Acordei de manhã e percebi que estava sozinho no quarto. Imaginei que ele tivesse ido embora, e me entristeci. Pela primeira vez me permiti admitir que estava sentindo algo por Bernardo, um sentimento diferente. Sem duvida alguma, algo forte. Eu estava gostando do melhor amigo do meu irmão. Sim, amigo. E não amiga, ou colega, ou até mesmo por sua namorada. Aquela situação era complicada demais pra mim naquele momento.
Durante alguns segundos que na verdade parecera-se com horas me afastei daqueles pensamentos negativos e sorri. Lembrei-me da noite que se passou, uma noite realmente especial. Não havíamos nos beijado e nem transado, apenas conversamos até amanhecer. Falamos sobre vários assuntos, Bernardo era muito engraçado, cativante. Fazia-me rir o tempo todo, e eu até tinha me esquecido do mal estar causado pela bebida.
A cada sorriso que ele dava mais eu tinha certeza daquilo que eu estava sentindo. Eu queria abraça-lo, beija-lo. Possuí-lo. Só agora eu entendia por que tantas garotas gostavam dele, e até mesmo corriam atrás do cara. Ele simplesmente era apaixonante. Um príncipe, e eu queria que ele fosse o meu príncipe. E por fim eu peguei no sono, enquanto ele me contava alguma história que eu já nem me lembro mais sobre o que se referia. Alguns momentos simples tornam-se muito especiais na vida , e esse era um destes momentos.
Voltei à realidade, ao presente. Ele não estava mais ali, mas era estranho, percebi que sua calça e seus sapatos ainda estavam. Foi aí que escutei o som da porta ranger, e rasgar os meus ouvidos com o barulho. Senti-me um pouco nauseado, minha cabeça pesava, a bebida ainda fazia efeito. Olhei para o lado e vi Bernardo ainda usando apenas camiseta e cueca, mas segurando uma xícara grande na mão.
- Seu pai ainda não apareceu e o Rafa ainda dorme, o jardim tá uma zona , tu precisa ver. – Bernardo dizia sorrindo enquanto se direcionava à minha cama, e ai sentou-se ao meu lado e me entregou a xícara dizendo- Café, vamos matar essa sua ressaca. Eu sei de uns truques melhores pra mata-la, mas acho que você vai preferir o café.
- Eu odeio café Ber. – Disse rindo, percebi que as frases com duplo sentido começaram novamente, e aquela tinha sido a mais sugestiva. Imediatamente meu coração acelerou, fiquei nervoso. A luz entrava pela janela, que estava com as persianas abertas, e iluminava o lindo rosto branco daquele garoto que me tirava do sério , percebi que os verdes dele estavam brilhando. Olhei no olhos dele, resolvi enfrentar a situação.
- Tem uma coisa que eu venho querendo fazer a um tempo Dani, mas é complicado.
- Engraçado, estou na mesma situação. Mas já estou ficando maluco cara. – Percebi que Bernardo se aproximava de mim. Se eu não tivesse prendido a respiração, com certeza estaria ofegante. Pisquei os olhos, e olhei pra ele. Percebi sua mão levantando-se e indo em direção à minha nuca, até que ele a tocou e a afagou. Meu corpo inteiro formigava. Ele puxou minha cabeça contra a sua bem devagar, enquanto eu fechava os olhos. Senti seus lábios tocarem os meus e o beijo transcorreu perfeitamente. Eu não sabia o que fazer, sim era meu primeiro beijo, mas ele conduziu perfeitamente.
Pousei minhas mãos encima dos ombros fortes do garoto por quem eu estava visivelmente apaixonado. Acariciei-os enquanto continuava a beijar. Sua mão em minha nuca me arrancava arrepios, e lentamente foi descendo por minhas costas. Continuamos assim por alguns momentos até que Bernardo finalizou o beijo com dois selinhos, mas não afastou seu rosto do meu. Encostei minha testa na sua e olhei nos seus olhos. Eu estava no céu. E ele disse:
- Você é o único bêbado que não acorda com bafo de álcool. – Rimos os dois juntos e ele me abraçou. – Tava curtindo você a um tempo Dani, mas nem tinha como chegar em ti.
- Nunca imaginei que você gostasse de meninos.
- Nem eu. Não sei gosto de meninos. Mas eu sei que eu gosto de você. – Disse Bernardo bem baixinho no meu ouvido, quase sussurrando. Ele se deitou na minha cama e me puxou, fazendo-me deitar no peito dele. Passamos um longo tempo daquele jeito, apenas deitados. Ele acariciava a minha cabeça e eu o seu peito. Seu perfume era doce e agradável.
Algum tempo depois entramos em um amasso louco. Começamos a nos beijar e Bernardo ficou por cima de mim, entre minhas pernas. Ele me beijava com vontade e passava a mão por todo meu corpo, enquanto eu o acariciava também. Seu beijo era faminto, mas em nem um momento era agressivo, parecia que ele tomava todo o cuidado para que eu estivesse bem. Senti-o por a mão e minha cintura procurando pela barra do short do meu pijama, até que ele encontrou e puxou-o para baixo, eu estava tão maluco de tesão que nem mesmo relutei , e ele conseguiu tira-lo.
Pus as mãos em sua camisa , e puxei-a para cima , ele pausou o beijo e levantou os braços para que eu a tira-se totalmente. Pude tocar naquele peitoral desenhado enquanto voltávamos ao beijo, lindo e cheiroso. Seu corpo era branquinho e seus mamilos eram cor de rosa como o deu um bebê. Eu o tocava com intensidade e deixava marcas vermelhas nele. Ele tirou minha camiseta também, depois me deu vários selinhos começando pela boca e descendo pelo me pescoço, chegou ao meu peitoral e passou a dar chupões nele, que até me provocaram marcas roxas. Eu estava maluco de tesão, um tesão que eu já mais sentira na vida, nem com masturbação. Eu apenas segurava com uma mão em seu cabelo e a outra na fronha da cama, a qual eu apertava brutalmente enquanto arfava de prazer com os olhos fechado. Minha cueca já estava prestes a explodir. Eu sentia também o volume enorme de Bernardo roçando em minha coxa.
Para nosso terror ouvimos passos no corredor, e ficamos imóveis. Alguém andava devagar, como se tivesse acabado de acordar. Era Rafa.
- Vai pro banheiro Ber, anda, anda... – Sussurrei no ouvido dele enquanto colocava as mãos em seu peito e tentava tira-lo de cima de mim com rapidez.
- E se ele entrar lá? Você vai dizer o que pra ele? Dani o Rafa é meu amigo, ele não vai desculpar... – Levantei da cama e comecei a me vestir rapidamente, depois peguei as roupas de Bernardo e o conduzi com pressa para o banheiro enquanto Rafa batia na porta.
- Já vai Rafa, mal acordei direito.- Falei alto mentindo, minha mente estava atordoada com a situação. Falei baixinho já dentro do banheiro – Fingi que você acabou de entrar pra se trocar.
Continua.