YKNP XIV

Um conto erótico de killinghearts
Categoria: Homossexual
Contém 906 palavras
Data: 03/04/2012 15:16:10
Assuntos: Gay, Homossexual

Ok, chega de negativismos. Eu não me podia afundar novamente, não me podia refugiar em droga alguma nem tão pouco deixar quem eu quero ir embora. Neil não me podia deixar assim... eu sei que a culpa foi minha, mas eu o amava e não podia perder um amor novamente. Perdi Diogo, mas encontrei Neil (até antes de ter perdido Diogo no sentido físico). E Neil me dava toda a segurança do mundo, todo o amor. Ele era o tal. Cada vez mais acredito que Diogo apareceu em minha vida para isso.

Estava deitado em minha cama, pensando em tudo, ouvindo música. Diogo lá foi. Foi uma flor arrancada demasiado cedo da terra... como é que uma vida tão jovem poderia ser assim tão facilmente ceifada? Cheguei até a questionar Deus, apesar de não acreditar em Deus (é, o ser humano tem a necessidade de recorrer a alguém para além do consciente quando não obtém respostas, e isso estava acontecendo comigo). Tudo o que eu passei com ele se reproduzia na minha visão, aos mais simples passeios de bicicleta aos momentos mais íntimos, sempre recheados de carinho. Seus cabelos castanhos escuros dançando com o vento, seu sorriso, suas palhaçadas... Passou tudo tão rápido. Eu só me queria recordar de tudo de bom que eu passei com ele, coloquei de lado tudo o que fosse mau. Mas chega uma altura em que a linha acaba... E Diogo quis colocar um ponto final em sua vida repentinamente, numa questão de segundos. Depois lembrei de Neil, e o quão bom ele era para mim. Seus cabelos castanhos claros saindo de seu gorro verde em plena Primavera, sua barba perfeita, nem muito grande nem muito pequena... seu braço tatuado, suficiente para me levantar e colocar em seus ombros. Nossas discussões que sempre acabavam com gargalhadas, as vezes que ele passava sua mão em meu pescoço e eu sentia um friozinho gostoso... Nossa, ele mexia mesmo comigo. E eu tinha que lutar por ele. Levava sempre Diogo no coração, mas mais nada para além disso. Eu precisava de encontrar Neil o mais depressa possível e falar com ele. Levantei da cama, coloquei umas calças, uma t-shirt, uma camisa e um casaco. Calçei os tênis e peguei na minha bike. Eu tinha que resolver a minha vida rapidamente.

A casa de Neil se aproximava cada vez mais e meu nervosismo crescia a uma velocidade louca; parecia que era a primeira vez que falava com ele. Bati à porta e ele abriu. Não o via há 3 semanas e o seu cabelo estava maior.

- Oi. - falei, meio a medo.

- Oi. Esqueceu de algo aqui? - falou Neil, olhando para todo o lado menos para mim.

- Esqueci.

- Fala então.

Cheguei à sua beira e o beijei. Não queria saber de quem passasse na rua, e nem lembrei se os pais de Neil estavam em casa. Ele correspondeu ao beijo, mas se afastou.

- Foi disso que eu esqueci, de você, de nós. - falei, tentando sorrir.

- Esqueceu disso aqui, mas ainda não se esqueceu de Diogo em sua vida.

- Não esqueci porque você sabe o que a gente teve. Mas você é o meu amor. É com você que eu quero estar. - estava dizendo coisas que nunca seria capaz de dizer a alguém, mas o amor faz disso. - Eu nunca seria capaz de falar uma coisa dessas a ninguém, mas você é o meu principal suporte. Se você está mal eu estou mal.

- Não sei. - falou, virando costas.

- Não faça isso! Não faça isso comigo. - falei, agarrando seu braço.

Ele me puxou para dentro de casa e me beijou. Me conduziu até ao sofá e se deitou comigo.

- Nunca mais faça algo assim. Eu te amo. - falou, passando suas mãos em meu cabelo.

- Eu te amo também.

Ele sorriu e voltou a me beijar. Tirei sua camisola, enquanto que ele tirava meu casaco, camisa e t-shirt. Eu já o sentia duro, e belisquei seu pescoço. Ele gemeu e sorriu, tirando o seu cinto. Eu tirei meus tênis e meus jeans, enquanto que ele ficava só de cueca. Voltei a me sentar em cima dele, beijando-o e colocando minhas mãos em seus cabelos. Tirei minha cueca e a dele. Beijei sua coxa, sua virilha... Até que cheguei em seu pau. Passei minha língua pelo saco e depois pela vara, seguindo-se a cabeça. Enquanto que o chupava, Neil acariciava meus cabelos e gemia. Depois me levantou e me virou, beijando minhas nádegas, as abrindo para encontrar o que ele procurava. Passou sua língua em meu buraquinho e fez mil e um movimentos. Minutos depois me penetrou. Sentia seu tronco suado em minhas costas, sua língua em meu pescoço. Suas mãos percorriam meu corpo. Depois ele se sentou no sofá e continuamos, desta vez com nossas bocas unidas. Eu amava mais que tudo Neil. Um pouco depois ele gozou, e eu também. Continuamos agarrados, ate que ele disse:

- Não quero perder você.

- Não me perde, nunca.

Aí ele levantou, colocou uma música (Undertow, das Warpaint). Música linda essa... Me abraçou e dançamos, nus. Éramos um do outro. Dançámos abraçados, e ele ia beijando minha cabeça. Chegou uma hora e eu tive que ir embora. Nos despedimos durante uns 5 minutos e eu fui feliz da vida. Eu estava de novo bem. Sou tão inconstante.

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14º e penúltimo capítulo do YKNP. é, mais 1 episódio e se acaba a aventura. obrigado a todos que têm seguido a série, abraços <3

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Comentários

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Vou comentar nesse de novo então! Nota 10 pra vce, como escritor e como pessoa. Você é especial. Parabéns

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gente, nao sei o que aconteceu mas isto postou muitos contos repetidos. comentem neste.... pf.

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