Os fatos que irei relatar aqui devem ser tratados como uma experiência. Não sou jornalista e nem escritor, na verdade nem mesmo tenho qualquer formação especifica para área. Mas como ao narrar aqui uma passagem muito importante da minha vida a receptividade foi desconcertantemente alta, resolvi me aventurar por novos caminhos.
Contarei aqui a história que não me pertence, o seu real protagonista me contou ela a algum tempo atras. E depois de sua autorização vou conta-lá para vocês. Alguns elementos desta história são reais, outros serão ficção que criarei, espero obter pelo menos metade do sucesso nessa nova empreitada que obtive na ocasião anterior. Espero sinceramente que gostem.
Capitulo 1 - Retornando para casa.
Ricardo acabava de acordar com mais um sacolejo do ônibus. A estrada mal cuidada do interior tornava muito difícil a continuidade do sono. Já fazia 16 horas que viajava de Jacobina, cidade do interior da Bahia, em direção a sua cidade natal. O assento era desconfortável, o veiculo velho e mal-tratado e para piorar os companheiros de viagem não facilitavam conversando alto mesmo aquelas horas da noite.
"Ah dane-se, não estou conseguindo dormir mesmo!" Era o pensamento que riscou a sua mente naquele momento. Ele sentia um misto de ansiedade com nervosismo. Após a morte de seus pais em um trágico acidente de carro, ele precisou se mudar para morar com a única tia com condições de mante-lo. Toda a família era muito humilde, sua tia Mara a menos humilde. Já haviam cinco anos que ele deixará sua antiga cidade. Passou os últimos seis meses economizando ao extremo para poder fazer esta viagem que tinha apenas um objetivo. Rever a sua amada avó.
Ele já se entendia como homossexual, mas não estava pronto para se assumir assim para o mundo. Por diversas vezes se pegou pensando o porque do seu medo. Ele não compreendia como podia estar tão certo de quem era mas ainda assim não ser capaz de se revelar ao mundo. Embora extremamente discreto e sem trejeitos afeminados temia que talvez a família não compreende-se, ou talvez esta fosse apenas a desculpa que ele encontrou para não precisar se assumir, pelo menos por hora.
Mas o nervosismo dele não tinha somente haver com o fato de rever seus parentes, mas sim em voltar para cidade que viveu com seus pais. Tinha apenas 14 anos quando tudo aconteceu. De uma hora para outra sua vida mudava. Amigos e parentes todos ficaram para trás. Sua tia, Mara, havia mudado para Bahia após se casar. Mudar para uma cidade na qual se tem apenas um parente e não se conhece ninguém logo após a perca dos pais não foi fácil para ele. Por muito tempo sofreu com a distancia e a solidão ate a construção de novas relações em seu novo lar.
Se perguntava como estaria a cidade. Algo teria mudado? Formosa era uma típica cidadezinha do interior que foi emancipada. A sua economia girava em torno dos empregos gerados pela nova prefeitura. A cidade tem cerca de vinte mil habitantes. Sua avó vivia com a maior parte dos filhos em uma roça a a dois quilômetros antes da cidade. Esse era outro motivo que dificultava seu sono, embora ainda longe sabia que deveria se manter acordado para não perder o ponto de descida, caso contrario retornar seria um gasto desnecessário.
Mas mesmo com toda ansiedade, Ricardo estava muito feliz. Tinha traçado dois objetivos para aquele ano e estava prestes a concluir o segundo. Seu primeiro era a faculdade. Conseguiu aprovação na Faculdade Federal da Bahia para o curso de direito. Mesmo apenas tendo estudado em escolas publicas, Ricardo sempre foi estudioso e esforçado. Após a conclusão do ensino médio havia feito um curso pre-vestibular, também publico, e trabalhava em uma rede de Fast Food e fazia toda sorte de bico para ganhar algum trocado. Esforço era o seu sobre nome. Estava indo levar as boas novas para a avó, pois é, em breve um neto doutor.
Ele era um homem relativamente bonito. 1,78 de altura e cerca de 72 quilos. Cabelos negros e lisos, curtos, pele morena puxando para o claro e olhos escuros. Tinha o corpo esguio, indo bem para o magro. Em fim, nada de especial, mas longe de ser feio.
Planejava passar um mês, o período de dezembro e inicio de janeiro na sua cidade e depois iria para Salvador. Ja tinha acertado uma republica, mas precisava chegar com alguns dias de antecedência para poder se ambientar e principalmente, encontrar um emprego. Agora a vida dele começava a ser por sua própria conta. Ele não temia o futuro. Tinha disposição para o trabalho. Na verdade ele ansiava por essa liberdade. Afinal, nada melhor do que ser dono do próprio nariz.
E perdido em todo esse turbilhão de pensamentos nem percebeu o tempo final da viagem passar e quando se deu conta já precisa saltar. Eram cinco horas da manhã quando ele saltou do ônibus. Trazia duas malas e uma mochila que eram literalmente tudo que ele tinha. Ele era grato por tudo que a tia tinha feito, aliais ele já a tinha como sua segunda mãe e a preocupação dela com a partida dele era a de uma verdadeira mãe. E caso tudo desse errado ele sempre teria para onde voltar.
Quando saltou deu de cara com a prima. Embora já houvesse passado cinco anos anda reconhecerá Ana.
Ana: -Ricardo, é você mesmo?
Ricardo: -Claro que sou eu Ana. Nossa você não mudou nada.
E seguiu-se o abraço. Quando crianças eram muito próximos. Pode-se dizer ate que eram melhores amigos. Ana era uma mulher atraente, o corpo magro e a pele levemente morena, com longos cabelos que originalmente são negros, era uma mulher atraente, mas seus atuais cabelos loiros lhe davam um ar meio vulgar. Nos últimos cinco anos se falaram muitas poucas vezes apenas por telefone. Mas o carinho que tinham um pelo outro permanecia o mesmo. Tinham que caminhar cerca de 20 minutos para chegada em casa. Aproveitavam a caminhada para colocar a conversa em dia.
Ana: -Nossa! Um primo advogado! Que maravilha Rick! (apelido carinhoso dado a Ricardo pela prima) vai ficar chique agora né?
Ricardo: -Mas é só daqui a 6 anos, ainda tem muito estudo, formatura, OAB, nem começou ainda!
Ana: -Mas você sempre foi muito esforçado, tenho certeza que você vai longe!
A conversa seguiu animada, cada um contando as novidades de suas vidas. Ricardo e Ana tinham a mesma idade, 19 anos. Mas havia claramente uma diferença de pensamento entre eles. Embora muito amigos ele se preocupava mais com coisas importantes e objetivas, enquanto ela era sonhadora e um tanto supérflua. O que é muito ruim para alguém pobre. Qualquer bobagem com uma etiqueta de marca ou que representasse valores altos a fascinava. Mas isso era superado pelas suas virtudes e pelo o quanto ela gostava do primo.
Finalmente chegaram na casa da avó. Todos já estavam acordados. Normal, afinal a vida no interior e principalmente na roça começa cedo. A novidade eram ainda estarem todos em casa. Pois é esperavam a chegada de Ricardo.
Foi calorosamente recebido por todos. três dos seus tios moravam na casa grande e antiga, que antes de pertencer a sua avó foi de sua bisavó que a anos já havia morrido. Casa com mais de 80 anos, não só a avó como todos os outros filhos nasceram ali. Hoje dois eram casados e tinham filhos e a tia mais velha, Lúcia, nunca havia se casado. Era uma casa onde moravam muitas pessoas. Mas o que não era um problema pelo imenso tamanho desta. Ricardo não morou ali na sua infância. Seu pai levou sua mãe para o centro da cidade. Na época a única fonte de renda de todos os outros parentes era o mesmo ate aqueles dias. A roça.
Ricardo passou horas conversando com a avó, contando o que havia acontecido, as novidades da tia e do tio em Jacobina, os seus planos para o futuro e claro o grande alvoroço que foi na casa ao dizer que seria advogado. Ele era o primeiro da família que teria um nível superior.
Foi no fim da tarde que Ana chegou na casa com o namorado. Carlos era bem mais velho que Ana, tinha seus 32 anos, pele cor de jambo, cabelos crespos, não era muito alto, no máximo 1,76 ou 1,77, uns 70 quilos no máximo. Era um homem da lida, corpo trabalhado pelo trabalho no campo. Ele já tinha uma pequena criação de gado e um pedaço bom de terra dado pelo pai, tinha também uma picápe bem surrada. Não era um homem bonito. A sua situação financeira comparada com a da família de Ricardo era bem melhor e ele queria casar. Ricardo gostou dele logo ao ser apresentado. O seu jeito tímido e honesto passava a impressão de que se tratava de uma boa pessoa. Ana: -Rick vamos na cidade, você passou o dia todo aqui e nem viu a cidade, vamos lá.
Verdade, ficou o dia inteiro curtindo a avó, e estava realmente curioso em ver como estava Formosa.
A cidade tinha mudado sim. Agora parecia mais com uma cidade do que com um povoado, o novo prefeito se preocupava em manter a cidade bem cuidada. Havia descoberto um novo nincho para atrair turistas para a cidade. O turismo ecológico. Os arredores de Formosa eram cheios de pequenas grutas e cachoeiras e pontos ideais para alpinismo e rapel. O publico freqüentador desse tipo de turismo geralmente eram jovens e por isso bares, restaurantes e novas pousadas haviam sido abertas. E tudo estava andando tão bem que a re-eleição do prefeito era dada como certa.
Eles foram a um barzinho, point da balada, em uma das praças da cidade. Estava bem movimentado e um publico bem jovem. Época de ferias, atraia muito movimento para a cidade. Sentaram-se em uma mesa e começaram a conversar enquanto tomavam uma cerveja.
Foi por volta das 22 horas que a cabeça de Ricardo se voltou para a entrada do bar e viu ele chegando.
Tratava-se de um homem grande. 1,85 de altura. Encorpado, corpo bem grande mesmo, ele pesava torno de 105 quilos. Pele bem branca. Usava um boné vou a viseira voltada para trás. Uma camisa regata que revelava os grandes braços, musculosos e com veias aparentes. Notou uma tatuagem que parecia nascer no peito alto que marcava a camisa e subia cobrindo o ombro e passava paras as costas de algo que parecia um tribal. Usava calça jeans. Era um homem de chamar muita atenção. Grande, bonito e muito branco. O rosto com traços arredondados mas muito másculos. Tinham um par de olhos muito negros, assim como sua barba por fazer da mesma cor e ele notou que sobre o boné não devia haver cabelo, estava totalmente raspado e para completar as típicas orelhas dos jiu-jiteiros. Deformadas e grossas e cheias de calos. Pelo relógio e as roupas que usava claramente era uma pessoa de posses.
Ele entrou fazendo barulho e gritando com o grupo grande que estava em uma mesa no centro do bar. Nessa hora Carlos disse:
“-Pronto Betão chegou. Acabou o sossego.”
Dito isso se levantou e disse que iria ao banheiro, para pedirmos a conta e irmos a outro lugar.
Ricardo não entendeu essa reação dele, mas ao sair da mesa Ana começar a se derreter:
Ana: -Ai esse homem é um tudo!
Ricardo: -Ah entendi, por isso que o Carlos não gosta dele, você paga pau pro cara.
Ana: -E quem nessa cidade não paga? Ele é o Betão.
Percebendo a confusão de Ricardo ela explicou.
Ana: -É o filho do prefeito, tem 25 anos, o cara esta em todos os eventos, viaja sempre para o exterior, rico, esportista e lindo! Tipo homem, macho e na cama Rick, aiiii, Rick Betão na cama é um tudo!
Ricardo: -Como você sabe disso?
Ana rindo um pouco: -Oras, experimentei né?
Ricardo devolvendo o riso: -Você não perde tempo hein?
Ana: -É por isso que o Carlos não gosta dele, entendeu?
Ricardo: -Isso foi antes de vocês namorarem, certo?
Ana com um sorriso descarado: -Claro que não. A gente já namorava, mas eu bebi um pouco demais, ele não quis sair naquela noite por que havia trabalhado demais e o Betão chegou junto de mim, e quando Betão quer alguém ele pega né e poxa né, ai Rick não resisti.
Ricardo: -E ele ficou sabendo disso?
Ana: -Claro, que o Betão pega vira noticia na hora.
Ricardo: -E ae?
Ana: -E ae que me perdoou, mas ele achou que tinha que dar uma de macho-cho-cho e partiu para cima do Betão né? Acabou que levou uma surra horrorosa.
Ricardo ficou abobalhado com a historia. Sua prima era muito mais louca do que ele imaginava: -E ainda assim ele te perdoou?
Ana: -Claro né Rick, afinal de contas eu não trai ele com um carinha qualquer, foi com o Betão. Ele entendeu e a gente se gosta, eu queria continuar com ele. Ate porque não adianta sonhar com o Betão, ele não fica com ninguém mais que um fim de semana.
Ricardo ouvia incredulamente as palavras da prima. Tudo bem que Betão era um belo exemplar de macho, mas daí a aceitar uma traição com ele só por causa da sua popularidade e dinheiro? Isso era demais para a cabeça dele. Enquanto ele pensava sobre o que a prima dizia observava ele na mesa com os amigos. A maneira que eles se tratavam parecia mais que estavam brigando do que brincando. Socos em ombros, xingamentos, etc, etc, etc. Quando ele respirou fundo e ia continuar a perguntar sobre o Betão, Carlos chegou na mesa.
Carlos: -Pediram a conta?
Ana: -Não o garçom não apareceu.
Carlos então tentou chamar o garçom, mas como esse não o ouvia ele gritou mais alto por ele. Isso chamou a atenção de Betão que olhou para Carlos. Com o olhar dele, Carlos se sentou imediatamente.
Carlos: -Porra ele estava viajando, se sei que ele já estava na cidade não tinha vindo aqui.
Ana: -Calma Carlos o cara esta lá nem tá ligando para a nossa existência.
Ricardo achando que deveria opinar: -Mas se ele não esta confortável aqui, acho que podemos ir para um outro lugar que ele se sinta melhor. Se eu estivesse desconfortável também iria querer ir embora.
Carlos: -Aí! Ta vendo? Ele sabe como eu me sinto, vamos embora por favor?
Ana meio a contra gosto: -Ah tá bom então. Ja que são dois contra um, vamos.
Quando Carlos se virou para chamar o garçom mais uma vez seu rosto deu de cara para a barriga de Betão que havia chegado do nada na nossa mesa.
Betão olhando para Carlos: -Fala ae frango. E depois olha para Ana e fala de maneira levemente carinhosa: -Boa noite minha linda!
E em seguida sem dar tempo de ninguém responder nada bota com força uma garrafa de cerveja em cima da mesa.
Betão: -Pra vocês enquanto o garçom não chega.
Ricardo achou meio que uma afronta a atitude dele. E não gostou.
Ricardo: -Muito obrigado, mas ja estamos de saida.
Betão sorriu com o canto da boca e respondeu: -Quem é o mané?
Ana: -É meu primo, ele chegou hoje da Bahia.
Betão: -Ah tá. Mais um frango pra granja (e ao falar isso deu um tapa nas costas de Carlos e continuou), -Não é franguinho?
Carlos se encolheu e não respondeu.
Ana: -Mas de qualquer jeito obrigado, nos ja estamos de saida.
Betão agora com ar serio e um olhar que chegava a assustar: -Não vão não, vão ficar ae. Eu acabo de chegar e vocês se saem? Nem pensar. Quando eu chego em um lugar tem que me render homenagem. Ou tão esquecendo quem eu sou?
Carlos agora com ar de dominado: -Claro que não Betão, ninguém ta indo embora agora não. Muito obrigado pela cerveja, você é muito generoso.
Betão: -É isso ae frango, mansinho e obidiente. Do jeito que eu gosto. Curtam a noite.
E quando ia saindo se voltou novamente para Ana: -Ô, tô com saudade hein! Temos que repetir aquela noite. (e piscou para ela).
E saiu de volta para a mesa dele.
Ricardo não entendeu nada do que aconteceu ali.
Ana pegando na mão de Carlos: -Ele tá brincando, só queria te pirraçar.
Carlos: -Eu sei disso, ele nem deve se lembrar seu nome. Ele já pegou todas as vadias dessa cidade, você para ele é só mais uma.
É, o clima ficou pesado. Ana não respondeu, apenas ficou lá segurando a mão dele ate que ele soltou da mão dela, pegou a cerveja dele e encheu os copos.
Carlos: -Vamos beber antes que ele se ofenda.
Ricardo não agüentando mais aquela situação soltou o que estava preso em sua garganta: -Mas espera um pouco, porque esta todo mundo se cagando de medo desse cara? Ele é grande mas não é dois.
Ana e Carlos com ar de nervosos começaram a olhar ao redor da mesa para ver se alguém poderia ter ouvido aquele comentário enquanto ela dizia: -Menino fala baixo vocês esta maluco? Ele acabou de sair da nossa mesa deve esta todo mundo de olho na gente.
Carlos em voz baixa: -Betão pode não ser dois, mas sabe se defender como se fosse, mas não é por isso que a gente tem que respeitar ele. O verdadeiro motivo é pai dele.
Ricardo agora quase sussurrando seguindo os outros dois: -So porque o pai dele é prefeito?
Ana: -Pior que isso, o cara manda na cidade. É dono das melhores pousadas, de dois postos de combustível, de lojas, de restaurantes e ate desse bar. Se o filhão dele ali se queixar de alguém para o pai, a pessoa esta acabada aqui na cidade.
Carlos: -Tem casos de famílias inteiras que tiveram que se mudar de Formosa porque desagradaram Betão de alguma maneira. Ate uma fazenda o pai dele conseguiu que a prefeitura tomasse.
Ana: -Tem que respeitar Betão, você esta chegando agora e não estava sabendo, por isso que ele só fez aquela piadinha com você e foi embora, caso contrario poderia ter ficado feia a coisa aqui hoje.
Ricardo entendeu que Betão era o filhinho querido do dono da cidade. E que a borsalidade que ele apresentou naquela noite tinha sido apenas uma amostra grátis da personalidade dele. Ficaram no bar por mais uma hora em um clima meio chato ate que Betão foi embora do bar. Quase que imediatamente Carlos pediu a conta e fomos embora. Eles não tocaram mais no assunto naquela noite. Falaram de antigos amigos e outros assuntos. Chegando em casa Ricardo deixou o casal no carro e se recolheu para o seu quarto improvisado. Sua avó tinha ajeitado um lugar para que ele ficasse só e tivesse alguma privacidade. Quando ele se recolheu Ana ainda estava no carro com Carlos. Talvez ele não tenha aceitado tão facilmente o que Ana fez com ele no passado e estivessem lavando roupa suja naquele momento. O encontro com Betão poderia ter reaberto a ferida.
Não era culpa ou responsabilidade de Ricardo as atitudes da prima e por isso não se preocupou com ela. Afinal todos tem de volta da vida apenas o que elas plantam.
Se deitou e foi dormir. Mas a imagem de Betão não saia da cabeça. Como um cara tão bonito pode ser tão babaca? Por ele se não visse mais Betão durante sua estadia ficaria muito feliz. Mas não era a distancia de Betão que o futuro reservava para ele. Muito pelo contrario. Eles estariam cada vez mais próximos nos dias que chegavam.