Em todos os dias de dezembro, Matheus ia para escola estudar. Com a greve que houve, ele corria para manter as boas notas e para estudar para um concurso. Praticamente não tinha vida social, por mais que fosse apenas um adolescente de 16 anos.
Seus braços eram delineados pelo peso que carregava dos livros e seu corpo era modelado com certo ar de infantilidade. Não era muito alto, mas acima da média dos outros garotos. Guardava um segredo que, se fosse revelado, acabaria com sua vida. Sua família era das mais conservadoras daquela pequena cidade do interior do estado de Santa Catarina.
Por mais que fosse verão, o frio reinava na cidade, localizada no alto da serra. Matheus era um rapaz muito calado, sempre focado nos estudos, e que não saía muito. Mas ele não esperava que tudo fosse mudar.
Num dos últimos dias de aula, ele estava saindo da escola quando quase foi atropelado por aquele que seria seu sonho e pesadelo nos próximos dias. Paulo andava de bicicleta ouvindo a rádio. Quando pegou seu celular para mudar a estação, não reparou que havia gente na sua frente. Quando viu, já estava em cima de Matheus. Matheus havia caído e, com o impacto da bicicleta, Paulo caiu por cima dele. Seus olhos se encontraram e Matheus já estava apaixonado. Paulo correspondia aquele olhar com ternura e susto. Ele nunca havia sentido algo igual.
Rapidamente eles se levantaram, mas seus olhos permaneciam um no outro. Estavam encantados um com o outro. Não conseguiam falar nada, mas Paulo logo quebrou o silêncio.
“Me desculpa?” disse ele.
“Não foi nada! Não é culpa sua” respondeu Matheus.
Eles estavam confusos com seus sentimentos. Matheus nunca se apaixonara antes. Desde pequeno sabia que não gostava de meninas como deveria, e sim de meninos, mas nunca havia gostado de algum. Nunca nem sequer teve algo mais sério com qualquer garoto. Sua vida estava mudando. Ele estava se apaixonando!
Paulo sentia algo estranho dentro de si. Sua cabeça estava confusa. Desde pequeno gostava de meninas, mas sempre teve curiosidade de ficar com meninos. Tinha 17 anos e um corpo magro, que era resultado de horas na frente do computador sem comer nada. Era tão alto que havia recebido o apelido de poste. Ele nunca imaginou se apaixonar por um homem, mas ele não podia controlar seu coração.
Logo Paulo ajudou Matheus a recolher seu material que havia caído no chão e eles seguiram caminho a suas casas. Eles se olhavam, estranhando estarem indo ao mesmo caminho. Matheus entrou em sua casa e pareceu não acreditar que Paulo havia entrado na casa vizinha a sua. Paulo era o novo vizinho de Matheus e, de alguma forma, ele sabia que deveriam se conhecer.
Ele foi para seu quarto, tirou sua roupa e foi tomar banho. Ao lembrar-se de Paulo, mesmo ainda sem saber seu nome, logo seu pênis, um tanto quanto desenvolvido, ficou duro. Seus 18 cm ficaram rijos em questão de segundos e ele começou uma punheta leve e delirante. Quanto mais pensava em Paulo, mais o tesão aumentava e ele revirava os olhos de prazer. Depois de dez minutos ali, delirando de prazer, o gozo veio. Jatos e jatos eram jorrados. Ele nunca havia gozado tanto em suas punhetas.
Terminou o banho e foi almoçar. Tudo estava correndo normalmente até sua mãe lhe dizer que havia convidados os novos vizinhos para um jantar de boas vindas. Mesmo sem saber por que, Matheus, num súbito, levantou-se da mesa e disse para sua mãe não fazer isso. Nem sua mãe nem ele entendia sua atitude. Foi uma tentativa sem sucesso. Sua mãe já estava decidida e não iria desmarcar o jantar.
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