MÙSICA: Ellie Goulding - Lights
Ter que ir pegar Luana uma hora dessas já era o limite da minha paciência, uma coisa era certa iria dar um sermão tão grande que ela vai se arrepender de ter feito, seja lá o que for. Pedro me levou até a casa de Lucas, estávamos lá em menos de cinco minutos e logo vi Luana sendo segurada pelo irmão de Lucas que se chama Rafael. Só olhei pra ela e disse:
- Porra Luana te falei pra ir pra casa, esta ficando doida? – disse a tirando dos braços de Rafael e a levando pro carro. – FICA AI, NÃO DEIXA ESSA MALUCA SAIR PEDRO. E fui voltei pra ver o que tinha acontecido, passei ao lado do carro do Lucas e vishhh... já vi o que tinha acontecido. O carro estava todo riscado, vidro quebrado, pneu furado, o serviço que ela tinha feito foi completo, mas quer saber ele mereceu.
- porra Fernando tu viu o que tua amiga fez ai no possante? Olha o prejuízo que eu vou ter pra consertar o carro. Lucas era o típico playboy filhinho de papai, mimado que sempre tinha tudo o que queria na hora que pedisse. Nunca gostei dele pra ser sincero, tentava ser simpático pela Luana e só.
- olha Lucas pra ser bem honesto contigo, você mereceu coisa pior. Cara cê traiu ela, vocês estavam noivos, isso não se faz meu, foi sacanagem, você foi moleque não agiu como homem.
- porra Fê, tu veio me ajudar ou acabar mais comigo? Foi só um casinho, só sexo, não foi nada de mais. Eu amo a Luana, à escolhi pra casar. Me ajuda meu.
- te ajudar? Acho é bom minha amiga ter acabado com essa palhaçada de casamento, antes que ela entrasse em uma roubada. E mano nem vem com esse papo de “foi só sexo” que eu não caio nessa, você traiu por que estava afim, não vem justificar teu erro. Olha mano acho melhor você ficar bem longe da Luana, não procura mais ela, a deixa em paz. E nem pensa que ela vai pagar nada por quê ela não vai. Usa o dinheiro do anel de noivado pra pagar, esta avisado. – depois de ter falado tudo isso voltei pro carro e Luana conversava com Pedro como se nada tivesse acontecido. Entrei no carro muito puto, e fui logo falando.
- COÊ LUANA, PERDEU O JUIZO? TU PODIA TER SIDO PRESA SABIA? TU NÃO PENSA NAS CONSEQUENCIAS? Ok eu sei que ele te traiu, mas já acabou, uma hora isso ia acontecer e você sabia.
Ok vocês devem pensar que sou um monstro né? Mas não é isso, sei muito bem como lidar com ela, e isso era o que Luana estava precisando, um choque de realidade. A ficha tinha que cair e ela aceitar que acabou de vez. Dói, eu sei que dói, mas vai passar com o tempo, não adianta permanecer nesse erro. Afinal essa historia de casamento era muito precipitada, e eu sabia que ia dar merda desde o inicio, mas quem disse que ela me deu ouvidos, enfim...
Fomos até o carro dela e eu disse pro Pedro que era pra ele ir embora descansar, pois tinha que trabalhar e eu ia leva-la em sua casa e consequentemente e dormiria lá, ele fez charminho dizendo que queria dormir agarrado comigo, mas não cai nessa precisava de um tempo a sós com a Luana pra botar as ideias dela no lugar. Fui dirigindo o caminho todo dando bronca nela, e foi quando ela desabou em choro, finalmente, ela precisava disso chorar, colocar tudo pra fora, sofrer, mas depois se levantar e caminhar em uma nova direção ela chorava muito com a cabeça no meu ombro, chegamos à sua casa, fiz uma sopa instantânea daquelas super-rápidas e dei pra ela tomar, e fomos dormir. Ela encostada em mim chorando, mas logo apagou devido ao remédio que amassei na sua sopa. Sou do mal. Estava com muito sono também e já passava das duas da manhã e achei melhor mandar um sms pra mamãe avisando que iria dormir na casa da Luana, e desabei como uma pedra ao seu lado.
Estava deitado encolhido no banco do carro, não conseguia falar, tentava mas as palavras não saiam da minha boca, era estranho não sabia o que estava acontecendo, abri meus olhos e vi o vidro embaçado da janela, não sabia para onde estava indo ou que estava dirigindo, pelo reflexo do vidro olhei para o motorista, o medo subiu em meu corpo, não conseguia acreditar no que estava acontecendo, por que? O que eu estava fazendo ali? Ele olhava a estrada fixamente, não havia transito, era noite, via a lua linda, cheia, imponente brilhando, iluminando o caminho, via os respingos de água no vidro, tentei toca – lo não consegui, minhas mãos estavam amarradas. O medo se tornou desespero, comecei a me debater, tentando me livrar das amarras que me prendiam sem muito sucesso. Somente sinto um soco vindo de Danilo, apaguei novamente.
Acordei tremendo, suado, nervoso. Até nos meus sonhos ele aparecia, já fazia dois meses sem nenhuma noticia dele, não queria saber de nada. Mas essa não era a primeira vez que tinha esse sonho, ele vinha algumas vezes. Isso me assustava. Voltei a dormir.
Depois de toda essa palhaçada que estava acontecendo com a Luana, Lucas deu um tempo, não deu sinal de vida, nem ligou, mandou mensagens nem nada, finalmente ela estava recomeçando. Como estávamos de férias e sem nada pra fazer, estávamos em um verdadeiro tedio. Pedro ainda ia trabalhar durante uma semana direto e depois folgaria duas. – uma das coisas que eu admiro no Pedro é que ele é rico, muito rico. Seus pais tem uma condição muito boa, se ele quisesse nem era preciso trabalhar, mas ele era ético e tinha caráter e não gosta de depender totalmente dos pais, sim eles ainda o ajudam, mas agora não muito – tive uma ideia pra passar o tedio e nos divertir, os pais da Luana tinham uma casa em Salinas, mas eles não iam muito pra lá nessa época porque achavam a cidade do interior muito movimentada.
Pra quem não conhece Salinas é uma cidade do interior do Pará, onde tem praias lindas, muita gente bonita, água salgada, um sol lindo, e como eu disse MUITA GENTE. A cidade fica lotada nas férias e feriados. Insisti muito pra irmos pra lá, não aguentava mais ficar em casa/casadopedro/Luana e não fazer nada. Tinha uma grana guardada e iria ser legal. Luana concordou de cara, logo ela que não gosta de uma farra. Pedro disse que ia, mas só podia ir daqui a alguns dias, pois ainda trabalhava.
Passou os dias de trabalho de Pedro e finalmente íamos viajar, Luana levou uma mala enorme, sendo que íamos passar só duas semanas, mas eu levei duas... A viajem foi bem tranquila, a estrada estava boa apesar do engarrafamento. Passamos e um supermercado pra comprar comida, comprei os mantimentos e pra alegrar três garrafas de Vodca, morango, uvas, sucos, leite condessado, batidas eram minhas especialidade. E viajem sem bebida não rola.
A casa dos pais da Luana era na pista, ou seja, em frente a umas das praias, não vou falar qual pra manter a privacidade. A casa era grande, um estilo europeu, um chalé de verão, tinha uns quartos enormes equipados eram bem confortáveis. Aquela casa enorme só pra três pessoas. Iria ser massa. Nos instalamos e fomos pra praia tomar um banho pra renovar e começar bem, na volta a Luana teve uma ideia brilhante (não mesmo, antes de falar comigo) como a casa era enorme a Luana achou que iria ficar chato só nos três aqui, então ela decidiu chamar uma galera da facu. Ou seja, iria ser um desastre não ia poder ficar com o Pedro, e ainda teria que ficar aturando a mulherada dando em cima dele. Mas aquele gato era meu.
A galera chegou um dia depois umas oito pessoas, 5 meninas e 3 garotos, deixei bem claro que no meu quarto ninguém ia ficar, pois queria ter privacidade se é que me entendem. Depois do meu mal humor passar, até que foi legal todos ali. De noite ficamos na sala tomando umas batidas, e percebi que tinha uma menina dando em cima do Pedro, não gostei nem um pouco, ela era loira, com o corpo todo no lugar, olhos azuis branca, era bonita. Fiquei com ciúmes sim. Chamei Pedro com a desculpa de ele me ajudar na cozinha e disse:
- Vai ficar dando trela pra ela vai?
- Coé fê, só estava conversando nada de mais.
- é, mas ela esta praticamente se jogando em você - ele já estava meio alto, não queria brigar só queria avisar ele, pra evitar confusão se ela tentasse algo.
- cara cê sabe que só tenho olhos pra ti... nunca vou te trair, tá ouvindo? Ele disse me encostando na parede e me dando mais um beijo.
Quando ele voltou pra sala, o local onde ele estava sentado foi ocupado então ele se sentou em uma poltrona que tinha lá. A garota levantou e sentou no colo dele rebolando. Ela já estava morta e enterrada.
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