Oi galerinha... qualquer questão to respondendo por comentários ou i msn luiz-boladao1@hotmail.com. Boa leitura, votem e comentem rsrs, bjus...
Quanto ao Henrique...
- Eu te perdoo! - respondi.
- Sério?! – ele abriu um sorriso lindo.
- Sério... mas eu não quero mais contato com você.
- Poxa, então você não perdoou de verdade...
- Porra! O que você quer? Que voltemos ao colégio?
- É! Exatamente, nunca fui tão feliz quanto naquela época.
- Aprende uma coisa, não adianta fugir do sofrimento, você tem que enfrenta-lo e passar por ele com coragem, por que só assim, poderá ser feliz novamente.
- é, eu sei, mas eu queria muito estar com você, ser seu amigo de novo. Eu me arrependi de verdade Will, eu juro, tudo o que passei me acordaram para o que eu tinha e o que eu tenho hoje e vi que eu fui desprezível e que preciso de você. Eu preciso de você amigo. – lembrei novamente do dia que nos conhecemos e de tudo o que passamos, o sentimento que eu tinha por ele tinha voltado, era meu brother ali, não o maldito que me jogou na cadeia. – me dá um abraço? – não resisti em não abraçá-lo e que abraço gostoso, era como se tudo tivesse sido um pesadelo mesmo e a gente estava recomeçando de onde paramos. Sei que muitos vão julgar por eu ter perdoado ele depois de tudo o que passamos, mas eu sou um babacão assim mesmo, não consigo ficar com raiva de uma pessoa por muito tempo e a raiva por ele durou anos e anos. – vamos tomar um chopp?
- Vamos sim... – era estranho e gostoso sair com ele, eu estava em um conflito mental, mas deixei ser conduzido por ele.
A conversa no bar com ele foi muito legal, não ria tanto assim a algum tempo. Conversamos sobre o tempo de escola, nossas manias, nossas namoradas, nossos filhos... No final estávamos meio altos então decidimos ir para casa, claro, cada um pra sua.
Em casa não pude deixar de me indagar sobre a merda que eu estava fazendo, o cara fudeu minha vida e eu agora estava de risinho pra ele?! Qual é o meu problema? Mas ao mesmo tempo vinha as palavras da Julia, dizendo que eu deveria dar uma segunda chance para ele... enfim, eu decidi deixar rolar.
Com o passar dos dias nós nos víamos cada vez mais, porém sempre ele que me procurava, ele corria atrás e eu, quando tinha disponibilidade, aceitava seus convites. Um mês depois e nossa relação estava bem melhor, bem melhor mesmo, eu já o aturava e já tinha acostumado novamente com sua presença. Íamos em boates, cinema, museus, shoppings... Agora não mais somente ele me convidava, eu também o chamava para as coisas.
- Will, eu to tão feliz com você aqui comigo cara!
- Pow, nem fala, você é um amigo muito especial Rick, sempre foi.
- Você solteiro é o máximo!
- Falando nisso, o que tua mulher acha dessas suas saídas?
- nada ué, quando chego em casa ela tem o que quiser kkk se é que você me entende e você vê que não faço nada demais.
- é eu sei, tem gente que não é ordinário que trai quem ama... – óbviamente eu falava do Rafael.
- o que houve? Porque ficou com essa cara?
- Bem... nesse meio tempo em que estou separado da Julia, eu me apaixonei e fui traído, logo falar de traição me deixa meio triste.
- Se eu fosse uma mina e tivesse a honra de ter você apaixonado por mim, nunca que te trairia, você é perfeito brother.
- pow, que isso Rick, nada haver rsrs.
- claro que é... inteligente, bonitão, simpático, tem um papo sadio... pow, qualquer mulher queria ter.
- ou qualquer rapaz...
- porque fala isso? – percebi que ficou corado pra caralho kkkk
- não nada, vamos dançar cara!
Estavamos em uma boate ótima, com bebida liberada a noite toda. Eu me acabei! Bebi todas e quando dei por mim estava em casa, só de cueca, na cama e com o Henrique do lado, também só de cueca.
- MEU DEUS! O QUE ACONTECEU? – pensei. – Rick! Rick!
- hum...
- acorda cara!
- o que foi Will, deixa eu dormir...
- o que aconteceu?
- nada, porque?
- estamos de cueca... na cama...
- E o que tem de mais?
- não rolou nada não né?
- como o que? – fiquei com vergonha de falar – sexo? Entre a gente ? o que você tem?
- não... nada!
- bem... não rolou... mas pode rolar ... – falou ele alisando meu peito.
- que isso cara!! – ele caiu na gargalhada, zombando da minha cara. Fiquei super envergonhado. – você está com uns papos muito estranhos. O que aconteceu? – falava ele com um sorriso sarcástico.
- Nada. – Então ele chegou bem perto de mim, colocou a mão no meu peito e foi descendo, enquanto olhava nos meus olhos...
- tem certeza?
- Tenho, porra! Qual é a tua?
- Nada, só que antes a gente ficava junto sem você ficar de pau duro. – É, a rola estava durassa! Mas não era nem por ser ele, é pelo álcool e o toque, sei lá. – porque você não abre logo o jogo?
- É melhor você ir embora, né não cara?
- Pow, foi mau, só estou zuando com você, relaxa.
- Num to gostando da brincadeira.
- Foi mau brother, beleza, não brinco mais assim com você. É que antes brincávamos assim numa boa, você não ficava bolado assim... vem cá vai, me dá um abraço.
Fui e o abracei. Ele colou seu corpo no meu e respirava fundo, não demorou muito e minha pica subiu novamente, com certeza ele percebeu, mas nem se importou... meio que tomado pelo tesão eu não me dei conta do que estava fazendo. Ele tirou a cabeça do meu ombro e falou pra eu fechar os olhos, vendo que fiz o que ele pediu encostou a boca dele na minha. Sei lá o que me deu que eu acabei retribuindo o beijo e de um selinho evoluímos para um amasso fenomenal.
Ele foi possuído por alguma coisa, sei que parecia que ele estava estudando biologia por Braille, sua mão percorria todo o meu corpo, sua boca se acabava na minha. Deu pra perceber ali que ele queria fazer isso a muito tempo e sem pudor nenhum ele começou a segurar minha rola e apertar com delicadeza, enquanto sua língua se enroscava na minha, eu tinha até medo de dar nó.
Até que enfim, meu anjo da guarda tinha voltado das férias em Bonito – MS eu quando ele puxou minha cueca pra baixo e começou a abocanhar minhas partes, eu pulei e o afastei:
- Ricky, porra, não né! Já deu! – falei enquanto tirava com muita dificuldade meu pau da boca dele, o cara parecia um desintopidor.
- Dei ainda não, vem vamos continuar... – e abocanhou de novo, eu sentia ondas elétricas percorrendo todo o meu corpo, mas aquilo tinha que parar.
- Não brother, não dá, pega leve!
- Will, você não tem noção do quanto eu sempre quis ter tua boca pra mim, teu corpo no meu... não me nega isso, por favor!
- você pode até ter, mas as coisas são devagar... e outra você é casado! Não sou desses que sai com casados... me desculpa.
- É, você tem razão... me desculpa, nossa, ia fazer uma besteira fenomenal. – ele falava isso, mas não desgrudava os olhos do meu negócio, chegava a ser engraçado.
Ele foi tomar um banho e eu fiquei na cama, pensando no que tinha acontecido ali. Deu pra notar que aquele cara sentia um tesão monstruoso por mim e faria de tudo pra ter pelo menos uma transa comigo, mas não ia rolar, eu não ia sacanear a esposa dele. Depois do banho ele se arrumou e foi embora, assim que ele saiu foi quase impossível não chorar de saudade do Rafael... é, eu ainda o amava. Naquele dia eu abri novamente minhas contas nos sites de relacionamento e marquei encontro com dois caras para aquela semana e segui assim, a cada dia saindo com um cara diferente, um mais lindo que o outro, porém não nenhum deles era ele.
Nessa mesma época eu coloquei na minha cabeça que ia voltar a estudar, ia me especializar em algo que eu adorava e que fazia muito bem sem nem ter formação nenhuma, economia. Eu me inscrevi em alguns vestibulares e já tinha feito algumas provas e naquele mês saiu o resultado e eu tinha sido aprovado em uma universidade pública... Nossa amiguinhos, se alguém ai está tentando Enem ou vestibular, não desiste, quando vocês passarem vão sentir o que eu senti, é um orgasmo monstruoso, uma felicidade que não tem como mensurar. Eu sei que eu comecei a gritar dentro de cara, logo o síndico me interfonou, eu mandei ele tomar no cu e continuei gritando. Liguei pra Julia, pra minha mãe, pro Henrique e liguei pro Rafael...
- Alô – mas eu fiquei mudo – Alô!... eu sei que você tá na linha, porra dá pra falar!
- passei no vestibular.
- sério cara, que máxi... – eu desliguei o telefone, me arrependi de ter ligado, mas fazer o que né!
Ouvir a voz dele era tão delicioso, mas c’est la vie... Nem o Rafael ia tirar minha felicidade, convoquei meus amigos e fomos pra boate comemorar, a única que não pode ir foi a Julia que estava meio doentinha, mas foi ótimo, dançamos, bebemos e comemoramos a noite toda. O Henrique não largava o meu pescoço toda hora ele me abraçava e parabenizava e claro, nessas oportunidades não tirava nem casquinha, tirava pedaço mesmo, eu ficava super constrangido, mas não vou falar que era ruim, só era estranho, mas não nego que pensava se deveria ou não ter algo com ele, talvez tudo o que nós passamos tivesse nos preparado para aquele momento, me despertando para o amor dele e me preparando para ser dele e ele meu...
Enfim...como não sabia a resposta segui minha vidinha pacata... pacata porra nenhuma, era uma correria diária, de casa para a empresa, da empresa pra casa da clara, da clara pra casa, em casa via as coisas do restaurante e ia dormir. Falando em restaurante, as obras iriam começar logo, eu tinha contratado um arquiteto que pegou meus rabiscos e do Márcio e transformou em alguns projetos. Enviei eles para o Marcinho na Espanha e por incrível que pareça nos dois escolhemos o mesmo projeto, tinha que ser esse! Contratei a construtora e eles começariam as obras. Chamei também um decorador que indicou várias coisas e algumas obras de arte para colocar, mas não essas tradicionais, ele falou algo mais urbano, mas isso eu veria depois. Era tanta coisa, tanta correria que eu conseguia deixar minha mente bem ocupada, e logo começaria minhas aulas noturnas, logo teria menos tempo ainda.
Eu estava muito empolgado com o restaurante e com o andamento da empresa, eu estava feliz, satisfeito, na verdade conformado. Depois de uma sessão de sexo com mais um cara que eu conheci na internet, estava voltando pra casa e decidi parar em um pub ali perto e comecei a beber sozinho. Comecei tomando cerveja, mas não gosto muito, o gosto, depois de um tempo começa a me enjoar; passei para o vinho, depois para o whisky... fiquei muito alto. Peguei o carro e ia pra casa, mas no meio do caminho, depois que quase bater umas 3 vezes eu cheguei na casa do Rafael.
O porteiro já me conhecia então só interfonou avisando que eu estava subindo, mas eu cheguei no apartamento antes do Rafael atender. Comecei a tocar a campainha e a bater na porta e gritava seu nome.
- Abre essa porra! Abre logo!
- Você é maluco? – perguntou ele, furioso.
- Cala a boca! Você não vai falar nada só vai ouvir. – minha língua enrolava e o típico sotaque de bêbado me denunciava, eu o empurrei e entrei na sua casa e sentei no sofá:
- O que você quer William, uma hora dessa da madrugada?
- Eu... eu... vim andando pela rua e pensando, porra caralho! Sou gostoso demais, todo mundo quer foder comigo, eu tenho quem eu quiser, mas porque não to satisfeito? Você é meu amigo? – vi os olhos dele marejarem.
- Já fui, vou fazer um café...
- Não! eu to falando porra!
- você tá bêbado!
- Bêbado tá meu pau! Me escuta porra! Você fode com minha vida e não quer nem me escutar? Você me deve!
- o que você quer?
- você é meu amigo?
- Já respondi isso... eu já fui, agora não sou mais.
- Porque você não quer mais ser meu amigo?
- Você que mandou eu sumir da sua vida.
- Claro, você enfeitou minha cabeça – Agora eu comecei a chorar. – Porque você fez isso? Eu fui tão babaca assim com você? Eu não fui um bom namorado? Eu sei que eu sou chato, meio autoritário, mas era só ter me falado que eu ia mudar, eu mudaria, juro pra você.
- Não Will, é que...
- cala a porra da boca! Deixa eu falar! Eu não posso falar? Vai mandar nisso agora também, já me fez de babaca agora quer controlar minha boca!!! –
- fala baixo Will, vai acordar o prédio todo!
- quero que todo mundo vá tomar no cu!! Tem o que pra beber?
- chá e café.
- bebida de viado! Quero whisky..
- tá doido, você já bebeu demais...
- e você...
- o que tem eu?
- você é tão lindo – e voltei a chorar, porque será que bêbado chora tanto? – Sabia que o Rodrigo mandou eu ficar com você?
- como assim?
- Eu sonhei com ele dizendo que eu vou precisar de alguém pra tirar a tristeza do meu rosto e você apareceu, mas acho que ele estava enganado, não era você.
- não, não era.
- e porque está chorando?
- detesto ver você assim.
- eu detestei ver você com aquele cara... Ele é melhor que eu?
- como é?
- Em que ele é melhor que eu?
- William, para com isso cara! Eu estou cheio de sono, tenho que trabalhar amanhã, vai deitar vai.
- não, vou embora... Agora sei porque me trocou... seu namorado não é um fraco, um viadinho escroto como eu... que bom que você encontrou um homem de verdade.
- Will, não é nada disso, é que... – mas eu o tinha calado com um beijo, nosso beijo roubado. Assim que o soltei, levantei e fui pra porta, meio que cambaleando. – não posso deixar você sair assim.
- Não se preocupa comigo... cuida do seu namorado e vê se consegue ser feliz, se tu conseguir, eu vou ficar bem... eu te amo. – e sai pela porta.
Uma dor filha da puta começou dentro de mim e eu senti tudo ao mesmo tempo, tudo mesmo, ódio, alegria, vergonha, prazer, dor, êxtase, tudo... isso fez minha cabeça rodar. Peguei o carro e ao sair da garagem arranhei um outro lá, mas nem liguei, queria sair logo dali. Eu chorava muito e ia seguindo até que uma luz me cegou e eu só senti meu corpo sendo jogado pra frente e minha cabeça batendo no parabrisa. Só escuto um bip e uns chiados, uns barulhos estranhos e por fim vozes
- Ele está fora de perigo?
- Não sabemos...
- Mas o que aconteceu?
- Ele estava dirigindo bêbado, irresponsabilidade pura.
- Vamos tentar entender né, ele deve estar passando por algum problema e graças a Deus não foi nada pior. – eu reconheci aquela voz, era o Henrique e a mulher era minha mãe eu acho. Logo eu dormi de novo. Toda visita era isso, vozes que as vezes eu reconhecia as vezes não, orações, choros, mas eu não conseguia responder. Acordei com outra voz me chamando...
- Pai, acorda logo! Você já dormiu demais – mas eu não conseguia responder – Pai! deixa de ser preguiçoso!
- Clara, seu pai não está assim porque quer, ele... ele...
- Não chora mãe. – o aparelho deu uma acelerada, então elas ficaram mais animadas, meu coração respondeu por mim.
- Clara, tá vendo, ele está te ouvindo... Will, meu amor, você consegue responder? – mas eu não conseguia mexer um músculo, parecia que eu não estava conectado ao meu corpo.
- Pai, responde! – senti um formigamento no pé, como se ele estivesse saindo de uma dormência, esse formigamento subia, tomou conta dos meus braços, rosto e tudo mais, não demorou muito e eu abri os olhos. – Pai até que enfim! Tá surdo? To te chamando e você não responde.
- Will, você está ouvindo? – é terrível não poder controlar o próprio corpo. Eu só piscava. – uma vez é sim e duas piscadas é não ok? Você me ouve? – e eu respondi. – Maravilha, vou chamar seu médico.
Não demorou muito e minhas amadas tiveram que ir embora, começaram a bateria de exames. Sei que aos poucos fui recuperando os movimentos e em alguns dias eu já conseguia mexer todas as partes do corpo, mas ainda não tinha coordenação. Todos os dias eu recebi visitas, enquanto estava lá, meus pais, a Julia, as vezes a Clara, meus amigos do trabalho, vizinhos, menos o Rafael... Eu esperava ele todo dia, mas ele nunca foi me visitar. Porém, sua presença foi substituída pela do Henrique que todos os dias, sem falta estava lá, ele me levava presentes
Fiquei internado um mês e quando sai do hospital fui para a casa dos meus pais, ainda na cadeira de rodas, com muita dificuldade e vergonha de dar tanto trabalho aos meus pais, que já era velhos e o pior, ser cuidado por uma enfermeira que até banho me dava.
Com 3 dias que estava lá, eu voltei a falar, dessa vez não por escolha própria, mas minha língua simplesmente se soltou e eu voltei a falar... cada melhora era motivo de festa na família, eu nunca tinha me sentido tão amado assim. Mas ainda sentia um vazio com nome, sobrenome e endereço.