"Para mim não existe data melhor do que os dias 24 e 31 de dezembro, são especiais. Existe todo um significado por trás deles. Mas acima de tudo é época de união, amor e fraternidade"
- Você está preparado?! – perguntei seriamente olhando para o Mauricio.
- Estou. Sempre estive. – ele falou pegando na minha mão.
Estávamos em frente a uma clinica de fertilização, queríamos dar um irmãozinho para o Paulinho e para isso queríamos saber as opções. Fomos atendidos por uma amiga do Mauricio que nos explicou como era feito a seleção, perguntou se tínhamos uma barriga de aluguel, foi uma conversa agradável e simples, sem muita enrolação. Ela falou que íamos ter que fazer exames para poder fazer a fertilização e que não seria tão barato. Mas estávamos decididos a ter essa criança.
O natal estava próximo e tínhamos que fazer alguns trabalhos no hospital. Fizemos dois comerciais para o natal, ficaram bons. Decidimos fazer uma festa de confraternização por fora eu tinha que ser contido, mas por dentro eu estava uma pilha de nervos a ideia de ser pai de um filho meu... tipo de mim mesmo.... me deixava em êxtase. Eu estava com espirito natalino no meu corpo, transbordava paz e amor.
Sempre gostei das datas comemorativas páscoa, natal, ano novo. Acho que é o tempo de união e amor entre as famílias de bem. Decidi fazer dois amigos ocultos, um no trabalho e outro com a minha família. Pedi folga do trabalho para fazer as compras de fim de ano. Cheguei no centro da cidade pela manhã e saí de tarde, para você ver quantos eu tenho que comprar. Em casa, dei banho no Paulinho e comecei a empacotar levei mais umas quinhentas horas para arrumar todos. O Mauricio chegou... dormiu... acordou e eu lá com os presentes. Levo tudo muito a sério.
No outro dia começamos a enfeitar o hospital para a festa, gosto de cores fortes e vermelho e verde para mim caracterizam o natal. Deixei o auditório bem “gay” (porque será?). Recebi os funcionários do buffet que eu pedi e fui tomar banho em casa. Arrumei o meu pequeno príncipe e esperei o meu amor tomar banho, comprei uma roupa linda para ele. Levamos nossos pais e meu irmão. O Caleb ia nos encontrar lá, já que a minha irmã estava de plantão.
Preparei as atendentes e decidi curtir a festa, na verdade o mestre de cerimonia nunca curte as festas que promove. Mas relaxei e decidi viver a festa, não perderia por nada. Chegou o momento mais esperado da noite... o amigo oculto. O Mauricio tirou o Dr. Glauber, que tirou o Carlos, que tirou o Dr. Emanuel, que tirou a Marcela.
- Bem... meu amigo oculto é uma pessoa que eu preciso conhecer ainda. Temos nosso desentendimento... por motivos óbvios... mas temos que saber relevar as coisas. - Ela disse me entregando os presentes.
- Nossa... obrigado. – falei usando o máximo da minha falsidade.
- Bem gente... a minha amiga secreta , não é tão secreta assim, juro que não foi roubo... nem nada. Minha amiga é a linda da minha irmã. – falei sob os aplausos de todos.
Minha irmã deu continuidade a brincadeira e eu tive que ir verificar a banda que ia começar a tocar. A noite foi um sucesso sem tamanho, tivemos que ir cedo porque o meu príncipe já estava dormindo. Coloquei ele na cama e desci para tomar vinho com o meu amor. Conversamos, bebemos e namoramos. Ele foi até o quarto tomar banho e eu fui abrir os presentes que a Marcela havia me dado. Me surpreendi e chamei o Mauricio que foi apenas de toalha. Era um pacote com recordação do tempo em que eles eram noivos, fotos, perfumes e objetos. Fiquei triste e joguei tudo no chão. Ela conseguiu acabar com a minha noite, desgraçada. Dormi chateado e pedi para o Mauricio se livrar daquelas coisas. Ele se deitou ao meu lado e me beijou, falou que ela era insignificante, não passava de historia. Dormimos abraçados.
Na minha casa os preparativos do natal estavam a mil, nesse dia comemorávamos todos juntos a minha família, a do Mauricio e a da Luciana e alguns amigos e parentes que víamos apenas nessas épocas. Afinal éramos todos uma grande família. E era do jeito que eu gostava. Comecei o dia triste por causa do que havia acontecido na noite anterior, mas a união da minha família me levantava. Minha mãe pediu para eu ir no supermercado para comprar alguns produtos, e quem eu encontro lá... a víbora.
- Gostou dos presentinhos?! – ela perguntou em tom de ironia.
- Quais? O que o MEU ESPOSO tocou fogo? – perguntei usando a mesma arma que ela.
- Hum...
- E nós estamos muito felizes... vamos ter outro filho!
- E porque vocês se sujeitam a isso?
- Se sujeitar a amar e ser amado?
- Confundir a cabeça de crianças inocentes! Acho isso um absurdo... espero que vocês não paguem o preço! – ela disse se retirando.
- Aff... essa mulher pede para ser antipática e amargurada! – falei.
Em casa as coisas estavam de pernas para o ar, todos correndo para arrumar tudo para a festa. Conseguimos organizar tudo a tempo para receber os convidados. Minha família estava linda como sempre. Era legal receber primos, tios e familiares distantes, alguns se chocavam quando descobriram quem era o meu cônjuge. Ficavam observando, calados e depois tudo ficava bem, quer dizer menos para quem ficava encabulado. No final da festa ficamos apenas eu e meus irmãos, a Luciana e o Carlos, o Caleb namorado da minha irmã e uma prima chamada Helen. Tocou uma música romântica e cada um ficou com o seu par, até o Phelip se arramou com a Helen.
- Feliz natal... nem aquela bruxa da Marcela vai estragar o nosso fim de ano. – falei.
- E ela não deve... ela não era assim, só de lembrar que é culpa minha. – ele se lamentou.
- Você preferia estar casado com ela, e eu sendo seu amante? – perguntei sério.
- Não amor... apenas que eu poderia ter evitado tudo isso... acho... acho que vou pedir desculpas dela.
- Nem pense nessa hipótese. – falei parando de dançar.
- Tudo bem... eu entendo. – ele disse me abraçando forte.
A festa de ano novo seria na casa dos pais da Luciana, infelizmente o meu amor estaria de plantão e eu passaria para pegar ele depois de meia noite. Eu havia comprando uma roupa linda para mim, ele ficou curioso, mas falei que ele só veria quando eu estivesse nela. Arrumei meu filhote, preparei as coisas dele coloquei na bolsa e fui para a casa dos pais da Lu. Era uma casa grande e bonita, eu já havia ido lá algumas vezes, mas era a primeira vez que eu analisava.
- Então o Mauricio está de plantão? – perguntou o pai da Luciana.
- Sim, eu vou pegar ele meia noite. – falei tomando pegando um copo de refrigerante.
- Opa... já vai dar meia noite. – minha irmã falou.
Enquanto contavam os segundos para o ano novo eu liguei para o Mauricio. Contamos juntos no telefone – 5, 4, 3, 2,Feliz ano novo amor! – falei numa parte afastada.
- Eu te amo... e quero viver muitos anos novos ao seu lado.
- Daqui a pouco estou indo te pegar.
- Pode vir, estou no vestiário, vou tomar banho. Deixa eu falar com o meu campeão.
- Pera aí. – falei pegando o Paulinho. – Deseja feliz ano novo para o papai meu amor.
- Pai.. cadê você? Quero te desejar feliz ano novo. – ele disse sonolento.
- Papai te ama demais viu!
- Ok, Amor! Agora deixa eu cumprimentar o pessoal. – falei me despedindo e desligando o aparelho.
Meia noite e eu abracei a todos e desejei próspero ano novo, beijei meus pais e irmãos, foi uma “entrada” bacana. Deixei o Paulinho com os meus pais e fui para o hospital pegar o Mauricio. Quando eu entro no corredor tudo na mais tranquila paz, desejei feliz ano novo para alguns funcionários e quando passei pela primeira sala de cirurgia encontro a Marcela. Dei sinal de positivo com a cabeça e passei direito. Meu amor estava trocando de roupa, estava lindo. Ele virou e se assustou quando me viu na porta.
- Nossa... você é muito gato. – falei fazendo uma pose sexy na porta.
- E você é meu príncipe encantado. – ele disse se aproximando e me beijando.
- Eu te quero... – ele disse entre os beijos e caricias.
- Eu também. – falei afobado.
- Eu te quero agora... vamos para a sala dos residentes. – ele disse me puxando.
Ele estava um pouco selvagem me beijava e me pressionava contra a parede, eu gemia e tirava toda a minha roupa. E ele tirou a dele. Ficamos nos olhando por alguns segundo, eu sabia que era o homem mais sortudo existente na face da terra. Eu me aproximei, e beijei a orelha dele e fui descendo, o pênis dele já estava duro como rocha e eu não fiz cerimonia comecei a chupa-lo e a me satisfazer com tudo aquilo, engasguei muitas vezes, e ouvia ele me chamar de gostoso e tesudo, que eu era o macho dele. Nossa eu adorava quando aquilo acontecia, eu me sentia tão intimo dele que nem aquelas palavras me abalava no fundo eu esperava ouvir aquilo.
Eu levantei e sentei ele no sofá e fiz ele me chupar, eu comecei a bombar com força na boca dele e ele parava um pouco para respirar, sempre me masturbando. Virei ele de costa e fiquei brincando o meu pênis na bunda dele, adorava fazer aquilo e sem aviso eu o penetrei de uma vez só. Arranquei um grito e um tapa no peito, pedi desculpa e continuei a bombar. A sensação de dominar a pessoa que você ama é incrível, eu me sentia conectado a ele. Virei ele de frango assado e pude masturbar ele enquanto eu o penetrava. Ele pediu para eu sair de cima e me posicionou de costas e fez a mesma coisa que eu, eu apenas soltei um grito e não protestei muito. Ficamos naquela mesma posição até gozarmos. Caimos na cama, cansados e felizes.
- Eu ia esquecendo... – ele falou enquanto tirava o suor da minha festa- Feliz ano novo, que esse ano seja de vitorias em nossa vida.
- Amém. – falei abraçando ele.
Voltamos para a festa da Luciana, e comemoramos os nosso projetos, anunciamos na festa que estávamos querendo ter um filho por barriga de aluguel. Foi a maior festa a mãe da Luciana abriu um vinho especial e celebramos a nossa felicidade. Confesso que bebi apenas uma taça afinal eu que seria o motorista vez. Quando chegamos em casa deixei o Paulinho com o Mauricio e fui tomar banho, quando retornei eles estava dormindo na cama. Eu adorava aquela cena, era uma ligação total de que nós estávamos sendo bons pais para aquele menino. Beijei os dois e me deitei de lado na cama e dormi. Acreditando que o ano que estava para nascer traria para mim apenas alegria. De olhos fechados eu disse.
- Feliz Ano Novo Paulo... aonde quer que você esteja!
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