De volta para minha terra (02)

Um conto erótico de Lobo_Escritor
Categoria: Homossexual
Contém 2266 palavras
Data: 12/04/2012 21:20:08

***Primeiramente quero agradecer a todos que leram a primeira parte deste conto e que me receberam tão bem aqui neste site. Espero que vocês gostem dessa segunda parte. É uma pena esta série só ter três partes, mas com a disposição aparecendo, eu escrevo mais pra vocês.***

Costumo acordar bem cedo. Inclusive nos fim-de-semanas, e este sábado não foi uma exceção. Dormir abraçadinho com Carlos foi tudo de bom. A realização de um antiguíssimo sonho. Só que esse sonho não ia de jeito maneira levantar para fazer café pra mim. Levantei, coloquei a água para passar o café, fiz algumas torradas, cortei um queijin’ de Minas, e preparei uma bandeja linda pro meu brother. Entrei no quarto de fininho, e deixei-a no criado mudo dele. Carlos estava atravessado na cama, sem lençol, só de cueca. Àquela hora da manhã, seu pau já estava estonteantemente estufado debaixo do pano. Como a cena era linda. Aquele homem estirado, dormindo feito anjo em minha frente. Subi na cama, e levemente tirei seu pau pra fora da cueca. Humm... já estava até lubrificado...lambi um pouco e coloquei a cabeçona na boca. Ele se assustou e riu ao me ver com pau e bolas na boca.

— Bom Dia... — disse-lhe carinhosamente.

— Humm... Bom dia... que delicinha acordar com um boquete logo pela manhã... Você é safadinho, hein?

— Ué... Minha mãe sempre me disse para tomar o leitinho de manhã pra ficar forte... — respondi, e ele gargalhou. Continuei chupando, agora mais ritmado e acelerado. Ele gemia forte, ‘tava indo às loucuras. Meu pau também estava estocando de duro.

— Aahh... que delicia, Pedrinho... Que delicia brother.... — gemeu mais alto — Desse jeito vai me fazer arrepender de não ter separado antes pra aproveitar essa boquinha santa antes...Ahh...

Continuei ritmado chupando aquele caralho delicioso até que ele num acesso, disse que ia gozar, na hora que já estava jorrando aquela porra clarinha e quentinha na minha boca, e na cara... Humm... que sensação divina! Carlos estava ofegante, jogado na cama enquanto fiz questão de lamber até a última gota da maravilhosa porra do meu Amigo. Levantei rapidamente, e fui ao banheiro escovar os dentes. Troquei de roupa rapidamente e na volta ele já se lambuzava com seu café. Avisei que estava indo visitar minha família e que voltava no fim do dia, “pra gente comer alguma coisinha”, e rí.

— Vou ficar esperando ansiosamente, seu lindo.

Um busão até o trem, e depois um metrô ViaQuatro até a Luz. As vezes quando eu visito Sampa, sinto-me como se nunca tivesse andado de metrô na vida. A nova linha era linda de dar gosto, moderna e limpinha. Eu pouco andei por ela já que eu me mudei antes dela entrar em ação. Da Estação da Luz mais um trem, e meus Deuses! Como minha família estava morando longe do Carlos. Ou eu estava me desacostumando com longas distâncias, já que agora eu moro num bairro bem perto do Centro de Curitiba. Uma hora e meia depois, lá estava eu, chorando feito um bebê, abraçando minha mãe, que também não economizava em lágrimas. Sentamos, e conversamos. Já chegamos fazendo as atualizações necessárias. Eu contei como era a vida na pacata Curitiba, no trabalho, na faculdade, e ela já foi soltando o verbo, contando as fofocas mais quentes do bairro, e dos parentes mais próximos. Não pude interrompê-la, fazia muito tempo que eu não via mamãe, que não me importava. Era bom estar por dentro dos assuntos do bairro, mesmo estando tão longe.

Minha irmã mais velha chegou com o namoradinho geek, e lá fomos nós fazer as atualizações novamente. Mamãe estava terminando o almoço quando percebeu que tinha nada pra beber. Me ofereci para ir na “panificadora” comprar a bebida e todos ficaram me olhando com uma cara estranha. Respondi que “padaria” é comumente (pra não dizer tão somente) chamada de “panificadora” onde eu moro. Brincadeiras à parte, eu queria dar uma olhada em como estava o bairro. E saí.

‘Tava no meio da rua, quando meu celular apita. Tinha recebido um sms. “Oiê... Qto tempo! Sabe me dizer se alguém está usando as muletas? Qdo vc vem pra cá? Bj, Fernie”. Em principio eu fiquei estarrecido com a fênix que acabara de ressurgir. Rapidamente respondi: “Vc eh um cara de sorte, Sr. Fernando. Até onde eu sei, ninguém as está usando e eu ESTOU em Sampa. O que te aconteceu? Bj, Pedro”.

Cheguei na padoca, e ‘tava movimentada. Eu não pisava naquele lugar tinha bastante tempo. Encontrei aquelas vizinhas carolas e viúvas que vivem convidando minha mãe prum chá da tarde, só para arrancar detalhes sórdidos da vida dos filhos dela. Cumprimentei-as como manda o script, como mamãe sempre me ensinou. Algumas pessoas sem importância à minha frente e na minha vez percebi que algo estava realmente diferente. A minha bicha interior naquele momento deu um berro que eu acho que pode ser ouvido longe, porque, O.M.G., quer dizer que o filho do seu Josué é a bicha mais louca e mais sem noção da face da terra que eu ousei encontrar?! Aquele garotinho pentelho que eu ví antes de ir embora se transformou numa menina, só pode. O piá estava com a camiseta regata mais curta que um homem já ousou vestir. E o shortinho só marcava a bundinha redonda bem feminina da garota, que aliás... era uma senhora bundinha. Estava passado. Peguei meu suco de caixinha, e o refrigerante do pessoal de casa. Enquanto pagava, seu Josué surgiu duma portinhola, todo contente em me ver.

— Peeeedro! Meu rapaz! Como você cresceu! Oras... está de férias por aqui?

— Só por hoje, Seu Josué.

— Ah, que pena, meu rapaz. Vejo que já conhece o Miguelzinho, meu filho. — Esse era o nome da menininha — Precisa ver Pedrinho... Miguelzinho é um terror. Eita filho que me dá orgulho.

Não queria acreditar no que ouvi. Imagino o terror que o Miguelzinho deva ser. A bichinha era antipática e indiferente. Olhou nos meus olhos e me mediu com desprezo. Insuportavelmente fresco. Jurava ter ouvido um “Mais alguma coisa, biiieeeatch”, como nos seriados americanos.

— Meu filho, trate direito este rapaz. Eu sou muito grato a ele... Ah! Como o tempo passa, Pedro... Parece que foi ontem que você era um molequinho que prestava uns favores para mim... e agora está aí, um homem feito... — e sorriu maliciosamente. Aquele desgraçado continuava o mesmo. Ainda se lembrava dos meus “favores”. Histórias que eu conto outra hora.

Na volta pra casa, outro sms. “Pow... Q bom q vc estah aki. Eu quebrei a perna =(”. A resposta foi positiva, conquanto que eu me lembrasse onde ficava a casa dele. Praguejou horrores na resposta, todo carente. No final da tarde eu ia dar uma passada lá.

Minhas irmãs mais novas já tinham chegado junto com umas coleguinhas de escola, e todo mundo almoçou lá em casa. Fizeram as perguntas indecentes de sempre, respondi na tangente, escapando de fininho sem entrar em detalhes. Estava curtindo muito aquela tarde. o sol estava ameno, o gramado do jardim estava fresco. Mas precisava ir. Tinha que passar no Fernando e entregar as muletas. E tinha que me aproveitar do meu brother quase curado. Faltava ainda ele experimentar uma coisa... uma coisa bem gostosa.

Depois de mais um monte de chororô de despedida, lá fui eu na saga de encontrar a casa do Fernando. Duas cidades depois da casa da minha família, num bairro não muito afastado da estação de trem, uma casa grandinha lá estava. A mãe dele, que nunca soube de nós (é o que presumo) veio atender a porta. Extremamente simpática tinha nos ajudado à beça quando minha mãe torceu o pé. Emprestou as muletas e nunca mais tinha pedido de volta. Muita água tinha corrido debaixo da ponte. Três anos sem sequer vê-lo.

O quarto dele ficava nos fundos, numa casinha separada. Parei à porta. O quarto era espaçoso, tinha uma cama de casal, um grande guarda-roupa e uma TV grandona na parede. Mas, eu parei para admirá-lo. Ele estava na beira da cama, com a perna engessada para cima, e com a outra para fora da cama. Fernando em nada tinha mudado nesses três anos. Continuava o mesmo baixinho lindinho que eu conheci no trem numa noite voltando pra casa. O boné e a barba por fazer ainda eram suas marcas. Estava de camiseta clara, e uma bermuda cinza. Fones de ouvido e olhos fechados impediram de me ver chegar. Continuava magrinho o mesmo tanto de quando toquei em seu corpo pela primeira vez.

— Você encontrou minha casa — e abriu um sorriso branquinho de orelha a orelha.

— Eu tenho memória de elefante — e pisquei. Fez um sinal pra me aproximar, e afastou levemente a perda quebrada para o meio da cama, deixando o espaço bem em frente ao seu pacote livre para me sentar. — Que te aconteceu, piá?

— Oi??

— Você entendeu.

— Quebrei por aí...

— Num foi agressão de novo não, né? — a história mais triste que ele já me contou foi de quando foi agredido com um amigo (o “de foda“ fica subentendido) por homofóbicos na Avenida Paulista.

— Nah... Não. Isso não. Nunca mais — mudou de expressão rapidamente — E você?! O tempo te fez muito bem, Pedrinho.

— A você ele fez muito mais. Continua exatamente o mesmo cara de três anos atrás. E mesmo com essa perna quebrada, continua radiantemente lindo.

Ele sorriu. Seus olhos castanhos claros são ousaram desviar. Estavam me encarando, esperando uma resposta positiva. E me aproximei. Minha mão pousou em seu peito, e pude sentir seu coração acelerado. A outra em seu rosto macio mesmo com barba. Beijei-o. beijei com carinho e ternura. Como se três anos não tivessem passado. Como se minha viagem ao Rio de Janeiro não tivesse acontecido. Como se eu ainda estivesse com ele. Uma enxurrada de emoções inundavam meu peito e sabia que ele também estava sentindo. Tirei sua camiseta com força, ele se assustou. Enchi de beijos seu corpinho miúdo e cheiroso. Estava cheio de tesão. Deslizei sua bermuda devagar enquanto ele se ajeitava na cama. Não estava usando cueca, então já fui vendo seu pau duro e babando. Não medi esforços, e comecei a chupá-lo. Tentou abafar seus gemidos, mas não conseguia controlar a respiração. Eu conhecia seus pontos fracos, e me deliciava em vê-lo assim sem saber se defender do meu boquete.

Chupei a cabecinha de seu membro e fui deslizando pelas bolas, descendo até aquele cuzinho maravilhoso. De repente senti uma saudade louca daquela bundinha. Outro ponto fraco do Fernando era o cunete. Eu adorava ouvi-lo gemer e implorar para eu para e não-parar de fazer. Agora era uma questão de saber como fodê-lo estando ele com a perna quebrada. Voltei a beijá-lo e acariciar com uma mão e punhetá-lo com a outra.

— Você me leva a loucura... — sussurrou ele.

— É?! — sorri com uma sobrancelha levantada. — O que mais você quer que eu faça?

— Você... você sabe a resposta.

— Eu quero ouvir de sua boquinha linda.

— Me come — sussurrou ele.

— Oi?

— Me come! — falou alto.

Fernando então trocou de lado e ficou de bruços com a perna engessada apoiada pelas almofadas. Aproveitei para incendiá-lo lambendo-lhe a nuca e seguindo até o rego, onde minha língua era voraz, e queria possuí-lo a qualquer custo. Ele implorava para fazê-lo gozar. E o prazer estava me consumindo também. Levantei e posicionei meu caralho na portinha. Estava numa posição bem esdruxula, mas sentir meu pau entrando devagarzinho valia muito a pena. Fernando gemia de dor com a primeira penetrada e pediu para esperar. Eu sentia seu cú piscar. Mais uma vez, coloquei devagarzinho e tirei. O terceiro ponto fraco dele.

— Você vai me fazer gozar desse jeito — riu.

—Essa é a intenção — respondi. Esperei um pouco e comecei a dar estocadas de leve. Beijava seu pescoço e sua boca, e no vai e vem, ele gemia e pedia para ir mais rápido. É claro que eu obedeci. Com carinho aumentei a velocidade e curti muito ouvi-lo gemer enquanto eu possuía aquele corpo. Eu podia sentir o gozo chegando. E sentia meu pau espirrar. Um forte calor subiu pelo meu corpo até a cabeça. Caí de lado na cama, ensopado. Ofegante, ele sorria pra mim. Levantei, e virei de barriga pra cima. Seu pau estava inchadaço, duro feito pedra. Com um pouquinho de técnica, em pouco tempo parecia um gêiser jorrando porra para cima.

Recompus-me rapidamente ouvindo implorar para que eu tomasse um banho. Eu disse que estava tudo okay, que meu desodorante estava em dia, estava limpinho e que precisava ir. E na real, eu precisava mesmo. Ouvi um barulho qualquer do lado de fora e me lembrei da mãe dele.

— Não se preocupe. Contei para ela— respondeu.

— Puta merda! Então ela ouviu tudo!

— Acho que não. Ela deve ter dado uma saída e recém chegado. Vai em paz. É uma pena eu não poder te acompanhar até a porta, porque minha perna está doendo bastante — soltou uma gargalhada gostosa — deseje-me melhoras.

— Quando você casar, sara.

— FODEU!!! Ficarei assim pra sempre! — rimos muito. Dei-lhe um forte abraço e saí do quarto. Quando cheguei na sala, lá estava a mãe dele, tricotando com o óculos bem na ponta do nariz, muito estilo vovozinha. Não consegui olhar na cara dela. Parou o tricô e comentou:

— Fernandinho me contou que você está morando em outro estado...

— Pois é, decidi mudar de ares... — sorri de vergonha. Ela continuou me olhando séria. Caminhou até a porta e a segui até o portão.

— Muito obrigado — disse-lhe.

— Se cuida, rapaz — e ousei olhar para ela — se cuida.

E lá fui eu em mais uma viagem de um extremo a outro de Sampa.

Siga a Casa dos Contos no Instagram!

Este conto recebeu 2 estrelas.
Incentive Lobo_Escritor a escrever mais dando estrelas.
Cadastre-se gratuitamente ou faça login para prestigiar e incentivar o autor dando estrelas.

Comentários

Este comentário não está disponível