Boa noite :) gente, como Portugal ganhou o jogo de hoje frente à Dinamarca nós estamos muito animados e decidi publicar já a parte seguinte ;) e porque também quero ver o que vocês vão achar desta parte do conto, porque adorei escrever, por momentos senti que tinha recuado no tempo e estava tudo a acontecer de novo.
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Espero que estejam a gostar até agora, eu estou a adorar contar a nossa história ;)
Como sabem neste capitulo vai rolar algo muito especial, eu tentei descrever tudo o que senti, mas era impossível passar tudo por palavras. Quem já passou pelo mesmo vai saber do que estou a falar.
Juro que enquanto escrevia e me lembrava de como tinha acontecido, o meu coração começou a bater mais forte, já passou um ano mas o sentimento é o mesmo.
Espero que gostem…Ele ao sentir o carinho virou o rosto para mim sério, eu logo parei.
Pedro: Me abraça.. – disse com aqueles olhos brilhando cheios de água e com uma carinha que quase me fazia chorar também.
Eu: Oh meu anjo, nem precisa pedir – disse com um sorriso na cara.
Ele por momentos sorriu, era um sorriso triste mas mesmo assim lindo demais.
Então eu avancei para ele e abracei-o com toda a força e ele retribuiu o abraço. Juro que o meu coração começou a bater mais forte, mas não era tesão, era pura emoção.
Ficamos assim uns minutos, ele não chorava mas de vem em quando dava um grande suspiro. Eu queria que ele se abrisse comigo mas não queria pressiona -lo. Então ficamos assim naquele abraço apertado até que reparei que ele não estava muito bem porque estava sentado todo torto, então tirei os braços de volta dele.
Ele automaticamente tirou os braços de minha volta e limpou uma lágrima que tinha caído.
Pedro: Desculpe, você não tem que lidar com os meus problemas...
Eu: Eu não vou fugir e não me cansei do seu abraço – disse começando a deitar-me no sofá – deita aqui comigo – puxei pela sua mão – descansa a cabeça no meu peito.
Ele virou o rosto sério para mim e não disse nada, apenas deitou a cabeça no meu peito e eu fiquei acariciando o seu rosto. Por segundos eu pensei que estava sonhando. Eu e ele deitados abraçados, e eu cuidando dele.
Continuava fazendo carinhos nele. Passava a mão pelo seu rosto, com a barba por fazer e ele continuava suspirando. Parecia que queria falar, mas quando estava quase a fazê-lo perdia a coragem e apenas suspirava.
Eu: Eu estou aqui - disse beijando a sua cabeça - eu vou estar sempre aqui...
Então senti que ele começou a chorar, molhando o meu peito.
Eu tinha jurado para mim mesmo que ia conquista-lo e que o ia ter nos meus braços, mas ainda não tínhamos feito nada de muito especial e eu já me sentia o homem mais feliz do mundo. Porque ele me fazia com que eu sentisse um arrepio sempre que nos tocávamos, porque ele não saía da minha cabeça, porque ele era lindo por dentro e lindo por fora, porque ele estava ali comigo deitado no meu peito e eu podia toca-lo, acaricia-lo com o seu consentimento.
Costumam dizer que os homens não choram, mas eles choram sim, e às vezes choram muito. Mas eles não gostam de mostrar aos outros as suas fraquezas, não gostam de chorar em frente a todo o mundo porque muitos têm vergonha de o fazer. Apenas choram sozinhos ou junto daqueles em quem confiam, junto daqueles em de quem gostam, junto daqueles que os compreendem e os apoiam incondicionalmente.
Pedro chorou ali deitado no meu peito, e, para mim, isso mostrou que ele confiava em mim, ele não teve vergonha de mostrar como se sentia, ele simplesmente abriu o seu coração.
É incrível como uma relação de duas pessoas que se conhecem à tão pouco tempo tenham uma química incrível. Há quem diga que isso acontece quando duas almas gémeas se encontram, algo que não tem explicação.
Pode ainda ser muito cedo para afirmar com toda a certeza, mas eu simplesmente olho para ele e vejo um futuro, olho para ele e vejo um homem que me pode fazer feliz, olho para ele e vejo um menino que precisa de mim, olho para ele e sinto que sem ele não estou completo, olho para ele e sinto que com ele não tenho medo de nada, olho para ele e sinto que é ele quem eu quero! Se ser alam gémea é isso, então acho que somos almas gémeas.
Neste momento só não estava completamente feliz porque ele não estava bem, mas eu ia cuidar dele.
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Continuamos assim, ele deitado no meu peito, em silêncio... apenas ouvíamos as ondas do mar... Estava uma brisa suave... Ele então enroscou-se ainda mais nos meus braços...
Eu pensava que ele já tinha adormecido, mas então falou...
Pedro: Eu tenho medo…
Finalmente ele falou, eu não disse nada, queria que ele falasse por ele, sem se sentir pressionado. Continuei a acariciar o seu rosto.
Pedro: Amanhã vou fazer um tratamento e não estou preparado – a voz dele tremia, notava-se que fazia um esforço para não chorar – o meu pai e a minha mãe estão muito animados com este tratamento, até a Clarice acredita que eu vou voltar a ver. – ele fez uma pausa, era complicado tocar neste assunto – só a Sílvia é que não está muito otimista, eu sei que ela não quer que eu sofra se depois não correr como queríamos.
Eu não disse nada, para falar a verdade eu nem sabia o que dizer, era um assunto muito delicado. De certeza que ele queria ver, mas se correr mal ele vai sofrer demais. Mas independentemente de como corresse eu ia ficar sempre a seu lado, nunca o abandonaria. Não era só ele que precisava de mim, eu também precisava dele.
Pedro: Eu não quero chorar ao pé deles, não quero que percebam que tenho medo.
Eu: Mas você é humano, todo o humano tem medo.
Pedro: Mas eu não quero que eles percebam…
Eu: Eu conheço a sua família à pouquíssimo tempo mas já vi que vocês se amam como uma verdadeira família, se eles virem que você tem medo de certeza que o vão abraçar ainda com mais força.
Ele ficou em silêncio e eu também não sabia mais o que dizer. Eu queria dizer que ia correr tudo bem, mas isso podia não ser verdade, o tratamento podia correr bem mas também podia falhar. Eu sentia um aperto no coração por não poder fazer nada.
Pedro: Desculpe pelo soco - ele falou enquanto acariciava o meu peito por cima da camisa.
Eu: Eu mereci – disse sorrindo – mas voltava a fazer tudo outra vez – pronto, falei rsrs não tinha mais porque esconder que estava afim dele, aliás estava muito muito muito afim.
Ele não disse nada.
Eu: Desculpe a sinceridade. – disse mais sério, por momentos pensei que devia ir com mais calma rsrs
Pedro: Gosto de pessoas sinceras.
Voltei a sorrir.
A minha vontade era de o beijar na hora rsrs
Mas como o que é bom acaba depressa a minha barriga começou a fazer muito barulho, eu ainda tentei controlar mas foi impossível rsrs que péssima hora, estávamos tão bem...
Pedro: Você está com fome? – perguntou levantando a cabeça do meu peito e olhando para mim.
Eu não sei se já contei mas aquele olhar deixava-me sem chão, é que nem dá para explicar.
Eu: É que ainda nem o pequeno almoço tomei rsrs
Pedro: Então vamos ali na cozinha preparar alguma coisa – disse levantando-se.
Eu: Não é preciso, não quero incomodar. - a minha vontade era dizer que por ele eu até passava fome se precisasse!
Pedro: Você não incomoda e já teve de me ouvir por isso vamos comer qualquer coisa que eu também tenho fome.
Eu: Nunca vou ficar cansado de o ouvir – sussurrei e comecei a segui-lo para a cozinha.
Ele deu um suspiro mais profundo mas nada disse, continuou a caminhar para a cozinha.
Pedro: Mas tem de ser você a cozinhar, porque como já ouviu a Clarice dizer eu sou um perigo na cozinha rsrs
Ele parecia mais animado, não estava completamente bem, mas estava bem melhor.
Fomos para a cozinha e a Clarice tinha preparado a massa para fazer algumas panquecas então só faltava cozinhar.
Peguei na frigideira, acendi o lume, pus o óleo e comecei a preparar.
Eu: Quer ajudar?
Pedro: Quem?! Eu!? – perguntou admirado – só se você quiser incendiar a cozinha rsrs
Adorava vê-lo sorrir. E mais uma coisa, a minha vontade era dizer que se ele não apertasse os botões da camisa quem incendiava a cozinha era eu rsrs
Eu: Mas não é assim tão complicado, e eu estou aqui para ajudar, se precisar eu apago o fogo rsrs venha cá.
Ele ainda demorou um pouco mas lá veio. Não estava muito animado com a ideia rsrs
Peguei na mão dele e fiz com que ele agarrasse na frigideira, acho que já não preciso voltar a dizer que me arrepiei rsrs
Eu: Agora para não queimar muito deste lado temos de dar um impulso na frigideira para a panqueca saltar e virar para o outro lado.
Pedro: Vai se dar mal rsrs
Eu: Eu ajudo.
Então fiquei atrás dele e os dois agarramos na frigideira.
Eu estava com a boca muito próxima do seu pescoço.
Podia sentir o seu cheiro salgado, com certeza ele deve ter dado um mergulho no mar.
Encostei o meu corpo no dele e eu comecei a viajar rsrs demos um impulso na frigideira e o meu corpo colou ainda mais no dele.
O meu pau ganhou vida automaticamente rsrs
Desencostei um pouco, não queria que ele pensasse que eu estava desesperado rsrs mas para dizer a verdade eu estava, e muito rsrs
Eu: Viu, correu muito bem – disse sorrindo.
Pedro: Mesmo assim eu acho que se a Clarice entrasse aqui agora ela ia ter um treco rsrs
Continuamos a cozinhar e fomos para o alpendre comer.
Agora sim, eu podia ver que o seu sorriso era de alegria, brincávamos muito um com o outro, parecíamos amigos de longa data, são coisas que não se conseguem explicar.
Às vezes eu ficava parado a olhar para ele a admira-lo.
Moreno (não tanto quanto eu), cabeça raspada, barba rala, olhos castanhos claros, peito lisinho mas com um tanquinho bem marcado (nada exagerado), sunga preta… é melhor parar por aqui rsrs
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Levamos as panquecas, algumas compotas e sumo natural.
Estávamos sentados no chão numa pequena mesa, um de cada lado, tínhamos muitas almofadas à nossa volta. Falávamos muito e riamos muito alto até que ele sujou a boca toda com compota.
Desculpa a sinceridade mas naquela hora o meu pensamento foi ‘Fudeu tudo!’ rsrsrs
Eu: Você está com a boca toda suja.
Ele ficou sério e olhou para mim.
Pedro: Eu não consigo ver, pode limpar para mim?
Será que ouvi bem? Ele estava brincado com o fogo, o meu coração quase que saltava fora.
Eu: Mas não tem aqui nenhum guardanapo para limpar – agora queria ver até onde ele ia e até onde eu podia avançar rsrs entrei no jogo.
Pedro: Então limpa como der mais jeito – ele continuava sério.
Eu quase não conseguia controlar a respiração, estava a ficar completamente alterado, parecia que estava prestes a dar o primeiro beijo da minha vida, sentia até nervosismo.
Eu: Eu… Que.. Agora… Maluco – eu nem dizia coisa com coisa.
Saltei para cima dele, ele caiu no meio das almofadas e ficamos os dois deitados, eu em cima dele, com o braços à sua volta.
Fiquei uns segundos parado a olhar para ele.
Eu já estava com a respiração alterada e ainda nem tinha começado a beijar rsrs
Então fechei os olhos e avancei.
Toquei os meus lábios nos dele e arrepiei-me da cabeça aos pés. Quase que conseguia ouvir o meu coração bater. Até agora me arrepio só de pensar.
Ele então colocou as mãos à volta do meu corpo e prendeu-me ainda mais.
Abri a boca e ele fez o mesmo.
Neste momento juro que pensei “É ele que eu quero para toda a vida!”
Então as nossa línguas se tocaram e aí não me controlei mais.
Pus uma mão na sua nuca e puxei ainda mais para mim, eu estava desesperado, queria aproveitar tudo o que tinha direito , queria tê-lo só para mim!
E pelo jeito não era o único, ele me apertava com muita força também.
Estávamos os dois em outro mundo.
Não sei quanto tempo durou, mas pareceu muito e pareceu pouco ao mesmo tempo, era um misto de emoções que é impossível explicar.
Se isto era amor então tenho a certeza que nunca amei na vida, porque nunca tinha sentido nada assim.
Aquele toque, aquela boca, as mãos percorrendo o meu corpo, a respiração ofegante! Eu amava cada pedacinho seu...
Fomos abrandando aos poucos..
Olhei para ele e tinha os lábios bem vermelhos, os meus não deviam estar muito diferentes, até porque a barba rala dele deve ter deixado marcas rsrs
Continuamos deitados, eu por cima dele, os dois abraçados, com a respiração ofegante.
Eu não conseguia tirar os olhos dele.
Eu: Já limpei a sua boca. – disse sério.
Pedro: Limpou tudo?
Fudeu de novo rsrs
Quase nem deixei ele terminar a pergunta e voltei a atacar.
MAS QUE BEIJO!!!
Tinha um fogo que não acabava mais, estávamos em plena sintonia.
As nossas mãos percorriam os nossos corpos.
As nossas línguas cruzavam-se e não se conseguiam separar.
Tudo no nosso corpo já dava sinal de excitação!
Eu queria avançar mais, mas sentia que não podia.
Chamem-me burro, fraco, anormal, mas é que eu sou dos românticos mesmo. E Pedro para mim não era um qualquer, aliás, Pedro era aquele que eu queria comigo para sempre, por isso tinha de ser muito especial.
E sim, já estávamos os dois muitos excitados.
Sinceramente não sei se ele queria avançar, mas eu queria mesmo que fosse especial.
Tudo bem que fazer amor no meio das almofadas, quase na hora do por do sol, ainda por cima à beira mar, seria muito especial, mas não era o momento.
Eu sou assim, fazer o que?
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Fomos abrandando, mas desta vez nenhum de nós queria descolar dos beijos rsrs
Mas quase que fomos obrigados a faze-lo rsrs
Pedro: Chegaram!!
Eu: Chegaram?! Quem?! – mal terminei de perguntar ouvi um carro chegar, Pedro tinha o ouvido muito mais apurado que o meu porque ouviu antes de mim rsrs
Eu: E agora?
Será que ele acordou para a realidade e se arrependeu?
Pedro: Só não conte que eu estive a chorar, por favor.
Eu: E o resto?
Pedro: Mesmo que eu não quisesse que soubessem a Clarice parece ter um sexto sentido e vai perceber logo que rolou alguma coisa rsrs
Pelo menos não mostrava arrependimento. Mas também fiquei com dúvidas. Será que se a Clarice não tivesse esse tal sexto sentido ele iria querer esconder o que se passou?
Eu: Tudo bem então…
Ouvimos a porta abrir.
D. Antónia: Pedro?
Pedro: Cá fora mãe.
Nós agora já estávamos sentados lado a lado no meio das almofadas, tentando esconder que estávamos excitados rsrs
D. Antónia: Afonso, aqui? - perguntou admirada.
Eu: Olá D. Antónia. Vim entregar as roupas de Pedro e acabei por lanchar com ele. – acho que gaguejei um pouco rsrs
D. Antónia: Pelos vistos o lanche foi bem agradável – disse sorrindo.
Será que ela percebeu.
De repente atrás dela aparece a Clarice.
Ela só olha para mim e tenta controlar o riso rsrs
Apontou para mim, levou as mãos à cabeça e ajeitou o cabelo.
Eu não estava a entender nada.
Ele voltou a apontar para mim, levou de novo as mãos à cabeça e ajeitou o cabelo.
Então eu olhei para a grande porta de vidro que tinha ao meu lado e, como é que posso dizer isto, os meus caracóis não estavam lá muito bem ‘arranjados’ rsrs para ser sincero quase não se viam caracóis, estava tudo um bagunça e tudo isto culpa do Pedro rsrs
Por isso não era preciso ter um sexto sentido para perceber que rolou alguma coisa rsrs e finalmente entendi que a D. Antónia também tinha percebido tudo. Confesso que corei um pouco rsrs
Pedro: Foi bom sim – disse sorrindo – Clarice invadimos a sua cozinha, mas desta vez não peguei fogo nela, tinha um bom ajudante.
Clarice: Se for com ele eu deixo, mas mais ninguém entra lá sem eu estar presente.
Pedro: Entendido – disse colocando a mão na cabeça como no exercito rsrs – parece que ela gosta de você – disse sorrindo para mim.
Clarice: E não sou a única a gostar dele – disse isto e virou costas rsrs – Vou ver se aquela cozinha está como a deixei.
D. Antónia: Afonso fica para jantar.
Era uma pergunta?
Com o tempo fui percebendo que a D. Antónia não costuma fazer perguntas deste tipo, normalmente são afirmações mesmo, e nem pensar em contrariar rsrs
D. Antónia: Eu vou para a sala, fiquem à vontade. Com licença.
Ficamos os dois sozinhos.
O sol estava quase a pôr-se, estava uma paisagem linda.
Eu: A sua mãe também notou que rolou alguma coisa – disse tentando arranjar os meus caracóis.
Pedro: Você não queria que ele soubesse?
Eu: Não, eu não me importo. Eu não gosto de fazer as coisas pela escondida.
Pedro: Mas às vezes pela escondida também é bom.
Será que ele não quer que ninguém saiba? Será que para ele foi só um beijo e não quer nada mais sério?
Eu: Você prefere fazer escondido?
Pedro: Mas nós temos alguma coisa para esconder?
Pronto, fudeu tudo. Ele só deve querer alguém para brincar um pouco e como viu que eu estava disponível deixou rolar.
Eu: Não… Não temos nada.. É que eu pensei….
Fui interrompido por ele.
Pedro: Então não pense. Me beije!
Eu: Mas a sua mãe está na sala! – digo admirado.
Pedro: E qual o problema?
Eu: Ela não vai querer ver o filho com um qualquer. – desabafei
Pedro: Não pense que é só você que se arrepia quando os nossos corpos se tocam – ele colocou as mãos no meu rosto – para mim você não é um qualquer.
E beijou-me.
Sabem quando vocês pensam que chega a um ponto em que já não podem mais ser surpreendidos e que o próximo beijo de certeza que não vai superar o ultimo? mas quando voltam a beijar parece que foi mil vezes melhor que o ultimo, e assim sucessivamente? Não sei se me entenderam rsrs
Mas é que o beijo seguinte era melhor que o anterior, nem dá para explicar!
Ficamos assim uns minutos e depois ficamos deitados nas almofadas fazendo carinhos um no outro.
Eu sorria sem motivo, estava verdadeiramente feliz. Ficava até com cara de bobo rsrs
E ele também estava muito melhor do que quando o encontrei.
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Pouco depois chegou a Sr. Francisco e fomos jantar. Ele estranhou um pouco a minha presença, mas não foi rude comigo.
Eu e Pedro não nos agarrávamos à mesa, ambos sabíamos o que sentíamos, mas queríamos ir com calma, apesar da Clarice e da D. Antónia já desconfiarem rsrs
Sílvia continuava no hospital e ia trabalhar toda a noite.
O jantar estava uma delícia. Clarice era uma ótima cozinheira.
Acabamos de jantar e fomos para a sala de estar.
D. Antónia: Afonso, eu não queria parecer indelicada, mas amanhã temos um dia muito longo e temos de ir cedo para o hospital, por isso o Pedro precisa de descansar.
Eu: Sim, claro, não há problema nenhum, eu também já estava a pensar ir embora – na verdade não estava, mas fica sempre bem dizer isso rsrs – Eu agora é que não queria parecer indelicado, mas amanhã também gostava de o acompanhar – disse para Pedro.
Pedro: Agradeço a intenção, mas não quero que vá.
Ouvir isto foi pior que o soco que ele me deu, preferia ter sido atropelado por um ónibus.
Eu: Mas porquê?!? – perguntei incrédulo, não fazia sentido para mim.
Tudo bem que não tínhamos nada, pelo menos nada muito sério, mas eu me preocupava com ele e ele demonstrou que sentia algo muito forte por mim, porquê isso agora?!?
Pedro: Porquê não.
Sr. Francisco: Se ele disse que não, é não. – disse sério
Só vi a Clarice sair da sala indignada a abanar a cabeça, era nítido que ela torcia por nós.
Eu: Tem certeza? – os meus olhos já brilhavam.
Pedro: Tenho – disse olhando para o chão.
Pedro: Tudo bem – disse tentando disfarçar a tristeza que tomou conta de mim – Espero que corra tudo bem. Boa noite a todos.
Vim para o carro e juro que esperava que ele viesse atrás de mim e dissesse que estava a brincar e que me queria ter por perto. Mas ele não apareceu…
Juro que se ele não fosse cego lhe dava um soco, porque ele estava a brincar com os meus sentimentos, e isso eu não admitia a ninguém.
Cheguei ao apartamento e deitei-me na cama mesmo com roupa, fechei os olhos para dormir mas era impossível.
Só me vinha à memória aqueles beijos.
Era impossível que ele tivesse ficado indiferente com aqueles beijos, era impossível.
Eu não me conformava.
Então chorei...
Sozinho, magoado, triste, de coração partido...
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Não sei como nem a que horas, mas acabei por adormecer.
No dia seguinte acordei muito mal disposto, parecia que estava de ressaca.
Olhei para o relógio e eram 13h, a esta hora ele já devia ter feito o tratamento.
Eu lembro-me de ouvi-los contar que o tratamento era de manha e de tarde já sabiam o resultado.
Eu ainda não estava conformado que ele me tinha feito isso!
Eu tinha de fazer alguma coisa! Então liguei para todos os hospitais da área e perguntei se algum Pedro Albuquerque tinha sido operado nesta manhã, mas ninguém com esse nome testava internado.
Eu: Claro que não me vão dizer onde é que ele está. O pai dele é um grande advogado e deve querer privacidade. – falei comigo mesmo.
Voltei para a cama e tentei voltar a dormir, não queria saber de mais nada.
O resto do dia foi um inferno. Não tinha fome, não conseguia dormir, não queria sair de casa.
Adormecia umas horas e voltava a acordar e ficava horas a olhar para o teto até voltar adormecer.
Continuei neste ritmo até que passou Sábado e já era Domingo ao fim da tarde.
Levantei-me para ir ao banheiro e senti-me fraco.
Eu: Não pode ser assim! – reclamei comigo, dando um murro na porta do banheiro – vou lavar a cara, tomar um banho, jantar e vou curtir uma balada qualquer! Se ele não me quer eu também o vou tirar da cabeça. Que se fodam todos, eu juro que não me volto a apaixonar!
E assim fiz.
Tomei um banho, vesti a minha melhor roupa, jantei e estava pronto para curtir, não queria saber de mais nada!
Desço no elevador e quando a porta se abriu fiquei sem ar…Agora é sério, acho que só falta mais um capítulo para contar o inicio da nossa história rsrs
Espero que gostem ;)
Um grande abraço…
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Ps: Queria agradecer a todos do fundo do meu coração por todos os comentários e fico feliz por ver que estão seguindo a história, já conheço os nomes de todos rsrs e queria fazer um agradecimento especial ao E.w pelo comentário porque na minha opinião o seu conto é um dos melhores que eu já li sem a menor dúvida :)