A história de nós Três - 2x02 - "Aniversário"

Um conto erótico de My Way
Categoria: Homossexual
Contém 1766 palavras
Data: 08/02/2012 02:42:16
Última revisão: 09/02/2012 09:01:51

Bem gente! obrigado ao carinho de todos. Tento responder todos os emails e espero que vocês recebam as história. Obrigado pelos elogios e principalmente as criticas que fazem do meu conto o que ele é.

“Nossa, eu nunca vi o Mauricio desse jeito... acho melhor cancelar a viagem para o México”

Meu irmão me procurou na empresa para eu ajudá-lo em um trabalho da escola, era o último ano dele no colégio. Sempre saímos juntos para conversar ou jogar futebol, na verdade eu o via jogar futebol, ele e o Mauricio. A minha opinião sobre esse jogo vocês já sabem. Agora tinha mais um amante do esporte, o Paulinho, ele mal sabia andar e corria atrás da bola. Quando tinha jogo do Flamengo o Mauricio pintava o nosso filho da cabeça aos pés, confesso que ele ficava lindo, mas eu gostava mais da roupinha de marinheiro.

- Mano o trabalho é de português... o professor quer que nós falemos sobre Propaganda. – ele disse me mostrando as anotações.

- Mas é vídeo... palestra?! – perguntei na dúvida.

- Bem temos que fazer uma apresentação e levar um convidado... é aí que você entra. – ele disse me abraçando.

- Hum... abraço... isso não é bom sinal vindo de você.

- Me ajuda... por favor... imploro. – ele disse fazendo voz de tolo.

- Ok. O que eu não faço pelo meu irmãozinho mais lindo do mundo. – falei pegando os papeis.

- Obrigado. Ei fala para o Mauricio que vai ter pelada amanhã. – ele disse se despedindo.

- Rapazes... – falei para mim mesmo e levantando da mesa.

Fui até o escritório do meu pai ele estava olhando pela janela.

- Você se imaginava trabalhando aqui na nossa empresa?! – ele perguntou.

- O senhor quer a verdade ou a verdade enfeitada? – falei fazendo massagem nos ombros dele.

- Eu estou velho meu filho. – ele disse pegando nas minhas mãos.

- Velho nada... se o senhor fosse numa boate gay ia chover de gatinho em cima do senhor. – falei rindo.

- Aí meu filho. – disse ele rindo.

- E a resposta seria não... mas as coisas mudam. E eu estou feliz trabalhando aqui pai. E é sobre trabalho que eu quero falar com o senhor.

- Fale meu filho... e obrigado pela massagem. – ele falou se sentando na cadeira.

- Pai... acho que eu não vou mais para o México. Vou mandar a Luciana.

- Mas meu filho... é impossível você não tem noção de como essa fusão é importante para a nossa empresa. Se os mexicanos ficarem felizes com os nossos números vai ser maravilhoso. – ele falou com os olhos brilhantes.

- Claro pai. Ei... pai.. o senhor...

- Fale meu filho.

- O senhor se arrepende de ter casado cedo?! – perguntei de cabeça baixa.

- Por nenhum segundo meu filho. Porque? Você e o Mauricio estão passando por dificuldades?

- Não... só queria saber. Então vou arrumar tudo. – falei saindo.

- Pedro... faça aquilo que te faz feliz. – ele disse antes de eu sair.

Saí da sala com o coração dividido o meu lado profissional e pessoa entraram em conflito. Chamei as minhas companheiras do sorvete para irmos ao shopping. Precisava conversar com as minhas melhores amigas e confidentes.

- Aí amigo... desculpa, mas essa fusão é o que vai alavancar a empresa e o teu pai está certo. É a visita que vai concretizar esse sonho do teu pai. – ela disse passando as mãos na minha costa.

- Pedro... você está se martirizando a toa. O Mauricio sempre põe prioridade no hospital e você sempre o apoiou. É a sua vez de brilhar. – disse a minha irmã tentando comer o resto do sorvete que estava derretido.

Por um lado as meninas tinham razão, eu sempre coloquei a minha família com prioridade e o Mauricio não morreria por causa de 14 dias. Resolvi ir. Cheguei em casa dei banho no Paulinho e coloquei ele assistir televisão no meu quarto. Arrumei o cercadinho e decidi tomar banho. Ao terminar quando abro saiu do banheiro vejo o Mauricio sentado ao lado da cama brincando com o bebê.

- Hum.. você vai né?! – ele falou.

- Vou assim amor é uma oportunidade única. Espero que você entenda, eu preciso ir. Porque tanto medo? - falei sentando ao lado dele.

- Há um ano... eu quase perdi você... eu tenho medo...

- Você vê essa aliança?! – perguntei mostrando minha mão para ele.

- Sim...

- Esse é o sinal do nosso amor... meu e o seu... enquanto eu usar isso o único lugar que eu quero estar é aqui com você e o nosso filho. – falei beijando ele.

- Papai... papai... – o Paulinho falou olhando para nós.

- Sim meu filho... papai... papai... – falei pegando ele no colo.

- Papai... beija... papai...

- Sim amor... – falou o Mauricio. – Papai precisa de um banho também, 7 horas de cirurgia não é fácil.

- Eu te daria um banho, mas já tomei o meu. – falei rindo.

- Eu quero é um jantar gostosinho. Feito pelo melhor marido do mundo. – ele falou levantando.

- Vou fazer o jantar e depois vou lá na casa da mamãe ver como vai ficar para amanhã.

- Nossa já é amanhã... – disse ele tirando a calça.

- Deixa eu ir que a panela tá no fogo. – falei trancando a portinha de segurança que havia em toda casa por causa do Paulinho.

Nos últimos meses eu estava participando de um curso de culinária básica (para idiotas), e comecei a fazer uma comida caseira incrível. E ficava feliz em cozinhar para o meu médico trabalhador, era algo que me ajudava a relaxar também, como se fosse terapia. Preparei arroz com brócolis, bife e purê de batatas. Jantamos e eu fui até a casa da minha mãe acertar tudo para o aniversário da morte do Paulo. Iriamos fazer uma missa em homenagem ao meu irmão e depois iriamos ao cemitério.

Minha mãe estava visivelmente abalada, ela me fez a mesma pergunta que eu já me havia feito.

- É justo estamos todos felizes e o Paulo morto?! – ela perguntou chorando.

- Ohh mãezinha. A vida continua, eu me culpava muito por essa questão, mas eu vi que a vida segue. – falei abraçando ela.

- Então... o Padre Pazzuelo vai rezar a missa pela manhã e depois vamos ao cemitério. – ela disse enxugando as lágrimas.

-Perfeito... precisamos ir de terno e gravata? – perguntei.

- Não meu filho. Mas também não pode ir jogado. – ela disse rindo.

Cheguei em casa e os meus amores já estavam dormindo. “Olha Pedro... é isso que você dúvida?!” – falei para mim mesmo. Fui ao armário e peguei uma grande caixa branca. Desci e fui para a cozinha. Abri a caixa e tirei algumas roupas entre elas a jaqueta de couro do meu irmão. Emocionado não consegui controlar as lágrimas e vesti a roupa, ela estava servindo em mim direitinho a última vez que eu a vesti estava muito larga, o exercício estava fazendo efeito. Caí no chão abraçando a jaqueta tentei fazer silencio, mas não consegui. Senti um abraço e era o Mauricio me abraçando.

- Eu sinto tanta falta dele... acho que a minha vida nunca vai ser a mesma. – falei abraçando forte ele.

- Eu sei amor... eu sei... ainda é recente. Eu estou aqui do teu lado para o que der e vier... eu te amo... eu te amo... – ele disse me acalmando.

Subimos e eu demorei para dormir. Chegamos na igreja cedo o Paulinho estava dormindo no colo do pai dele e eu sentando acariciando o cabelo dele, ouvimos o sermão do Padre. Fomos para o cemitério levando flores e velas todos estavam chorando antes de chegar na lápide do meu irmão. Minha mãe chorando colocou um buque de rosas e abraçou o meu pai. A Priscila não conseguiu chegar perto e foi amparada pelo noivo dela. Minhas pernas começaram a tremer quando cheguei perto e eu me ajoelhei no chão, estava usando a jaqueta dele.

- Oi... faz tempo que eu não te vejo. Você deve estar no céu agora né?! Ahh... Paulo... era para está aqui comigo com a nossa família... você deveria ser o irmão mais velho do Phelip, o tiozão descolado do Paulinho. Ohhh... meu irmão.... eu te amo. – falei enquanto o meu pai pegava no meu ombro.

Fazer aquilo trazia a tona todo o sentimento de ódio , tristeza e rancor que eu não gostava. Minha mãe visitou o Márcio algumas vezes com a Priscila, eu não conseguia perdoar aquele homem. Ele destruiu tudo o que eu tinha, eu nunca seria a mesma pessoa. Doía meu coração e minha alma. Era uma dor que nenhum remédio iria fazer passar. Mas eu tinha que ser forte... forte pelos meus pais, pelo meu filho e pelo meu marido.

Chegou o sábado da minha viagem, fomos para a capital e ficamos esperando no aeroporto. Foi uma verdadeira comitiva me acompanhando, mas apenas eu e a Luciana iriamos viajar. Todos se despediram e eu não conseguia largar os dois homens mais lindos da minha vida. Levei o Mauricio para um canto mais reservado do aeroporto.

- Amor... não se preocupa. Olha para mim. – falei.

- Eu não vou, apenas volta para casa. – ele disse segurando o choro.

- Vamos falar todos os dias por telefone... pela internet. – falei beijando o pescoço dele.

- Eu sei amor. – ele falou tremendo. – Amor... assim eu vou...

- Ainda faltam 30 minutos para o avião ir... eu acho que eu tive uma ideia.

- Que olhar é esse? – ele perguntou enquanto eu o levava para o estacionamento.

Entramos no nosso carro e eu comecei a praticamente arrancar as roupas dele. Beijava muito o pescoço dele e mordia para deixar marcas e as periguetes não chegarem perto. Afastamos os bancos e eu consegui abrir a calça dele e comecei a chupa-lo, ele apertava a minha cabeça e eu comecei a engasgar um pouco ficamos alguns minutos assim e eu virei e sentei no colo dele. Ele começou a fazer movimentos e eu mordia a minha boca para não gritar, a excitação e o perigo correram juntos nesse dia. Foi a segunda vez que nós transavamos num lugar inusitado. O Mauricio estava suado e começou a intensificar os movimentos e soltou um grito e relaxou. Eu deitei sobre ele e fechei os olhos alguns minutos.

- Pedro...

- Oi amor...

- O avião?

- Que avião?! – perguntei.

- Que você tem que pegar em 5 minutos.

- Pelo Amor de Deus o avião!!!!!! – falei vestindo a minha calça.

Corremos a tempo para eu pegar o avião. Despedi com um beijo no meu amor e no meu filhote. E entramos no avião. Enquanto olhava pela janela o avião subir e a cidade em baixo parecendo uma maquete escolar. Apoiei minha cabeça na cadeira e a Luciana me cutucou e apontou para a marca no meu pescoço e eu ri.

“O que me espera no México... eu sei que algo vai acontecer, mas o que?”

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 0 estrelas.
Incentive My Way a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Foto de perfil genérica

Sem palavras, como sempre, lindo, fantastico, maravilhoso são pequenos elogios.Quase sempre te agradeço no msn pela historia....Valew mesmo, faz parte da minha vida, me emocionei aqui..

0 0
Foto de perfil genérica

FANTÁSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSTICO............. Ameeeeeeeeeei Pedro!!!!!!!!!!

Espetacular..................... Estou sem PALAVRAS!!!!!!!!!!!!!!!!!

0 0
Foto de perfil genérica

Nossa... enquanto vc não publicava a segunda temporada eu reli várias vezes a primeira. Nossa os mesmos sentimentos você está de parabéns!!!

0 0
Foto de perfil genérica

Sensacional! Só posso admirá-lo por cada dia se superar e trazer esse conto de uma forma fantástica. Parabéns...

0 0
Foto de perfil genérica

Nossa... Assim vc me mata..!!! Que perfeiçao.. Emoçao e tesao tudo junto nessa obra de arte ... Ve se posta o proximo logo rsrs

0 0
Foto de perfil genérica

Aiaiaia ta maravilhoso amando aqui ai não demora ai para postar ta muito bom

0 0
Foto de perfil genérica

Ficou lindo meu anjo, seu conto cativa de um modo que quero ler cada vez mais!! Adoro seu conto ;)

0 0
Foto de perfil genérica

Nossa sensacional pedro sem palavras lindo amo nota 1000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000 continue assim sempre 10 não pare de postar nunca seus contos são sensacionais parabens pelo 2 lugar no ranking vc merece lembra doque eu te falei que teu conto ia tá no top da casa dos contos então tá ai kkkkk 10 boa sorte manda um beijo e um abrasso prus meus sobrinhos irmãozinhos kkkkkkkk

0 0