Assim que terminei de me aprontar, mandei uma mensagem para o Marcelo, dizendo: "Sua escrava está vestida e pronta para as ordens do seu dono!" Então, estava eu lá, sentada na cama com o celular na mão, nua, com o corpo lubrificado e usando tornozeleiras, pulseiras e coleira de couro branco daquelas de sadomasoquismo das sex-shops, e tênis branco de ginástica. Excitada e aguardando as ordens do meu namorado, digo, 'meu dono', como ele exigiu ser chamado.
Minha cabeça viajava pelas mais malucas fantasias a respeito do que iria acontecer, mas eu não chegaria nem perto do que se seguiria. Um pouco depois da meia-noite, quando eu já praticamente não aguentava mais de ansiedade, recebo a mensagem do Marcelo:
"Prezada escrava, espero que esteja vestida rigorosamente como eu lhe ordenei. Quero que saia, apenas com o que usa no corpo, do nosso apartamento e dirija-se para a garagem até o meu carro. O porta-malas está apenas encostado, abra e lá dentro encontrará suas novas ordens. NÃO LEVE SUAS CHAVES, OU CARTEIRA, OU CELULAR!"
Aquilo me deixou petrificada. Como assim ir até a garagem do nosso prédio??? Nua? Apesar de não ser um prédio com muitos moradores, e de já ser um pouco tarde, ele queria que eu saísse andando assim pelos corredores até a garagem? O que ele estava pensando? Mandei uma mensagem de volta: "O que? Você quer REALMENTE que eu saia assim pelos corredores do prédio até a garagem?"
Poucos minutos depois recebo a resposta: "Eu entendi direito? A escrava está realmente questionando as ordens do seu dono? É isso? Quer voltar atrás com a sua promessa? Não vou aceitar isso novamente. Você tem 5 minutos para responder se está de acordo e vai cumprir o prometido, caso contrário, nunca mais tocaremos nesse assunto novamente!"
Então eu gelei. Naquele segundo eu senti que deveria fazer uma escolha definitiva. Honrar minha palavra, seguir com aquela loucura excitante e me tornar realmente uma escrava do meu namorado naquele final de semana, ou voltar a minha vida água com açúcar, que apesar de muito boa me deixava com a sensação de que eu precisava de "algo mais". Decidi pela loucura. Decidi deixar de ser a Carla, e me transformar naquela pessoa que minha libido queria que eu fosse. Acontecesse o que acontecesse, até domingo, eu seria uma escrava sexual do meu namorado. E seguiria suas ordens. Respondi a mensagem: "Desculpe, meu dono. Sua escrava sente muito por questionar as ordens do seu dono. Não voltará a acontecer. Estou indo."
Quando apertei o botão de 'enviar', me senti como se estivesse fazendo um pacto com o demônio, não havia mais volta agora. Abri então a porta do nosso apartamento e olhei para os corredores. Não havia ninguém, nem barulho algum. Andei então nua até perto das escadas, ninguém a vista. Estava nua, naqueles trajes, no corredor do meu prédio. Desnecessário dizer que a situação era um misto absurdo de medo e excitação. Precisava então fechar a porta, e encarar de vez aquela situação. Como o Marcelo me pediu, não estava levando nada, nem as minhas chaves, e a porta é daquelas que só abrem com o trinco por dentro. Tomei coragem e puxei o trinco. Era isso, dali para a frente seria o que Deus quisesse. Ou o diabo (risos).
Corri rapidamente para as escadas, não ouvi ninguém. No meio da descida até a garagem, ouvi o elevador se movimentando. Claro que não peguei o elevador, estaria completamente sem saída se alguém chamasse no seu andar e ele abrisse a porta. Fui descendo lentamente até a garagem, torcendo para que o elevador não parasse em nenhum andar no caminho, tentando ouvir atentamente a movimentação. Cheguei então na garagem, abri a porta corta-fogo e olhei para dentro. Estava escura, aparentemente vazia. Não tive coragem de acender a luz, entrei e esperei meus olhos se acostumarem com o escuro.
Assim que me acalmei, comecei a pensar aonde estaria o Marcelo. Provavelmente no carro, rindo e esperando por mim naquela situação. Caminhei até aonde fica o carro dele, num canto afastado da garagem e olhei para dentro. Não havia ninguém!!! Fui então até o porta-malas, conforme a mensagem, e para o meu alívio, ele estava aberto, apenas encostado, conforme foi dito. Abri mas não consegui enxergar o que havia dentro, então pensei em ligar o interruptor da garagem. Quando eu estava para fazer isso, o barulho do elevador em movimento me fez parar. Dessa vez, não tive tanta sorte, um casal com seu filho desce na garagem (e acendeu as luzes) para sair com seu carro. Me escondi atrás do nosso carro e fiquei espiando, nua, morrendo de vergonha de ser vista assim pelos meus próprios vizinhos, até que eles finalmente entraram no carro e sairam. Graças aos céus não tinham me visto ali.
Meu namorado parece que tinha adivinhado. Cada segundo daquela situação me deixava ao mesmo tempo amedrontada e ainda mais excitada. Aproveitei a luz da garagem ligada pelo temporizador pelo casal e olhei para dentro do porta-malas, finalmente. O porta-malas do carro do Marcelo, que é bastante grande, estava forrado com um cobertor e tinha uma pequena caixinha e um bilhete. Na caixinha haviam dois pequenos cadeados, daqueles de armário, sem chave, abertos, e uma mordaça! Isso mesmo, uma mordaça, daquelas de bola. No bilhete, estava escrito:
"Agora não há mais volta, escrava. Coloque a mordaça, bem apertada, de forma a que você não consiga tirá-la. Confira as tornozeleiras e pulseiras se estão bem presas. Entre no porta-malas, coloque um dos cadeados nas argolas prendendo as tornozeleiras, feche bem a porta do porta-malas (muito bem fechada, por sinal) e com o segundo cadeado em mãos, prenda nas argolas das pulseiras, com seus braços para trás. Espere novas ordens, como uma boa escrava."
Sem pensar, movida pelo desejo, medo, tesão e tudo o mais, entrei no porta-malas, e fiz o que meu dono mandou, exatamente. Quando finalmente fechei o cadeado das minhas mãos, atrás das costas, e não havia mais nada a fazer, entendi a situação. Eu estava nua, depilada, amordaçada, algemada e trancada num porta-malas de um carro. E não havia simplesmente nada que eu pudesse fazer a respeito, naquela hora. Eu não era mais a Carla, era uma escrava sexual, esperando como um objeto, sem nem saber o que iria me acontecer a partir dali. Então eu entendi o porque eu estava algemada com meus braços para trás. Se não fosse assim, iria me masturbar até gozar naquele instante. Maldito (ou bendito) Marcelo.
(continua no próximo conto...)