas eu posso fazer uma pergunta agora?" Perguntei a ele bem duvidoso de que fosse ser realmente capaz de perguntar sem soar totalmente inexperiente. Ele estava de costas para mim escrevendo alguma coisa, suas notas eu acho, quando acenou seu consentimento. Eu queria toda sua atenção para isso, então o puxei para baixo junto a mim pela camiseta. Acho que aquilo chamou sua atenção porque ele olhou para mim.

Deitado do meu lado na minha cama, sua cabeça no meu travesseiro, ele parecia maravilhoso enquanto sorria para mim com seus olhos curiosos estudando os meus como se estivesse procurando por pistas, se perguntando o que eu estava fazendo. Seus fios loiros tinham caído no meu travesseiro e estavam repousando na sua testa. Enquanto me deitava de lado para ter uma melhor visão dele eu finalmente tomei coragem para lhe perguntar, "Então, o que estamos fazendo aqui? Digo, um com o outro", suspirei, continuando, "Ok, isso não foi bem como eu tinha planejado dizer exatamente, eu..."

Fui interrompido quando sua boca de repente cobriu a minha, seus braços se esticando para puxar meu corpo pra baixo sobre o seu. Seus lábios suaves pressionados firmemente contra os meus enquanto suas mãos exploravam os músculos das minhas costas. Ele sugou meu lábio superior e eu me perdi na paixão de estar tão perto dele. Ele nos girou juntos reclamando a posição de cima enquanto meus braços o rodeavam. Sentindo a proximidade que dividíamos, eu estava perdido no seu beijo e todas as minhas preocupações e medos me escaparam enquanto me deixava derreter sobre ele.

Minhas mãos estavam em suas costas, embaixo de sua camiseta, sentindo a forma como seus músculos enrijeciam e então relaxavam de novo, quando ele parou o beijo. Meus olhos continuaram fechados em antecipação, esperando sentir seus lábios nos meus novamente, quando em vez disso senti-os aterrissando no meu pescoço, enquanto ele começava a beijar a pele macia e sensível que eu tinha ali.

Minha cabeça instintivamente se moveu para trás para fazer mais do meu pescoço disponível para sua boca insaciável. Senti seus beijos viajarem ao longo da minha clavícula, até chegar na minha garganta. Arrastando sua língua para cima até meu queixo, meus dedos se enterraram em sua pele, e eu tinha certeza de que ele tinha ouvido o leve gemido que escapou quando minha respiração ficou presa na minha garganta.

Sua língua finalmente chegando no meu queixo, ele plantou pequenos beijos lá antes de sua boca encontrar a minha novamente em outro beijo estonteante. Ele se afastou finalmente e girou ficando do meu lado, meu braço preso em baixo dele enquanto ficamos lá deitados esperando nossa respiração voltar ao normal.

Me perguntei se ele sentia a perda, a solidão, cada vez que nosso beijo acabava como eu sentia, e olhei para ele tentando descobrir por que ele tinha parado. Quando ele finalmente retomou a respiração, seus olhos encontraram os meus e ele disse, "Você está bem com isso tudo? Acho que eu não devia ter me deixado levar desse jeito".

Ele parecia preocupado, como se eu estivesse num estado frágil, meu senso próprio prestes a quebrar. Tudo que eu pude fazer foi assentir em resposta à sua pergunta, e quando ele falou de novo ele disse gentilmente, "Talvez eu não devesse ter deixado isto chegar tão longe, quer dizer, eu sei que isso tudo é novo pra você, mas eu simplesmente não pude evitar". Ele tinha girado sobre mim agora, descansando sua cabeça no meu peito nu, seu cabelo fino fazendo cócegas quando caía na minha pele. Ele continuou dizendo suavemente, "É que você é tão gostoso..." ele jogou pra fora e eu sorri. Ele não viu aquele sorriso, no entanto, porque tinha seu rosto enterrado no meu pescoço de novo.

Cada respiração sua me fazia estremecer em antecipação. Inalando meu cheiro e então quando ele exalava, seu sopro quente passando no meu pescoço. Tentei fazer minha voz funcionar, ainda precisando de uma resposta para a minha pergunta. Meus pensamentos e meu corpo em guerra, finalmente dei um jeito de falar dizendo, "Caralho Jess, isso foi incrível."

Ouvi ele suspirar, absolutamente satisfeito de estar deitado nos meus braços, enquanto as pontas dos seus dedos gentilmente traçavam o contorno dos músculos no meu abdômen. Eu continuei dizendo, "Mas então, o que estamos fazendo aqui? Como você disse antes, isso aqui é tudo novo pra mim", eu perguntei enquanto me perguntava qual seria sua resposta. Eu realmente esperava que ele não pensasse que eu estava sendo agressivo, mas eu precisava saber em que situação nós estávamos, se ao menos houvesse um 'nós'.

Ele parecia estar procurando as palavras certas para me dizer quando ele finalmente se levantou para se sentar. Olhando para baixo para mim, vi algumas dúvidas sobrando, um pouco de preocupação em seus olhos. Ele tinha começado a dizer algo muitas vezes e então parado ele mesmo cada vez quando eu finalmente me sentei na sua frente.

Alcançando o lugar onde ele estava sentado, minha mão pousou gentilmente na sua coxa, e eu disse, "Jess, apenas me conte o que exatamente está rolando entre a gente. Eu preciso saber". Eu estava apertando gentilmente agora, massageando sua perna quando ele agarrou minha mão, enlaçando seus dedos nos meus e riu, perguntando, "Como você espera que eu pense claramente com você fazendo isso?"

Corando eu respondi, "Eu não sou o único gostoso por aqui, sabe", certo de que ele iria entender o que eu queria dizer. Ele estava esfregando a palma da minha mão com seu polegar, com nossas mãos ligadas juntas, me deixando perdido na sensação que ele estava criando. Ele levantou o olhar pra mim e disse, com a mais genuína voz, "Olha Stephen, eu tenho certeza de que agora você já sabe o quanto eu gosto de você. Quer dizer, porque eu gosto, gosto muito de você. Eu apenas quero ter certeza de que você esta bem com essa coisa toda".

Eu estava olhando profundamente nos seus olhos azuis, sentindo sua sinceridade, e ele continuou dizendo, "Eu farei o que você quiser, eu sei que você não está pronto para se expor, então quero ter certeza de que você está confortável não importa o que aconteça entre a gente."

Ele estava certo sobre aquilo, eu não estava pronto para contar a alguém ainda, eu ainda não conseguia acreditar que eu tinha até mesmo contado a ele, mas estava muito feliz de ter contado. Ele parecia ter essa habilidade de me tornar impotente perto dele, como seu eu não pudesse realmente me controlar. Eu estava vulnerável, exposto, perto dele.

Pensei mais um pouco sobre o que ele tinha dito, ele parecia querer me proteger, manter meu segredo seguro até que eu estivesse pronto para contá-lo eu mesmo. Aquilo significava muito para mim, quase como se ele estivesse disposto a por de lado a própria felicidade para preservar a minha.

Imaginei nós dois juntos na escola, e aquilo não parecia fazer sentido para mim, nós nunca tínhamos estado no mesmo grupo de amigos antes. Seria difícil estarmos juntos lá. Além disso, eu mal podia manter minhas mãos longe dele, e a forma como nos olhávamos, como se tivéssemos uma necessidade de estarmos perto um do outro, aquilo iria nos denunciar na hora.

Pensei que não haveria melhor forma de me abrir na escola. Com todo mundo me vendo com ele, vendo em primeira mão os olhares que trocávamos e sentindo a conexão que nós tínhamos. Mesmo então, eu não ligava muito para tudo isso agora. Eu estava com Jesse, e ele estava me contando que realmente gostava de mim e me queria, que ele iria fazer qualquer coisa que eu quisesse, e aquilo significava algo. Significava tudo pra mim no momento.

Seria um enorme sacrifício para ele, para nós dois na verdade, ser incapaz de nos vermos ou nos falarmos ou nos tocarmos, mas estar tão perto ao mesmo tempo. Eu tinha outro pensamento se formando no fundo da minha mente, enquanto me sentei lá pensando em todos esses outros pensamentos e ele finalmente veio à superfície. Eu o queria na minha vida numa base permanente, mais que isso eu precisava dele na minha vida, que ele fosse uma parte da minha existência diária.

Foi com essa realização que eu inesperadamente tomei coragem para dizer, "O que quer que aconteça, tudo que eu sei é que eu quero que aconteça com você do meu lado. Eu sei que vai ser difícil e injusto para nós dois, mas eu farei o que eu tiver de fazer para poder dizer que eu sou seu e você é meu". Respirei fundo, tentando me acalmar depois de fazer aquela confissão a ele, e assisti ao seu rosto enquanto o mais lindo sorriso aparecia antes de ele se inclinar pra frente e eu o receber no meu abraço forte.

Eu o segurei ali contra meu peito descoberto enquanto ele se agarrava a mim de uma forma que me contava que ele nunca me largaria se tivesse oportunidade. Eu estava num lugar tão próximo da pura felicidade quanto eu já tinha estado aqui, desta forma, com ele nos meus braços. Me inclinei para trás contra a cabeceira de madeira da minha cama e ele se aninhou mais fundo, ficando tão perto de mim quanto possível.

Ficamos lá deitados por um momento, no conforto dos braços um do outro, cada um sentindo a proximidade e a união. Me perguntei silenciosamente como eu pude ter me negado isso por tanto tempo. Por fim ele se sentou, e eu imediatamente desejei tê-lo perto de mim, pressionado contra o meu corpo de novo. Tentei puxá-lo de volta pra mim mas ele apenas sorriu pra mim e se levantou dizendo, "Vamos lá namorado, é melhor você me levar pra casa agora, antes que nunca permitam que eu volte". Ah meu Deus! Eu tenho um namorado! Jesse Green gostoso era MEU namorado, wow!

Ouvindo essas palavras saindo da sua boca, eu sorri, como o sorriso de uma criança no dia do Natal que acabou de ganhar aquilo que estava desejando o ano todo. Me levantei e andei até meu armário e peguei uma camiseta para vestir antes de me virar para ele e dizer, "Acho que é melhor acabar com isso logo então, não vai ficar mais fácil ficar longe de você se esperarmos mais um pouco."

Peguei minha carteira, chaves, e celular e comecei a andar em direção à porta quando ele me agarrou pelo pulso, me parando. Me virei para ver o que estava acontecendo e de novo ele me puxou para outro beijo indescritível. Sua boca ansiosa para ser uma com a minha, seus lábios pressionados firmemente contra os meus, eu respondi desta vez sem perguntas na minha cabeça.

Seus braços em volta de mim, me segurando mais perto, pressionando meu corpo firmemente ao seu enquanto ficávamos lá na porta do meu quarto. Meus braços tinham envolvido-o e deixei minhas mãos percorrerem suas costas e para baixo, até repousarem nos seus quadris, com medo de ir além. Nosso beijo me forçando naquele lugar de novo, onde eu perdia toda a consciência.

A sensação que dividíamos enquanto nos conectávamos de novo fez com que se tornasse claro pra mim, se eu já não estivesse certo disso, que era aqui que eu queria estar. Aqui, nos seus braços, embora sua força fosse diferente da minha, era lá o meu lugar. Ele finalmente se afastou, e eu gemi em objeção à perda da sua boca na minha antes de inclinar minha cabeça no seu ombro, inalando seu aroma masculino. Ele riu silenciosamente ouvindo minha objeção e então disse, "Vamos, vamos logo".

Ele guiou o caminho, me puxando pela mão, todo o caminho até a porta da frente. Só um momento antes de abrí-la ele disse, "Eu só queria um beijo de boa noite antes de irmos pra minha casa", e então andou até a minha caminhonete. Eu o segui depois de trancar a porta da frente e abri a porta para ele. Fui até o outro lado e entrei, ligando o motor e colocando o cinto de segurança. Olhei para ele e o encontrei sorrindo enquanto estudava cada um dos meus movimentos.

Corei, me sentindo como se estivesse em exibição, e então me afastei do meio-fio. Podia sentir seus olhos em mim, me assistindo, enquanto eu dirigia. Eu tinha de manter meus olhos na estrada no entanto, e num momento senti sua mão na minha enquanto ele entrelaçava nossos dedos colocando a união de nossas mãos entre nós no banco. Olhei para ele para encontrá-lo sorrindo, como se este fosse nosso pequeno segredo, e sorri largamente para ele em retorno.

Quando chegamos na sua casa e eu desliguei o motor, nos sentamos em silêncio por um momento antes de ele falar. Ouvindo sua voz suave, olhei para ele e ele disse, "Então, acho que te vejo amanhã na escola" soando esperançoso. Suspirei e assenti minha resposta, com sorte não parecendo tão incerto quanto de repente me sentia. Ele apertou minha mão que ainda tinha segura na sua e eu olhei para ele, nossos olhos se encontrando, e ele sorriu, me reconfortando antes de sair e eu fui embora.

A volta pra casa foi solitária, mas me deu tempo para lembrar da noite que tínhamos passado juntos e pensar em quanta coisa tinha mudado nos últimos dias. Nesta hora semana passada eu nunca iria esperar encontrar alguém que pudesse cativar todos os meus pensamentos como Jesse fazia. Era isso que ele tinha feito, todos os meus pensamentos incluíam Jesse.

Meu pai ainda não estava em casa quando cheguei depois de deixar Jesse em casa então decidi que o veria de manhã. Subi as escadas, indo para o meu quarto onde tirei minha roupa e subi na minha cama, afundando na maciez. Tinha sido um longo e emotivo dia para mim, mas enquanto fiquei lá, deitado na minha cama, ainda podia sentir seu cheiro no meu travesseiro e corri minha mão sobre o lugar onde sua cabeça tinha estado, desejando que ele ainda estivesse comigo.

Acho que tinha um sorriso permanente no meu rosto. Fiquei lá deitado, no quarto silencioso, pensando, todo tipo de pensamento louco. Eu tinha um namorado, o que as pessoas pensariam daquilo? Eu já até podia ver os olhares e ouvir os sussurros. O que Jesse me diria amanhã? Apenas uma hora atrás ele tinha me dito que estava disposto a esconder tudo, para que eu não tivesse de me assumir. Eu sabia que estava fazendo isso muito difícil para ele.

Jesse era assumido. Se ele pudesse achar um namorado que também fosse assumido sua vida seria muito mais fácil. Porém ele tinha escolhido ficar comigo e eu não podia realmente entender porquê. Decidi que não estava me ajudando pensando desse jeito. Não sabia que possibilidades o amanhã guardava, não sabia como reagiríamos ao nos vermos e não podermos ficar juntos, mas eu bem sabia que ele era meu agora, meu namorado, e eu era dele.

Dormi pelado, era mais confortável daquele jeito, e considerando que éramos só meu pai e eu, não tinha de me preocupar com alguém vendo o que não deveria. Fechei meus olhos. Seu cheiro era intoxicante e trouxe de volta as memórias daquela noite mais cedo. Pensei nos beijos que tínhamos dividido, seu rosto perfeito conectado com o meu, sua língua empurrando contra os meus lábios para entrar.

Lembrando a sensação dos seus lábios nos meus, sua respiração quente no meus pescoço, eu instintivamente estendi a mão para baixo, correndo-a sobre o trecho suave de pêlos, até alcançar meu pau duro, esperando por seu alívio. Arquejei enquanto envolvia-o com minha mão, imaginando o rosto de Jesse na minha mente. Agarrando meu pau comecei a acariciar lentamente. Imaginei Jesse me beijando suavemente. Podia sentir suas mãos deslizando sobre as minhas costas, a pressão da sua língua contra os meus lábios. Acelerando um pouco, imaginei-o me empurrando para baixo na cama, sentando sobre mim enquanto usava suas mãos para explorar meu peito e abdômen, minha mão livre percorrendo meu corpo como se fosse a dele.

Eu estava suando enquanto começava a bombear mais rápido. A única imagem na minha cabeça era Jesse sentado sobre mim, suas mãos acariciando minha pele. Com meus olhos fechados eu podia sentir seus dedos suaves pressionados contra os músculos fortes no meu peito. Estava respirando rápido, meu coração batendo loucamente. Nunca tinha sido deste jeito antes. Meu pau estava dolorosamente duro lembrando de Jesse.

Acariciei tão rápido quanto podia, minha mente gritando o nome de Jesse. Podia sentir minhas bolas apertando. Eu sabia que estava perto, e queria muito isto. Queria gozar pra ele. Meus dedos estavam escorregadios com meu pré-gozo enquanto deslizavam sobre a cabeça do meu pau, a sensação enviando choques elétricos através da minha virilha.

Estava tão perto. Eu sabia que não duraria muito mais, podia me sentir no limite. Minhas bolas encolheram para cima e porra voou de mim com uma força incrível. Me senti como se meu coração tivesse parado de bater naqueles segundos em que gozei. Meu corpo inteiro tremeu com a intensidade do meu orgasmo. Porra descansava em uma linha todo o trajeto meu peito abaixo até meu pau agora amolecendo, que agora estava se recuperando de sua experiência esmagadora.

Ainda respirando pesadamente, deitei na minha cama e relaxei. Fechei meus olhos novamente e a única imagem que podia ver era Jesse. Seu rosto angelical me examinando enquanto eu descansava. Eu tinha encontrado esse garoto pela primeira vez, na verdade, há apenas alguns dias atrás. Ele tinha me cativado totalmente num período de tempo tão curto, me perguntei se minha vida alguma vez seria a mesma novamente.

Devo ter adormecido em algum momento, e quando acordei com minha ereção matinal, sorri lembrando dos acontecimentos da noite anterior. Demorei-me na minha cama por um momento antes de me forçar a me levantar e começar o dia, indo até o banheiro para tomar banho.

Lá de pé embaixo do vapor quente, lavando as evidências do maior orgasmo que eu já tinha tido, me senti renovado e empolgado. Me perguntei se parecia diferente, será que todos poderiam dizer que eu era um cara gay com um namorado? Eles saberiam que eu tinha acabado de experimentar uma emoção na noite anterior que eu não podia comparar a nenhuma outra?

Me senti como se estivesse flutuando, como se nada pudesse me fazer ter um dia ruim, e amei aquela sensação. Não me sentia assim desde que podia me lembrar e acho que a evidência daquilo era o enorme sorriso que tinha tomado residência permanente no meu rosto. Me ocupei me vestindo e pronto para meu primeiro dia como o namorado de Jesse, eu simplesmente não conseguia superar esse fato, e nem queria também.

Jules apareceu aquela manhã, e como de costume parecia incrível, pronta para começar outro dia. Quando ela entrou no meu quarto, eu até mesmo fui até ela e a abracei dizendo, "Quanto tempo, Jules". Ela deu risada e respondeu, "Eu sei, senti sua falta". Seus olhos verdes brilhavam esta manhã e ela tinha um sorriso satisfeito no rosto também.

Nós seguimos para a escola para outro dia de aprendizado, mas era mais que isso pra mim. Não tinha percebido quanta ansiedade sentiria até chegar na vaga do estacionamento. Com minha caminhonete na segurança da minha vaga de

costume, me sentei por um minuto, olhando para Bobby, Sean e Jules, mas não vendo muita coisa na verdade.

Alguma coisa capturou meus olhos, no entanto, ou eu devia dizer alguém, um garoto lindo e loiro que se parecia seriamente com meu namorado lindo e loiro. Era Jesse, eu normalmente não o via antes da escola e me perguntei se ele tinha dado um jeito de estar aqui para que eu pudesse vê-lo antes da escola.

Seus olhos capturaram os meus enquanto ele caminhava lentamente, e já que eu estava sentado sozinho na minha caminhonete, ninguém me ouviu soltar o grande fôlego que estava prendendo, me perguntando o que este dia iria trazer para nós e como nós lidaríamos com isso. Ele piscou para mim, sorrindo aquele sorriso contagiante dele, o que me fez sorrir e então saí da caminhonete pronto para começar meu dia.

Andei em volta da caminhonete até onde meus amigos estavam esperando, e disse, "E aí galera, tudo bem?" Acho que os olhares estranhos que estava recebendo eram uma reação ao meu sorriso. Eu tinha de admitir que geralmente não era o cara mais amigável de manhã, então acho que eu todo alegre e sorridente era uma grande mudança para eles.

Nós entramos na escola e depois de deixar Jules na sua primeira aula, fui até o escritório de novo para cuidar das minhas responsabilidades. Eu não podia evitar, só ficava sorrindo, e era ótimo ter algo que pudesse me fazer tão feliz.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive D-tradutor a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

Galera, obrigado a todo mundo que comentou, é bom saber que vcs estão gostando... como eu disse, fazer parte dessa historia, mesmo não sendo como o autor dela, é bem legal... ahh, o link para todas as histórias que eu postar estarão sempre no final da primeira parte, como no caso dessa... e quanto a links de outras historias, bem, manterei eles para mim até o momento em que for traduzí-las, rsrsrsrsrs

0 0
Foto de perfil genérica

Caralho! Foi oq vc disse.. As sençaoes ao ler o conto sao unicas!!! Extremamente bem escrito e traduzido. Realmente PERFEITO!!! Continua logo!!

0 0
Foto de perfil genérica

Lindo! Divulga aqui também o nome do site onde vc leu esse conto e outros q achou bom, mesmo estando em ingles. Isso se vc nao se importar... Valeu!

0 0
Foto de perfil genérica

Cada cap fica melhor esse conto ,esperando o proximo!!!

0 0