Gustavo era
um rapaz muito
inteligente, mas ainda
que fosse um
estudante dedicado,
apresentava dificuldade
em certas disciplinas.
Passava muitas horas,
debruçado sobre os
livros preparando-se
para as provas do
vestibular, pois sonhava
um dia vir a ser médico.
Contudo, para que o seu
sonho pudesse ser
realizado, precisava
antes de tudo, de uma
coisinha: melhorar suas
notas em Biologia.
O tio, com
quem Gustavo vivia em
uma pequena, mas
confortável quitinete,
sensibilizando-se com o
drama do sobrinho,
apareceu certo dia, com
o que poderia ser a
solução: contratar os
serviços de um
professor particular
que, por duas ou três
vezes na semana, viria
lhe dar aulas de Biologia.
Gustavo, a
princípio, não gostou da
idéia. Se matava de
estudar e não queria,
naquela altura do
campeonato, ter que
adotar um novo regime
de estudos só por
causa de um
desconhecido que viria
lhe dar ordens. Mas
percebendo que uma
recusa, aborreceria o
tio, resolveu ser um
pouco mais flexível e
ver como poderia lucrar
com as aulas.
Às 3 da tarde
de uma sexta-feira, a
campainha soou. Neste
momento, Gustavo
estava no sofá da sala,
assistindo a um pornô
gay e se masturbando.
Caralho, que
merda! Será que o meu
tio voltou? — perguntou
a si mesmo, enquanto
trombava nos móveis,
desligava o filme e
recolocava o pau para
dentro da bermuda. —
Vai ver ele esqueceu
alguma coisa?... Não!... Já
faz tempo que ele saiu.
E se fosse ele já teria
aberto a porta? Deve
ser outra pessoa?!
A campainha
tocou mais uma vez.
— Será que é
o tal professor? Mas
ainda tá cedo — disse,
olhando o relógio de
pulso. — Marcamos
para as quatro... ainda
são duas... Que bosta!
Logo agora... Será que
ninguém mais tem o
direito de bater uma
punheta em paz?! Porra,
e eu tava quase
gozando!
Novamente, a
campainha tocou...
— Já vai...
Porra, peraí! Já vou
abriu. Um momento... Tô
procurando a chave. Ora
essa, como eu vou
atender a porta assim?
Meu pau ainda tá
duraço. Que se dane,
não mandei virem me
amolar.
Gustavo abriu
a porta e, tentando
ocultar que estava de
pau duro, escondeu-se
por detrás dela. Do
outro lado, um moreno
baixo, parrudo e
interessante, mas com
cara de cdf, vestido
com uma calça social e
um suéter de tricô
estendeu o braço em
sinal de cumprimento e
se apresentou.
— Boa tarde,
rapaz, meu nome é
Ricardo... Ricardo
Guerreiro. Mas você
pode me chamar de
Guerreiro... Professor
Guerreiro... Creio eu que
o seu tio tenha lhe
falado de mim. Serei o
seu professor de
Biologia.
— É... eu sei —
respondeu Gustavo,
coçando a cabeça e
esboçando um sorriso
no canto dos lábios. —
É, ele me disse... Eu me
chamo Gustavo. —
apresentou-se saindo
detrás da porta,
estendendo a mão e
respondendo ao
cumprimento. O senhor
pode ficar à vontade.
— Com
licença! — solicitou o
professor, reparando de
relance na trolha ainda à
meia bomba de
Gustavo.
O professor
entrou no apartamento.
E enquanto caminhava
até o centro da sala,
Gustavo, de antenas
ligadas, começou a
reparar no potencial de
seu novo mestre.
Examinou-o de cabo a
rabo, fazendo um
esforço imaginativo
para tentar descobrir
que tipo de homem
habitava por detrás
daqueles óculos de
armação pesada e
daquelas roupas de
nerd.
Tinha uma
bunda gostosa. Isso lá
tinha! Foi o que logo de
cara percebeu. E pelo
porte, notou também
que, apesar das roupas
fechadas, devia
ostentar um corpo
interessante, senão
bonito.
“Nossa que
rabo! Ainda mais nessa
calça justa. Isso é até
provocação! E eu que
achei que teria aulas
com um carinha escroto
e chato. Ele pode até
não se vestir bem, mas
quem com um homem
desses pensaria em
moda? O que eu
gostaria de fazer neste
momento é arrumar
uma maneira de me
livrar é dessas roupas.”
— Então, você
é o Gustavo! —
perguntou o professor
enquanto se sentava.
— Seu tio me falou
muito de você. Disse
que você é muito
estudioso e, pelo que eu
posso ver, além de
aluno aplicado, você
também é esportista?
— Sim, eu
sou... Faço parte da
equipe de Atletismo do
colégio e jogo um
futebolzinho de vez em
quando com a
rapaziada.
— Bom... Muito
bom! Tem um belo
físico, meu rapaz.
— Obrigado —
agradeceu Gustavo,
imaginando que tal
elogio podia ser um sinal
de interesse por parte
do professor.
— Mens sana,
corpore sana... Nada
melhor para quem
deseja passar no
vestibular. Boa
alimentação, dormir
bem e praticar
atividades prazerosas.
Bem, mas deixando de
papo furado, que tal
irmos aos nossos
estudos?
— Sim, o
senhor pode se sentar
deste lado da mesa —
disse o rapaz indicando-
lhe o lugar. — Eu fico
aqui.
Gustavo
arrumou a mesa de
estudos, colocando
sobre ela livros,
cadernos e outros
apetrechos necessários.
O professor abriu um
livro e achando um
assunto mais simples,
resolveu começar por
ele, a fim de averiguar
os conhecimentos de
seu aluno.
Gustavo, por
sua vez, parecia
extremamente
compenetrado; mas não
estava atento à lição,
tinha apenas olhares
para o professor. Não
deixou de reparar que,
apesar da idade, dos
óculos e do penteado
fora de moda, o homem
que lhe ensinava era
muito bem apanhado e
tinha algo nele que o
atraía imensamente.
O pau latejava
dentro da bermuda e a
vontade que ele tinha
era tirá-lo pra fora e se
acabar numa bronha.
Mas preferiu disfarçar,
afinal não havia indícios
concretos que
comprovassem algum
interesse por parte do
professor que, a todo
tempo, mostrou-se
discreto e empenhado
em prepará-lo para as
provas.
Não querendo,
porém, perder a chance,
Gustavo, que tinha
bastante prática
nesses tipos de
joguinhos de sedução,
começou a se insinuar.
De vez em quando,
roçava a perna nas
pernas do professor ou
suspendia a camiseta,
achando que uma
pequena amostra do
seu abdome sarado
seria o meio eficiente
para testar as reais
intenções do professor.
Mas nada parecia surtir
efeito.
Apesar de ter
elogiado o meu corpo e
dos olhares suspeitos,
esse filho da puta é
hetero. Tô vendo que
desse mato não sai
coelho. Que pena, logo
agora, que eu tava
precisado de pica! Mas
não faz mal, pelo
menos tem algo de
bom, vai me servir de
inspiração. Assim que
ele sair, eu corro pro
banheiro e me acabo na
punheta.
Cansado,
Gustavo saiu da sala e
foi à cozinha tomar um
pouco de água. O
professor ficou por
alguns minutos a sós.
Neste ínterim, o
homem se levantou a
fim de relaxar os
músculos que já
estavam tensos de
tanto permanecer
sentado e foi até a
janela tomar um pouco
de ar. Na volta, esbarrou
num aparador de
revistas, derrubando
alguns objetos no chão.
Dentre os objetos que
recolheu, estava o dvd
gay intitulado “Anéis de
fogo”, que Gustavo
escondeu no meio das
revistas minutos antes
de ele atender a porta.
Somando dois
mais dois, o professor
chegou à conclusão de
que aquele vídeo era de
seu aluno e que,
provavelmente ele o
assistia no momento
em que chegou.
Deu uma
rápida olhada na sinopse
e, se sentiu excitado
com as imagens de
homens fortes e viris
fazendo sexo entre si. E
antes que o seu aluno
voltasse, escondeu a
fita entre os seus
pertences. Gustavo
retornou a sala e
encontrou o professor
de pé, olhando-o de
modo suspeito e com
um volume estufado
dentro das calças.
Porra, por que
esse cara tá me
encarando? E esse
volume? Não tava aí há
minutos atrás. Se for
isso tudo mesmo,
caralho, deve ser i-men-
so...
— Vamos nos
sentar, meu rapaz! —
disse o professor, —
Temos ainda muita
coisa pela frente.
Os dois se
sentaram em seus
respectivos lugares, e
depois de meditar um
pouco, folheando as
páginas do livro, o
professor resolveu que
já era hora de ensinar
ao seu pupilo uma lição
mais avançada.
— Bem, pelo
que pude ver, você já
tem um bom
conhecimento básico...
Mas e do avançado...?
Acho que você precisa
saber algo a mais... Algo
que vai além, algo mais
físico da Biologia. Algo
como anatomia ou
reprodução humana? —
sugeriu pondo uma das
mãos na coxa do rapaz.
— Anatomia e
reprodução? Mas isso
cai na prova?
— Se cai na
prova, acho que não
muito... Mas você não
acha que todo rapaz da
sua idade não deveria
saber bastante sobre
esses assuntos?
Conhecer o próprio corpo
e os prazeres do sexo é
sempre uma boa lição.
Você não acha?
— Acho...
repetiu Gustavo
gaguejando. — Mas eu
acho que eu não tenho
em casa nenhum livro
sobre o assunto.
— Livro? —
sorriu. — Não precisa de
livro. Pra quê livro, se
você pode ter uma aula
prática? — disse o
professor, subindo com
a mão pela coxa de
Gustavo e indo de
encontro ao seu caralho.
— Pelo jeito, você tem
aqui tudo o que
precisamos, não acha?