Mais uma parte pegando fogo! Espero que estejam gostando, comentem e votem... Obrigado e boa leitura!
Olhei para a porta e ele entrou, ainda sem ver Marcos:
- Demorei gatinho, já tava com saudade do seu beijo!
Olhei com reprovação e nem consegui impedir Marcos de dizer, furioso:
- Que esse ogro tá falando? Vocês dois... ? ? Me explica isso Carlos! AGORA!
Agora a casa caiu.
Como eu ia explicar isso? Não demorou e Marcos me pegava pelos ombros, me sacudindo com raiva:
- Me explica isso, Carlos. Anda, tô esperando.
Nem deu tempo de falar nada:
- Solta ele seu idiota.
- Idiota é você, Bruno. Que merda é essa que você entrou falando?
Os ânimos já estavam exaltados. Aquele confronto já estava marcado na minha cabeça, mas não tão rápido. Imaginei que isso ia acontecer, mas sequer tinha planejado o que fazer. Não em uma situação como essas. Precisava falar:
- Marcos, eu te conto tudo, desde que você mantenha a calma.
- Eu tô entendendo errado ou você tá tendo um caso com seu irmão? Fala que eu tô errado por favor.
Eu não sabia o que fazer. A única saída era confirmar, mas Bruno respondeu antes:
- Você entendeu tudo errado playboy. Agora vaza daqui e cala sua boca. Depois vc conversa com o Carlos.
Eu estava errado ou Bruno não queria que eu falasse? Decidi não atrapalhar a situação. Sinalizei para que Marcos fosse embora. Ele aceitou ir, mas avisou:
- Carlos, eu te amo tanto, mas eu não vou aceitar uma traição. Pensa bem no que você vai falar.
Ele se virou e foi embora. Eu estava triste, muito triste. Afinal, eu tinha magoado ele. E o pior ainda estava por vir. Bruno passou por mim e colocou a pizza na mesa. Não tinha ânimo para mais nada.
Mas uma coisa me deixou chateado: Bruno fingiu que não acontecia nada, me impediu de contar.
Subi pro quarto sem falar nada. Com o calor da emoção eu tinha perdido até a fome. Me deitei na cama e fechei os olhos tentando pensar no que fazer. Nada vinha na minha mente.
Senti suas mãos na minha cabeça:
- Calma maninho. Vai dar tudo certo. Eu tô aqui.
- Você tá aqui pra desmentir o que eu falo né? Pra negar o que tá rolando? Acharia melhor se você não tivesse.
- Tu queria o que? Que eu falasse pro mauricinho que eu tô pegando meu irmão?
- Pegando? Até onde eu sei você me pediu em namoro Bruno. Nossa, como eu sou burro. Quer saber? Vá procurar alguém pra você pegar, falso.
Sai do quarto, peguei minhas chaves e fui à casa de Thaís.
Batia na porta e nada.
Não demorou muito e vi Bruno se aproximando.
Ele vinha com passos largos e eu não estava mais disposto a ouvi-lo. Marcos abriu a porta e eu entrei sem pensar duas vezes. Eu sabia que Bruno não faria nenhum escândalo, afinal seu medo era maior do que qualquer sentimento que ele tivesse por mim.
Tive que reparar em Marcos. Seu olhar era triste e o meu também ficava cada vez mais. Eu estava fazendo mal a ele, que me apoiou em todos os momentos, me deu força. Eu estava sendo um monstro. Tudo que eu detestava que Bruno fizesse eu estava fazendo com Marcos.
Com certeza ele tinha chorado, seus olhos não negavam:
- Fala Carlos, o que você quer?
- Eu vim explicar tudo que tá acontecendo.
- Pode começar.
Ele estava frio comigo e eu o entendia. Sabia que tudo que eu falasse ia deixa-lo chocado e que provavelmente ele não olharia mais na minha cara, mas eu precisava dizer. Estava engasgado e confiava nele.
Despejei tudo, inclusive os detalhes. Seus olhares me deixavam com medo, tamanha sua reprovação, mas falar estava me fazendo bem. Contei tudo e aguardei sua reação:
- E aí Marcos, como a gente fica?
- A gente? A gente quem? Não tem mais a gente. Eu nunca me senti tão idiota como eu tô me sentindo agora e isso que vocês estão fazendo é nojento.
- Pensa bem, Marcos. Eu vou entender se você não quiser mais nada comigo, mas não me condene, por favor.
- Por favor você, vai embora.
CONTINUA...