GISELA: BRUNO ... AMOR, NÃO FAZ ISSO COMIGO ...
- MINHA CASA 00:35
PAULA: Gi ... Acorda meu amor.
GISELA: Paula - ? - nossa ... Acho que tive um pesadelo.
PAULA: Com o Bruno né, ele estava te batendo de novo?
GISELA: NÃO, Estávamos bem, tinhamos uma filha Linda e eu amava ele, e de repente ele estava jogado ao pé da escada morto.
Me levantei e me encaminhei ao local onde vi o Bruno caido, no sonho. Veio tudo como um flash em minha mente, cada detalhe daquele sonho, que mais me parecia um sinal.
PAULA: Hum ... Está tudo bem Nega?
GISELA: Foi um aviso Paula, aquele sonho foi um aviso, um aviso de que eu não tenho o controle da minha vida. Eu nunca faço o que eu quero e sempre sigo os pensamentos dos outros.
PAULA: Não Nega, não é isso não, você só ficou impressionada. Não tem nada a ver.
GISELA: Tem sim Paa, está tudo bem explicado agora. Foi um aviso.
PAULA: Pára Gi, você nunca ligou para essas coisas antes, o que tá acontecendo? Que sonho foi esse que te deixou tão impressionada?
Ela me guiou até o sofá segurando minha mão, me sentou no sofá frente a ela.
GISELA: Quando a gente estava aqui assitindo a novela eu peguei no sono, acho que pouco depois você falou alguma coisa de beijo.
PAULA: Eu percebi mesmo que dormiu - disse ela torcendo o nariz - me deixou falando sozinha.
GISELA: Então eu sonhei que nos beijamos aqui no sofá e o Bruno chegou na hora, ele armou com Diego e fizeram um escandalo na faculdade para todo mundo saber de nós duas. Depois que estávamos juntas seus pais proibiram você de ficar perto de mim, nós brigamos e você nunca mais falou comigo. Depois de um tempo eu e Bruno nos reconciliamos e tivemos uma filha Linda, estavamos super bem quando eu o vi ali no chão.
Comecei a chorar muito, aquele sonho parecia muito real, eu sentia uma dor imensa na cabeça, eu estava confusa, me sentindo um pouco tonta. Eu precisava ver o Bruno, eu queria ter certeza que ele estava bem.
Disse isso a ela, e não foi uma reação muito boa, se levantou do sofá me deixando, e eu ainda estava lá pensando.
Em um ato de loucura decidi ligar para ele.
BRUNO(telefone): Pronto.
BRUNO(telefone): Alo ... Não tem o que fazer não Gisela?
GISELA(telefone): Como você sabe que sou eu?
BRUNO(telefone): Eu conheço até sua respiração, e além do mais apareceu seu nome no identificador do celular.
GISELA(telefone): Desculpa te ligar a essa hora, mas eu tive um pesadelo e queria saber se estava bem.
BRUNO(telefone): Eu estou ótimo, só um pouco sonolento, mas eu queria mesmo falar com você.
GISELA(telefone): Tudo bem, vai dormir, amanhã temos que acordar bem cedo né, Boa Noite!
BRUNO(telefone): Boa Noite, e desculpa tá?!
GISELA(telefone): Tchau.
BRUNO(telefone): Beijo tchau.
Paula estava recostada na parede, me olhando com os braços cruzados. Eu nem liguei para cara feia dela, não tinha feito nada de errado.
PAULA: O cara te agride e você ainda se preocupa com ele, por causa de sonhozinho besta.
GISELA: Eu me preocupo com as pessoas, não ligue para mim, eu sou essa idiota mesmo que você está vendo.
PAULA: Você não ama ele, só porque o sexo é bom não quer dizer que existe amor.
Sai em silencio me encaminhando ao quarto, e ela me seguindo tentando me convencer.
PAULA: Você não sonhou que tinhamos nos beijado? Foi bom não foi? Então vamos tornar realidade.
GISELA: Você é louca menina? Eu não vou transar com você. Você nem tem pinto.
PAULA: Kkkkk, tem um na minha bolsa lá embaixo.
GISELA: Você já ficou com outras meninas né.
PAULA: Com algumas.
GISELA: NOSSA, e você nem me contou sua vadia. Que tipo de amiga é você que não diz nada da sua vida.
PAULA: Foram só aperitivos, o prato principal é você.
GISELA: Que nojo, eu não vou fazer isso não, sua doida - gargalhando - vai procurar outra piriguete.
Ele gargalhando também se aproximou de mim e me beijou, me esforcei para livrar-me daquela boca macia e daqueles braços longos que me apertavam, parecia que ela queria fazer um purê de mim.
Com muito custo, me afastei dela.
GISELA: Pára Paula, eu não vou transar com você.
PAULA: Só uns beijinhos servem por enquanto.
Sorri da cara dela, nos deitamos na minha cama, frente a frente. Eu a olhava curiosa e ela me olhava bem safada, estava com medo dela. De repente ela me diz.
PAULA: Podiamos namorar né.
GISELA: Você é louca? O que as pessoas vão pensar?
PAULA: As lésbicas vão ter inveja de mim, o homens terão tesão em nós duas e as heteros terão curiosidade pelo assunto - disse isso morrendo de rir - e os gays, os gays nem vão ligar para isso.
GISELA: Para você é tudo festa né. Mas sem ninguém saber por enquanto.
Ela me beijou e eu pedi calma, ainda estava assustada. Ela nem ouviu, tirou a blusabranca dela e me mostrou o sutiã amarelinho, me beijou mais intensamente e percorreu as mão no meu corpo. Minha consciencia nos impedia de prosseguir, ainda era tudo novo para mim. Havia acabado de termirar um longo relacionamento e estava entrando em outro que tinha tudo para não dar certo. Curti os beijos, mas não passou disso.
FIM