Era um beijo molhado, e por estar com uma altura elevada em relação a ele que se sentava no chão, tinha o absoluto controle das movimentações. Algo em meu interior me pedia para parar, mas outra coisa me prendia àquele beijo.
Ele lentamente de levantava sem desgrudar nossos lábios, avançando como uma fera em sua presa, eu não tinha medo, meu corpo pedia que acontecesse exatamente aquilo que se passava em minha cabeça, correspondia as minhas expectativas aquele momento, eu precisava dele mais do que ele precisava de mim. Aquele corpo másculo que ele possuía, aquela voz rouca excitante, aquela pegada firme, me levavam às nuvens. Estava tudo perfeito, até que a "razão" estremesse a casa.
PAULA: Nossa que Lindo! Fico feliz que tenham se acertado.
Estava assustada com o controle dela, se fosse eu, eu nem sei ... Me desvencilhei de Bruno que ainda me prendia no sofá, e tentei inventar a desculpa mais esfarrapada.
GISELA: Paula a gente tava conversando, e de r...
PAULA: As linguas de vocês estavam conversando né Gisela? Caramba meu voc ... Eu vou embora.
Não disse mais nada, não impediria que ela fosse embora, eu estava errada. O Bruno ainda estava sem entender, e eu sem paciencia para explicar.
GISELA: Acho melhor você ir, eu preciso ficar sozinha.
BRUNO: E deixar a Paula estragar nossa noite? Não eu fico e cuido de você. Não sei por que ainda é amiga dela, essa amizade te faz mal.
GISELA: Não somos amigas, somos ... Sei la o que.
Ficamos em silencio nos olhando, em sofás opostos. Não era o momento certo para dizer, mas de qualquer jeito ele tinha que saber.
GISELA: A gente ficou algumas vezes.
BRUNO: Eu imaginava mesmo.
O que? Imaginava? Como? Meu Deus tá escrito na minha cara que sou Lésbica ... Socorro ! Foco Gisela, não perde a cabeça agora, eu pensava enquanto fitava o Bru com cara de confusa, então ele prosseguiu.
BRUNO: O Diego me disse que a Paula curtia. E vocês sempre foram tão grudadas né.
Dizia ele com uma cara tão engraçadinha e fofa, que cheguei a ensaiar um sorrisinho.
BRUNO: Mas e vocês? Estão namorando?
GISELA: Acho que estávamos. Mas ...
BRUNO: Mas eu apareci né.
GISELA: E estragou tudo.
BRUNO: Me perdoa.
GISELA: Eu estou brincando Bruno, eu preciso rir, para não chorar.
BRUNO: Deixa que eu te consolo. Quer um colinho para chorar?
GISELA: Não, eu preciso ser forte, resistir as ...
BRUNO: Resistir?
Disse ele baixinho se aproximando novamente, sem dizermos mais nada nos beijamos, deitei-me no sofá sobre ele. Estava cheia de desejos, que precisavam ser saciados.
Não demorou muito para os beijos se tranformassem em chupões, e que estivessemos semi nus. Eu apenas com um conjunto de lingerie laranja e ele de cueca azul e meias brancas - ficaadica meias são muito broxante =/ - não ligava para as meias, afinal não tinha a visão completa de seu corpo, estávamos colados um ao outro, eu apenas sentia que estava ereto. Nesse instante veio a crise racional, faço ou não faço, certo ou errado - caraca que menina idiota, pare de pensar e se entregue aos seus desejos Gisela - dane-se eu quero muito.
GISELA: Não mancharemos o meu sofá novinho ... Acho melhor subirmos.
Ele nada respondeu, me pegou, entrelaçou minhas pernas em sua cintura e quando foi me abraçar o tronco, rasgou meu sutiã, sem querer querendo.
No quarto ele não teve nem o trabalho de me levar a cama, colocou-me sentada na poltrona e tirou ligeiramente minha calcinha, enquanto me beijava os lábios. Estava tão excitada que molhava a poltrona, apenas pela expectativa de receber aquele oral que ele faz divinamente.
Ele alisava-me entre as coxas enquanto sussurrava gostosa, eu te amo e bla bla bla em meu ouvido - odeio que sussurre essas coisas, eu quase choro de rir e corta o clima, gosto que ocupe a boca beijando - eu tentava me conter, com uma tentativa de acelerar as coisas e não rir, empurrei sua cabeça para baixo, ele é muito espertinho e entendeu o recado, começou abeijar-me entre as pernas, beijou de leve os grandes lábios, e logo começou a dar leves mordiscadas, chgava-me com força e vontade. Boca carnuda e macia, lingua áspera e quente. Eu me retorcia na poltrona, fechei meus olhos para desfrutar melhor, e me vem a mente, o inicio da manhã, a Paula, nossa primeira vez, e sem nem perceber eu tive um orgasmo. Assustando-nos pela rapidez. Ele ainda não havia gozado e não poderia deixá-lo assim.
Durante a penetração eu estava aerea, olhava para Bruno, mas não o "via", apenas havia a Paula em meus pensamentos. Eu lembrava de cada detalhe do corpo dela. Lembrava das provinhas de amor, mas que deixavam lisonjeada. Das coisas que ela guardava para se lembrar de mim. Eu me sentia completa ao lado dela, me fantasiava junto com ela, enquanto Bruno me penetrava. Nada mais me tirava daquele transe emocional, tinha caído a ficha era mesmo AMOR, o mais puro amor que nutri por ela.
GISELA: Eu te amo!
BRUNO: Eu também te amo, meu amor. Demais da conta.
Não, eu não tinha feito isso, como eu sou burra, essa não era hora de pensar alto.
CONTINUA!