Violência para mim, ate hoje depois de tudo que vivi ao lado de Bruno, nunca foi a solução para nenhum problema. Verdade que eu viva ate antes dele aparecer na minha vida de maneira passiva quando o assunto era bater de frente. Eu passei a entender que bater de frente não necessariamente quer dizer briga. As vezes é apenas a defesa de seu ponto de vista, do seu direito. Cerca de uma semana antes dessa última que o Justin me aprontou, eu estava na Best Buy e pedi orientações a um vendedor. Eu estava comprando um carregador de baterias e a minha duvida era simples: Na caixa as estavam contidas as baterias?
A resposta do vendedor foi sim, mas ao chegar em casa e abrir a embalagem vi que não estavam lá. Para mim isso era o menor dos problemas eu simplesmente voltaria e compraria as baterias, mas para Bruno o assunto era mais complicado. Voltamos a Best Buy rodamos a loja e achamos o vendedor.
Vendedor: -Não me lembro de ter dito a ele que as baterias estavam na embalagem.
Bruno: -O que!? Você é maluco, você disse sim!
Vendedor: -Não disse não e você nem estava aqui como pode saber o que eu disse.
Bruno: -Como? Como? Espera que você vai saber.
Nisso ele pegou a prancheta que estava na mão do cara virou para mim e disse: -Matheus olhe para cá.
Eu olhei e 5 segundos depois ele tirou e entregou para o cara.
Bruno: -Matheus o que estava escrito na quinta linha de cima para baixo.
Eu: -DVD Phillips DR-5198 Embarcado/Disponível 19 unidades, US$22,90
Bruno: -Viu! Ele não esquece nada! Tem memória fotográfica, eu nunca vi esse cara esquecer de alguma coisa. Duvida? Pergunte qualquer coisa que esteja escrita nessa porra dessa prancheta que ele só olhou com 5 segundos que ele vai dizer o que tá escrito.
O vendedor fez mas duas perguntas e não convencido mesmo com as respostas que acertei.
Vendedor: -E dai!? Isso não prova nada!
Então Bruno que estava de regata fez aquela cara de bicho que faz qualquer um tremer na base, contraiu o muque do braço direito e falou: -Serio? Você vai continuar nessa conversa com um cara com uma memória dessa na sua frente e um maníaco com um braço desse tamanho do teu lado?
O vendedor engoliu seco: -Ah mas duas baterias! US$2,00 cada uma, tudo bem vamos no caixa que vou liberar para vocês.
Essa lição eu aprendi com ele. Quando necessário é preciso saber se impor.
Eu não sabia exatamente o que fazer. Eu entendo que Bruno não queria minha ajuda, ele sabia que eu ia mais atrapalhar do que ajudar. Mas eu estava aflito, não gosto da idéia de ver ninguém machucado. Na verdade só de ver sangue eu já ficou enjoado, e para mim só a idéia de ver mais uma vez Bruno machucado era pior ainda. Bruno me olhava, o seu olhar estava carregado de raiva, não para mim claro, eu via seus músculos tesos, ele já tinha entrado em modo de combate. Eu não iria conseguir segura-lo, então já que ia acontecer que pelo menos ele tivesse o meu incentivo, que ele soubesse que eu acreditava nele.
Eu em tom serio, quase de ordem: -Acabe com a raça deles!
Eu mal acabei de falar ele riu de canto de boca, tirou a camisa e jogou no chão, acredito que quem me lê aqui vai se fazer a mesma pergunta que me fiz. Porque tirar a camisa? Depois disso tudo ele me explicou que lutar de camisa alem de ser covarde porque o cara pode estar escondendo uma faca ou uma arma sob a camisa e sem ela você mostra que ta limpo, o mais importante mesmo era o fato de retirar do oponente superfície de agarro. Um lutador experiente pode ate estrangular o seu oponente com a camisa dele mesmo. Por essas razões sempre que ele entrava em uma briga a sua primeira ação era retirar a camisa. “-Camisa só atrapalha primo.”.
Mas o que importava era que eu precisava fazer algo, mas durante os segundos em que via ele se afastando sem camisa de mim, estávamos a uns 100 metros no máximo dos caras, e cada vez mais próximo dos três que eu já via como seus algozes eu tentava pensar em algo que pudesse fazer para efetivamente ajudar e não atrapalhar, mas nas mil coisas que pensei em tão curto espaço de tempo a única viável que eu via era chamar a policia. Peguei meu celular do bolso, desbloqueei o aparelho usando o código, abri o aplicativo de telefone e disquei 9-1 e antes de terminar olhei para frente. Esse procedimento levou menos de 10 segundos, mas ao olhar para frente eu vi uma cena tão absurda e fora da realidade que não consegui terminar de discar. Simplesmente fiquei olhando para o que acontecia enquanto segurava o telefone.
O meu entendimento do significado de uma luta é de que quando duas pessoas medem forças, através da violência trocando socos, pontapés e outros golpes do tipo. Aquilo que eu via não podia sequer ser chamada de uma briga, era algo que quem visse de fora consideraria covarde, algo desproporcional, algo totalmente injusto. A diferença de forças e habilidades envolvidas era descomunal. A única palavra que encontro para descrever o que estava acontecendo é ESPANCAMENTO.
Sim, é exatamente isso, Bruno estava espancando os caras.
Eu não entendi o que estava acontecendo ali, eram 3 caras que se somados davam uns 8 Brunos. E a situação seria cômica se ele não estivesse levando tão a serio o que estava fazendo. Talvez eles não esperassem que ele reagisse daquela maneira e por isso tenham sido pegos de surpresa, ou ele realmente superava os caras em habilidade e brutalidade. Ou quem sabe aquela máxima “use a força do seu oponente contra ele” fosse uma especialidade de Bruno. Olha eu não sei explicar como aquilo aconteceu, eu só sei o que eu vi acontecer.
Foi tudo muito rápido, acho que esse foi um fator que contou a favor dele.
Quem estava mais a frente era o mais baixo dos três, ao avistar Bruno se aproximando, tentou um golpe de mão aberta o qual só acertou o vento, pois o movimente de Bruno rápido e preciso permitiu a sua esquiva, seguido de um leve abaixamento e subindo num uppercut (um soco de baixo para cima) que foi direto no queixo do cara. Foi o suficiente para ele cair sentado e era tudo que Bruno precisava. O chute que se seguiu acertou em cheio a cara dele que de sentado já foi ao chão totalmente inconsciente.
Os outros dois, um moreno e um negrão que estavam atrás mal conseguiram reagir, foi rápido demais, quando o cara já estava no chão que olharam para Bruno e ai sim partiram para cima dele.
Ele esquivou muito bem do negrão, mas o moreno por trás acertou um soco na sua nuca e outro na cintura, mas ele não se abalou, já devia estar acostumado a levar socos e segurar a dor para depois da briga, ele se virou para o moreno e acertou um direto na cara dele o que o fez sair catando ficha, o negrão aproveitou e acertou mais socos nas costas e na cintura de Bruno, ele se voltou novamente ao negrão, este já estava com um soco voando em direção ao rosto de Bruno, mas ele se esquivou, agarrou o braço do negrão, torceu e segurou com a mão, vi a feição de dor na cara do negrão pelo movimento de Bruno que em seguida desferiu uma seqüência tão rápida de socos aonde deveria ficar o rim direito do negrão que nem consegui acompanhar de quantos socos estamos falando. O negrão gritou com os socos, ele soltou o braço dele e ele se ajoelhou no chão ele já se virou sabendo que o moreno devia estar vindo e ele estava certo. O moreno acertou um soco na cara de Bruno que mais uma vez não se abalou, e devolveu o soco. Aqui foi que percebi a diferença. Os caras não eram lutadores, eram apenas grandes e bombados e pior não pareciam saber utilizar a força que tinham. O soco que eles acertavam em Bruno parecia não ter efeito sobre ele, mas o que Bruno acertava neles os desestabilizavam completamente. O soco que o moreno levou era praticamente idêntico ao que ele aplicou em Bruno, mas diferente de Bruno ele caiu no chão novamente, então Bruno mais uma vez se virou para o negrão que estava curvado no chão abraçando as próprias costelas e riu de leve e falou em português baixo, mas deu para que eu ouvisse: “-Tu se fudeu meu irmão”. Para aqueles que como eu vêem a a capoeira mais como uma dança do que uma luta, mudem de concepção, o movimento dele no ar que terminou com o pé de Bruno afundando na cara do negrão me causou dor só em ver. O negrão cuspiu dentes e sangue e caiu no chão. Dois já estavam fora de combate.
Quando o moreno que se levantava observou os dois amigos no chão e Bruno se virando para ele e fazendo sinal com as mãos e dizendo: “-Agora somos só nós dois.” Ele fez o que qualquer pessoa em sã consciência faria. Saiu correndo. Ainda ouvi o: “-Aah! não vai mesmo!” de Bruno antes dele correr na direção do cara, pular sobre o capo do carro de Justin para pegar mais impulso e saltar para cima do moreno com um soco de cima para baixo que foi em cheio na cabeça dele. Ele bambeou mas não caiu, se virou e acertou um soco no rosto de Bruno, que sinceramente eu desconfio que ele deixou acontecer para tripudiar do cara, mais uma vez Bruno nem sacudiu a cabeça com o soco, ainda fez sinal de não com a cabeça e acertou um soco no cara que caiu de vez no chão mas ainda não tinha perdido os sentidos. Bruno se abaixou, pegou ele pelo cabelo e levantou o rosto dele do chão: “-Agora você também se fudeu!”, levantou o braço dele e puxou o soco lá atras. A mão de Bruno literalmente entrou nas fuças do cara. So para ter uma idéia da força da pancada, os cabelos do cara que Bruno segurava foram arracados ficando não mão dele enquanto o cara rodava no chão.
Os três estavam acabados.
Tudo isso aconteceu em no máximo três rápidos minutos, ele levou menos de um minuto para acabar com cada um.
Ele se levantou limpando as mãos na Bermuda, olhou em volta para garantir que nenhum deles se levantaria novamente, em seguida voltou seu olhar para Justin. Ele estava encostado na parede ao lado do portão do meu edifício. Eles estavam a uns 30 metros de distancia um do outro, ou seja Justin assistiu de camarote a surra que Bruno aplicou em seus capangas.
Bruno balançando a cabeça com claro sinal de reprovação: -Isso foi o melhor que você arrumou?
O primeiro a cair começou a se mexer no chão, Bruno deu um chute tipo tiro de meta na cara dele que o fez rodar no chão.
Em seguida ele começou a andar lentamente, mas com aquela passada pesada, quase como uma marcha em direção ao Justin. Seu olhar era de ódio eu na hora concluir: “Ele vai matar Justin”.
Sai correndo para impedir Bruno de fazer algo pior contra o Justin, eu sei que Justin precisava de uma lição, mas se essa lição fosse aplicada por Bruno, talvez ele não sobrevivesse para aprende-la.
Enquanto isso ao olhar para Justin encolhido conta a parede eu conseguia ver o pânico em seus olhos. A feição de raiva e Bruno caminhando em sua direção o deixou apavorado, ele sabia que se ele fez o que fez com três homens daquele tamanho, ele não teria chances. Foi ai que ele colocou as mãos para trás e sacou a arma que estava em sua cintura.
Eu parei a corrida que estava dando quando vi a arma surgir de suas costas.
Mas ele não conseguiu nem levantar o braço todo e apontar para Bruno, pois Bruno já chegou agarrando o pulso dele e batendo o braço dele contra a parede atras de Justin. Ainda assim ele não saltou a arma, ele estava agarrado a ela, sabia que era a única defesa que teria contra Bruno. Nesse momento Bruno puxou o Braço para trás buscando o socou que ia desferir, como tinha acabado de fazer com o moreno. Eu percebi que não chegaria a tempo de segura-lo e só consegui pensar: “Por favor Deus não deixa que ele solte esse soco na cara de Justin”. Ao que terminei de pensar isso ele desferiu o soco, mas não na cara de Justin e sim no seu ante-braço. O soco foi tão violentamente forte que ouvi os ossos do radio de Justin sendo estilhaçados.
Justin soltou um grito alto e doido e largou a arma. Que caiu no chão e foi chutada por Bruno.
Bruno: -Eu tinha pena de você. Precisou contratar gente para bater em teu inimigo. Isso é digno de pena. Mas arma? Arma pra uma briga de macho? Eu tenho nojo de você. Viadinho de merda!
E puxou o braço novamente buscando outro soco. Dessa vez era inevitável o soco ia na cara de Justin. Então eu fiz a única coisa que eu poderia.
Eu gritando: BRUNO, PARE!
Ele congelou o braço levantado, com um soco pronto, seu braço tremia e me olhou. Embora eu visse o olhar dele cheio de raiva e ódio a forma que ele me olhava deixava claro que ele não ia fazer mais nada ate que eu autorizasse. Ele segurava Justin contra a parece usando a sua outra mão. Justin estava paralisado de medo.
O fato dele me obedecer sem pestanejar, aquele homem que acabará de causar todo aquele estrago obedecendo meus comandos me fez sentir tão poderoso quanto jamais me senti em toda minha vida.
Eu já estava próximo a eles, coloquei meu cotovelo no ombro de Bruno me apoiando nele e olhei com cinismo para Justin e disse: -Você viu? Meu Pitbull embora muito brabo é treinado.
Ele me olhava ainda com aquela cara de pânico.
Eu: -Solte ele Bruno.
Ele obedeceu e imediatamente soltou Justin, que agarrou o próprio braço e começou a chorar.
Bruno se abaixou para pegar a arma no chão e notou que Justin tinha se mijado. ele riu de canto de boca.
Bruno: -Patético!
Eu vendo aquilo me controlei para não rir, o cara já estava derrotado, não precisava tripudiar.
Eu: -Bruno pega tua camisa e tuas coisas no chão e vai tirar o carro, vamos levar Justin ao hospital.
Ele não gostou do que eu disse mas obedeceu.
Quando ele entrou no edifício, Justin ainda em lagrimas: -Esse animal! Ele quebrou meu braço! Esse marginal! Essa fera selvagem tem que viver no meio de animais não no meio de gente.
Eu: Opa, opa, opa! Olha como você fala rapaz! Quer que eu chame ele aqui para terminar o serviço que eu interrompi? Sou cara vai ficar linda com a mão dele enterrada nela!
Ele me olhou com aqueles olhos cheios de lágrimas e eu continuei: -E se você por ter quebrado o braço teve uma aminesia vou te lembrar que foi você que trouxe três ogros para procurar confusão com ele. Você é doido? E se eu não estou aqui? Se você e esses caras cercam ele sozinho sabe aonde vocês quatro estariam agora? No necrotério!
Ele agora com a cabeça baixa não olhava mais para mim. Mas eu queria acabar com qualquer possibilidade daquela situação se repetir.
Eu: -Bruno é um lutador de rua brasileiro cara. Você sabe que os melhores lutadores de ultimate fight são os brasileiros, ele luta varias artes e para piorar olha a estrutura física do cara! Tentar enfrentar ele é suicídio Justin!
Nesse momento Bruno chega com o carro. Abriu a mochila dele e colocou a toalha no banco e tirou uma bermuda e jogou para mim. Mandei Justin vestir, afinal a outra estava mijada. Seguimos para o hospital. Nem Bruno e nem Justin falaram uma única palavra no caminho todo. Apenas eu falava para o Justin que eu entendia o sofrimento dele, mas que não queria perder a amizade dele, mas que não reconhecia mais ele porque o amigo que eu tinha não contrataria três caras para cercar uma pessoa só e desarmada, etc, etc, etc.
Quando chegamos na entrada da emergência ele saiu do carro e disse:
Justin: -Eu nunca mais quero ver vocês dois novamente.
Eu sai do carro, olhei no fundo dos olhos dele e disse serio e firme: -Nunca mais tente fazer mal a Bruno, se vire e limpe sua sujeira. Se qualquer coisa dessa palhaçada que você inventou hoje respingar nele, a próxima vez que você vai se mijar de medo, será de mim. Fui claro?
Ele apenas deu as costas e seguiu para dentro do hospital parou no meio do caminho e perguntou: -E minha arma?
Eu: -Será entregue a sua esposa.
Ele então voltou a seguir para dentro do hospital.
Voltei para dentro do carro e Bruno rumou para casa.
Eu: -Bruno olha so....
Bruno me interrompeu: -Eu sei, eu sei! Exagerei, peguei muito pesado com os caras, não precisava toda aquela brutalidade, etc, etc, etc, eu sei que tu não gostou, mas meu sangue ferveu cara, eu já tinha apanhado deles antes sabendo que eu podia acabar com os três se eu quisesse, dessa vez bateu o ódio e....
Eu: -Calma rapaz, deixa eu falar.
Ele parou de falar
Eu: -Sim eu ia dizer que isso que você fez hoje foi a coisa mais incrível que eu ja vi em toda minha vida!
Ele começou a sorrir com o canto da boca.
Eu: -Cara eu sabia que você era O CARA mas hoje velho! Cara eu sou seu fã! Você atropelou aqueles babacas.
Agora ele já sorria satisfeito.
Eu: -Claro, sou contra a violência desnecessária e provocada sem motivo, mas eu entendo do uso da violência para se defender e defender aqueles que se gostam. Claro que ali você não só se defendeu, você atropelou os caras. Mas achei demais! Nunca me senti tão protegido, tão poderoso, mais do que nunca agora eu sei que com você do meu lado eu não tenho nada nem ninguém pra temer.
Ele olhou para mim com aquele sorriso fantástico dele no rosto e piscou pra mim.
Eu talvez levado pelo momento donzela salva pelo príncipe me empolguei e soltei o que estava no meu coração: -Bruno, eu realmente te amo cara.
Ele mais uma vez olhou para mim, mas o sorriso sumiu, a feição dele agora era seria.
Bruno: -Serio isso?
Eu: -Sim, eu já desconfiava, agora eu tenho certeza. EU TE AMO.
Ele deu dois tapas na minha perna e em seguida um soquinho no meu queixo e voltou a olhar para a pista. Eu interpretei aquilo como um “Eu também” da parte dele. Quis voltar para o clima que estávamos antes desse meu rompante de amor.
Eu: -Você me disse que quando lutava depois que o sangue esfriava fica no tesão.
Bruno: -Disse mermo e é verdade.
Eu: -Então você tá no tesão?
Ele so olhou para mim e disse com o olhar mais safado que ele já deu para mim até aquele momento e disse: -Negão se prepare porque hoje o seu plantão vai ser severo. Tu vai trabalhar muito essa noite.
Foi algo que adorei ouvir, e na boa, mesmo que ele me esfolasse todo naquela noite, depois de tudo que vi ele fazer, o meu tesão por ele atingia níveis estratosféricos, eu naquela noite faria qualquer coisa que ele quisesse.
CONTINUA....