16 OUTUBRO:24
Quatro dias se passaram desde o dia em que fomos seqüestrados. Achamos meio que um poncho para mim (caso não lembrem, me jogaram pelado de um caminhão), mas mesmo assim não tenho calça e nem uma cueca ou coisa assim, também achamos alguns suprimentos.
Pequenas plantas começam a aparecer enquanto penetramos cada vez mais o deserto. O calor é quase insuportável, logo teremos que parar para descansar. E Jimmy, estou preocupado com ele, não fala nada desde...
Paramos perto de uma casa que por sinal estava quase inteira e resolvemos entrar. Toda a casa estava uma zona, tipo jogado pelo chão e havia um cheiro estranho. Jimmy largou o carrinho e se sentou em um canto e ficou olhando para o chão. Resolvi me sentar ao seu lado
— O que foi? — Perguntei. Mas ele não responde. — Jimmy, o que...
— O que vocé acha?!! — Ele gritou para mim. Na hora até me assustei, ele nunca tinha falado assim comigo.
— Eu...
— O que eles fizeram com você foi, foi...
Ambos ficamos calados por pelo menos uma hora, olhando para o chão. Até que resolvi sair para procurar suprimentos e alguma coisa para fazer uma fogueira.
— Eu volto logo, não saia da casa sim? — Ele não responde, só vira a cabeça como se não quisesse falr comigo.
Sai da casa pelo deserto a frente. O calor era insuportável, parecia que eu estava sendo cozinhado vivo, de uma forma geral eu estava mesmo. Eu parava a cada destroço, a cda lugar que eu talvez pudesse achar água, comida ou algo que fosse útil mas não tive um resultado satisfatório. Estava prestes voltando para casa quando uma coisa me chamou a atenção. Alguns passos adiante havia um pilar, quase que inteiro. Me aproximei e vi que haviam coisas escritas, mas estava em outra língua que eu não entendia.
— Jimmy, você iria adorar isso — Pensei.
Quando virei as costas para o pilar um som ecoou pelo deserto. Um tiro! Na hora pensei em Jimmy mas era impossível pois o tiro veiu do lado oposto. Fiquei pensando por alguns segundos até que resolvi seguir o som.
Andei por quase meia hora até que comecei a reparar no cenário. Haviam muito mais destroços naquela região. Andei por mais alguns segundos até que avistei um corpo caído na areia. Me agachei imediatamente atrás de umas pedras. O corpo era de um homem de 30 anos aproximadamente e havia sido baleado. Havia sangue na areia e nas roupas do cadáver. Comecei a olhar ao redor mas não vi ninguém. Comecei a me mover em direção ao corpo até que senti alguma coisa na cabeça.
— Nã se mexa! — Uma voz falou atras de mim.
— O que faz aqui? — A viz perguntou para mim.
— E-eu estava procurando alguma coisa para comer. — Respondi — Até que ouvi um barulho de tiro e vim para cá, por favor eu...
— Qual a sua idade?
— 16
— E para onde está indo?
— Eu estou indo para o norte, ouvi falar que há um campo de sobrevivente lá.
Nessa hora ele abaixou a arma, então me virei. Era um garoto da minha idade provavelmente, cabelo curto, olhos negros, tinha uma pistola em uma das mão e ná outra um facão. Ele começou a andar até o corpo e eu o segui.
— Qual seu nome? — Perguntei
— Você não precisa saber. — Ele me disse, chutando o cadáver.
— Foi você que atirou? — Ele me olha com um olhar frio e calculista.
— Não. Assim como você eu ouvi o barulho e vim para cá.
— Acho que devemos sair daqui não?
— Provavelmente! — Ele diz se levantando.
— Porque você não vem comigo? — Assim que fiz a pergunta me arrependi. Eu estava chamando um cara que nem conhecia pra viajar comigo? Ele me olhou de lado e pôs seu facão na cintura.
— Porque não?
Andamos por uns 15 minutos em silencio total. Não sei o que mas alguma coisa nele me chamava a atenção. Resolvi então puxar assunto.
— Você tem família ou coisa assim?
— Não, família só serve para atrasa-lo! — Como ele consegue ser tão frio? — E você?
— Um irmáo, 11 anos — Ele não disse nada.
— Para onde está indo? — Perguntei.
— Pra o mesmo lugar que você.
— Ei, podemos viajar juntos. — Pronto, me arrependi de novo. Ele não responde nada.
Algum tempo depois chegamos onde meu irmão estava. Assim que entramos em casa meu irmão véi falar comigo mas parou assim que viu o garoto ao meu lado. Ele o olhoube depois olhou pra mim.
— Temos um convidado — Falei.
Ele me olhou e voltou a olhar para o garoto que também o encarava.
Deixei os dois se encara do e fui preparar a fogueira. Assim que terminei Jimmy vem falar comigo.
— Quem é ele?
— Hum, não sei bem.
— E por que trouxe ele aqui?
— Por que não? Ele estava sozinho e eu pensei...
– Espero que saiba o que está fazendo! — Nossa, esse é meu irmão de 11 anos?
Quando escureceu, acendi a fogueira e sentei do lado do meu irmão e o garoto na nossa frente. Para comer tínhamos carne e latas com pêssegos e alguns legumes. Ficamos ali olhando um para a cara do outro esperando a carne assar e assim que ficou pronta dei um pedaço para meu irmão, um para o garoto e o ultimo para mim. Quando eu ia começar a comer a carne eu ouvi:
— Niah.
— O que? — Respondi ai garoto.
— Meu nome, Niah.
— Ah, hm é um belo nome!
— Hum. E o seu? — Ele perguntou.
— Lucca— Respondi.
— Prazer Lucca.
Após comermos Jimmy foi dormir. Ele Se deitou ao meu lado.
A fogueira estava fraca mas o suficiente. Fiquei um tempo olhando Niah e... Alguma coisa nele me atrai, mas não sei o que. Ele reparou que eu estava olhando e rapidamente virei a cara. Ele então se levantou e começou a tirar a roupa, ficando apenas com suA calça e se se de novo apoiando na parede. Pensei em conversar com ele mas não sabia sobre o que, até que ele pergunta:
— E como vocês pretendem chegar na Europa? Ainda estamos bem longe e há também um oceano no caminho.
— Não sei, andando? — Respondi. Ele ficou me encarando.
— Bom, acho que amanha devemos achar um veiculo.
— Veiculo? E onde exatamente nesse fim de mundo vamos achar um?
— Eu sem de um lugar nao muito longe daqui.
— Ok...
17 OUTUBRO:47
Niah ficou horas concertando uma caminhonete até que ficou pronta. Pusemos nossos suprimentos no porta-malas e entramos. Jimmy sentou no banco de traz e Niah na direção. Sentei ao seu lado.
Antes de sairmos ele se virou para mim.
— Tem um mapa?
– Ahm, sim. — Respondi, pegando um mapa do meu bolso de traz. Ele o olhou por alguns segundos.
— Ok, senhoras e senhores por favor apertem os cintos!!
Até que ele era um bom piloto.
Dirigimos por horas, já estava escuro e resolvemos parar. Paramos dentro de um deposito (um ex deposito... falta a metade do telhado e de uma parede) e ficamos ali por um tempo. Jimmy já estava dormindo.
— Esta com fome? — Perguntei para Niah.
— Sim.
Eu então sai do carro e peguei duas latas de feijão no porta malas. Voltei para o carro e quando ia entregar a lata Pera ele nossas mão se tocaram. Fiquei pasmo, com um aperto no peito. Que sentimento era esse?? Nunca tinha sentido algo assim. Me virei rapidamente e abri a lata. Ele ficou me olhando por um tempo até que disse:
— Feijão?
— Você nao gosta?
— Não é isso, é que... Ah, deixa pra lá.
Algum tempo depois quando já havíamos comido Niah saiu carro e tirou a roupa, ficando só de cueca e voltou para o carro. Fiquei olhando para ele.
— Vou dormir — Ele disse — hm... Por que você esta me olhando assim?
Congelei na hora.
— Hm é... é que... Você tem um corpo bonito.
Ele ficou me olhando com um olhar totalmente frio.
— Obrigado, acho. — Ele deitou o banco para traz e fechou os olhos.
Fiquei mais algum tempo acordado até que resolvi dormir também. Tirei minha roupa e fiquei também só de cueca. Ia apagar a luz do teto do carro quando parei e fiquei olhando para Niah, para uma região em particular. Não era muito mas eu conseguia ver o formato de seu penis. Fiquei totalmente nervoso e fiz a coisa que eu jamais deveria ter feito. Bem devagar toquei se penis com a minha mai direita. Fiquei esperando para ver se ele se movia mas nao. Comecei a então a fazer uma pequena massagem. Nada. Então abaixei um pouco de sua cueca e consegui ver seu pinto. Nao era grande e nem muito pequeno. Tinha bastante pelo em volta.
Fiquei acariciando seu penis até que...
— O que voce esta fazendo?! — Ouvi uma voz... Droga, eu tinha esquecido que ele podia acordar a qualquer momento!!
— E-eu estou... — Fiquei pasmo, meu corpo tremia. Me afastei dele rapidamente.
— Ven aqui! — Ele falou meio que mandando. Nao me movi.
— Ven aqui!!!!
Obedeci, me aproxima do dele. Ele então agarrou minha cabeça e a puxou na minha direção. Nesse momento o inesperado aço te eu. Ele me beijou. Todo meu corpo ficou tenso. Era uma sensação tao boa, seus lábios tocando os meus.
Ele então parou e se afastou.
— Vai dormir agora — Ele se virou e fechou os olhos.
Fiquei um tempo ali pensando no que diabos havia acontecido e resolvi dormir, o que nao foi fácil. Não conseguia tirar aquele beijo da minha cabeça.
...CONTINUA...
Notas do Autor: Desculpem por demorar TANTO para postar a continuação. Eu estava meio atrapalhado com escola e essas coisas. Bom, espero que gostem :)