O amor não é cego (o dia seguinte)

Um conto erótico de jornalista77
Categoria: Homossexual
Contém 1233 palavras
Data: 24/04/2012 23:38:07

Melissa acordou na manhã seguinte e se viu sozinha na cama. Leila havia saído tão de mansinho que não percebera. No corpo e na alma, a lembrança da noite maravilhosa que viveram. Uma noite de sexo como nunca experimentara. Ela não era lésbica e Leila também não. Mas, isso não importava. Seus corpos se encaixaram e se complementaram de tal forma que convenções sociais ou rótulos não tinham vez ali. Até mesmo sua virose parecia ter desaparecido. Levantou-se, tomou banho e foi tomar café. Sentiu falta de Leila na refeição matutina. Foi à faculdade, afinal estava enferma há uma semana.

Leila voltara pra casa antes do dia amanhecer. Cobriu Melissa, deu-lhe um beijo no rosto e saiu de mansinho pra não acordá-la. Deitou-se em sua cama e tentou visualizar o que ocorrera noite passada. No corpo, ainda sentia o cheiro de Melissa. Com essa lembrança, adormeceu e só acordou com o despertador, avisando que seu aluno estava para chegar. Contra a vontade, levantou-se, mas não tomou banho. Queria continuar com aquele cheiro. O garoto chegou, começou a aula, mas a cabeça de Leila estava alguns andares abaixo. Desculpou-se, alegou dor de cabeça e despachou o aluno. Deitou no sofá e lá ficou até sua irmã chegar para o almoço. Contou-lhe tudo, especialmente o medo e as dúvidas que martelavam sua cabeça.

O dia transcorreu dessa maneira: Melissa na faculdade e Leila em casa, ambas sem conseguir se concentrar em nada, apenas pensando uma na outra e, ao mesmo tempo, com medo de se encarar. Lucia, a irmã de Leila, a incentivava a procurar melissa, mas Leila não sabia o que dizer. Havia muitos assuntos em comum entre elas, é verdade, mas é verdade também que nada seria mais importante do que falar da noite que passaram juntas. Além disso, que futuro teria essa relação? Sexo de novo? Melissa não era lésbica para aceitar transar novamente com Leila. Namorar? Leila sabia bem como eram os namoros de Melissa. Além do mais, Melissa jamais iria querer namorar uma garota e cega, por sinal. – Que bom que você já decidiu por você e por ela, Leila. Se não tem jeito, fica aí sozinha no sofá, curtindo sua deprê – ironizou Lucia.

No final da tarde, Lucia havia descido para resolver um assunto com o porteiro e viu Melissa conversando com outra moradora. Rapidamente, veio-lhe a idéia de forçar um encontro entre ela e a irmã. Interfonou e pediu a Leila que descesse para lhe ajudar num assunto. Com grande má vontade, Leila se levantou e desceu. Quando o elevador parou no térreo e a porta abriu, Melissa estava parada na frente. Ela tomou um susto quando viu Leila lá dentro e a outra a identificou pelo perfume. Ficaram paradas sem dizer nada até que Melissa quebrou o silêncio:

- Oi, Leila. Tudo bom?

- Oi, Melissa. Tudo bem. Como você está se sentindo?

- Estou ótima. Graças aos seus cuidados. Você é uma excelente enfermeira.

- Imagina, eu não fiz nada, só lhe fiz companhia – A conversa transcorria tensa e constrangedora.

- Foi exatamente essa companhia que me fez ficar boa. A companhia e todo seu carinho. Aliás, Leila, por que você saiu essa manhã tão cedo, sem se despedir?

- Você dormia tão tranqüila, não quis te acordar, desculpe.

- Não precisa se desculpar. É que eu senti sua falta, me acostumei com você lá em casa, especialmente durante o café da manhã. Você não quer ir comigo lá em casa agora? – Melissa perguntou e já entrou no elevador.

- Acho melhor não, Melissa. Depois do que houve, acho que devemos ficar longe por um tempo.

- Eu discordo. Acho que devemos conversar sobre o que aconteceu – Melissa apertou o botão do seu andar. Desceram do elevador e entraram em seu apartamento. Leila já o conhecia bem e sentou-se no sofá. Melissa pediu licença pra ir trocar de roupa. Voltou com um vestidinho leve no meio das coxas, calcinha e sem sutiã e com o perfume que usara na noite passada. Voltou pra sala e sentou-se ao lado de Leila. Ela sentiu o perfume e estremeceu. Melissa ofereceu um suco, mas Leila não quis.

- A noite passada foi maravilhosa. Nunca ninguém fez aquilo comigo. Não sabia que você era lésbica.

- Não sou. Nunca tinha tido nada com mulher nenhuma.

- Por que você foi embora sem me acordar? Eu fiz alguma coisa errada?

- Não, Melissa, claro que não. Eu também achei a noite maravilhosa. Mas, quando eu acordei, fiquei muito confusa. E com medo da sua reação também.

- Do que você teve medo? Você sentiu como eu gozei muito gostoso, como eu me derreti com você. Você achou que eu não tinha gostado?

- Eu não sei o que eu achei. Só sei que tive medo de você ter se irritado ou sei lá. Eu sabia que você não era lésbica, podia pensar que eu me aproveitei da sua doença...

- Eu jamais pensaria isso de você. E vou provar – Melissa tomou o rosto de Leila nas mãos e a beijou. Leila tentou resistir, mas Melissa sentou-se em seu colo e dominou a situação. Continuou a beijá-la, acariciar seus cabelos. Leila foi se soltando aos poucos e dando vazão ao tesão que passou o dia sentindo. Colocou as mãos na bunda de Melissa e depois a abraçou, retribuindo seu beijo. Aquela menina podia ser doidinha, mas beijava de forma deliciosa. Melissa deitou Leila no sofá e tirou sua roupa. Devagarzinho, foi tirando peça por peça e beijando cada centímetro do seu corpo. A cada beijo, lambida ou toque dos seus dedos, Leila gemia e pedia mais.

O corpo de ambas queimava em brasa. Melissa se deliciava nos seios de Leila, que se contorcia em sua boca. Enquanto mamava, Melissa desceu um dedo pra xaninha ensopada de Leila. Depois, ela desceu com a boca e, ao chegar lá embaixo, passou a língua em toda a extensão daquela buceta deliciosa, bebendo seu mel. Leila gemia cada vez mais alto, sacudia a cabeça de um lado a outro, agarrava a cabeça de Melissa e a empurrava de encontro a sua virilha. Melissa colocou dois dedos na buceta de Leila e passou a chupar e morder de levinho seu grelo. Leila foi às nuvens nesse momento. Seu corpo tinha convulsões e, quando Melissa prendeu o grelo nos seus dentes e enfiou a língua fundo na xana, Leila teve um orgasmo fantástico. Melissa beijou a xana e subiu no corpo da amiga. Beijaram-se mais uma vez.

Leila a abraçou, acariciando seu pescoço, suas costas e seus seios. Abriu o vestido de Melissa e mamou naqueles seios gostosos. Com a mão por baixo de Melissa, entrou em sua calcinha e começou a dedilhar seu grelo. Pediu a Melissa que sentasse em seu rosto pra que pudesse chupá-la. Rapidamente, Melissa tirou o vestido e a calcinha, montando em Leila e sentando-se em seu rosto. A artista agarrou sua bunda e meteu fundo a boca na xoxota de Melissa. Chupava seu grelo e enfiava a língua, bebendo todo o melzinho que saía lá de dentro. Melissa se virou na posição de 69 e passou a chupar a buceta de Leila também. As duas se chupavam com fome e sede, enfiando dedos e língua o mais profundo que podiam. Até que gozaram forte, tremendo e arfando. Melissa se virou de volta, deitando-se nos braços de Leila. Não sabiam o que era aquilo, amor ou luxúria, só sabiam que era nos braços uma da outra que queriam ficar.

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Comentários

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Particularmente, prefiro contos narrados na primeira pessoa, mas o seu é lindo, mesmo na terceira. E muito bem escrito. Perfeito!!!maryannadutra@hotmail.com

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Liiiinndo, espero que a amizade seja ainda mais forte. Por que evitar-se o prazer qdo êle se apresenta ? Vamos curtir o diferente e o novo... (prazercomamizade@hotmail.com) Recife.

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