Oi galera, o nosso romance esta quase no fim. queria dedicar este capitulo a todos voces.
CAPÍTULO VII
Os dias foram passando e Stive não soube mais nada sobre Stuard. Sentiu-se tentado em telefonar para Luck e perguntá-lo por ele. Mas não o fez.
Estava concentrado em criar uma nova peça quando a porta anunciou a entra de alguém. Olhou para a porta e viu que era Mike.
- Olá, Mike – cumprimentou Stive. Então sempre vens aceitar a minha proposta de emprego?
- Sim, e agradecer-te…
- Agradecer-me porque?
- Por me teres ajudado aproximar-se de Ady. A muito tempo que o desejava e não tinha tido coragem. Foi das melhores coisas que me aconteceu nestes últimos tempos.
Stive ficou muito contente por Ady e Mike. Mike disse-lhe que gostou do seu projecto e que queria trabalhar com ele. Stive aceitou no memento pois estava mesmo a precisar de ajuda.
Combinaram o preço e Mike ficou admirado quando viu de quanto seria o salário.
De repente a porta o alarme da porta voltou a tocar e Stive viu o semblante de uma mulher a entrar. Tinha a impressão de a ter visto noutra ocasião só não se lembrava de onde.
- Olá o meu é Michaela e gostaria muito de falar consigo.
- Pois não, em posso ajudá-la?
- Talvez não se lembre de mim, mas sou irmã de Stuard Bretson o seu antigo patrão.
- Muito prazer, sou Stive.
- Agora percebo porque meu irmão se apaixonou por si…
- Apaixonou?
- Sim, apaixonou. E não o tinha visto assim desde que a nossa mãe morreu. Nunca o vi sofrer tanto por causa de alguém. Ele sempre teve muitas namoradas mas nenhuma delas conseguiu uma lágrima sequer do meu irmão sempre que terminavam uma relação. Mas contigo foi diferente ele está a sofrer muito. Entregou a empresa nas mãos de Luck e ausentou-se de Londres para lhe esquecer.
- Lamento muito por isso, mas o seu irmão nunca me tinha dito que estava apaixonado por mim. Apenas disse para vivermos o momento sem pensarmos no futuro. E eu não quero isso. Eu também já sofri muito e preciso de segurança. Não posso viver com o fantasma da insegurança. Não consigo suportar a ideia de que ele no futuro possa vir a apaixonar-se por outra pessoa e deixar-me.
- Olhe Stive, eu conheço o meu irmão mais do que ninguém. Quando a nossa mãe morreu, ele tinha catorze anos e foi muito difícil cria-lo sozinha. Ele teve muitos problemas na escola começou a beber e drogar-se e foi muito difícil fazê-lo recuperar disso. Foi graças ao Júnior…não é o que está a pensar. Júnior é o meu filho. Foi ele que fez que meu irmão se recuperasse. E agora ele apaixonou por si e parece que tudo voltou ao mesmo porque se sente rejeitado. Tenho medo que tudo volte a acontecer de novo. Ele o ama e eu sei disso. Conheço-o melhor que ninguém.
- Porque é que ele não me disse então?
- O meu irmão é um homem mais de gestos do que de palavras. E não deve ser fácil para ele dizer o que sente.
- Mas o que isso importa agora? Você disso que ele partiu disposto a esquecer tudo.
- Sim. Mas ainda há uma chance de o recuperar. Eu sei que também gosta dele. Eu vi a sua reacção quando no dia que nos viu nos bar. Notei que ficou muito nervoso só de olhar para ele. Deu para notar que o que aconteceu entre os dois foi algo muito forte.
Stive corou e disse:
- Desculpa se eu magoei o seu irmão mas não eu não sei se sou a pessoa que o teu irmão precisa neste momento.
- É claro que é. Eu conheço o Stuard ele nunca ficou assim por causa de ninguém. E sei que não vai ser fácil para ele superar esta rejeição. Devia ver como fala de ti. Nem quando ele se apaixonou pela primeira vez falou assim. Vai ter com ele. Eu sei onde ele está e só você o pode tirar dessa angústia que voltou a tomar conta da sua alma.
- E se ele estiver disposto a me esquecer e não me quer ver novamente?
- Se o fizer é por orgulho e tens que insistir…porque ele é muito teimoso.
- Eu não sei…- começou Stive por dizer
- Por favor não faça isso com ele. Ele te ama. Devia ver como chegou em casa no dia em que veio falar consigo depois de o ter visto no bar com outra pessoa.
- Ele era apenas um amigo. E tirou conclusões precipitadas.
- Eu disse a ele que os amantes não se tratavam assim, mas ele insistiu que tinha que saber o que tinha no seu acompanhante que ele não tinha.
- Eu não sei…preciso pensar.
- Bom, eu deixo-lhe o endereço aqui. Se no caso quiser ir ter com ele. Se for pode ter a certeza que vai fazê-lo muito feliz. E eu lhe ficaria eternamente agradecida. Agora tenho que ir. Muito obrigado pela sua atenção e desculpa qualquer coisa.
- Adeus…eu que peço desculpa e trata-me por tu.
- Ok, adeus Stive – disse Michaela com ternura.
Stive ficou sem saber o que fazer. De repente surge Mike que não pôde deixar de escutar a conversa e disse-lhe:
- Vai, ou vais viver com esta dúvida o resto da tua vida. E não te conseguirás perdoar jamais porque tiveste a felicidade aos teus pés e não a aproveitaste.
A noite Stive pensou nas palavras de Michaela e nas de Mike e decidiu que ia em busca do seu amor custa o que custar. Mas e se Stuard não quisesse ver mais? Se ele tivesse encontrado outra pessoa. Se ele o rejeitasse e fosse ai só para se magoar ainda mais.
Resolver então que faria a mala e que iria ao seu encontro. Tinha que arriscar. Fez a mala e foi dormir.
Acordou cedo e passou pelo estúdio pegou o endereço e partiu. Tinha combinado com Mike na noite anterior que ele e Ady cuidariam da Stonson até a volta dele.
Stive seguiu estrada consciente de que tinha muito caminho para percorrer até chegar a fazenda Bretson. Andou uns quatrocentos quilómetros e decidiu fazer uma pausa para almoçar. Parou num restaurante moderno do interior e pediu uma mesa. Foi atendido muito prontamente por um jovem muito bonito que o olhou com curiosidade notando que não era dali.
- Boa-tarde – cumprimentou o rapaz com um ligeiro sotaque de interior.
- Boa-tarde – disse Stive com simpatia. Queria almoçar por favor, o que há para comer?
- Vejo que vem de longe! Parece ser da grande cidade?
- Sim, sou de Londres.
Os olhos do rapaz expressaram alguma admiração e continuou:
- É um prazer para nós ter aqui um cidadão londrino, seja bem-vindo. Aqui tem o cardápio, mas como pode ver não temos muita oferta. Pois estamos no interior.
- Não faz mal. Qualquer coisa serve.
- Bom então vou pedir a especialidade da casa e vai ver que não se vai arrepender.
- Ok, eu confio na sua perícia.
O rapaz ausentou-se satisfeito. Stive ficou a observar a beleza daquele lugar. Altas montanhas e muito verde. Com plantações de vinhas e trigo tudo muito bem arrumado e preparado. Ao longo das estradas havia muitas flores o que dava ao lugar um rosto exótico. Lembrou-se de Stuard do brilho dos seus olhos, que pareciam muito com aquele lugar. Tinham a força daquelas montanhas. O seu corpo exalava aquele perfume silvestre daquelas flores.
O seu pensamento foi interrompido pelo rapaz que já vinha com o seu almoço.
- Com licença, aqui tem o seu almoço. O vinho é oferta da casa.
- Muito obrigado. Quanto ao vinho vou apenas experimentar por que não sou grande apreciador e vou conduzir. Vou para esta fazenda e não sei quanto tempo ainda tenho de viagem.
- Vai para a Bretson… não esta muito longe é a dois quilómetros daqui o senhor Bretson chegou aqui a duas semanas. Parecia muito triste e parou aqui por alguns instantes para comer. Parece que tem andado muito ocupado com os trabalhos da fazenda.
- Ok, muito obrigado pela informação.
- Foi um prazer – disse o rapaz que se retirou.
Stive começou a comer e se deu conta que desde a noite passada que não tinha comido. Tinha muita fome pois a noite não tinha conseguido comer e de manhã não tomou o pequeno-almoço. Comeu tudo o que o rapaz lhe tinha colocado no prato, sorveu alguns goles de vinho e notou que o vinho era muito bom mesmo.
Depois de comer decidiu seguir estrada, pois estava muito ansioso para ver Stuard. Então fez sinal rapaz que lhe trouxesse a conta.
- Aqui tem a sua conta – disse ele.
Stive entregou-lhe uma nota de cinquenta libras e o rapaz fez menção de ir buscar o troco e Stive disse:
- Fica com o troco. Obrigado estava tudo muito e prometo voltar cá. Já agora têm quartos também para alugar?
- Obrigado. Sim temos. Mas não vai para a Bretson? É uma fazenda muito grande com certeza que lhe podem dar pousada.
- É só para prevenir. Nunca se sabe, caso preciso volte aqui e tenciono passar alguns dias por cá.
- Ok. Às suas ordens terei todo o prazer de o hospedar.
- Adeus – disse Stive.
- Adeus – disse o rapaz. Que ficou a imaginar o que o poderia ter levado ali e o que podia não dar certo? Ele de facto era um rapaz com uma beleza fora do comum. Parecia mais um destes artistas da TV. Se não fosse comprometido não se importava nada de sair com ele mesmo sendo rapaz.
Stive seguiu viagem e quando se aproximava da fazenda diminui a velocidade. De repente o medo tomou conta dele. Imaginou mil coisas. Se Stuard não o quisesse ali ele ia compreender, afinal quando ele o queria rejeitou-o. Como pode ter tanto medo de ser feliz. Pensava que já tinha superado o medo da rejeição que sofreu por parte do seu pai quando revelou que era bissexual e da falta de apoio do seu irmão que lhe jurara que estaria sempre ao seu lado, em qualquer circunstância. Foi estes pensamentos que Stive chegou a entrada da fazenda. Respirou fundo e entrou. Viu o carro de Stuard a entrada e mais duas carrinhas de caixa aberta de trabalho. Pensou, ele deve estar em casa com os trabalhadores a comer. Ao sair do carro um lindo pastor alemão veio ter com ele com o rabo a abanar, teve medo que o animal o atacasse, quando este saltou para cima dele e lambeu-lhe a face. Ele tremia, mas o animal apenas deu um latido para chamar a atenção do dono que havia chegado gente em casa. Continuou perto de Stive cheirando-o e dando saltos de contente.
De repente surgiu Stuard a porta que quando o viu ficou estático sem dizer nada por uns instantes. Ele estava claramente mais bronzeado e tinha emagrecido muito. Tinha o rosto abatido e parecia que não tinha estado bem de saúde. Ele chamou o cão para ao pé se si.
- Thor anda cá. O animal ao ouvir a voz de comando obedeceu imediatamente. E foi ter com o dono. Olhou depois para Stive e perguntou-lhe:
- O que estas a fazer aqui? Quem te deu o endereço. Podes fazer a meia volta e voltar pelo mesmo caminho por onde vieste. Não é bem-vindo aqui.
- Estou atrás da pessoa que eu amo. E não me vou embora ate falar com ela.
- Então vieste ao sítio errado. Aqui não está ninguém que te interessa. Volta para Londres que é o teu lugar de onde não devias ter saído – disse Stuard com ódio.
- Podes me expulsar se quiser mais não me vou embora – disse Stive com convicção.
- Expulsar? Achas que terei este trabalho? Isto, tu consegues fazer sozinho.
Stive viu que ia ser mais difícil do que imaginava para reconquistar o coração de Stuard que parecia empenhado em esquecê-lo. Começou a achar que foi um erro ter ido atrás dele.
- Eu te quero e vim para ficar. Não me vou embora sem conseguir o que eu quero.
- Estás a perder o teu tempo. Já tiveste a tua chance e desperdiçaste-a.
- Eu sei que eu errei, mas eu mereço uma segunda oportunidade.
- E tu deste-me uma segunda oportunidade quando ta pedi?
Realmente era verdade, Stive tinha cruel com ele naquela noite. Expulsou-o da sua vida sem dó. E agora estava ali para pedir-lhe uma segunda oportunidade.
- Não. E não sabes o quanto me arrependo por isso. Tenho pago um preço muito alto por isso.
De repente uma trovoada seguido de um relâmpago que parecia rasgar o céu ecoou com toda a sua força e Stuard olhou para o céu com certo humor e disse:
- Acho melhor, ires procurar pousada ou vai ficar todo encharcado ali fora.
- Tu não me vais deixar entrar. Onde está a tua boa educação?
- Graças a ti perdi as minhas boas maneiras.
- Vejo que a tua irmã estava enganada ao me mandar aqui…
- O que é que a Michaela tem a ver com isto?
- Ela é que foi ter comigo me fez vir aqui, mas vejo que ela se enganou em relação a ti. És uma pessoa rancorosa e mesquinha. Vou-me embora sim. Como me arrependo de ter vindo cá.
Stive entrou no carro e foi embora. No mesmo instante começou a chover aos potes. Chovia tanto fora como dentro do carro. Lágrimas de arrependimento escorriam pelo seu rosto. Como fora burro em pensar que podia refazer tudo com Stuard. Ele que se mostrara tão apaixonado e generoso agora tinha sido tão mesquinho. Jurou que se ia embora e que nunca mais ia procurá-lo.
Stuard ficou ali estático a vê-lo partir e mais uma vez sentir que o seu coração era-lhe arrancado do peito. Mas talvez fosse melhor assim. Já tinha sofrido muito por causa da desconfiança de Stive e não estava disposto a passar por isto novamente.
A chuva intensificou e Stuard lembrou-se que Stive estava num carro impróprio para aquele sítio e com a chuva as estradas iam ficar péssimas e ele não estava habituado a elas. Pensando no pior entrou no seu jipe e foi a procura dele. Pois se aqui em baixo estava a chover com esta intensidade, com certeza que a chuva já havia começado nas montanhas a mais tempo e traria toda a enxurrada para a entrada. Rezando para que nada tivesse acontecido a ele saiu a toda a velocidade. Se alguma coisa acontecesse lhe nunca ia se perdoar. Percorreu uma distância de dois quilómetros e nada e encontrar qualquer rasto de Stive. Com certeza que já tinha saído das imediações da fazenda o que seria pior para ele se fosse apanhado pela enxurrada na estrada nacional que não tinha qualquer vigilância. Aumentando ainda mais a velocidade. Consegui ver uns faróis de um carro que parecia estar parado. “Graças a Deus - pensou ele. Não seguiu com a viagem”. Mas quando viu o sitio onde estava. Entrou em desespero, estava mesmo no meio de uma linha de água que podia aumentar ao caudal a qualquer momento e arrastá-lo juntamente com o carro. Buzinou-o mas não obteve resposta. Aproximou mais, deixou ao carro longe da linha de água e aproximou-se a pé. Ao chegar perto do carro notou que Stive tinha ido conta uma pedra que estava caída na estrada e que estava inconsciente. Ficou desesperado, correu para tentar abrir a porta que estava bloqueada. Tentou uma, duas vezes e nada. Ficou ainda mais desesperado pois a água estava a aumentar. Porque é que tinha sido tão infantil a ponto de mandá-lo embora. Ele tinha ido procurá-lo porque tinha visto o erro que cometera e não lhe deu uma segunda chance e agora se estivesse morto…nem queria pensar naquilo. Ou se o carro fosse arrastado com ele dentro nunca ia se perdoar. Então teve uma ideia. O carro dele tinha tracção nas quatro rodas e com sorte conseguisse reboca-lo de com o reboque que noutros tempos uso nos ralis. Correu para o carro e pôs o reboque a trabalhar. Agarrou no cabo e correu para o carro de Stive. Prende-o na parte de traz do veículo que já tinha muita água por dentro porque a corrente estava a aumentar muito rápido. Stuard rezou para que tudo desse certo. Já no carro tentou puxar o carro que não movia um centímetro. Decidiu arriscar fazer marcha ré no carro e este começou mover um pouco. Quando já estava quase afastado da água accionou novamente o reboque e agora com sucesso consegui tirar o carro de perigo.
Saiu do carro e dirigiu-se a pressa para o carro de Stive e tentou abrir a porta e conseguiu. Viu que ele estava apenas desmaiado e tinha um corte na testa. Suspirou aliviado e beijou-lha na face dizendo
- Meu amor. Meu amor… colocou-lhe no banco do passageiro do seu jipe e foi tirar as coisas dele do carro. Tirou a mala de Stive e os seus documentos. Depois puxou o carro para um sítio mais seguro e segui para a fazenda. Quando chegou na fazenda foi chamar o Mitchel o seu fiel amigo e companheiro que o ajudou a tratar de Stive. Mitchel era enfermeiro e veterinário de profissão. Aconselhou a Stuard que desse uma banho quente a Stive que continuava inconsciente para aquecê-lo. Depois curou-lhe o ferimento. Stuard resolveu levar Stive para o seu quarto onde podia cuidar dele durante a noite. Mitchel ainda se ofereceu par fazer isso mas Stuard não quis. Disse a Mitchel que tinha que ser ele a fazer isso. Que depois lhe contaria o porque. Mitchel retirou-se para a casa e deixou Stive aos cuidados de Stuard. Que se sentou numa cadeira a cabeceira da cama a olhar para o rosto delicado de Stive. Perguntando-se porque é que ele o tinha rejeitado. O que se tinha passado com ele. Quem o teria magoado para ele renunciar ao amor? Qual era o motivo para tanta insegurança?
De repente Stive mexeu na cama e parecia acordar mas surpreendeu Stuard quando pronunciou o seu nome…
- Stuard me perdoe… foi o que conseguiu dizer e voltou a apagar-se.
- Claro que te perdoe, meu amor.
Durante noite Stive chamou pelo seu pai e disse o nome de alguém que Stuard deduziu ser o nome do seu irmão.
- Pai, Andrew, me perdoem. Eu, não queria ser assim.
Stuard chegou a conclusão que eles o deviam ter rejeitado e por isso essa sua insegurança. Viu que tinha sido muito injusto com ele. Por não lhe ter dado a chance de se explicar. Viu que ele devia ter sofrido muito para chegar onde chegou a margem de uma família que o tinha rejeitado.
Com este pensamentos adormeceu. Tendo acordado durante a noite para ver como Stive estava. Este agora estava mais calmo e dormia tranquilo.
Stive acordo de manhã cedo com muita dor de cabeça num quarto que não conhecia. Só o cheiro era-lhe familiar. Lembrava-lhe alguém. Olhou para o lado e viu Stuard que dormia numa cadeira ao pé da sua cama. Tentou lembrar do que lhe tinha acontecido e doeu mais a cabeça. Ficou a olhar para Stuard que parecia muito cansado e mais abatido do que na tarde anterior. Ele era lindo mesmo com o aspecto deplorável em que se encontrava.
Sentou-se na cama para o ver melhor e fez um pouco de barulho. O que acabou por acordar Stuard que olhou para Stive com preocupação.
-Bom-dia. Ainda bem que acordaste. Estás bem, meu amor. Estava muito preocupado contigo.
- Sim, estou. Mas dói-me muito a cabeça. O que aconteceu?
- Não te lembras? Tiveste um acidente, mas agora descansa mais um pouco, eu vou preparar-te qualquer coisa para comeres e depois falamos. Eu volto já.
Stive ficou a pensar naquilo que Stuard lhe tinha dito. Tina tido um acidente. Mas porque é que não se lembrava de nada. Stuard lhe tinha chamado de amor. Será que estava sonhando? A única recordação que tinha era do rosto de Stuard a mandá-lo embora. Tentou lembrar de algo mais, mas doía-lhe a cabeça, por isso, tentou adormecer. Sonhou que tinha sido expulso da fazenda. Lembrou do ódio que tinha visto no rosto de Stuard minutos antes de a chuva começar quando o mandou embora. Estava muito nervoso e conduzia com medo pedindo a Deus que conseguisse chegar até ao restaurante. Tentou ainda pedir ajuda, mas não consegui encontrar o telefone. Foi quando um enorme pedregulho caiu no meio da estrada. Tentou travar mas, já não foi a tempo. Embateu contra a pedra e perdeu os sentidos.
Stuard entrou no quarto e viu que Stive estava a ter um sono agitado. Aproximou-se da cama e colocou-lhe a mão nos cabelos tentando acalmá-lo e foi o que aconteceu. Instantes depois Stive acordou e sentiu a mão de Stuard na sua cabeça. Abriu os olhos e viu preocupação nos olhos de Stuard que disse.
- Que bom que acordaste. Tiveste um pesadelo e estavas muito agitado. Lembraste de tudo?
- Sim lembrei. Batei contra um pedregulho que caiu a minha frente por pouco não fui esmagado.
Stuard sentiu um aperto no coração. Se o tivesse perdido a culpa era dele. Do seu maldito orgulho.
- Me perdoe ter-te mandado embora com aquela chuva, mas eu estava com muita raiva de ti. Só me queria vingar de ti por me teres rejeitado. Queria pagar-te na mesma moeda e quase te perdia. Se soubesses o quanto me arrependo por isso. Depois de teres ido embora e que me lembrei que o teu carro não estava preparado para estas estradas e desesperei-me e fui atrás de ti.
- Eu ia para a pensão, que fica a dois quilómetros da tua fazenda. Já tinha reservado um quarto ali. Sabia que não seria fácil reconquistar-te. Eu não me ia embora assim, sem antes lutar por ti. Eu não fiz quatrocentos quilómetros para desistir por causa do teu mau humor – disse Stive a sorrir.
- Perdoa-me eu fui muito parvo em te expulsar. Se houver alguma coisa que eu possa fazer para te recompensar…
- Apenas me abraça para saber que não estou sonhando.
Stuard aproximou-se mais de Stive olhou-o e abraçou-lhe. Como era bom sentir aquele perfume silvestre. Como era bom sentir o calor daquele corpo novamente. Stive aproximou da boca de Stuard e sentiu a sua respiração afogante. Não resistiu e beijou-lhe. Stuard correspondeu com urgência e foi aprofundando o beijo cada vez mais. Estava excitadíssimo quando cai em si e parou repentinamente.
- O que foi – perguntou Stive aproximando-se dele.
- Desculpa. Tu estás vulnerável e fraco e eu a tentar aproveitar-me de ti.
- Não te desculpo. Olha, como tu me deixaste e agora foges! – Disse Stive admirado
- Precisas de descansar. Podemos terminar isto depois quando estiveres melhor.
- Estando tu ao meu lado estou óptimo. Eu preciso de ti do teu corpo. Preciso sentir este teu perfume silvestre das montanhas. Preciso do teu beijo. Quero as tuas mãos no me corpo. Quero que me tortures com o teu desejo, mas não me deixes agora.
Com estas palavras Stuard ficou mais excitado a foi se aproximando de Stive e disse:
- Repete lá isso que acabaste de dizer.
- Eu preciso…
Já não deixou que Stive terminasse a frase e calou-lhe com um beijo. Stive meteu-lhe a mãos debaixo da camisa e Stuard gemeu. Depois tirou-lha e foi beijando-lhe o corpo todo. Como tinha saudades daquele corpo. Como tinha sido estúpido por afastá-lo da sua vida. Stuard põe seu lado gemia e procurou a boca de Stive com urgência. Beijou-lhe profundamente e foi-lhe tirando a roupa. Quando terminou de o fazer. Beijou-lhe o corpo todo ate chegar ao membro de Stive que estava duro que nem uma pedra. Massajou-lhe e depois beijou-lhe e Stive arqueava de desejo. Gemia muito. De repente Stuard colocou-lhe em sua boca e começou a chupá-lo. Stive foi ao céu, nunca pensou que pudesse ter tanto prazer. Colocou a mão na cabeça de Stuard que estava concentrado no que fazia. Depois Stuard foi subindo e beijou os mamilos de Stive alternadamente. Este gemia e apertava-o contra o seu corpo. Stuard livrou-se da última peça de roupa e colocou-se em cima de Stive foi a encontro da sua boca. Depois de o beijar sussurrou-lhe nos ouvidos:
- Quero-te dentro de mim.
Stive pensou que estava a sonhar e só voltou a realidade quando Stuard abaixou e lubrificou o seu membro e começou a sentar-se devagarinho. O rosto de Stuard revelava ansiedade e um pouco de medo pois era a sua primeira vez. Com alguma dificuldade o membro de Stive abriu caminho para o seu interior e a dor deu lugar a um prazer inexplicável. Começou a fazer movimentos de subir e descer. Respirava afogante e Stuard olhava para ele com ternura sentindo-se o homem mais feliz do mundo. Stuard que continuava concentrado no que fazia abaixou ao encontro da boca de Stive. E este pôde sentir o membro de Stuard duríssimo sobre o seu abdómen. Stuard interrompeu o beijo olhou nos olhos de Stive e pronunciou as palavras mágicas:
- Eu te amo
- Eu também te amo.
Para Stive o mundo podia acabar naquele momento. Quanto esperou para aquelas palavras.
Quando Stuard ouviu a mesma coisa da boca de Stive intensificou os movimentos. Subia e descia no membro de Stive como se o quisesse todo dentro de si.
No meio de tanto desejo Stive consegui dizer.
- Calma, meu amor, senão vou explodir de prazer agora.
- É isso mesmo que eu quero, que aconteça que expludas dentro de mim para veres o que temos perdido.
Com estas palavras Stive não aguentou mais e explodiu em jactos intermináveis de esperma dentro de Stuard que ao senti-los dentro de si não aguentou e gozou em cima de Stive ainda com ele dentro. Stuard abraçou Stive e deixou que o membro de Stive permanecesse dentro dele e adormeceram abraçados.
Acordaram com o som do telefone que tocava insistentemente.
Stuard levantou-se e foi atender o telefone. Deixando Stive na cama que disse:
- Volta logo, amor.
- Volto já, não te preocupes.
Desceu as escadas rapidamente e atendeu o telefone que não parava de sonar.
- Alô, fazenda Bretson em que posso ser útil?
- Olá, maninho como vão as coisas por ali? Espero que não tenhas feito nenhuma loucura. Eu sei que Stive errou mas merece uma segunda chance.
- As coisas por aqui vão bem. E obrigado, mana por tudo o que fizeste por nós.
- Eu não fiz nada de mais. Apenas quis dar um empurrãozinho a vossa felicidade. Afinal se amam tanto um ao outro porque têm de viver separados? Isso significa que as coisas se revolveram de uma vez por todas! Ainda bem, já não aguentava mais ver-te assim.
- Sim, as coisas não podiam estar melhores. Embora antes tenham sido um pouco difíceis por cá. Mas a culpa foi minha.
- Como assim o que aconteceu? – Quis saber Michaela.
- Bem quando o vi aqui a minha primeira reacção foi expulsa-lo.
- Já imaginava que fizesses isso. Por isso o preveni que não desistisse de ti mesmo que o fizesses.
- Ele se foi embora na mesma hora que começou a chover intensamente. Mas como é que te passou pela cabeça não o ter alertado que o carro dele não era para este sitio?
- Esqueci-me completamente.
- Pois quase que o perdia a custa disso. Chocou contra um pedregulho que caiu na ribeira. Estando ele a ir tão devagar ainda bem que caiu antes dele passar, mas mesmo assim ainda foi contra ele e perdeu a consciência e tive uma tarefa difícil para resgatá-lo de lá. Mas graças a Deus deu tudo certo e tivemos uma noite de amor.
- Fico contente por vós, maninho. Espero que desta vez tenham juízo e não deixem que a dúvida entre no meio de vós.
- É verdade agora nada nos vai impedir de sermos felizes.
Neste instante aparece Mitchel que veio saber como estava o doente.
- Vou ter que desligar, maninha. Tenho o Mitchel a querer saber como está o nosso doente.
- Ok, fica bem mano e juízo, certo?
- Sim, podes deixar. Beijo, adeus.
- Adeus. Beijo.
Stuard desligou o telefone e reparo que Mitchel olhava para ele com um olhar inquiridor. E perguntou:
- Como dormiu o nosso doentinho?
- Dormiu muito bem, graças ao médico de serviço.
Mitchel sorriu de forma cínica.
- Pois, graças ao médico de serviço. Eu diria graças a uma certa pessoa, que não arredou pé da cabeceira dele nem um minuto.
- Isso mesmo.
- Se não for, querer saber muito. Eu gostaria de te fazer uma pergunta. – Disse Mitchel.
- Sou todo ouvidos – replicou Stuard.
- Foi por causa dele que vieste para cá, não é verdade?
- Bom, vou ser sincero contigo. Afinal crescemos juntos e nunca tivemos segredos, um para com o outro. Sim, eu acabei por me apaixonar por ele. Ele trabalhava na empresa e precisei dos serviços dele. Na primeira vez que nos vimos, fiquei apanhado por ele e inventei um jantar de negócios com a intenção de o seduzir. Mas não tive sucesso. Apenas rolou um beijo que foi forçado por mim e ele fugiu. Os dias foram passando e recebo a carta de demissão dele. E então tive a certeza que ele não me queria. E comecei a ficar desesperado e fui procurá-lo. Neste dia aconteceu algo inesperado, que nunca pensei que fosse acontecer comigo. Fomos para cama e foi a coisa mais linda que já tive na vida. Nenhuma mulher me havia feito tão feliz. Foi a primeira vez de ambos.
- Eu respeito-te por isso. Mas, isso para mim é novidade. Tenho que me acostumar com a ideia de ter ver com alguém do mesmo sexo. Mas como é que fazem aquilo?
- Fazendo, ora. Acontece tudo de forma natural e sem preconceitos.
- Está bem. O que importa é que agora está feliz. Porque quando chegaste aqui nem te reconhecia. O amor faz milagres já dizia a minha mãe.
- E tu? Conta-me como vais de paixões? Continuas a ser o maior pegador aqui das redondezas e nem por isso?
- Eu? Tu é que eras o maior pegador. Eu ficava com as sobras e com o consolo das miúdas rejeitadas por ti.
- Não é bem assim. Eu tinha só fama mesmo. Na verdade tinha um desejo escondido que não me deixava apaixonar de verdade, e agora finalmente aconteceu. Encontrei a pessoa que sempre quis e estou disposto a lutar por ela, custa o que custar.
- Podes contar comigo. Eu sei que o mundo ainda não está preparado para este tipo de relação. Mas, em nome da nossa amizade e daquilo que vi ontem nos teus olhos quando o tinhas inconsciente nos braços, acredito neste amor.
- Obrigado, mano. Eu sabia que podia contar contigo.
- Posso te dar um abraço?
- Claro que sim, mas nada de aproveitar. Só um abraço.
Ambos riram e abraçaram-se.
- Eu te amo. Tu és o irmão mais velho que nunca tive.
- Eu também te amo, meu amigo. Mas agora larga-me que já estás a aproveitar – disse rindo.
Ouviram passos e voltaram ao mesmo tempo em direcção as escadas e viram que Stive tinha-se levantado.
- Tu não podes estar de pé ainda. Estás muito fraco ainda.
- Não estou bem, como demoravas, decidi vir a tua… - Stive interrompeu-se ao notar a presença de Mitchel.
- Podes falar a vontade, o Mitchel já sabe de tudo. Ele foi sempre o meu melhor amigo e nunca tivemos segredos.
Stive ficou corado com a revelação de Stuard e olhou para Mitchel que se dirigiu para ele e o abraçou dizendo:
- Parabéns, sou o Mitchel finalmente alguém conseguiu conquistar o coração deste rapaz.
- Obrigado. Sou o Stive muito prazer – disse Stive sem jeito.
- O prazer é todo meu, e cuida bem dele. Se o magoares vais ter que ver comigo, certo?
- Podes deixar que isto não vai acontecer – interrompeu Stuard abraçando Stive por trás que ficou sem jeito quando Stuard o beijou na nuca.
Mitchel sorriu perante tal cena e preparou-se para se ir embora.
- Vejo que já estás melhor, mas sem exageros certo. Ainda podes ter dores de cabeça, e só tens que tomar estes analgésicos e descansar. Vou indo e juízo. À noite passo por cá para saber como estás. Adeus.
ESTA AINDA NÃO É O FIM...