O Diário
Capítulo dois - O Horizonte
" Odeio viajar à noite, , acho que desde sempre, gosto de viajar vendo a paisagem, a grande infinidade de coisas que o mundo nos mostra, durante o dia, mesmo de avião, a luz do sol nos revela a natureza e suas formas, seus desenhos, a intensidade de suas cores, e seus vários tons e misturas, na mais bela tela jamais pintada, pois ela está em constante transformação, ora se mistura, tirando ou acrescentando-se detalhes, tudo isso guardado pela tênue linha que chamamos de horizonte, a perpétua e inexorável linha, guardiã do desconhecido, fonte da imaginação e portal dessas maravilhas incrustadas em todo o globo, é por isso não costumo viajar a noite, gosto de olhar o mundo pela janela e admirar esse lindo quadro pintado sabe-se lá por quem, na noite a janela e como uma TV desligada, uma janela fechada, se bem que nesse exato momento meu coração se encontra também envolto em trevas, uma sombra espessa chamada desilusão, como dói ver toda sua esperança escapar por suas mãos, grades desejos e anseios ruírem assim, na sua frente, mas o pior é saber que você é o culpado de tudo no final das contas, de que você baixou a guarda e que por conseqüência de sua imaturidade você sofre tanto agora, como dói.
Eu realmente estou fugindo, mas não por covardia, nunca tive medo de enfrentar os golpes que o acaso atira e acerta-nos em cheio, sofri muito, mas nunca temi o sofrimento, desde muito cedo aprendi a aceitá-lo, infelizmente, ainda não sei lidar com ele, então eu prefiro me afastar, como já o fiz várias vezes, minha mãe sempre diz que admira a minha força, minha capacidade de enfrentar as coisas de cabeça erguida, sem ponderar, sem temer. Eu realmente sou assim, não estou indo pra Florença para fugir da luta, de maneira alguma, eu sou não estou preparado física e psicologicamente para o que me aguarda no Brasil, então eu estou indo pra o único lugar que conheço onde posso me acalmar, onde posso evocar essa força e poder primitivos que habitam em mim, o sono finalmente chegou, é hora de dormir um pouco.
...
Acabei de acordar, sonhei com ele, como é chata essa mania de encontrá-lo em meus sonhos, logo após pensar nele.
...
O sol apareceu, não sei que horas são. Não preciso saber, mas em minha opinião, ver o sol brilhar agora é como presenciar uma aurora, e auroras e crepúsculos são os momentos mais mágicos do dia, onde dia e noite se encontram, acolhem-se. Acho que já estamos chegando, já me sinto bem melhor..."§Quando percebeu estar apaixonado por seu melhor amigo, Felipe enfrentou um dilema de cara, como ele, um rapaz, poderia namorar com outro sem que a sociedade os martirizasse? Mas ele nem se quer sabia como contar ao amigo ou a sua reação, ser homossexual é difícil, mas quem disse que a vida é fácil?
Ele era um garoto inteligente, logo pensaria em uma solução. A rotina continuou a mesma, escola pela manhã, almoço, loja, passeio de bicicleta e estudar, estudar muito mesmo.
A fama de Nerd que Felipe possuía em sua escola, era também outra sina carregada pelo garoto, naquela época não se falava em bullying, mas ele sempre acompanhou muitas pessoas taxadas como diferentes ou anormais, a condição homossexual de Felipe era secreta, ou se existisse, nunca fora levada a sério, mas o rótulo de CDF fazia do garoto um alvo de humilhação e chacota da maioria dos alunos da escola, principalmente de um grupo de garotos de sua sala, comandadas por Yan, um rapaz de 19 anos, desordeiro, desinteressado e muito preconceituoso, e apesar de sofrer por isso Felipe sempre fora recessivo demais para tomar uma atitude, e, na maioria das vezes era Leonardo quem o defendia, porém o mesmo insistia que seu amigo não permitisse tal humilhação:
- Lipe, você precisa reagir mano, daqui uns dias esses caras vão começar a te agredir fisicamente também, você precisa sair dessa- Aconselhou Leonardo
- Léo, eu sei que isso é chato, realmente sofro com isso, mas eu não consigo rebatê-los, é contra minha índole. – Explicou Felipe
-OK, Gandhi faz o que você preferir...
E assim os dias foram se passando,já era Maio e a rotina de Felipe ficou pesada, devido aos estudos, os passeios passaram a acontecer apenas nas tardes de domingo. Sempre que podia Léo o acompanhava, e em um desses passeios o mais velho teve uma ideia:
- Feu (Felipe realmente tinha muitos apelidos), na próxima vez que vir trarei meu cavalo, quero ver quem chega ao lago mais rápido.
-Mas o lago é muito longe! Fica mais próximo do parque do que da cidade, só porque virá montado no pobre do cavalo.
-Sem objeções Felipe, não é isso que você sempre diz... Pois desta vez quem decide sou eu, Hahahahahaha. - Disse Léo fazendo um bico sarcástico.
-Nem pensar!- Como Felipe odiava quando ele fazia aquilo- Que droga Léo, para de fazer essa careta, que coisa mais chata! – Disse Felipe chateado.
Durante o restante do percurso, Leonardo notou que Felipe estava diferente de quando iniciaram o passeio, na verdade desde aquele passeio em que descansaram sob uma árvore, Felipe se irritava facilmente, passava muito tempo pensativo, tinha dias em que o amigo passava a maior parte do tempo no Jardim da escola, ele sabia que tinha algo, mas se Felipe não queria lhe contar, ele respeitaria o espaço do amigo, como seu amigo era importante para ele! Léo fazia questão de ver aquele sorriso simpático e acolhedor do amigo, aquela determinação arrebatadora mas também aquele garoto franzino, que não enxergava sem seus óculos, e que era frágil e tão fraco que ele sentia-se obrigado a protegê-lo, e o faria a qualquer custo, pois ele era seu melhor amigo e a companhia mais agradável que ele possuía.
Felipe continuava a pensar em seus dilemas, ele devia contar ao amigo o que sentia? Ou deveria privá-lo de tamanha decepção, e em um dos poucos momentos de sua vida, ele teve medo, temia as conseqüências que o seu desabafo causaria, é como dizem, ninguém tem medo de altura, tem de cair, assim como ninguém tem medo de dizer eu te amo, tem medo é da resposta. O garoto estava muito vidrado nesse assunto que por um momento esqueceu-se da presença do amigo, e com a sua mania de pensar em voz alta, quase acarretou uma desastrosa declaração:
-Porque logo ele meu Deus... –disse Felipe pensando alto.
-O que? Ele quem menino? ta doido é?- Surpreendeu Léo
Nesse momento Felipe perdeu o equilíbrio, freou bruscamente e por muito pouco não caiu de cara no chão empoeirado; Léo parou imediatamente, ainda esperando o amigo responder, e, mas uma vez o pensamento rápido do mais novo o salvou:
-É...quem é?... Ah... meu... Meu pai, os problemas de saúde dele, logo ele que vive preocupado com a loja e as filiais.
-Humm- Fez Leonardo ainda desconfiado.
Por fim ambos encerraram o passeio e se despediram.
O clima de dúvida pairava no ar, Felipe não sabia qual seria a reação de Léo, e o amigo não sabia o que estava acontecendo com o outro, e o mais novo realmente não estava conseguindo esconder sua inquietação, um dia na loja seu pai o chama ao seu escritório:
-Filho, venha a minha sala, por favor. – Disse João
-Ok pai.
Ambos entraram na sala e João começou a conversar com o filho.
-Meu filho, você fez aquela relação que eu te pedi?
-Ainda não terminei, faltam alguns detalhes e uns cálculos e eu te entrego.
-Ótimo! Já terminei o meu quero ver como você vai se sair, afinal tudo isso será seu um dia.
-Pai, nós já conversamos sobre isso, eu me importo com sua empresa, de verdade, tenho muito orgulho de tudo que o senhor conquistou, mas meu sonho é ser médico, não tenho vocação para administrar seus negócios.
-Nossos negócios. - Corrigiu - Mas Felipe, pense bem, você é tão talentoso, melhor do que eu, até!
- Eu não posso passar a vida me culpando com “e Se”s, o senhor mesmo disse pra eu lutar pelos meus sonhos, e é o que eu farei.
- Tudo bem, mas promete que vai pensar bem nisso tudo?
-Tudo bem pai, eu prometo.
- Sua mãe esteve aqui a pouco, pediu para que você fosse jantar com ela.
Tudo bem, então eu vou.
Naquela noite Felipe se arrumou muito animado, pois iria visitar sua mãe, além dele adorar sua companhia, era a melhor cozinheira que ele conhecia.
- Oi mãe! - Disse o garoto, animadamente.
-Oi meu filho, que saudade de ti, me dá um abraço!
- Como a senhora está? Faz Uns quinze dias que conversamos!
- Estou bem, apenas cansada, e Você como está?
-Estou ótimo- Felipe temia o olhar intuitivo de sua mãe.
-Que bom! Vamos entre, ora não precisava! - Disse ao perceber a flor que o filho trazia e que lhe entregava naquele momento
-Margarida, sua flor favorita- Disse Felipe – Não tive tempo de te comprar um presente, mas falta uma semana para o Dia das Mães, então acho que tenho tempo ainda!
- Meu filho, você sabe, que você por si, já é um presente pra mim, melhor do qualquer outra coisa no mundo!
- Te amo mãe querida- Declarou- Mas chega de tanto amor, se não, vou chorar e não quero isso, hahahahahaha.
-hahahaha, é verdade, chega de tanto amor.
Então, após Felipe entrar, ambos foram para a sala, assistir TV e por a conversa em dia, e depois disso jantaram.
- às vezes, me dá vontade de vir morar com a senhora, pra comer aqui todo dia!- Disse Felipe em meio a risadas.
-Não pense que eu cozinho assim todo dia, só em ocasiões especiais. – Disse a mão do rapaz também rindo.
-Filho...
Sim?
-Não pude deixar de notar, você está meio tristonho, o que está acontecendo
-Nada mãe, só cansaço mesmo- Mentiu o garoto
-Meu instinto de mãe não falha, você sabe disso!
- É sério, não há nada.
Depois de uma longa conversa, Felipe foi para casa, meio desconcertado em ter mentido para sua mãe, mesmo sabendo que ela não havia acreditado em nada do que ele dissera.
Na segunda-feira, logo após a escola, Felipe foi escondido no centro comprar um presente para sua mãe, depois de uma cansativa busca, encontrou um colar com um pingente de estrela com um pequeno brilhante no meio, nesse meio tempo aproveitou também para comprar um boné para Leonardo, já que seria aniversário dele na semana seguinte.
Leonardo estava muito ocupado com o cavalo, pois havia adoecido, então ia da escola, direto para a fazenda do pai, não tendo muito tempo com seu melhor amigo, estava sentindo falta dele, uma estranha falta, apesar dos momentos vagos no intervalo e entre a aula, parecia que não era tempo suficiente juntos, cada vez mais, seu afeto pelo amigo crescia a galopes, antes seria capaz de suportar semanas longe do amigo, agora em poucos dias com curtos encontros sentia saudades dele, ele estranhava aquilo tudo, sentir saudades de outro cara era meio estranho, até mesmo constrangedor, mas não se importava, Felipe era seu irmão preferido.
A semana se passou e Felipe e Leonardo mal se falaram, o mais novo passou o domingo com a mãe, e ela adorou o presente, tanto que nem se lembrou do assunto do encontro anterior.
Na segunda-feira Léo senta-se ao lado do amigo e o convida a sua festa de aniversário no sábado à noite.
- Feu, festa lá em casa sábado, ok?
Tudo bem, mas eu não vou poder ficar até tarde, meu pai vai viajar e tenho que tomar conta da casa.
-Sem problemas! Mas quero você lá
A semana passou rapidamente, Felipe estava apreensivo com a festa do amigo, pois tinha medo do que veria e consequentemente sentiria.
Chegando o dia da festa, João, pai de Felipe- viajou a trabalho, e as 20h00min, Felipe foi para a festa de Léo.
A casa do aniversariante esta irreconhecível, luzes por toda parte um DJ, muitas pessoas, resumindo, uma balada, Felipe odiava festas, ia apenas por convites dos amigos, assim como o que recebera de Léo, sentia-se confuso em público, odiava multidões e barulho, sentia-se desconfortável com essas balbúrdias que eram as festas. Ao chegar ao fundo da casa do amigo, onde a festa acontecia, procura por Léo e não o encontra, decide subir até seu quarto, chegando lá, encontra o amigo, que estava inquieto.
-Oi Léo, Toma aqui um presente que comprei pra ti, espero que goste!- Disse isso entregando um embrulho para o aniversariante.
- Poxa Lipe, não precisava, valeu cara! Muito legal esse boné, poxa deve ter custado uma nota! – disse ao abrir o pacote e ver o presente - Agora vamos lá pra baixo aproveitar a festa- completou imediatamente.
-Léo.
-Diz.
- Preciso te falar uma coisa.
-O que?
-Eu... Eu T...
-A LEONARDO, NÃO VOU FICAR O DIA TODO ESCONDIDA AQUI- Manuela saiu do quarto do amigo, gritando. – ESTOU LÁ EM BAIXO TE ESPERANDO, NÃO DEMORA.
Leonardo olhou pra Felipe, com um olhar de pedido de desculpas. Felipe estava chocado, simplesmente sem reação, incrédulo, não sabia o que fazer depois daquilo.
-Eu... Tenho que ir, me desculpa. – Felipe falou apressadamente e saiu correndo escada abaixo.
Leonardo sabia que o amigo havia se chateado, quantos conselhos não recebeu? Se tinha uma coisa que Felipe não suportava era traição, isso era imperdoável para ele, Leonardo tinha prometido não correr atrás de Manuela, mesmo assim o fez, perdoou traição e traiu a confiança do amigo ao quebrar a promessa com ele. Ele se odiava, a festa havia acabado para ele.
Felipe corria para sua casa, não queria saber de nada, nem pensar em nada, queria sumir, sentia uma onda de ódio percorrer seu corpo, como uma vibra esmagando todos seus ossos das suas pernas a sua cabeça, não tinha um rumo, no momento só imaginava sua casa, seu quarto, sua cama, mas talvez a morte fosse mais atraente de que se lembrar do que acabara de ver, Manuela saindo descabelada e ofegante do quarto da pessoa que ele mais amava. Aquela visão atingiu seus olhos como olhar mortal da Medusa, e por um momento sua alma se tornou pedra, e seu coração parou de bater, como aquilo doía. Os ciúmes lhe consumia como uma fera faminta e sedenta por carne e sangue, sentia sua alma ser rasgada e esquartejada com tamanha dor que sentiu. Seus olhos lançavam gotas cristalinas de lágrimas de sofrimento e de ódio, ódio de si mesmo por acreditar que tinha chances, em pensar que poderia se entregar a paixão novamente, ele estava enganado em relação ao amigo, Léo era hétero. Em pensar que quase revelou o jogo, quase entregou os pontos e se declarou.
Depois de um dolorido caminho, Felipe chegou a sua casa, foi direto para cama e dormiu em meio a muito choro e uma angústia jamais experimentada. Sonhou com Leonardo. Acordou com o som da campainha, se levantou e foi até a porta atendê-la, rezava para não ser ele, não funcionou, ao abrir a porta Léo entra rapidamente na casa do amigo forçando-o a fechar a porta e o empurrando casa adentro até seu quarto. Felipe estava inerte, sem reação, seu sofrimento era tamanho, que ele não conseguia nem se expressar. Ambos ficaram em silêncio até Leonardo falar.
-Eu posso explicar... – Não tendo resposta, continuou – Eu estava bêbado, ai ela chegou com uns papos que me amava, e que estava com saudades de mim...
-Você não me deve satisfação alguma, apenas saia da minha casa, isso é invasão - Felipe disse friamente.
-Mas Fê...
-SAIA DA PORRA DA MINHA CASA AGORA! EU NÃO PRECISO DE EXPLICAÇÕES SUAS!- Gritou Felipe.
-VOCÊ VAI ME OUVIR!- Léo aumentou o tom.
-Por favor... Vai embora... - Em meio a lágrimas Felipe implorou.
Fê... – Disse Leonardo, se virando para ir embora...
-Vocês transaram, não foi? – Perguntou o mais novo
Leonardo não respondeu, apenas se virou, não era necessário, o mais novo já sabia que sim, antes de ir ele disse:
-O que você ia me dizer ontem?
-Agora já é tarde de mais...
-Fê, pelo amor de Deus, me diz o que está acontecendo com a gente?!?
- Nada de mais, só um mal entendido- Disse Felipe mais calmo.
-Tem certeza?
-Absoluta
-Vai andar de bike hoje?
-Não sei.
-Olha o que eu trouxe. – Disse mostrando um embrulho com doces, ele sabia que Felipe adorava-os.
-Não vale, você apelou agora!
-É pra você, mas com uma condição.
-Qual?- Perguntou Felipe, animadamente.
-Que você me perdoe e...
-“e...”...
-Me dê um abraço
-Tudo bem, mas não é pelo doce
-É pelo abraço?!?!?
-Não- Disse desconcertado.
-Porque então?
-Eu não devia ter agido assim, você tem 17 anos, é mais velho que eu, já sabe o que faz e o que escolhe
-Me desculpa mesmo assim, eu não queria ter escondido de você, mas foi tudo muito rápido.
-Ok, vamos comer esses doces agora porque se não, vou enlouquecer...
-Espera.
-Que foi?
-Meu abraço
Leonardo abraça Felipe cordialmente, como amava aquele moleque! Sim, AMAVA, ele tinha certeza. Depois disso ambos passaram a manhã assistindo filmes, comeram qualquer coisa no almoço e Leonardo relembrou da proposta de irem até o lago, ele de cavalo e o mais novo de bicicleta. E assim foi, Leonardo foi a fazenda do pai, que ficava a uns 10 km dali e buscou um cavalo apenas pois Felipe não montava. Umas 15h00min, iniciaram o passeio, e como prometido competiram para ver quem chegava primeiro, Leonardo ganhou, obviamente, tomaram banho apenas de cueca no lago e, descansados, iniciaram o caminho de volta.
Em uma descida, Felipe perdeu o controle da bicicleta e caiu violentamente na relva, a qual acabou por machucar seu pé e deixar vários arranhões em todo seu corpo. Leonardo desmontou imediatamente para socorrer o mais novo, suspendeu-o com seus braços fortes e o levou a um lugar onde pudesse sentar-se, limpou os cortes do amigo, e abraçou-o com cuidado.
Na queda, Felipe perdeu seus óculos, Leonardo o encontrou a alguns metros do local da queda, limpou-o e fez questão de colocá-lo no rosto do amigo, ao encostar ambas as mãos na face de Felipe, seus olhares se cruzaram e ambos se comunicaram na linguagem da alma, da qual só posso traduzir: o amor. Seus lábios se tocaram timidamente num encaixe perfeito, suas línguas se encontraram e juntas dançaram num lindo beijo, doce, úmido e saboroso. Um beijo que seria como um horizonte, uma coisa que os levaria a caminhos e lugares desconhecidos, onde habitava a felicidade...
CONTINUA...
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Olá pessoas, está ai mais uma parte do conto, novamente peço desculpas pela demora, pois o pouco tempo livre que possuo não me permitem escrever este conto rapidamente
Gostaria de agradecer ao apoio de vocês, estou muito grato pelos comentários no primeiro conto, e gostaria de pedi-los que continuem a comentar, criticar e elogiar, pois escrevo para vocês leitores. Outra vez, peço desculpas pela incoerência e a falta de dinâmica no conto, mas infelizmente não consigo escrever de outra maneira, outra coisa, me desculpem pela falta de erotismo, mas quero fazer uma história, que seja mais que sexual, quero contar uma história de amor... por favor, volto a pedir, comentem, critiquem e digam se o conto está incoerente ou difícil de entender , Beijos Dr. D.