Levantei na segunda-feira muído.
Eu estava todo dolorido. Ainda bem que estava de ferias. Já passavam das 11hs. Levantei e tomei um banho. Estava pensativo sobre o que tinha acontecido. “Caramba como o Bruno é bruto. Como será que as mulheres aguentam isso?”
Sai do banho e fui a cozinha passando pelo quarto dele. Como de costume a porta estava aberta enquanto ele dormia de bruços, apenas de cueca. Claro, ele não dormiria na mesma cama que eu. Fui a cozinha, tomei um copo de iogurte e um relaxante muscular, minhas costas e minha bunda doiam e como doiam, e voltei para cama, comecei assistir TV. Foi meio complicado para achar uma posição confortável. O corpo inteiro doía, a transa com Bruno foi mais uma surra do que sexo. Mas lembrando do que havia acontecido eu me excitava. Mesmo com toda a violência e brutalidade eu havia gostado de ter tido ele na cama, mesmo tendo ficado puto com o fato dele não usar camisinha e o pior de tudo, tendo sido obrigado a engolir esperma. Sempre, minha vida toda evitei isso. O cheiro do esperma me causava certo asco. Não sei porque, mais causava.
Ficamos ate as 4 da manhã transando, ele era um touro, nunca havia levado tento pau na bunda em uma única noite, sem contar a intensidade, sempre investidas profundas, com pressa, para mim ate respirar era difícil. Isso explicava a dor que sentia especialmente no rabo.
Cerca de uma hora depois Bruno me aparece na porta do quarto, cara de quem acabou de acordar, ainda de cueca.
Bruno: -Bom dia primo!
Eu com um sorriso amarelo: -Bom dia.
Eu não sabia como ficariam as coisas. Isso sempre é complicado. Mas uma coisa legal do Bruno era sempre considerar tudo uma brincadeira, uma piada. Ele se jogou na minha cama agarrando o travesseiro:
Bruno em tom de brincadeira: -Porra me deixou cansadão hein?
Eu apenas ri um pouco.
Bruno: -Na moral, pensei que eu ia te aleijar ontem. Eu maderava mais e mais esperando tu pedir arrego e nada!
Eu ainda com aquele sorriso sem graça apenas olhava pra ele.
Bruno: -Tu ta de parabens, guentou legal a maderada. E ae? essa rabo ainda aguenta mais?
Eu: -Fala serio ne Bruno?
Ele apenas deu risada.
Eu: -Cara como é que você come uma mulher assim? Eu to aqui todo muído, tudo dói, to acabado. Como é que elas podem agüentar isso?
O tom de graça do rosto dele cessou: -Primo, eu não fodo uma nega assim como fodi você ontem.
Eu: -Na verdade eu ja imaginava isso. Porque eu recebi esse tratamento “especial”?
Bruno agora ja com olhar baixo e com um ar de tristeza na fala: -Primo entenda, não é nada contigo não. Você é super brother. Eu sou amarradão em ti, e coisa e tal, mas quando o tesão bate em mim eu fico meio bicho entende? Mas nunca tão brabo como estava ontem, o que rolou foi que meio que fiquei com raiva.
Eu: -Raiva?
Bruno: -Eu tava com raiva de você. Dai então eu quis te castigar.
Na boa, ele conseguiu naquele momento me castigar mais profundamente do que tudo que ele tinha feito comigo na madrugada anterior.
Eu: -Me castigar?
Bruno: -Eu sei que tu não tem culpa de se apaixonar, ninguém controla essas ondas, mas tinha que ser comigo primo? Tu fez por mim mais do que qualquer pessoa fez, eu não quero perder tua amizade, eu quero ter sempre tu perto de mim, mas agora com esse lance de paixão, tudo pode ir pro saco. Tu pode não me querer mais por perto. Eu te comi pra tu entender que não dá primo, nunca vou ser como teus namorados porque eu não consigo ser, eu não sou viado, eu sou macho. Ontem eu fui ate o limite de tudo e se não for o suficiente pra tu, nossa amizade vai se fuder mais do que eu te fudi ontem.
Eu tentava entender que ele não queria uma relação de namoro comigo. Mas ele não queria se afastar, mesmo eu estando apaixonado por ele, ele queria ficar por perto e temia o fim da nossa relação.
Eu: -Bruno, entenda. Nada vai mudar. Tudo vai continuar como era antes. Vamos esquecer o que aconteceu essa madrugada e vamos continuar com nossas vidas, você fica mais tranquilo assim?
Bruno: -Primo é porque tu é muito foda de gente boa. Dai tu prefere esconder ai dentro o que sente pra poder continuar me dando essa força que tu me da. Eu sei que essa tua paixão vai sumir com o tempo, mas não te quero sofrendo por causa disso. Sei que é pedir demais pra que tu não sofra.
Eu: -Bruno deixa comigo ta bom? Eu lido com isso.
Bruno: -Primo se for necessário eu meter mais pica em você ate que você sinta que passou essa onda, é so me dizer, a gente fecha os olhos e vai nessa.
Eu rindo um pouco: -Bruno se você me der outro tratamento como o dessa noite eu vou direto para hospital.
Ele rindo sem graça: -Primo me perdoa, eu queria tu visse como era ruim dar pra mim pra que tu não quisesse mais.
Eu com ar de curioso: -So uma coisa não entendi. Como você conseguiu ficar de pau duro se estava com tanta raiva?
Bruno: -Porra primo, pra meu pau ficar duro não é uma coisa difícil não, ate vento de ventilador quando bate nele ele se arma. É uma coisa que não tenho muito controle não.
Eu impressionado falei: -Caramba! Você deve estar com os hormonios a flor da pele! Porque as 3 que você deu essa noite apesar de estar mais com raiva que excitado foi impressionante.
Bruno meio encabulado: -Não, na vera eu ate tava excitado, ver você se fudendo todo na minha pica e não reclamando meio que me dava vontade de meter mais, mais rápido e com mais força.
Eu: -Se sei disso tinha pedido arrego logo no inicio.
Rimos juntos um pouco
Bruno: -Pelo menos deu pra tu sentir que dar pra mim não é muito legal ne?
Eu: -Bruno a prova que se esta apaixonado por alguém aparece em momentos como esse. Eu jamais me vi sendo tratado por um homem como você me tratou essa noite. Jamais me passou pela cabeça aceitar um tratamento desses. Eu senti mais dor do que quando perdi minha virgindade. Na verdade o melhor momento dessa noite foi quando você gozou pela terceira vez, se levantou, tomou banho e foi para o seu quarto. Serio, se você viesse me comer novamente eu ia deixar, mas ja estava desesperado sem saber como ia fazer para agüentar outra sessão com você ate você gozar de novo. Cara como alguém pode ficar metendo direto tanto tempo e demorar tanto de gozar?
Ele riu meio sem graça e continuei.
Eu: -Quando na minha vida que me imaginei sendo esculchado do jeito que você me esculachou? Nunca! Mas você quer saber o pior?
Ele olhava seriamente para mim.
Eu: -Eu faria tudo de novo. Aliais eu faria tudo de novo agora se me dissesse que quer me comer.
Ele estava com um ar de impressionado: -Tu gostou do que rolou?
Eu: -Não, não gostei, eu preferia que fosse de outro jeito. Mas se para ter você comigo eu tivesse que agüentar aquilo novamente, eu topava. Entende?
Ele: -Se eu disse agora pra tu, vira que vou meter, mas vou meter três vezes pior do que esta última tu se virava pra receber a piroca?
Eu: -É possível ser três vezes pior?
Ele não respondeu apenas olhava pra mim.
Eu: -Sim Bruno, não é como eu queria transar com você, mas se é assim que você quer, eu estou disposto a ser arrombado e humilhado três vezes mais por você agora do que fui esta noite, mesmo estando todo detonado aqui.
Ele ficou pensativo uns segundos e depois disse: -Você ta arriadasso mermo por mim primo.
Eu apenas concordei com a cabeça.
Ele puxou ar como se fosse dizer alguma coisa e não disse nada, fez isso mais três vezes, entendi a confusão na cabeça dele.
Eu: -Bruno eu sei que você fez o que fez noite passada para me fazer não querer mais transar com você. Eu entendi que ontem foi apenas um lance de uma única noite. Não vai acontecer novamente. Eu estou feliz que tenha acontecido. Antes ter tido você, mesmo daquele jeito, por apenas uma noite, do que nunca ter tido você.
Bruno com feição bem seria: -Beleza Matheus! Tu é o cara. Ainda assim tu ta disposto a engolir teus sentimentos so pra eu ficar aqui perto de tu, né?
Eu mais uma vez apenas concordei com a cabeça.
Bruno se virou na cama ficando de lado e olhando nos meus olhos disse: -Eu não tô apaixonado por tu e provavelmente eu nunca fique. Acho mais, que nunca vou sentir nada por tu que não seja apenas amizade. Mas ja me apaixonei e sei que é uma merda não ter o que a gente tanto deseja. Eu não vou escrotizar com você como escrotizaram comigo. Com o tempo tu vai ver que não vale a pena ficar comigo e tu mesmo me dizer isso. Mas ate lá, depois de tudo que tu fez por mim, o mínimo que posso fazer por tu é não te deixar sofrer me desejando e não podendo ter.
Dito isso ele segurou minha cabeça e me beijou.
Quando ele soltou o beijo eu disse em voz baixa: -Você não precisa fazer isso
Bruno: -Eu sei, entenda que eu não virei viado, so tô fazendo isso porque é pra tu. Agora relaxa primo, eu não vou te comer agora de novo não porque sei que quase destruí você ontem a noite. So quero ficar aqui do teu lado, falou?
Eu ri de canto olhando para ele e ele voltou a me beijar. Ainda daquele jeito abrupto e turbulento. Sem se preocupar em chupar a minha língua, apenas invadindo a minha boca com a língua, grande, grossa e áspera dele. Eu nunca tinha sido beijado daquele jeito. E eu adorava o jeito dele me beijar.
Ele se afastou e olhou pra mim seriamente.
E se deitou do meu lado.
Eu: -Posso deitar no seu peito?
Ele apenas concordou com a cabeça, e eu assim o fiz.
Eu sei que não era ainda da maneira que eu queria, mas pelo menos, mesmo sem entrega por parte dele, sendo mais por pena do que por qualquer outra razão ele estava ali, comigo e estava disposto a continuar assim e eu estava no céu com isso.
CONTINUA...