OLÁ GALERA, ANTES DE MAIS OBRIGADO PELOS VOTOS E COMENTARIOS.
DEDICO ESTE CAPITULO A TODOS OS MEUS LEITORES MAIS ASSIDUOS: DIIEGO2', IGNIZ, BRUNOCAMPINAS... HEITOR
CAPÍTULO VI
A muito tempo que não o via, mas ele continuava bonito como sempre, só que um pouco mais magro. Com o mesmo sorriso e olhar penetrante que parecia penetrar a sua alma. Ao ver que a mulher sorria para ele com certa intimidade, Stive cerrou os punhos com raiva. Tal como tinha suspeitado ele ia se cansar dele rapidamente e sair com quem ele realmente gostava – mulheres.
- Eu não te disse que ele, mas tarde ou mais cedo ia procurar o que ele realmente queria!
- Bem, o que eu vejo ali são duas pessoas conversando tal como nós dois. Podem ser apenas amigos. Não vejo nada de comprometedor.
- Achas mesmo?
- Sim.
O jantar continuou e Stive quase nem lhe tocou, pois tinha perdido o apetite. Despediu-se de Ady que estava a espera de Mike e se foi embora. Quando chegou no carro tinha vontade de chorar. Com raiva esmurro o volante ate lhe dor as mãos. E começou a chorar. Porque é que justamente agora que estava tudo a correr bem é ele tinha que reaparecer na sua vida?
Ligou o carro e seguiu em direcção da sua casa ciente de que ia ter uma noite em claro a pensar em Stuard. Quando chegou em frente da sua casa saiu do carro com relutância e seguiu para a entrada quando foi surpreendido por uma voz que lhe era familiar.
- Onde está o teu amante? Pensei que iam passar uma noite de amor depois de tanta comemoração?
- Que susto… estás doido? Queres me matar do coração?
- Desculpa, não sabia que eras tão sensível. Pensei que não o tivesses.
- Não sejas ridículo.
- Não demoraste muito em pôr alguém na tua cama em meu lugar.
- Eu não pus ninguém na minha cama. E que eu saiba não tens nenhum lugar nela – disse Stive com raiva. Além disso tu também foste rápido demais para quem está a exigir explicações. Não devias estar agora na cama com a tua amante. Aliás ela é muito atraente para a resistires, ou perdeste o teu poder de sedução – Disse Stive com crueldade querendo ofendê-lo.
- Para a tua informação não é minha amante, e sim minha irmã que está de passagem por Londres a negócios. E quanto ao meu poder de sedução sabes bem que não afinal tu não me resististe – disse Stuard aproximando-se de Stive que recuou um passo e quase caia se Stuard não o tivesse amparado a tempo. Ficaram muito próximos um do outro. Stuard olhos nos olhos de Stive que lhe implorava para o largar e foi-se aproximando da sua boca e beijou-o com paixão.
Stive resistiu por breves segundos, mas depois entregou-se ao beijo. Fechou os olhos e sentiu que estava noutra dimensão. Só voltou a realidade quando Stuard se afastou e disse:
- Vês? Ainda estou em forma.
Stive ficou corado e olhou para o chão envergonhado e disse.
- Se me dás licença tenho que ir, porque amanhã acordo cedo.
- Foi por isso que o teu amante não veio contigo? Para quem parecia tão apaixonado vejo que o vosso romance é um pouco frio. Ou ele não consegue despertar a tua paixão? – Disse Stuard com crueldade.
- Já te disse que não meu amante. Apenas preciso de dormir porque amanhã tenho um dia cheio. E não tenho que te dar explicações sobre a minha vida. Agora se não te importas eu vou embora.
- Não! Ainda não acabei – disse Stuard agarrando o braço de Stive.
- Solta-me, estás a magoar-me. Tu não tens o direito.
- Não, enquanto não ouvires.
- Ou soltas-me ou começo a gritar.
- Eu Sei como calar-te.
- Stuard, não te atrevas. Stuard aproximou-se dele e Stive atrapalhou-se com as chaves e deixou-as cair. Stuard e foi mais rápido e agarrou as chaves de Stive.
- Dá-me as minhas chaves – ordenou Stive.
- Não, eu vim aqui para falar contigo e é isso que vou fazer quer queiras quer não.
Stuard avançou, abriu a porta e entrou.
- Sai da minha casa – ordenou Stive sem paciência.
- Já te disse que só saio daqui quando falarmos. Já te dei tempo suficiente para pensares na asneira que fizeste em expulsar-me da tua vida.
- EU não fiz asneira nenhuma. Simplesmente não quero viver um amor impossível.
- Quem disse que o nosso relacionamento é impossível? Tu não viste como nós os dois funcionamos bem em tudo? E está mais do que claro que tu também ainda me queres. Quando te beijei tive a certeza disso. Tu és só meu e não te quero dividir com ninguém.
- Eu não pertenço a ninguém. Sou maior e não preciso de ninguém na minha vida. Quando é que vais perceber isso?
- Tu és só meu e de mais ninguém, e não percebo porque foges de mim! De que é tu tens medo? Quem te magoou para me quereres longe da tua vida?
- Já te disse que eu não quero compromissos agora. E ninguém me magoou. Só quero que me deixes em paz. Segue com a tua vida…mulheres não vão faltar na tua vida. Eu não estou preparado para ter um relacionamento agora e muito menos contigo.
- Porquê? Não podes simplesmente me deixar amar-te? Eu sei que precisas de alaguem que te ame, que te dê carinho. Que acorde contigo de manhã e faça amor contigo antes de te levantares. Precisas de alguém que cuide de ti – disse Stuard aproximando de Stive.
- Não. Stuard, tu não percebes que eu não quero ser apenas um amante? Que não quero ser mais um na vida de alguém. Eu preciso de muito mais e tu não me podes dá-lo. Eu preciso de segurança. Não consigo viver com o fantasma de que amanhã podes te apaixonar por uma mulher e me deixares.
- Eu não te posso garantir nada. Mas, neste momento tenho a certeza de que é contigo que eu quero estar.
- Neste momento…e amanhã. Eu já sofri demais, e não quero passar por isso novamente. Agora vai embora e me deixa em paz.
- Não sei porque é que vim aqui perder o meu tempo, contigo. Bem que eu disse a Michaela que não valia a pena.
- A Michaela? – perguntou Stive com curiosidade.
- Sim, a minha irmã. Ela achou que se viesse falar contigo que me darias uma chance, mas pelos visto ela se enganou. Foi ela que te enviou o champanhe no bar para te agradecer por me teres “fisgado”, como ela disse.
- Agradece a tua irmã por mim. Mas eu não fisguei ninguém.
- Eu contei tudo a ela…
- Contaste o quê? Tu não tinhas esse direito.
- Claro que tinha, ela é minha irmã e nós não temos segredos um para o outro eu sei tudo da vida dela e ele sabe tudo o que se passa na minha. Sabes muito bem que ambos desfrutamos da nossa primeira vez e que gostamos e que foi melhor que qualquer experiência que já tivemos…
- Pare com isso, Stuard. Não existe um, nós. Foi apenas sexo e eu já esqueci. Por favor, faz o mesmo para o bem dos dois.
Stuard sentiu-se magoado com a última frase de Stive e deu meia volta e saiu deixando Stive estático no meio da sala. Neste momento parecia que o mundo ia desabar. Pensava que já tinha esquecido de como Stuard era lindo, da intensidade do seu olhar do sabor da sua boca, mas não. Durante a interminável conversa que tiveram estava a resistir para não pular nos seus braços e abraçá-lo para compensá-lo de todo o sofrimento, mas podia afazer isso. Agora que tinha conseguido afasta-lo não ia deitar tudo a perder.
Stuard saiu da casa de Stive com raiva. Como é que tinha sido tão burro e ter seguido o concelho da irmã? Estava na cara que Stive não o queria. Foi lá apenas para se humilhar. Estava na cara que o seu amante não o satisfazia como ele, embora ele insistisse em dizer que não era. A forma como ele correspondeu ao beijo mostrava claramente que ainda o queria. Mas porque é que ele não lhe dava uma chance? Porque é que tinha medo? Ou melhor do quê é que tinha medo?
Chegou em casa com muita raiva batendo a porta e praguejando. Como um louco. A irmã que estava no quarto lendo percebeu que não tinha dado certo. E preparou para enfrentar o mau humor do irmão. Tal com acontecia quando era pequeno sempre que tinha tido uma má nota ou que brigava com um amigo. Quando perderam a sua mãe ele ficou mal durante muito tempo e foi com muito esforço que consegui que ele reagisse. Ele tinha catorze anos e tornou-se rebelde não querendo saber de nada. Arranjava confusões por tudo e por nada. Nesta época perdeu o ano escolar. Foi muito difícil aceitar a morte da mãe. Apenas quando nasceu o filho da Michaela e que ele sossegou. Gostava muito do Júnior e chama-lhe “litle mouse” porque era muito pequenino quando nasceu. Foi aí que ele começou a recupera-se da morte da mãe. E agora lá estava ele passando outra vez por uma crise. Só que agora era diferente. Era uma crise de amor. O mais engraçado é que ele já tinha tido várias namoradas e quando terminavam ele nunca tinha ficado assim. Pelo contrário parecia aliviado. Agora que se apaixonou por um rapaz, parecia que o seu irmão tinha mudado. É claro que aceitava a sua opção, mas não percebia uma coisa. Porque sofria tanto por um rapaz que não o queria. Será que o amava ou era por sentir-se rejeitado? Mas a forma como falava dele era diferente da forma com falava das antigas namoradas. Tinha um brilho diferente nos olhos. Será que o irmão era gay e não sabia? Ou era apenas uma fase? O barulho de algo a partir interrompeu os pensamentos de Michaela que deu um pulo da cama e foi ver o que se passava. Ao chegar na sala encontrou o irmão a partir tudo. Michaela correu para ele e viu que estava a sangrar de uma mão. Ela pode notar que ele tinha bebido. Será que tinha voltado tudo novamente? Meu Deus, ele não merecia passar por tudo aquilo de novo. Ele não podia refugiar-se novamente no álcool para esquecer os problemas.
Correu para o abraçar. Quando Stuard viu a irmã que vinha ao seu encontro parou e ficou onde estava. Olhou para a irmã envergonhado. Ele abraçou-o e ele começou a chorar dizendo:
- Ele não me quer mana. Ele não me quer. Eu disse-lhe o quanto o queria mas ele prefere o outro. O que é eu faço…?
- Não chores, vai ficar tudo bem. Nós dois vamos resolver isto. Eu estou aqui e não vou te deixar, eu prometo. Vem agora, vais tomar um banho enquanto vou fazer-te um café e preparar um curativo para esta tua mão que esta a sangrar.
- A sangrar esta meu coração por alguém que não me quer.
- Vamos…
Michaela conseguiu leva-lo para cima e mete-lo no banheiro enquanto preparava o chá para o acalmar e o curativo. Depois de Stuard ter tomado o chá e de Michaela lhe ter feito o curativo com muito custo conseguiu dormir.
Na manhã seguinte quando ela se levantou e foi verificar se ele estava bem encontrou um bilhete na cama que dizia.
“Viajei e não sei quando vou voltar. Deixei tudo arranjado e se faltar alguma o Luck sabe o que fazer. Vou ver esqueço um pouco disto aqui por uns tempos. Já sabes onde estou quando preciso de pensar. Um beijo do teu mano Stuard.”
Michaela olhou para o bilhete e percebeu que o seu irmão estava disposto a esquecer Stive, custa o que custasse. Certamente tinha ido para a fazenda no interior como costumava fazer sempre que precisava de pensar.
Stuard tinha acordado de madrugada e tinha feito a mala disposto a partir por algum tempo e esquecer de Londres e de tudo que lhe lembrava Stive.
Entrou jipe a zarpou ainda de madrugada. Tinha o coração partido, mas havia de se recuperar. Estava disposto a esquecer tudo o que viveu nos últimos dois meses. Stive foi a pior desilusão da sua vida. Nunca pensou que ia ser tão fácil gostar de alguém e tão difícil esquecê-lo. Mas, ia conseguir nem que fosse a última coisa que faria nada vida.