Olá pessoal obrigado pela força e pelos votos. Aqui vai o segundo Capitulo.
O JANTAR
Capítulo II
Stive saiu do escritório de Stuard encabulado e confuso com as sensações que ele despertava nele. Passou pela srta. Carter e apenas fez um gesto de adeus com a mão e nem lhe deu tempo de perguntar nada.
Chegou a sua sala rezando para que o amigo já tivesse ido embora e não ter que falar com ninguém neste momento. As suas preces foram atendidas. Luck já se tinha ido embora e deixou um papel com uma mensagem: “amigo tive que ir embora, porque tenho um compromisso, mas manhã falamos e quero saber tudo. Ah! Podes me dar os parabéns eu consegui o cargo…já sei que não fomos chamados para o mesmo. Abç.”
Stive saiu da empresa ainda pensado numa desculpa para não aceitar a proposta de Stuard. Mas por mais que desse voltas a cabeça não encontrava uma desculpa suficientemente convincente.
Chegou a casa, num apartamento muito bonito e aconchegante, que na maioria das vezes achava grande demais para ele sozinho e até já tinha pensado em dividi-lo com mais alguém mas ainda não tinha encontrado a pessoa certa.
Tirou a roupa e encaminhou-se para a casa de banho, mas antes de chegar a porta o telefone tocou. Pensado que fosse o Luck decidiu que não ia atender e ele que deixasse mensagem no atendedor. Porém a pessoa insistia muito. Stive decidiu atender, mas antes que tivesse apanhado os auscultadores ouviu a voz de Stuard. “Olá, Stevie, aqui é Stuard, desculpa estar a ligar-te mas é que esqueci-me de te dar o meu endereço. Street Henrique VIII, porta 32. Ao chegares toca a campainha e a porta há-de de abrir-se automaticamente entre e dirige-se para a porta principal.”
Stive acabou de ouvir as informações mas, não se atreveu a atender o telefone. Ficou como que paralisado pela voz de Stuard que parecia ter invadido a casa toda.
Depois de ter voltado a realidade foi para o banho e para se acalmar, decidiu que tomaria um banho frio. A agua deslizava pelo seu corpo relaxando todos os seus músculos e diminuindo a ansiedade de encontrar-se com Stuard.
Saiu do banho e sentiu-se outra pessoa, olhou no espelho confiante, e disse para si mesmo que se tinha enfrentado o seu pai e o seu irmão podia muito bem enfrentar Stuard Bretson.
Escolheu um conjunto muito elegante e informal para o jantar. Umas calças creme e uma camisa de manga curta preta. Sentiu-se incrivelmente sexy e um pouco ousado, mas já tinha decidido que não ia mudar, já que Stuard tinha dito para ir com traje informal.
Apanhou a chaves do carro e nem esperou pelo elevador e desceu as escadas cantarolando. Entrou no carro e seguiu para o endereço que Stuard havia indicado. Quando chegou a parto da grande mansão Bretson sentiu-se um tanto intimidado, a casa revelava o seu dono. Era um edifício muito antigo com colunas a entrada que fazia lembrar um grande templo romano com grandes árvores e muitas flores parecia uma casa dos contos de fada. Tocou a campainha a porta abriu-se num instante e deixou deslizar o seu carro para o interior do pátio. Stuard apareceu a porta acendo com um sorriso amplo, parecendo que tinha acabado de ganhar uma grande batalha. Caminhou em direcção de Stive e cumprimentou-o estendendo a mão. Estava vestido informalmente com uns jaens e uma t-shirt azul, tinha os cabelos molhados parecendo que acabara de sair do banho.
- Olá, Stive…bom posso tratar-te por tu? Afinal estamos fora da empresa.
- Com certeza sr…
- Nada de senhor se te posso tratar por tu, deves fazer o mesmo.
- Ok, está bem Bretson…
- Stuard por favor…
- Ok, Stuard.
- Vamos entrar?
Stuard indicou o caminho para Stive, colocando a mão no seu ombro. Stive sentiu uma descarga eléctrica percorrer a sua espinha e arrepiou. Stuard notou a reacção de Stive e retirou a mão achando que estava a incomoda-lo.
A casa era realmente estupenda. Stive estava acostumado a requinte e riqueza mas, nada que se comparasse a casa dos seus pais.
- Queres beber alguma coisa, Stive? – perguntou Stuard.
- Água, por favor…
- Água? Eu pensei que teria motivo para comemorar, por isso tomei a liberdade de preparar um vinho…
- Comemorar? Eu ainda não decidi…
- Bem, se vieste até aqui é porque a resposta que me tens a dar é positiva. Afinal eu consigo tudo o que quero e acho que tu também queres. Não ias perder uma oportunidade destas na tua idade…vinte e quatro não?
- Vinte e três…e é por isso mesmo que decidi não aceitar, por eu ser muito novo para dirigir um grupo este que o senhor propõe.
- Voltaste novamente as formalidades eu disse-te que hoje estas proibido de tratar-me como se estivesses na empresa. Pensa na oportunidade que tens. Os teus pais iam ficar muito orgulhosos de ti…
- Meus pais! Minha mãe morreu a cinco anos… meu pai só quer saber do meu irmão mais velho que faz tudo o que ele quer. Ser advogado como ele.
- Então, és a ovelha negra da família que não seguiu os passos do clã? – brincou Stuard.
- Basicamente, sou isso… - respondeu Stive mais descontraído. E Stuard notando que estava mais relaxado estendeu-lhe o copo e este acabou aceitando. Bebeu quase tudo de uma vez…e com certo humor Stuard acrescentou:
- Calma a noite só está a começar.
- Desculpa é que estou um pouco nervoso…
- Estás com medo de mim ou do trabalho…?
- Medo de ti, porque?
- Não sei, parece que tenho este efeito nas pessoas.
- Convencido, tu hien…
- Eu tenho os meus motivos. Então façamos um brinde ao teu novo emprego? Ou preferes saber antes quanto é que vais ganhar?
- O dinheiro para mim não é problema, e não estou desesperado. Além do mais já tenho um emprego esqueceste?
- Não claro que não me esqueci, mas podes ficar ainda melhor posicionado em relação ao que tens agora. E podes provar ao teu pai que escolheste bem o teu próprio caminho.
- Deixa o meu pai fora disso, não preciso de provar nada a ninguém.
- Desculpa não sabia que não podia tocar neste assunto.
- Podes tocar a vontade, eu já deixei a muito tempo de querer provar o que quer que seja ao meu pai, eu confio em mim mesmo e sei que posso vencer.
- Então agarra esta oportunidade. Se eu não confiasse nas tuas capacidades não te ofereceria este cargo – disse Stuard aproximando mais de Stive. Colocou a mão não seu ombro e este baixou a cabeça. Segurou-lhe o queixo e obrigou-lhe a olha-lo nos olhos. O que Stive viu deixou-o desconsertado e afastou-se bruscamente.
Stuard incomodado pela reacção de Stive e procurou conter-se mas era-lhe impossível estar perto dele e não querer toca-lo. A sua pele macia convidava para toca-la, acaricia-la. Os seus lábios era um convite apara o beijo. Desde que o viu entra a na sua sala que desejou tocá-lo e beija-lo…
Stive estava confuso, será que Stuard queria o mesmo que ele? Será que homem aquele estava a tentar seduzi-lo. Pelo que tinha ouvido dele tinha todas as solteiras de Londres a seus pés! Porque então estes gestos?
Quem quebrou o silêncio foi Stuard.
- Mais um pouco de vinho?
Stive apenas estendeu o copo sem dizer nada.
- Obrigado.
- De nada vamos, comer?
- Sim, se não te importas…
Stuard estava tenso com o clima que acabou por criar e não sabia como pôr Stive a vontade com antes. Ele parecia nervoso e com medo. Havia muita tensão entre os dois. Ao voltar para indicar o caminho para Stive. Ambos abriram a boca para dizer algo…
- Eu… – começou Stive.
- Por…- ia a dizer Stuard.
- Desculpa, tu primeiro – disse Stuard.
- Não tu primeiro…insistiu Stive.
- Desculpa se eu te pressionei. É que tenho andado muito tenso com este assunto e gostaria de resolve-lo o quanto antes, porque tenho que viajar amanhã no fim da tarde e devo dar uma resposta aos meus sócios na nossa reunião da noite e tinha prometido, que resolveria o assunto.
- Sinto muito – disse Stive.
- Bem, vou dar um jeito. Vamos jantar que estou faminto.
- Eu também – disse Stive sorrindo, agora já mais descontraído.
- Fiz uma grelhada com salada fria, gostas?
- Adoro grelhada, aliás é o meu prato preferido!
- Óptimo! É o meu também.
- A serio?
- Sim eu gostava muito quando saía com os meus colegas de faculdade para irmos a praia para fazer as nossas festas privadas, eu era sempre o cozinheiro de serviço.
- Hum, não sabia que tinhas tantos dotes, além de seres um empresário de sucesso.
- Tenho mais dotes do que possas imaginar.
- Imagino…
- Bem mas, isto vais ter que descobrir depois.
- Não tens que me provar nada, Stuard eu acredito em ti.
- Mais um pouco de vinho?
- É melhor não, já tomei duas taças é o suficiente. Além do mais não sou um bom bebedor, fico bêbado com pouco e vou conduzir.
-Eu posso te deixar em casa, e manhã vens buscar o teu carro ou podes dormir aqui, a casa é muito grande.
- Não acho boa ideia, dormir na casa do patrão e muito menos a de me levares a casa.
- Porque?! Eu não vou te atacar durante a noite e obrigar-te a trabalhar para mim - Balbuciou Stuard.
- Não eu não tenho medo de ti, mas sim de mim…o que quis dizer é que vou estranhar a minha cama.
- Já sei, tens alguém a tua espera?
- Não, já te tinha tido que não. Sou livre como um pássaro sem nada que me prenda.
- Então, não percebo…és sempre tão rígido contigo?
- Às vezes...
- ok. Como queiras. Eu quero que tu te sintas bem comigo e sem pressões.
- Eu estou bem…
- Prova…
- Como?
- Bebe mais um pouco de vinho e faça-me companhia, eu não gosto de beber sozinho.
- Está bem, está bem, me convenceste.
Stuard levantou-se para servir Stive e este segui-lhe com os olhos. Por momentos seus olhares encontraram-se e Stive sentiu novamente aquela descarga eléctrica que sentiu quando ele lhe tocou a momentos atrás.
Stuard sorriu revelando os seus dentes brancos, parecendo que queria devora-lo. Stive procurou afastar estes pensamentos.
- Obrigado.
- De nada é um prazer servir-te – disse Stuard com voz rouca.
O resto do jantar correu maravilhosamente bem e Stive sentiu mais a vontade muito por culpa do vinho.
- Bebes café ou chá?
- É melhor não porque já e tarde e amanhã preciso de tratar de umas coisas bem cedo.
- Amanhã é sábado e não tens que trabalhar...
- Como já te tinha dito tive que deixar umas coisas por concluir e trouxe-os para casa para terminar.
- Será que por um momento podes esquecer o trabalho e descontrair!? - Disse Stuard bem-humorado.
- É quase impossível com o chefe que tenho.
- Eu, sou assim tão exigente? Nem sequer queres trabalhar para mim!
- Mas eu já trabalho por ti…
- Não trabalhas para a Bretson Compagnie, esta empresa é familiar e não é minha, enquanto que, a sucursal vai ser. Prometo que se fores trabalhar para mim vou dar-te um dia folga sempre que pedires.
- Ah ah ah ah ah. Não precisa tanto. A tua proposta é tentadora…
- Então aceita, por favor… bom não te posso deixar ir embora sem te fazer uma ultima proposta eu pago-te este valor - Stuard entregou-lhe um papel com um numero de sete dígitos. Stive ficou perplexo.
- Não, não posso aceitar isto, Bretson…
- Gosto quando pronúncias o meu nome, assim…
- Não sejas parvo. Eu não posso aceitar uma oferta desta. Não é justo.
- Vá lá, então trabalha para mim, ou implorar-te de joelhos.
- Stuard Bretson, não te atrevas a fazer isto – tarde de mais Stuard, já se tinha ajoelhado aos seus pés.
- Stevie Stonson, trabalha para mim. Stive ficou sem jeito perante esta atitude de Stuard e disse:
- Stuard, levanta-te daí por favor não sejas parvo.
- Só levanto-me quando ouvir o teu sim…
- Sim, sim eu trabalho para ti.
- Eu não ouvi bem…
- Stuard Bretson, eu trabalho para ti.
Os olhos de Stuard brilharam como uma criança que tinha acabado que ganhar a prenda que tanto desejava. Levantou-se eufórico e abraçou Stive. O contacto deixou Stive com o corpo rígido e cheio de desejo. Stuard foi afastando lentamente de Stive notando que tinha ficado perturbado com aquele abraço. Olhou-o nos olhos e não conseguia dizer nada. Stive gaguejou.
- S…sim.
Neste instante Stuard foi se aproximando dos lábios de Stive. Tocou primeiro com a ponta dos dedos e depois aproximou para beija-lo. Stive sentiu-se fora de si. Quase que desmaiou, nunca tinha sentido tal sensação. De repente ficou sem chão, sentiu as pernas bambas, o corpo a tremer. Stuard insistia no beijo e depois sentiu a correspondência de Stive lentamente. Era a primeira vez de ambos a beijar um homem. Era uma sensação fora do comum. Algo completamente novo. Stuard nunca se imaginou a beijar outro homem, aliás, achava impossível. Mas ali estava ele a beijar um rapaz que acabara de conhecer e era correspondido. Aos poucos foi recobrando a consciência a voltou a realidade e Stive afastou-o bruscamente.
- Isto não podia ter acontecido - disse com os olhos cheios de lágrimas. – Como é que foste capaz de fazer isto comigo?
Quem não sonha ser beijado assim?
Mas porque Stive teve esta reação. isto vamoa saber no proximo capitulo.