“Venha, venha para estes braços/Vida, amor e prazer/Venha, eu vou ser sequestrado/Enquanto eu segurar você em meu coração/Em cada momento da respiração/Eu chamo você e somente você deseja/ Ah! Vem, vem/Repita eu te amo/Ah, eu te amo de imenso amor.”– trecho da ópera I Puritani de Vincenzo Bellini.
“As mais lindas palavras de amor são ditas no silêncio de um olhar” – Leonardo da Vinci
E ae pessoal! Tudo bem com vocês? Antes de tudo eu gostaria de pedir desculpas pela demora... Eu fiquei nesses últimos dias meio absorto na viajem e o fosforozinho não me dava folga... E por falar nele hoje de madrugada descobri uma coisa muito legal que ele me escondeu: O Ariel está escrevendo um conto/romance e eu nem sabia!!! E o melhor é que ele é bem legal, a história é bem interessante. Fala sobre um guri de 17 anos que é obrigado a se casar na São Paulo da década de 40, para salvar a família que está se arruinando em dividas com uma moça rica. Mas acontece é que ele se apaixona pelo irmão de sua noiva... Muito fodão; Estou tentando convence-lo a publicar, acho que ele está com medo da reação de vocês... Bem mas enquanto isso vão ter que me engolir muahahahaha
Depois daquela seção de declarações levei o fosforozinho pra minha casa... É claro que eu estava com segundas intenções, afinal sou de carne e osso e tenho muito combustível pra queimar com ele, mas por incrível que pareça ele preferiu fazer o dever de casa em vez de me fazer mais feliz ainda... Ele é cruel. E mal. Fiquei lá resolvendo a droga da trigonometria com um baita de tesão pela noite em que rolou... Se ele soubesse o que aconteceu, acho que o velho ia mudar o cabelo de loiro para branco de espanto.
A noite ele ficou comigo lá por mais que eu tivesse com vontade de transar eu respeitava. Assistimos dvd, ouvimos musica, e por fim eu estava no quarto vendo o jogo de futebol enquanto ele mexia nas minhas fotos no Mac. Depois ele caiu na cama ao meu lado e o puxei para um abraço apertado...
--Hum, por que você está tão pensativo? – perguntei.
--Nada não... Coisa minha. – Ele se virou para me olhar, enquanto me enrosquei ainda mais nele, passando a minha perna por cima dele, enquanto puxava mais perto de mim a ponto de sentir a sua respiração quente em meu pescoço. Passeei o nariz no cangote aspirando o cheiro, enquanto ele passava a mão no meu peitoral e descendo até a minha barriga.
Agarrei a cintura dele o virando pra baixo enquanto eu estava mordiscando o seu pescoço e queixo, sentindo a respiração ir e vir descontroladamente, e a temperatura subir... Tirei a camisa o mais rápido e ele me puxou pelos ombros para um beijo que fiz questão de explorar cada detalhe... Passei as mãos nas suas costas até chegar à bunda onde dei um boa pegada, e fui entrando devagarinho, mas foi ai que ouvir a porta bater. QUE DROGAAAAAAA
--Filho, a pizza chegou! – era o meu pai. Será que ele não tinha outra hora pra ser tão inconveniente?
--Tá eu já vou ir! – disse irritado;
Ariel deu um sorrisinho e simplesmente saiu de cima de mim e foi caminhando até ao espelho e passando a mão no cabelo, e sorrindo.
--Por que você não volta pra cá... – disse dando um sorrisinho torto;
--Nem pensar! Sei muito bem o que você pretende, e isso agora não... – ele sorriu.
--Por que?
--Pelo simples motivo que você me esfolou todo da ultima vez... – ele disse ficando vermelho enquanto falava a frase... – E além do mais eu estou com fome.
--Vai me deixar aqui duro?! – arfei;
--Sim. – ele balançou a cabeça, rindo descaradamente.
--Você é cruel e desumano... – disse.
--Obrigado pela parte que me toca, agora levante e desça comigo – ele murmurou.
Levantei e abri a porta e descemos as escadas... Lógico que fiquei de mal humor, por que afinal de contas eu queria ficar a sós com ele. Comemos a pizza e subimos para o quarto onde ele ficou lá pegando a mochila e colocando nas costas.
--Onde você pensa que vai? – disse.
--Para casa... Lembra, o toque de recolher... Quer conquistar a confiança do sogro ou não?
--Ahhh, bem deixa eu vestir uma roupa que eu te levo lá. – falei meio triste.
--Tudo bem. – ele sentou na cama.
Peguei uma regata branca e tirei o short ficando só de cueca, só pra ele ver o que perdeu (se é para ser mal, aguente as consequências ). Já no carro, coloquei um cd pra tocar enquanto dirigia a caminho da casa dele. Ele ficava sorrindo e me olhando pelo cantos dos olhos, com uma forma bem carinhosa mas ao mesmo tempo maliciosa...
Bem depois que o deixei na prisão domiciliar do pai dele, fui tomar um chope com o Carlos. Eu e ele voltamos a nossa velha amizade de sempre, tirando a parte de eu pegar mulher (embora a tentação fosse MUITO grande), por que eu estava aposentado por um tempo indeterminado. Conversamos bastante, rimos e falávamos completamente alegres sobre tudo.
--Cara até agora estou abismado com você... – disse Carlos
--Por quê? – disse virando o copo.
--Gostar de um cara também... – disse ele mastigando o pestico.
-- Bem, o que eu posso-te dizer simplesmente aconteceu. Eu agora só tenho olhos pro guri... – disse rindo.
--Tenho uma duvida... – disse ele receoso.
--Fala caralho...
--E ae... Vocês já... – ele riu
--Sim... E foi muito bom... Mas isso não é da tua conta, manezão. – falei.
--Ok cara foi sem querer... Mas e me conta tu ainda sente atração por mulher? – ele perguntou
--Sim e muito... Tem aquela professora novata de biologia peituda novata e cara... Mas eu realmente gosto dele, embora eu ainda sentindo atração por gurias. – disse passando a mão nos olhos.
--Vamo embora que já tá tarde. – falou ele meio grogue.
Depois fomos de taxi cada um pra sua casa. Cai duro na cama com um morto...
Quem estuda de manhã sabe o inferno é ter que levantar, com dor de cabeça e sono... Eu ainda vou dar uma de bin laden e bombardear o meu colégio. Fui correndo tomar um banho e tomei uma sal de frutas, por que eu estava com uma azia do inferno. (Nota pra mim mesmo
: nunca mais exagerar na cerveja.)
Depois de uma sessão de aulas desgraçadamente tediosas eu fiquei pensando em certas coisas que pretendia fazer... Faculdade, Viajem, Mudanças essas coisas que todo mundo um dia vai enfrentar... Cedo ou tarde.
Foi ai que surge o fosforozinho com um recado. “Quando o sinal bater vá ao banheiro. Tenho que te falar algo...”. Ai eu realmente fiquei preocupado, que raios ele queria falar comigo? Fiquei com essa ideia na cabeça e não fiz nada na sala (Vamos ser sinceros... Há dias em que você está fudendo para o que o professor fala na frente. Desculpa professores, mas vocês sabem que essa é a verdade.) O sinal tocou e fui logo pro banheiro, e ele veio depois.
Chegando lá ele simplesmente me empurrou pra uma cabine fazendo eu cair sentado no vaso e ele pulou em cima de mim como um esfomeado. Ele mordeu de leve o meu queixo e me beijou enquanto eu apertava mais ele em um abraço, e nossos beijos se intensificaram de tal modo que eu já estava duro... E ainda mais por causa da adrenalina de estar no banheiro do colégio, ouvindo os carinhas novatos falarem besteiras... As vezes brincar como perigo é bom.
--Você vai acabar me obrigando a fazer o que não devo...- disse baixinho.
--Cala boca e me beija logo homem. – ele me beijou. Cara ele realmente pirou de vez...
Fui descendo a boca até o pescoço perfumado e mordi de leve, arrancando um gemido baixinho. E quando ia mordiscar a orelha dele, ele simplesmente saiu do meu colo.
--Acabou o tempo. Vamos voltar pra sala...- ele sorriu.
--Tu vai ter mesmo a coragem de me deixar assim de novo – disse indignado.
-- Sim. Agora levanta dai. – ele abriu a porta da cabine e saiu. Fomos caminhando até a sala mas antes de entrar dei um bela encoxada naquela bunda fazendo ele soltar uma gargalhada. Ele abriu a porta e entrou primeiro, com o rosto corado e o cabelo embaraçado. Acho que comigo foi a mesma coisa.
--Safadinhos... Trepando dentro do banheiro! – disse Carlos baixinho, rindo.
Dei um tapa na cabeça dele rindo constrangido.
Mas uma coisa me irritou profundamente. Jonas o loiro filho da puta, estava com o braço estendido na carteira de Ariel como os caras fazem no cinema... E o pior... Ele começou a falar no ouvido do meu fosforozinho, e o pior é que ele nem fez nada.
Comecei a sentir o ódio e a raiva inflarem e subirem cada vez mais e mais... Eu estava espumando de ira enquanto o fudido falava no ouvido daquele que era meu.
--Cara, calma ae... Tu tá roxo. – disse Carlos me olhando preocupado.
Depois o minutos foram se passando e eu lá que nem um idiota vendo um filho de uma desgraçada, rindo. Mas a pior parte não foi isso não... O cara tirou uma mecha do cabelo do fosforozinho, e colocou atrás da orelha e desceu os dedos até o queixo. Nesse momento imaginei o Leatherface enfiando a serra elétrica nele até o virar do avesso. Cara eu vou matar ele.
Depois do termino da aula, Ariel chega até a mim com um sorriso no rosto como se nada tivesse acontecido.
--O que foi amor? Você parece estranho...
--QUER SABER VÁ CAÇAR CONVERSA COM O FUDIDO DO JONAS E NÃO COMIGO! – gritei.
--Seu grosso! – ele falou lacrimejando, e correu pra fora da sala.
E fiquei lá pensando até que resolvi me desculpar com ele... Foi ai que vi a cena. Jonas estava com os dois braços estendidos na parede prendendo o fosforozinho.
--Jonas por favor me deixa sair... – ele disse virando o rosto.
--Só um beijinho, vai... To maluco pra te beijar...
Foi ai que a pancadaria começou. Larguei um murro na cara daquele fudido, combinado com um chute na barriga... Ele só me consegui acertar um soco mas foi fraco... Dei um pontapé no saco daquele infeliz. Tomara que fique estéril e broche até morrer.
Ele saiu de lá cambaleando que nem um retardado mental, e olhei pra Ariel arfando. Ele segurou a minha mão e fomos até a enfermaria que estava vazia (A enfermeira é vagabunda... só vem quando quer). Ele pegou um pano descartável e um spray antisséptico para os meus dedos. Quando ele passou no primeiro tirei a mão rapidamente.
--Fique quieto! – ele disse.
--ISSO DÓI! – resmunguei.
--Se ficar quieto não vai arder tanto! – ele respondeu;
--SE VOCÊ NÃO TIVESSE CORRIDO ISSO NÃO TERIA ACONTECIDO! – gritei.
--Se você não tivesse gritado comigo eu não teria corrido! – ele falou
--EU TE DISSE PRA FICAR LONGE DELE!
--E você deveria aprender a controlar os seus nervos! – ele falou calmo. –Aproposito, obrigado...
--Tudo bem... – eu disse mais tranquilo.
E nos beijamos até que uma voz nos interrompe;
--ENTÃO ERA POR ISSO!!!!!!!!!!! EU NÃO ACREDITO!
CONTINUA
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