Oi Félix, tudo bem?
-Oi amor, estou melhor agora, ouvindo sua voz, como você está?
Que coisa, ele sabia ser tão carinhoso, ele era tão… Nem sei explicar, era muito bom.
-Bem, bem, tudo normal, por quê?
-Nossa, nada, só estou perguntando, aconteceu alguma coisa?
-Claro que não, por que tem que acontecer alguma coisa?
-Você está nervoso, o que foi?
-É que… - pensa, pensa, pensa – eu tenho uma surpresa, é isso, uma surpresa.
-Jura? Gostei… Quer me trazer essa surpresa hoje à tarde?
-Não, melhor você vir pra cá, à noite – marcando à noite teria mais tempo.
-Hum, isso está ficando bom, tudo bem, vou aparecer aí.
Agora tinha arrumado outro problema, arrumar uma surpresa…
A hora estava passando, não conseguia pensar em nada grande pra fazer e as coisas que conseguia pensar, não teria tempo para executar, então decidi comprar uma roupa, afinal ele tinha tudo, não era fácil dar presente a ele, o resto da surpresa eu improvisaria – se é que vocês me entendem.
A noite havia chegado, Félix já estava no portão, o atendi e fomos pro meu quarto, ele estava todo animadinho, no fundo no fundo eu sabia que ele estava mais interessado na “surpresa” do que na surpresa, dei o presente e ele fez uma cara de que havia gostado, mas logo o deixou de lado.
-Essa é a surpresa ou você tem algo mais aí? – ele deu uma mordidinha nos lábios.
-Tenho, uma recompensa por ter sido compreensível comigo.
-Eu te amo.
-Eu… - algo estava errado comigo – também gosto muito de você – nesse dia, pela primeira vez depois que começamos a namorar, eu não consegui dizer “eu te amo” de volta, ele não percebeu, mas eu sim.
Eu o beijei, ferozmente, havia certa necessidade naquele beijo, uma necessidade de trazer de volta algo que eu estava perdendo.
Tirei sua camisa, logo depois tirei a minha, fui descendo por sua barriga até chegar à sua calça, desabotoei-a e tirei-a junto com a cueca, deixando seu membro à mostra.
Comecei a chupá-lo - estava fazendo mais por mim mesmo, pra sentir de novo aquela paixão toda do que por nós, pelo momento, por ele, eu sabia que ele me amava, acho que o suficiente por nós dois, mas eu não podia falar por mim – chupava a extensão de todo seu pau, colocava tudo na boca, num ritmo acelerado, depois de algum tempo desci um pouco mais até chegar em seu cu, lambia em volta, fazendo-o ir ao delírio, sentia seu corpo tremer, às vezes enfiava um dedo, depois dois, seus gemidos me excitavam.
Então coloquei meu pau na sua entrada e forcei, então comecei o vai e vem, ritmado e lento, logo depois mais rápido e mais forte – o prazer era enorme, ele era tão gostoso, poderia chegar no meu ápice naquela hora.
-Eric, eu queria dizer… - disse o Caio entrando pela porta do quarto, logo que nos viu naquela situação, ficou sem ação.
O meu susto foi tão grande que eu caí da cama, eu estava tão preocupado com fazer a surpresa pro Félix que nem me liguei de trancar porta, estava vermelho, azul, verde, roxo e qualquer outra cor possível de vergonha, peguei minhas roupas, vesti minha cueca e meu short e o Félix se tampou com um travesseiro, ninguém falou nada, só ficamos com cara de bobos um para o outro.
-Acho que cheguei numa hora errada, desculpa… - disse o Caio muito sem graça, saindo pela porta.
Depois que ele foi embora eu não conseguia acreditar no que estava acontecendo, eu, pego no ato, que coisa mais constrangedora.
-Que vergonha! – foi a primeira coisa que consegui dizer depois de tudo.
-Relaxa amor, aconteceu, agora não tem mais jeito – ele disse como se nada tivesse acontecido.
-Como você consegue ficar tão tranquilo?
-Por que eu sei que não adianta ficar com vergonha.
-Brochei completamente agora, acho que a surpresa acabou, mas se quiser, pode dormir aqui comigo, me fazer companhia.
-Vai ser ótimo.
Então ficamos conversando por um tempo até umas 10:30 da noite e fomos dormir, ficamos juntinhos abraçadinhos, essa sensação de ter alguém perto, alguém do lado, era muito gostosa.
Acordei cedo no dia seguinte com o despertador, teria aula, me virei par o lado, pra acordar o Félix também, mas tive uma surpresa, ele não estava lá, eu fiquei preocupado no mesmo momento, o que será que tinha acontecido? Mas eu vi um pedaço de papel – folha do meu caderno – na estante ao lado, era um bilhete:
“Você é muito lindo acordado, mas parece um anjo enquanto dorme, só queria dizer que te amo muito, mais do que possa imaginar.”.
Ownn, como era fofo, eu tinha amado aquilo, adoro bilhetinhos românticos, embora esse tivesse sido o primeiro, não queria dizer que seria o último…
Me arrumei e fui pra escola, encontrei com a Alana, contei pra ela tudo que tinha acontecido.
-Alana, você nem imagina o que me aconteceu ontem.
-O que amigo? Me conta tudo, é babado?
-Ontem o Félix foi lá em casa, estávamos no meu quarto, então o clima esquentou e a gente… Você sabe, no meio do ato, o Caio entrou no meu quarto e pegou a gente.
-Que viagem! – ela começou a rir de mim, debochada, adorava ver uma desgraça – amigo, que isso, mas e aí?
-Aí eu caí da cama, fiquei cheio de vergonha, então o Caio saiu e depois nada aconteceu, o Félix dormiu lá em casa, mas quando acordei, ele não estava na cama, agora quero saber o que aconteceu.
-Que loucura hein!? Quero só ver o que vai dar essa história sua, você é muito sortudo ou muito azarado, você tem 2 gatões atrás de você!
-Alana, para de fazer piada com coisa séria.
-Desculpa, mas amigo, me diz sinceramente, o que você achou do Caio ter se declarado pra você? O que você sente por ele nesse exato momento?
-Fala sério Alana, que tipo de pergunta é essa? – fiquei um pouco nervoso com a pergunta.
-Sou sua amiga faz muito tempo, você pode me falar qualquer coisa, você sabe.
Pensei bastante se devia ou não falar pra ela a situação, o ocorrido com o Caio, meus pensamentos, ela era minha amiga, mas tinha medo dela não me entender, ficar contra mim por causa do que aconteceu, mas achei melhor falar, pois gostaria que ela me falasse sobre tudo também.
-Amiga, eu beijei o Caio.
-O que? Mas Eric e quanto ao Félix, você…
-Não, foi só um beijo, mais nada.
Ela não respondeu mais nada, só continuou andando.
-Amiga, eu estava muito certo de que eu amava o Félix, mas eu sempre gostei do Caio, não como homem e sim como irmão, mas depois que ele falou que gostava de mim, a visão do irmão se foi e ficou a do homem, logo depois aconteceu o beijo, eu estou confuso, eu sinto algo pelo Caio…
-Eric, eu estou do seu lado, quero que você seja feliz, independente de quem você fique, mas escolha um, não fica nessa muralha, se você descer você vai ficar bem, mas se você demorar muito tempo, você pode cair e o tombo vai ser doloroso.
-Mas eu não sei se posso escolher.
-No fundo você sabe, todo mundo sabe de quem gosta, só não consegue ver, mas uma hora você vai enxergar e vai ser mais feliz do que possa imaginar.
-Acho que sim.
Chegamos à escola e vi o Félix sentado em sua carteira, fui direto perguntar o que tinha acontecido para ele ter ido embora.
-Oi, o que… - ele nem me deu tempo de terminar a pergunta e já foi se explicando.
-Desculpa Eric, eu queria ter avisado, mas você estava dormindo, então nem te acordei, mas eu tive que ir pra casa, minha mãe passou mal e me ligou.
-Ela está bem?
-Está, foi só umas tonturas, ela é dramática, mas não tinha como eu deixar ela lá em casa sozinha.
-Hum entendo, que bom que não é nada grave.
-Ficou todo preocupado comigo…
-Na verdade só por um instante, depois que li seu bilhete, fiquei mais aliviado.
-Que bilhete?
CONTINUA…