E ae bom povo da casa dos contos e do meu querido Brasil? Tudo bem com vocês? Olha, primeiramente eu peço desculpa por não ter postado mais cedo... O meu amorzinho hoje teve que ser hospitalizado devido a uma virose, nada grave ainda bem, mas mesmo assim é muito chato ficar aqui e não fazer nada. Por isso, diretamente do Hospital Saint-Nome-Cujo-Eu- Não-Sei- Escrever, em Paris, mais um conto pra vocês!!!a vez enquanto eu fazia um trabalho de literatura ( Que eu acho um porre...), eu vi uma palavra que nunca vi na minha vida: Nêmesis. Nêmesis é o que define o pior inimigo de uma pessoa... Mas, o que isso tem haver com este capitulo? Simples. Catarina havia se tornado a minha pior inimiga, e tudo o que sentia por ela era uma louca vontade de joga-la em um triturador de carne até ela virar almondega de vagabunda;
--Quê merda você fez? – disse irritado e respirando fundo para poder me controlar.
--Fiz nadinha paixão! Eu só espalhei um pequeno boato... Só isso! – ela falou dissimulada
--Escute aqui, eu quero que me responda. QUE BURRADA VOCÊ FEZ? FALA VADIA!!!! – gritei perdendo as rédeas do controle.
--Simples, espalhei pra todos que você está namorando com esse... – ela olhou com cara de nojo para o meu fosforozinho.
--E eu pensando que essa sua capacidade de ser uma imbecil já havia se esgotado! – bufou ele.
--Eu falei pra vocês que iria ter troco não falei? – ela murmurou dando aquele sorrisinho de gente miserável. – Mas é claro que existe alguns meios...
--Vá se danar... – cortou Ariel.
--Quer saber Catarina... Vai sentar no colo do capeta e me deixa em paz. – complementei.
--Ahh, mas que pena... É parece que eu vou ter que confirmar os boatos... – ela tirou da bolsa dela um celular com uma foto minha e do fosforozinho nos beijando na enfermaria. A vagabunda tinha tirado uma foto?! QUE PORRA É ESSA!
--ME DÁ ISSO AQUI!!! – gritei tentando pegar o celular da mão dela.
--Calma BB – ela andou pra trás. – Eu vou enviar essa foto pra todos que eu conheço, a menos que...
--A menos que? – disse impaciente.
--Que você volte a namorar comigo! – ela disse triunfante.
--Prefiro me atirar no lago Guaiba com uma pedra amarrada no pescoço, a voltar a namorar com tu... E cara, mesmo se eu não tivesse com ele – disse sorrindo pra o meu mozim. – Eu teria chutado a sua bunda. Você é carta fora do baralho guria.
--Tudo bem. Eu vou enviar para to...
--Se eu fosse tu eu não enviaria Cat. – disse uma voz que eu conhecia muito bem.
--Carlos? O que você tem haver com isso?! Vai defender essas aberrações? – ela falou irritada.
--Olha quem fala! A virgenzinha do colégio... Ah, Catarina eu tenho uma coisa pra te mostrar... – ele pegou o celular dele mostrando um vídeo de Catarina, onde digamos, chupando com muita vontade a rola do...
--COMO VOCÊ TEM A CORAGEM DE FILMAR ISSO?! ERA UM MOMENTO INTIMO NOSSO!!! ME DÁ ISSO AQUIIIIIIIIII – ela avançou, pegando o aparelho da mão de Carlos e apagando.
--Calma gatinha... Eu tenho uma cópia no meu computador, pen drive, tablet, e por segurança no meu email.. Mas como uma grande atriz que você é, acho que vou apresentar os seus talentos... – ele riu – Para os seus queridos pais!!!
-- Você não faria isso! – ela estava pálida.
--Sim eu faria... Ouvir dizer que o seu pai até hoje acha que você é virgem (risos), mas eu sei que até pelo portão dos fundos está arrombado. – ele ria demais.
--Eu vou comer a sua alma... –ela disse possessa.
--Vai lá Catarina-Maçaneta... Ahh e melhora esse seu boquete, que até puta de rodoviária faz melhor... – ele caiu na gargalhada. – Agora desfaça essa sua fofoca de vadia para os outros ou se não o seu papai vai ver a querida filhinha mamando!!!
--Escuta aqui Bernardo... Você pode até ter escapado dessa, mas escreve o que estou te dizendo. Nem que o meu salto quebre ou um ladrão roube a minha Birkin, eu acabo com vocês dois... – Nesse momento eu comecei a rir de verdade. PUTA QUE PARIU! Acho que a Paris Hilton acabou de me ameaçar;
E assim ela saiu toda ferida e irritada, correndo de volta para os braços das parceiras do crime organizado. E seguimos para dentro do colégio, onde os olhares nos invadiam com incredulidade, nojo, curiosidade, e teve até um grupo de nerdzinhas otakus da qual eu havia me desculpado antes, chegou para nós dois e disseram animadas:
--Aiiiiiiiiii como vocês são fofos juntos!!! Parece até um casal yaoi shonen-ai!!! – disse a baixinha.
--É simmm! Quem é o seme e o uke? –disse a japonesinha. Do que infernos elas estavam falando?!
--Ah sua mongol, é logico que o Bernardo é o seme... Lembra da regra da altura? – disse uma outra nerd. Puxei o Ariel daquelas piradas e fomos para a sala de aula. Quero nem saber do que elas estão falando;
A sala parou tudo quando a gente chegou... Sabe aquela louca sensação, de que todos estavam de olho em você? Pois é meus amigos e amigas, eu tinha a absoluta e irredutível certeza disso. Eles estavam de olhos esbugalhados. Me irritei com aquilo e disse:
--Estão olhando o quê, caralho? Perderam algo por aqui?
Todo mundo ficou constrangido e voltaram a fazer o que deviam. Sentei na cadeira do fundo e o Ariel foi sentar com as nerdzinhas para evitar os olhares... Cara, como é difícil isso. Eu nunca, imaginei como é pesado sentir essa barra de ser analisado e observado por todos. É como se cada um estivesse lhe julgando e recriminando. É sufocante demais. Será que eu era forte o suficiente, para aguentar isso?
Depois da aula fui para a educação física, louco de vontade de extravasar a tensão chutando a bola sem parar... Enquanto eu estava no vestiário, um carinha do meu time chamado Kaio falou:
--Porra meu, se eu soubesse que o vestiário tava com viado eu cairia fora... – ele zombou... Aquele pirralho do segundo ano estava querendo dar uma de machão pros amiguinhos dele? Ignorei e continuei ajustar a minha chuteira de futsal. – E Bernardo em... Comendo o ruivinho escondido, diz ae é bacana o cuzinho dele.
Me virei e fui até ele, fechei o pulso e acertei o nariz dele, fazendo escorrer sangue. Ele caiu no chão e dei um chute com toda a força no estomago dele fazendo-o engasgar de dor.
--FALA AGORA SEU MERDA!!! UM FRANGOTE DESSES SE ACHANDO DEMAIS... – gritei dando um chute nas pernas – CADE A CORAGEM AGORA EM?
Ele ficou lá se remoendo de dor no chão e sai do vestiário puto da vida. Cara o que mais me irrita é quando surge um desses babacas que se acham os maiorais, só por que ficou com alguém. Se duvidar aquele trouxa ainda vive na punheta e fala para os outros a quantidade de mulheres que pegaram. Depois do treino, fui para o chuveiro e sai de lá a procura do meu fosforozinho;
Ele estava arrumando o armário dele, com uma pilha enorme de livros... Cheguei perto dele e disse:
--Oi amor... Como foi o seu dia? – falei analisando o rosto dele. Estava muito estranho. Palido demais, como se uma camada translucida de papel estivesse nela, sem nenhum traço de cor.
--T-tá tu-tudo bem! –disse ele sorrindo de leve. Algo ia mal. E muito mal.
--O que foi? Você estava chorando? – disse olhando nos olhos dele.
--Não, por que eu choraria? – ele mentiu. Quando ele mente o nariz dele dá uma pequena fungadinha... Aprendi isso com o tempo.
--O que aconteceu? É sério, fala pra mim. – disse preocupado.., Peguei no pulso dele mas ele simplesmente arfou de dor. Antes de eu falar algo, puxei a manga do moletom e vi um hematoma lilás escuro em forma de 4 dedos.
--QUEM TE FEZ ISSO? – disse já começando a ficar enfurecido de novo.
--Não foi ninguém, esquece isso... –ele puxou a manga cobrindo o pulso.
--ME FALA ARIEL QUEM TE FEZ ISSO! QUEM FOI O DESGRAÇADO QUE TE MACHUCADO? – disse com raiva.
--Eu já disse que não foi ninguém, agora se não quer acreditar nisso, problema é seu! Eu vou pra minha casa! – ele pegou a mochila e foi andando.
--Você não entende não é? Eu só quero te proteger. Eu não quero que ninguém ouse te machucar... – disse triste comigo mesmo. - Pelo menos, deixa eu te deixar em casa?
--Não, o carro já está me esperando. Mais tarde eu ligo para você. – ele saiu.
Fiquei lá triste e irado da vida com o dia de hoje. Peguei a minha mochila e fui para a minha casa, ciente de que iria descobrir quem foi o filho de uma puta que o machucou, mas triste por ele preferir não dizer a mim quem foi. Ele achava o que? Que eu iria matar o desgraçado? Eu só iria cobrir cada pedacinho dele de socos e chutes até ele aprender a não machucar alguém importante para mim;
Fiquei no meu quarto, estirado na cama e fazendo absolutamente nada. Liguei para ele, mas só dava caixa postal. Joguei um pouco de Play 3, e cai no sono, inconsciente de tudo... Foi quando eu acordei e descia as escadas vendo um monte de mala na sala e vozes na cozinha. Eu fui pra lá de bermuda mesmo e vi minha mãe e minha tia batendo papo em dia...
--Ai está você! Nossa como você está um homem lindo, Bernardo! E que corpão em sobrinho!!! – disse minha tia Ana com aquele sotaque do interior de São Paulo com o “r” puxadão...
--Valeu tia.., E ae a senhora veio visitar a gente? – disse sentando na cadeira meio grogue de sono.
--Ahh não... Só vim deixar a sua priminha aqui, ela vai estudar aqui em Porto Alegre!!! O Paaaaaula vem cá ver seu primo menina... –disse ela sorrindo.
Bem foi ai que a minha priminha apareceu... CARALHO com todo o respeito... Ela estava tão gostosa! Cinturinha, peitão, bundão... Pacote completo. Ai eu mentalizei: “Você namora o Ariel, você ama ele, você ama ele, você REALMENTE ama ele!!!!”; Ela abriu aquele sorriso de menina do interior e disse:
--Oi primo? Como “ocê” está?
CONTINUA
(É agora que o circo vai pegar fogo... E então? Vão estar preparados para entrar no picadeiro? )
bernardodellavoglio123@hotmail.com