Capitulo 3 - Aprendendo uma lição de Betão
"-Nunca!"
Foi só o que Ricardo ainda sentado no chão se recuperando pensava. Jamais se rebaixaria a tal ponto. Preferia perder o emprego. Mas não se entregaria fácil assim. Se levantou, chutou os dois pés de tênis com raiva para o canto da garagem, terminou seu serviço e foi para casa. No dia seguinte voltou para o trabalho normalmente, como se nada tivesse acontecido. Betão passou por ele e pediu a chave do carro. Quando entregou ouviu a pergunta:
Betão em tom cínico e irônico: -Então o tênis tá limpinho?
Ricardo com ar autoritário: -Não faz parte das minhas atribuições limpar tênis e nem aturar ofensas e maus tratos.
Betão fechou a cara: -Eu digo quais as suas atribuições e você agradece a Deus toda a noite por eu não afundar seus dentes agora pela sua petulância.
Ricardo nada falou.
Betão abriu novamente o sorriso cínico: -Eu sei como meter medo ate em quem não tem medo de apanhar. Vai por mim, você vai me entregar esse tênis limpinho ainda hoje.
Dito isso entrou no carro e foi embora. Ele não deu bola para a ameaça superficial e vazia de betão. Achava que a intenção dele era apenas assustar.
Não haviam carros para serem lavados naquela manhã. Estranhamente quatro veículos estavam fora e o restante estava limpo. Lembrou que embora estivesse ali já a quatro dias e ainda não tinha visto a senhora Mattos e nem sua filia. Conversando com os outros empregados soube que a Senhora Mattos era extremamente reservada. Já a filha Suzane, parecia ser tão solta no mundo quanto Betão. Descobriu também que na verdade Betão se chamava Roberto, mas não gostava de ser chamado assim, apenas de Betão mas ninguém sabia exatamente o porque.
No horário do almoço como sempre fazia foi para casa da avó para almoçar. Ao chegar soube da surpresa.
Avó: -Mas depois de tantos anos? Porque isso agora de vigilância sanitária? Nunca teve isso aqui!
Alceu: -Mas mãe isso acontece, as vezes esse povo aparece. O problema é que a gente não vai ter dinheiro para fazer tudo que eles tão pedindo aqui.
Vó Mariana: -Isso tudo é culpa dessa maldita política que você tá se metendo. Devem ter de descoberto a sua reunião do sábado passado!
Alceu: -Mãe a reunião é secreta eles nem sabem quem somos e já tem dois anos que fazemos essa reunião, não foi a reunião não. So se aconteceu alguma outra coisa que não tô sabendo, caso contrario foi só uma estranha coincidência.
Ricardo: -O que tá acontecendo aqui?
A vigilância sanitária tinha aparecido pela primeira vez em tantos anos. Ninguém entendia o porque vieram, mas as exigências deles foram demais e dinheiro para atende-las era de menos. Ricardo logo entendeu o que estava acontecendo ali. Betão estava dando uma lição a ele, as palavras dele “-Pode ser de tarde, depois da sua lição no almoço”, não, não podia ser, ele faria isso por algo tão pequeno quanto um tênis? Por mais que ele não quisesse acreditar, na verdade sim, Betão faz qualquer coisa para ter tudo o que quer era o que todo mundo dizia a ele. Ricardo não conseguiu nem comer, voltou para a chácara, pegou o tênis no canto e já começou a limpeza. Ricardo tinha certeza que era obra dele, era coincidência demais. Para ele Betão mostrou que suas ameaças não eram vazias, e havia quebrado a sua crista. Deixou o tênis o mais limpo que era possível. Ate os cardassos lavou a mão. Secou com o soprador de ar. O tênis estava pronto as três da tarde. Ele se preparava agora para se humilhar, se ajoelhando na frente dos amigos de Betão, era preferível a humilhação do que prejudicar a avó. Porém já passavam das sete da noite e ele não aparecia.
Ele estava preocupado. Ninguém da família Mattos havia retornado, e ele precisava se desculpar com Betão e evitar que a roça fosse prejudicada.
Ele já começava a desistir, quando o carro de Betão finalmente chegou. Ele parou e saltou sozinho. Estava como de costume sem camisa e de boné. Mas a cara de poucos amigos estava acentuada como ele nunca tinha visto. Saiu do carro e Ricardo o abordou.
Ricardo: -Betão...
Betão grosseiramente: -Senhor Betão!
Ricardo deu um passo para trás: -Me desculpe, Senhor Betão, o seu tênis.
Betão olhou para ele ainda serio: -Muito bem. Você é inteligente e entendeu meu recado. Coloca ai dentro do carro.
Falando isso jogou a chave para Ricardo e se virou para ir embora.
Ricardo: -Senhor Betão, eu queria pedir uma coisa.
Betão se virando irritado: -o que foi agora?
Ricardo: -A vigilância sanitária apareceu lá na roça de vó e....
Betão: -Esse era o recado idiota, será que me enganei pensando que você fosse inteligente?
Ricardo mais uma vez abaixou a cabeça: -Eles irão voltar novamente?
Betão com pouca paciência: -Não sei e não me interessa.
Ricardo ainda em tom humilde: -Mas é que eu queria ver se o senhor podia me ajudar.
Betão se aproximou dele, quase colando o peito no rosto dele devido a diferença de altura. Estavam tão próximos que Ricardo pode sentir o cheiro de álcool vindo dele, definitivamente ele havia bebido e não foi pouco: -Se você não fizesse a merda de me desafiar não tava agora se cagando e pedindo ajuda seu porra.
Ricardo abaixou ainda mais a cabeça: -Eu sei, me desculpe.
Betão o ficou encarando serio e com raiva durante um tempo, calado, enquanto Ricardo com a cabeça baixa esperava alguma ação dele para que enfim ele pudesse reagir, mas os segundos passavem e nada acontecia. Finalmente ele respirou pesado e disparou: -Só tem um jeito de desfazer isso agora frango.
Ricardo olhou para ele nos olhos: -Qualquer coisa, a roça é tudo que minha família tem, sem ela não tem dinheiro.
Betão ainda serio: -Traga teu o noivinho da tua prima para mim amanhã.
Ricardo não entendeu: -Carlos?
Betão ainda serio e mal-humorado: -Ele mesmo!
Ricardo confuso: -Mas Carlos? Porque?
Betão enfesado: -Quero ter uma conversa com ele cara a cara mas ele me evita. Tá com medindo de mim. Passei o dia todo tentando chegar nele mas ele se esquivava.
Ricardo mais confuso ainda: -Se ele tem medo de você não vou conseguir trazer ele aqui.
Betão com irritação: -Sei lá cara, da seu jeito!
Ricardo: -Eu não entendo o que vocês teriam para conversar.
Betão levemente alterado: -Coé frango!? Tá me tirando de otário? Não ia meter tua família nessa história, a puta da tua prima embora noiva daquele frango corno fode legal, mas você fez a merda e me fez meter vocês nessa ai. Mas eu sei que ele tá por trás desse jornal de merda, mexeu com minha família playboy, mexeu comigo, agora ele vai ter que me explicar essa historia direitinho. Quero dar um recado a ele sobre esse maldito jornal.
Ricardo começava a ligar os pontos, o tal do jornalzinha que ele ouviu por alto na reunião aparentemente tinha saído e provocou a ira de Betão.
Ricardo: -Mas que jornal? Fui almoçar em casa e ninguém sabia disso.
Betão avançou e puxou a cabeça de Ricardo para trás pelos cabelos e falava com tanto ódio que pulava gotas de saliva no rosto de Ricardo: -SEU IMBECIL, VOCÊS ESTAVAM NA NOIA DO FISCAL!!! NÃO TAVAM NEM AI PARA JORNALZINHO, IDIOTA.
E o largou ao terminar de falar.
Notando a confusão de Ricardo ele interrompeu o que falava: -Tu realmente não sabe da história do jornal, não é?
Ricardo balançou a cabeça dizendo que não.
Betão serio e firme: -Traga ele para mim.
Ricardo se afastando dele: -Eu não posso trazer ele ate você para que você o espanque.
Betão ainda mais alterado: -Então não me enche seu merda e assumi as porras que tu faz! E te vira com os fiscais.
E mais uma vez da as costas e segue indo embora. Ricardo entendeu a perfeita definição o que a prima quis dizer quando disse que Betão consegue tudo que quer e grita para ele: -Tudo bem! Eu faço.
Betão parou e mais uma vez voltou ate ele: -Vai trazer ele pra mim?
Ricardo apenas assentiu que sim com a cabeça.
Betão serio: Amanhã, como sem falta. E saiu em direção a casa.
Ricardo voltou para casa a passos lentos. O tamanho do problema que arranjou apenas por tentar defender a prima se tornou gigantesco.
Quase não conseguiu dormir. Teria que enganar de alguma maneira uma pessoa que ele mal conhecia, para atrai-lo para algum lugar aonde Betão iria cerca-lo. Não sabia o que fazer e elaborou um plano, mas que precisaria da colaboração de Betão.
Assim na manhã seguinte, correu para a chácara dos Mattos e pediu para empregada chama-lo. Ele estava na piscina e pela primeira vez o viu sem boné.
Betão usava apenas uma sunga branca, as pernas musculosas atraíram a atenção de Ricardo. Toda a visão daquele homem enorme e branco e careca era hipnótica, aquela montanha de músculos branca parecia um gigante se movendo, pesado e apressado. Notou também a mala na sunga, uma mala de impor respeito. Por um segundo enquanto observava aquele macho se aproximando se perguntou o porque do uso do boné. O rosto dele era lindo e o boné escondia isso.
Betão: -Qual foi que tá me incomodando a essa hora?
Ricardo: -Quero trazer o Carlos ate você. Mas não posso me sujar. Se ele suspeitar que fiz de propósito não poderei te ajudar novamente no futuro em nada com ele.
Betão se interessou: -O que você tá pensando?
Ricardo: -Me empresta o carro, eu finjo um problema e que estou com medo de dizer aqui que eu posso ter estragado o carro, peço socorro a ele e você aparece na moto quando estivermos chegando para ver o carro como se fosse um flagrante.
O plano agradou Betão. Ele teria a conversa que queria e ainda não perderia aquele que poderia ser uma ferramenta para o futuro.
Ricardo seguiu a orientação de Betão, que voltou a piscina, e pegou o carro. Betão sugeriu que retornasse cerca de um quilometro e pegasse a entrada a esquerda. Assim pareceria que ele tinha se confundido e pego a estrada errada. Convenientemente esta levava para lugar nenhum, terminava em um descampado na beira do rio e que tinha apenas uma árvore. Aquele caminho quase não era usado, seria perfeito para uma conversa sem interrupções.Parou o veiculo e voltou a pé para casa. Lá chegando pediu socorro a sua prima.
Ele não gostava de ter feito isso, mas livrar a roça do problema que ele criou para a família, e por mais que ele tivesse gostado de Carlos, tinha acabado de conhece-lo e tentava se convencer que se ele decidiu entrar para política esse tipo de coisa podia acontecer. Mas no fundo, ele não queria que ele se machucasse. Bem sem outra saída ele vestiu o personagem e tentou parecer nervoso e desesperado enquanto corria em direção a prima:
Ricardo: -Ana, levei o carro de Betão para abastecer por ordem do pai dele e na volta me perdi, pra piorar o carro parou e não consigo fazer pegar! O que vou fazer?
Ana: -Meu Deus, mas justamente o de Betão! Calma, calma primo, vou chamar o Carlos, ele entende alguma coisa de carro, ele ajuda a gente.
Era tudo que ele queria ouvir. Não levou 15 minutos para que ele chegasse. Ao saírem para o local do carro, discretamente fez a chamada para Betão e nem falou nada, apenas o toque foi necessário.
Ao chegarem no local aonde estava o carro Ricardo tentava explicar que o carro morreu do nada e não conseguia mais fazer pegar.
Carlos: -Calma, esses carros automáticos são meio chatos.
Claro que havia sido armado, mas parecia que havia sido cronometrado. Foi Carlos sentar no banco do motorista para que Betão chegasse de moto. Parecia que tinha saído da piscina direto para lá, estava descalço e ainda de sunga, mas usava o boné e um óculos escuros tipo espelhados.
Betão interpretando seu papel: -Mas que porra é essa aqui? Você sai para abastecer meu carro e vem parar no meio do nada ainda por cima com esse franguinho ai?
Carlos assustado pulou para fora do carro.
Renato: -Seu Betão eu me perdi e o carro morreu e não consegui mais fazer pegar, fiquei com medo de voltar sem ele e pedi ajuda para o noivo da minha prima, foi só isso, ele só veio me ajudar.
Carlos estava completamente nervoso e balançava continuamente a cabeça concordando com tudo que Ricardo dizia.
Betão quase gritando: -Cala boca frango, se o carro não tem GPS eu não achava! Mas quer saber, (agora acalmava o tom de voz) isso foi bom. Eu andava precisando ter uma boa conversa com esse babaca ae. Isso foi providencial.
Desde a surra que Carlos levou aquela surra de Betão ele passou a adotar uma atitude totalmente submissa diante dele. A verdade é que ele passou a sentir um medo descomunal dele.
Betão se aproximou de Carlos e em tom autoritário: -Então frango, vamos ter nosso papo agora.
Carlos nervoso e gaguejando: -Eeeu não que-quero confu-fusão. Eu não ssseei o que fiz, mas me me des-desculpe.
Betão irônico: -Ah! Você sabe sim.
Carlos: -Não im-importa, me-me des-desculpe
Betão: -Devia pensar nisso antes de resolver sacanear meu pai.
Carlos visivelmente assustado entendeu do que se tratava arregalou os olhos e falou rápido sem nem respirar: -Eu não tenho nada haver com esse jornal! Eu já te falei eu não vou desafiar seu pai!
Betão com a cara muito fechada e levando Carlos que andava lentamente para trás contra uma arvore: -Ah com certeza que você não vai. Hoje eu vou te dar a lição que ficou faltando daquela vez na praça. Aliais vou devolver uma lição que você me ensinou. Sabe qual foi?
Carlos que cada vez mais se aproximava da arvore tentando manter distancia de Betão ficou confuso e balançou a cabeça em sinal de não.
Betão: Pois é, foi com você que eu aprendi a nunca pegar leve. Porque eu peguei leve com um franguinho como você e o resultado foi que tu veio tentar bicar o leão aqui na primeira chance que teve.
Carlos já entrando em pânico prensado contra a arvore e com voz tremula: -Eu não tentei bicar você. Eu não tentaria cara, eu juro. Eu não teria coragem. Eu sei que não posso com você.
Betão seco e grosseiramente: -Depois de hoje eu não tenho a menor duvida que você nunca mais vai nem pensar em tentar.
E desferiu o um soco de cima para baixo na cabeça dele, o que fez ele cair no chão de quatro.
Ricardo gritou: -Não machuca ele!
E avançou em direção aos dois.
Betão se virou para ele e gritou em um tom que infringiu medo em Ricardo: -NÃO TE METE NESSA OU VAI SOBRAR PRA VOCÊ TAMBÉM.
A expressão no rosto dele mesmo com de óculos, o tom da sua voz, a imposição dele, congelaram Ricardo. Ele parou o seu avanço e pela primeira vez ele sentiu medo de verdade de Betão.
Carlos estava no chão se virou sentado e se arrastou ate colar as costas na arvore. Ele estava desesperado.
Carlos em tom de desespero: -Me ajuda Ricardo, por favor!
Ricardo não sabia como agir. Enfrentar aquele gigante branco, que de sunga mais parecia um lutador de MMA, com o dobro do seu peso e com um braço daquele tamanho, com aquele ódio. Ele também estava travado. Ricardo sempre soube se impor e nunca ouviu desaforos calado, mas nunca havia entrado em um embate físico.
Betão gritando com ódio: -CALA BOCA COVARDE!
Betão estava transtornado de raiva. Ricardo começava a suspeitar que fosse o que estivesse escrito no tal do jornal devia ser grave, e agora beto ia levar uma surra a qual talvez não sobrevivesse. Começou a pensar em o que ele podia fazer.
Carlos vendo que ele não o ajudaria e em uma ultima atitude desesperada agarrou a perna de Betão, se abraçando a sua perna esquerda: -Por favor. Por favor, não me bate de novo, eu conto tudo que eu sei, eu falo qualquer coisa, por favor.
Aquilo divertia Betão. Ver Carlos totalmente submisso a sua vontade e desesperado de medo dele o fazia se sentir poderoso. Péssima idéia de Carlos ter alimentado isso nele.
Betão o pegou pelo cabelo e o puxou arrancando ele da sua perna e socou a sua cara em cheio. Isso fez ele se chocar contra a arvore novamente. Betão mais uma vez o agarrou pelos cabelos.
Betão: -Você vai apanhar pouco hoje, vou fazer pior do que bater e quando eu terminar você vai me contar tudo sim, mas só quando acabar. Depois que eu terminar com você, você vai ser minha vadiazinha, minha puta e vai me dizer tudo que eu quiser saber.
E enquanto falava isso arrastava a lateral da sunga puxando o pau para fora.
Betão de cara fechada e falando grosseiramente: -Põe na boca e chupa!
Ricardo começou a se afastar dos dois andando de costas.
Carlos que começava a chorar: -Por favor, eu não quero fazer isso....
Betão ainda o segurava pelos cabelos e puxou o rosto dele e aplicou outro soco. Ele bateu a cabeça contra arvore novamente, o sangue começou a escorrer por tras da sua cabeça com o impacto contra arvore. Betão batia na testa dele, não queria o sangue dele escorrendo por sua pica. Carlos estava tonto com as pancadas e a dor e a humilhação o fazia chora. Mas Betão não tinha pena, o pegou pelo cabelo novamente.
Betão agora já gritando com fúria: -PÕE NA BOCA E CHUPA! E CHUPA GOSTOSO!
Carlos com o rosto lavado em lagrimas olhou para cima e viu Betão armando outro soco, não agüentava mais apanhar na cara, não viu outra alternativa e engoliu o pau branco de Betão.
Betão em tom de ordem: -E chupa gostoso filha da puta!
Voltou seu olhar para Ricardo e caminhava para trás.
Betão ainda em tom de ordem: -Frango dois, vem aqui, agora!
Ricardo também estava assustado, se arrependia de estar participando daquilo. Sim ele era gay e passivo, mas não queria participar de um estupro.
Betão irritado: -Ou você vem agora ou vou socar a cara desse frango viado ate virar uma massa de sangue e carne!
Ouvindo isso Carlos chorou alto com a tora branca que começava a crescer e preencher toda a sua boca. Ricardo não queria ser mais responsável do que já estava sendo por tudo que estava acontecendo. E começou a andar em direção a Betão. Betão satisfeito se virou para Carlos segurou ele pela nuca e começou a fuder a sua boca tal qual se fode uma boceta.
Betão: -Isso frango puta, já tá todo armado o cacete.
Puxou ele pelo cabelo arrancando o pau da sua boca e batendo com ele na cara dele.
Betão com voz baixa e cínica: -Agora tudo isso vai rasgar seu cu!
Carlos chorando apenas dizia: -Não, não, por favor, não....
Mas foi interrompido com a reentrada do rolão branco na sua boca.
Betão: -Frango dois, pega uma camisinha no porta luvas ae da picape.
Ricardo o fez, e levou para ele.
Betão: -Abre ae frango dois.
Ele abriu e retirou o preservativo de dentro da embalagem e entregou ao patrão. Betão retirou o pau da boca de Carlos novamente, deu dois tapas com a pica no rosto dele e começou a encapar aquilo que seria seu instrumento de tortura.
Betão em tom irônico: -Preste muita atenção frango dois no que to fazendo agora com teu amiguinho frango. Porque ele agora vai ser currado. Tu vai ver esse frango ser currado umas horas aqui, isso por que ele é um frouxo, um corno, um filha da puta que age pelas costas. Essa raça não merece pena, nem piedade, merece sofrer, ser humilhado. Merece ser fundido com força.
A pica já estava encapada, então ele mais uma vez pegou Carlos, que mamava em seu cacete, pelo cabelo e o arrastou ate o capu do carro. O puxou e jogou sobre o este, em seguida arrastou sua calca para baixo com cueca e tudo. Carlos ja estava resignado, estava totalmente dominado e paralisado pelo medo, ele sequer cogitava reagir, sabia que não teria chances. Só lhe cabia aceitar o que lhe esperava enquanto chorava.
Ricardo estava totalmente tenso com o que estava assistindo. Ele tinha certeza de que Carlos não era gay. Ele via Carlos em completo estado de submissão chorando copiosamente. Ele queria parar aquilo mas não sabia como.
Ricardo: -Betão cara, você não tem que fazer isso, uma coisa que eu tenho certeza é que você não é gay.
Beto cuspindo no pau e preparando para soca-lo cu a dentro de Carlos: -Claro que eu não sou viado, assim como esse frango tambem não é, o que rolando aqui é uma curra, se um dos dois fossem viados não seria curra, seria sexo.
Terminado de diz isso começou a procurar a entrada do cu dele com a cabeça do mastro branco.
Ricardo: -E qual a diferença?
Foi quando aplicando uma força imensa empurrou a cabeça rosada da sua rola empapada de cuspe dentro do cu de Carlos, que entrou lentamente e com dificuldade, rasgando as pregas daquele cu virgem, o que arrancou um grito desesperado de dor, seguido de contorção do corpo dele sobre o capu.
Betão arqueando as sobrancelhas virou para Ricardo e disse: -Viu? Isso é uma curra.
E voltou a empurrar mais a pica dentro daquele cu.
Ricardo: -Mas...
Sendo bruscamente interrompido por Betão: -CALA A BOCA, OU VOCÊ QUER SER O PRÓXIMO?
Ao terminar de falar em uma estoca bruta e firme terminou de enterrar todo aquele mastro branco dentro de Carlos, que gritou em desespero. Tentou fugir na expectativa de arrancar aquela tora de dentro dele mas estava prensado entre o carro e a montanha de musculos que era Betão. Percebendo isso, Betão recuou tirando parte da pica e em seguida mandou outra estocada violenta cu a dentro. Esse mais uma vez gritou de dor e se debateu e contorceu sobre o capu da picape.
Ricardo então se calou e começou a se afastar dos dois lentamente enquanto assistia Betão castigar violentamente o cu de Carlos. Em uma coisa ele sabia que Betão estava certo, aquilo em nada poderia ser uma transa. Ele via ódio no rosto de Betão e dor e desespero no de Carlos. Betão era impiedoso e violento. As estocadas tinham a única intenção de causar dor. Fora os tapas na cabeça e soco nas costas que ele aplicava em Carlos junto as palavras de humilhação e xingamento. Essa sessão levou vários minutos os quais Ricardo não conseguiu calcular. Ele experimentava um misto de medo e excitação. Embora ele não quisesse admitir, assistir um homem como betão currando outro homem, provocava o seu intimo.
Finalmente Betão arrancou a sua rola de dentro do rabo de Carlo, que estava banhado em sangue. Carlos caiu de joelhos no chão quase que imediatamente a isso. Parecia ate que o que o mantinha de pé era o apoio da pica de Betão.
Betão: -Porra ainda me suja todo filho da puta.
Arrancou a camisinha e começou a se mastubar, pucou a cabeça de carlos pelos cabelos e gozou na cara dele. Ele gozou de olhos abertos, gemendo com a boca fechada e uma cara de mau, mais parecia que estava com raiva de estar gozando. Ao terminar largou Carlos que caiu de vez de cara no chão.
Betão então desceu ate o córrego do Rio e se lavou, ao terminar voltou, ainda com o pau para fora da sunga só que meia-bomba, ate Carlos que estava no chão com o rosto com uma papa que misturava lagrimas, gozo e terra.
Betão com uma feição de raiva e falando muito serio: -Segunda você vem em minha casa me procurar para me pedir desculpas e para eu decidir o que vou fazer com você. Se tu não aparecer, essa curra de hoje aqui vai parecer brincadeira de criança comparado com o que vou fazer com você. Estamos entendidos?
Carlos apenas balança a cabeça em sinal de concordância.
Betão: -E só pra terminar...
E urina sobre Carlos que estava no chão. Esse totalmente redimido a sua condição, apenas fechas os olhos e volta a chorar novamente.
Betão vira para Ricado e diz em tom firme: -Não foi você que trouxe o carro? Então pega ele e me segue pra casa agora.
Ricardo não podia deixar Carlos ali naquela situação: -Mas o Carlos...
Betão olhou para ele com um cara que ia alem do ódio: -O QUE TEM O CARLOS?
Ricardo sentiu medo, muito medo nessa hora e não terminou a frase, passou por Carlos caído no chão e por mais que quisesse fazer algo sabia que não podia. Entrou no carro e foi seguindo Betão na moto ate a chácara.
Ele começava a perceber que Betão era o tipo de pessoa que não temia as conseqüências das coisas que fazia. Aparentemente ele se achava o todo poderoso da região. O filhinho do prefeito, ou melhor, do dono da cidade, tinha tudo o que queria, fazia tudo o que queria. Desafia-lo sempre tinha conseqüências para quem o fazia. Mas ele ainda naquela semana descobriria que a coisa não era bem como ele pensava.