Espero que gostem galerinha, tô fazendo um esforço pra escrever e postar mas tem valido muito a pena. Comentem bastante e deem dicas tbm, boa leitura, até a próxima...
Ele estava lá, abaixado. De cabeça baixa, chorando. Chorando? Por quê? Ele me esculachava e se sentia no direito de chorar por conta de um soco?
- Bruno? Por que você fez essa palhaçada cara? Eu quero ser seu amigo, não quero brigar mais.
- Quer saber de uma coisa? Que se dane essa merda de irmão.
De novo: outro beijo.
Estava ainda melhor que o primeiro. Nos entregamos ao beijo como se não houvesse amanhã, senti um tesão incrível naquele beijo. Esse beijos estava a quilômetros de distância do que eu sentia com os beijos de Marcos. Nossa, que péssima hora pra lembrar dele. Mas voltando ao beijo, a cada momento ele ficava melhor, mas eu tinha que parar. Quem ele pensa que é?
Sai daquele beijo e eu o olhava esperando uma resposta. Agora ele não poderia me julgar e jogar a responsabilidade daquele sentimento para mim.
- Tu tá esperando que eu fale alguma parada né?
Concordei com a cabeça e só seu ar descontraído e aquele sorriso safado de lado tirou minha angústia por sentir sua boca colada a minha. De fato, o problema não era o beijo, mas como seria a reação dele depois disso.
- Então maninho, é isso! Eu te curto demais, eu não entendo o porquê de sentir essa parada, mas eu vi que não adianta lutar contra. Quero você, de verdade.
Tudo que eu queria estava acontecendo. Eu o amava e ouvir aquilo era muito bom. Mas as coisas não foram fáceis assim! As vezes pensar demais atrapalha as coisas e foi o que aconteceu. Raciocinei em alguns minutos e pude perceber o quanto a situação era diferente da que eu sonhei, dos contos de fadas que eu imaginava.
- Então quer dizer que você me faz sofrer falando aquele monte de merdas e acha que tá tudo bem? Que eu vou ficar com você só porque quer? Quem você pensa que eu sou?
- Calma man, eu só tô falando que gosto de tu e que...
- E que eu devo ficar com você apesar do tanto que me senti culpado esses últimos dias. Você não me conhece Bruno. Se gostasse de mim de verdade não ia me fazer sofrer tanto.
Me levantei e segui para casa e ele veio atrás de mim.
- Carlos, me escuta. Essa parada num é só minha não, nós somos irmãos. Imagina o que todo mundo vai pensar, não é fácil quanto você pensa não.
- Então o que as pessoas vão pensar de você andar sempre com o irmãozinho viadinho hein? Acho melhor você parar de ficar do meu lado.
- Ah, quer saber? Eu tô aqui fazendo o que eu nunca imaginei fazer mano. Mas se tu não tá afim, problema é seu.
Ele entrou no banheiro e eu fiquei na sala ainda pensando nessa discussão. Eu sonhei com aquele momento, então porque esse drama? Mas eu precisa encarar a realidade, ele foi um ogro comigo. Deixou que eu me sentisse a pior pessoa do mundo, primeiro por ter estragado a relação com meu irmão e depois por ter beijado ele, mas em nenhum momento eu o beijei. Então, ele merecia isso. Eu precisava ser forte. Não seria só ele me chamar que eu fosse fácil assim.
Fiquei assistindo televisão até que meus pais chegaram. Conversamos amenidades e eu fui pro quarto, chegando a tempo pra ouvir Bruno falando ao celular:
- Então tá marcado gatinha, eu passo aí pra te pegar... sem problemas, eu pego o carro do meu pai. De boa então, beijão.
Ele se assustou ao me ver parado na porta, como quem tivesse recebido a pior notícia da vida. Uma lágrima escorreu pelo meu rosto e eu vi sua feição mudar de surpreso para triste:
- Eu não quero que isso aconteça Carlinhos, eu gosto de você demais cara. Mas se você não me quer...
- É melhor não falar mais nada não. Eu já deveria imaginar que fosse assim mesmo. Eu só vim dormir mais cedo, estou cansado. Vai se divertir bastate.
- Não, eu não vou não.
- Como assim?
- É isso mesmo, vou ficar aqui, com você.
- Não faço questão não. Pode ir com a sua gatinha. Eu vou ficar quietinho aqui.
- Olha pra mim – ele segurou meu rosto – eu curto você seu bobo. Por mais que eu tenha te feito sofrer, é você que eu quero do meu lado, sacou?
- Vamos ver quanto tempo dura isso.
- Vou provar pra você agora. Me responde uma coisa: namora comigo?
CONTINUA...