Uma Lição de Amor 1
Ao acordar percebi algo diferente, onde eu estava? Eu sinceramente não sabia! O que eu estava fazendo ali? Tambem não sabia dizer! Porque tudo estava branco? Porque eu estava com uma forte dor de cabeça? Todas as perguntas não havia respostas, eu não sabia responder. Mas o que mais me intrigava era que eu não consegui abrir meus olhos direito, apenas via um filete luz, algo mínimo apenas dando para distinguir o que se passava ao meu redor. Decidi então voltar a dormir!
- Guiusepp acorda! – era a voz que eu escutava, mas não consegui ouvir que chamava por mim.
Tentava acordar, mas meu esforço é em vão, não tinha como despertar daquele sono profundo, tudo era diferente, parecia que eu vivia em outro mundo, não sei explicar, mas parecia que estava entre a vida e a morte, mas como eu ia saber se eu tinha que prosseguir o caminho ou voltar? Não tinha resposta, não tinha nem uma ajuda! Desisti de acordar, voltei a dormir, se era pra me esforçar em vão eu não iria perder tempo, saberia que quando a hora chegasse ou eu partiria ou voltaria, mas ate que essa hora não chegue vou dormir profundamente, entrar e devaneios de meus sonhos.
Mas antes de adormecer eu tinha uma questão a ser resolvida. Aonde esta Giancarlo? Porque ele não esta aqui comigo? O que ele esta fazendo agora? Eu sei de uma coisa quando eu acordar e ouvir aquela voz novamente e não for à voz dele, ele vai ter que explicar-se, pois vou quere saber o motivo de não ter estado comigo. Estou bravo, com raiva, mas eu vou estrangular ele se ele não estiver comigo quando eu conseguir acordar!
Dois meses passaram-se e finalmente eu abri meus olhos, mas não vi ninguém onde eu estava. A resposta da primeira pergunta é: em um quarto de hospital, deitado em uma maca, coberto por uma espécie de cobertor não muito fino mas tambem não muito grosso, tinha vários aparelhos ligados a mim, tinha aparelhos que mediam minha pressão, outro que media meu batimento cardíaco, eletrodos espalhados pela minha cabeça e peito deduzi que captavam sinais cerebrais. Escutei uma voz vinda em direção ao meu quarto, fechei meus olhos queria fazer surpresa para meu marido, a porta abriu-se:
- vou ver o paciente doutor! – exclamou a enfermeira
- qualquer alteração nesse caso me chame
- sim senhor!
A enfermeira estava a ajustar o nível de soro e remédio, que estavam injetados em minha veia, estava segurando uma prancheta, onde analisava os batimentos cardíacos, minha pressão e os sinais cerebrais, ela estava de costa pra mim, resolvi abrir meus olhos e encarar ela, quando a mesma virou-se e olhou direto para meus olhos e viu que estavam abertos deu um grito e deixou sua prancheta cair ao chão e sai correndo porta a forra gritando
- doutor marcos o paciente do 512 acordou! – tive que rir da situação, era muito cômico vela correndo quarto a fora e gritando feito uma loca para vir me verem, não estava acreditando nisso, mas fazer o que, não tinha todas as minha resposta, mas as teria em breve com certeza! O doutor adentro em meu quarto.
- Guiusepp como esta sentindo-se?
- um dorzinha de cabeça apenas!
- isso é normal!
- como cheguei aqui doutor?
- você sofreu um acidente automobilístico, ficou gravemente ferido, pra dizer-te a verdade você ficou em coma por dois meses, foi uma batida feia com o carro, ele rodopiou varias vezes no ar e olhe atirou para forra do carro fazendo o senhor bater com sua cabeça ao chão, você não terá nenhuma sequela desse acidente, tem alguém quero vê-lo, posso deixar que entre?
- sim doutro!
Eu esperava vê-lo entrar magnificamente, com seu andar e um sorriso estampado em sua face, aqueles olhos azuis, seus cabelos arrepiados, e aquele corpo definido que era só meu, todo aquele senhor homem de 28 anos de puro amor, eu amo ele demais, mas não foi o que vi a adentrar naquele quarto, e sim quem veio sorrindo pra mim foi minha mãe, dona Clarice, sim eu tambem queria vê-la, mas gostaria que Giancarlo fosse o primeiro, mas a minha mãe eu tambem a amo, amor de mãe é tudo.
Quando ela deparou-se com meus olhos abertos ela veio mais rápido possivel me abraçar, foi um abraço materno, bem apertado, muito aconchegante, confortante, era uma abraço cheio de amor, mas parecia que esse abraço queria demostrar algum sentimento amais, mas não conseguir saber!
- meu filho, a meu amor, minha vida – dizia minha mãe enxugando minhas lagrimas, enquanto passava suas mãos delicadas com pétalas de rosas e minha face – eu tive tanto medo de perde você!
- mãe eu estou bem, estou de volta a ativa, eu diria que renasci novamente!
- todo mundo ficara feliz em saber que você acordou, e que esta bem!
- mãe você não tinha que estar na escola essa hora?
- tinha sim meu filho, mas resolvi deixar a escola de lado só por hoje, mas amanha quando você estiver bem instalado lá em casa, eu voltarei a dar aulas, e trate de recuperar-se rápido, porque eu preciso do meu melhor professor de volta!
- como assim, eu vou pra minha casa! – quando eu terminei a frase ela olhou para o chão, eu claro achei estranho – eu vou ficar em casa mãe, mãe você esta me escondendo algo?
- não... esta tudo bem.... o que eu esconderia de você.... – falava ela gaguejando, ela estava me escondendo alguma coisa
- mãe quando você gagueja é porque você não quer me contar alguma coisa, mãe é melhor você me contar o que você esta querendo esconder? – já falei um pouco bravo com ela
- meu filho não estou escondendo nada de você!
-esta bem, quando você quiser me contar, você falara. Aproposito onde esta meu marido?
- ele não pode vir – ela desviou o olhar de min – esta ocupado no momento!
- o que ele esta fazendo?
- não pode vir meu filho – ela falou chorando – ela não vai mais vir!
- como assim, ele terminou nosso casamento quando eu estava em coma?
- não – ela aumentou a intensidade de sua lagrimas, fazendo-me ficar assustado e nervoso – ele não vai mais voltar.... ele se foi....ele morreu
Quando ele terminou aquela frase eu tomei um baque, foi um choque, meu mundo acabou com aquela frase, não sabia onde eu ia ir, não sabia onde ia ficar minha vida, como que eu seguiria minha vida sozinho sem ele. Sabe quando tudo parece estar dando certo na sua vida e por um simples momento ou uma simples palavra pode acabar com sua vida, se você já passou por isso era assim que estava me sentido.
Como a vida pode ser tão cruel com você? Como o destino e o tempo podem agir contra você? Macabra, cruel, sem vida, infeliz, imoral, inodora, insipida, incolor, minha vida seria assim daqui pra frente, eu estava morto por dentro, minha vida acabou, eu acabei de perder a pessoa que eu amo.
- mãe diga que é mentira isso? – falava desesperado ao meio que balbuciava essa palavras era intercalado por lagrimas e soluços
- não é mentira – minha mãe falava e tentava me consolar – eu sinto muito meu amor, você tem a min, eu cuidarei de você meu filho
- mãe ele se foi.... ele se foi.... como pode estar acontecendo isso comigo....
Era tanta dor que estava sentindo que acabei desmaiando, não vi mais nada, meus olhos fecharam, meu corpo estremeceu, estupida era minha vida, o que restou de mim? Um corpo inerte, uma casca, um lugar vazio, sem amor, sem alma, sem vida... consegui voltar, sim acordei um tempo depois, estava abalado, destruído, estava morto, queria acordar e dizer que isso foi um sonho, mas a realidade e imparcial, ela é imoral, ela não tem sentimentos, ela não sabe distinguir a morte e o amor, quando ela aparece, a realidade, dependendo da situação pode ser valorosa e necessária sua vinda, mas quando ela vem em um momento inoportuno, um momento desagradável não é aceita. Eu não queria acreditar que isso era verdade, mas não podia negar que isso era mentira......
E o que me restou a fazer? Esconder-me de tudo e de todos. O que fiz com meu coração? E fechei-o, o endureci o máximo possivel. O que passei a fazer? Voltei a dar aulas, mas não como antes, estava mais amargo, estava mais rígido, exigia muito de meus alunos, sie que não devia deixar meus problemas pessoais no meu trabalho, mas não era fácil segurar isso sozinho, não era fácil ter que aguentar a dor da perca. O que veio em minha cabeça quando esse ponto critico da dor da perca veio como um turbilhão e me arrastou para fazer algo que nunca pensei em fazer, não me droguei, nem me alcoolizei, mas eu tentei contra minha vida, sim acreditem, eu tentei me matar varias vezes, e de varias formas, me dopando com remédios, tentado me enforcar, tentado cortar meus pulsos, tendo me atirar de um prédio, tentado a fazer tudo que estivesse em meu caminho para morrer, mas tudo era em vão, meu coração estava despedaçado, mas sempre que estava prestes a fazer vinha sua imagem em minha mente, e me impedia de fazer isso, murmurava as mesmas palavras
- “ não faça isso, eu te amo muito, eu te amei ate o meu ultimo suspiro, ate o ultimo batimento de eu coração, eu amo você ainda, mas não posso toca-lo, não posso abraça-lo, nem beija-lo, mas não faça isso consigo e nem comigo, amo-te eternamente, viva sua vida, deixe-me seguir enfrente, sem seu consentimento eu não posso seguir, me liberte para finalmente ir”
Mas era tudo em vão, não tinha coragem de deixa-lo ir, quem cuidaria de min? Que me amaria como ele me amou? Que me faria feliz como ele me fez? Quem é essa pessoa senão ele, quem esta destinado a ter meu coração? Quem quebrará essa armadura de pedra em minha volta? Quem? Quem? Quem? Tantas perguntas são tantas que nenhuma tinha resposta! Nenhuma pergunta e todas elas levavam a uma incógnita, a um denominador comum, ao xis da questão, quem seria essa pessoa?
Mas porque ele se foi e eu não pude nem ao menos me despedir dele, nem ao menos tive a oportunidade de dizer eu te amo, nem ao menos ouvir sua voz, um ultimo sussurro seu, quem ouviu a ultima palavra dele, eu queria tê-lo em meus braços novamente, queria sentir seu toque, seu cheiro, seu beijo, seu corpo, mas era em vão, meu desejo de tê-lo a cada instante de minha vida era constante....
A chuva cai e junto com ela ia minha vida, cada pingo, cada gota, por mais pequeno que fosse, minha vida ia embora com a chuva, ela não tirava nada de mim, não, a chuva não leva o que eu não queria embora, ao invés disto ela me levava embora, e eu estava indo junto com ela.
Eu sentia saudades dele, sentia sua falta, queria muito ele, mas eu não queria acreditar que ele foi embora e nunca mais voltaria, mas a dura pena da realidade vem a tona, eu não tive coragem de visita-lo em seu local de descanso, eu fiz o que me convém, eu não esqueci ele, eu não deixei de ama-lo, eu idolatrei ele, tudo o que eu tinha dele, eu via todas as noites, e chorava pela sua falta, mas um dia chega e vimos que o mundo lá fora não para, ele evolui, eu parei e não evolui, eu fechei minha vida e junto com ela fechei meu coração.....
Bom galera resolvi adiantar o primeiro capitulo, pois estava me mordendo de vontade de publica-lo, mas não resisti a tentação e resolvi publica-lo hoje, mas o segundo sairá no final de fevereiro e comecinho de março! Votem e comente, gostaria de agradecer a todos que leram e comentaram minha serie anterior e tambem dizer que tenho amigos e amigas verdadeiros que encontrei na casa dos contos, em especial a DayaDment, BReally, diiegoh', D.D.D, Doug O., Velton, kirasex e por fim uma pessoa que considero como meu irmão MilkMan
